E esta hein? Apresentamos o carro voador da Uber

Uber escolheu o palco de Lisboa para apresentar novidades sobre o futuro da Uber: vai chamar-se uberAIR.

uberAIR chega a Los Angeles em 2020.Uber

A novidade foi anunciada por Jeff Holden, Chief Product Officer da empresa norte-americana. Depois dos helicópteros, a Uber está a desenvolver ‘carros voadores’ para conseguir reduzir o congestionamento nas cidades. O novo produto vem acompanhado de outra novidade: a Uber assinou um acordo com a NASA. “A assinatura de um acordo de colaboração (SAA, Space Act Agreement ) com a NASA para o desenvolvimento de novos conceitos de Gestão de Tráfego Não Tripulado (UTM, Unmanned Traffic Management) e Sistemas Aéreos Não Tripulados (UAS, Unmanned Aerial Systems). Essa colaboração possibilitará a operação segura e eficiente de UAS a baixas altitudes”, explica a empresa, em comunicado.

A participação da Uber no Projeto UTM da NASA ajudará a empresa a iniciar os primeiros voos de demonstração do uberAIR num conjunto de cidades norte-americanas selecionadas em 2020. Esta é a primeira colaboração da Uber com uma agência governamental com o objetivo de operar uma rede aérea de ridesharing a nível global.

Uber, em comunicado

“Mesmo a solução dos carros autónomos não reduz o número de carros nas estradas. Por isso estamos a apostar na mobilidade no céu”, adiantou Jeff Holden esta manhã, no palco principal do Web Summit. Vai chamar-se uberAIR. E a ideia é que seja um serviço mais económico do que pegarmos no nosso próprio carro. A proposta de valor deste novo serviço é fazer com que os preços sejam equivalentes ao serviço Uber X, garante o CPO.

“Pensámos: como podemos escalar este negócio dos helicópteros?”, questiona. “A resposta é: não é fácil”. “Desenvolver helicópteros era muito caro, faz muito barulho e é mau para o ambiente. A nossa solução de futuro não podia passar por ali”, esclarece.

Jeff Holden disse que os serviços da Uber têm tentado melhorar a mobilidade das pessoas através do serviço uberPOOL, que permite aos clientes partilharem as viagens com duas vantagens: reduzir o trânsito e o preço das viagens. O design dos novos ‘carros voadores’ da já está Uber já está feito e foi apresentado por Holden em Lisboa, esta manhã.

Jeff Holden, CPO da Uber, anuncia novo avião elétrico da empresa no Web Summit, em Lisboa.Web Summit

A ideia é Los Angeles inicie os testes destes novo serviço em 2020: o uberAIR será uma rede de aeronaves elétricas que vão permitir voos urbanos com um máximo de quatro passageiros. Os veículos elétricos de descolagem e desembarque verticais (VTOLs) diferem dos helicópteros por serem mais silenciosos, seguros, acessíveis e respeitadores do meio ambiente. A escolha de Los Angeles para iniciar o projeto foi feita com base nas rotas mais populares em viagens com a Uber, e procura dar uma alternativa aos trajetos rodoviários mais congestionados. A longo prazo, contribuirá também para a redução das emissões poluentes nas cidades.

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Portugal paga juro mais baixo de sempre num leilão a dez anos: 1,939%

Portugal conseguiu os 1.250 milhões de euros que pretendia no leilão de dívida a dez anos que contou com a taxa de juro mais baixa de sempre: 1,939%.

Portugal nunca tinha pago tão pouco num leilão de dívida a dez anos. Os investidores aceitaram comprar as obrigações do Tesouro português com um juro de 1,939%, o mais baixo de sempre, numa altura em que as taxas no mercado secundário estão em mínimos de 2015 fruto dos sinais positivos da economia, da subida do rating e das compras do Banco Central Europeu (BCE).

Na operação de financiamento realizada esta quarta-feira, um dia depois da taxa a dez anos ter baixado dos 2% nos mercados, o IGCP recebeu ofertas para 1.962 milhões de euros, acabando por colocar os 1.250 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) que pretendia, mas com um juro muito baixo, o menor de sempre para esta maturidade.

"Foi um resultado fenomenal para o nosso nível de risco e para a alavancagem da nossa economia.”

João Queiroz

Diretor da banca online do Banco Carregosa

A taxa de 1,939% representa uma poupança expressiva face aos últimos leilões que a agência liderada por Cristina Casalinho tem realizado nesta maturidade. A última operação a dez anos realizada este ano foi no mês passado, a 13 de outubro, antes da apresentação da proposta de Orçamento do Estado (OE). Foram emitidos 750 milhões de euros em OT com maturidade em 2027, pelos quais o país aceitou pagar uma taxa de 2,327%.

“Foi um resultado fenomenal para o nosso nível de risco e para a alavancagem da nossa economia. Portugal ser capaz de endividar-se a 10 anos a uma taxa de 1,9 por cento era algo que não imaginávamos ver. Representa uma excelente poupança em juros para o país, que assim baixa o custo médio da sua dívida. É que não é só o juro ser baixo, trata-se de dívida longa”, diz João Queiroz, diretor da banca online do Banco Carregosa.

O juro obtido fica também abaixo do mínimo histórico até agora, atingindo em fevereiro de 2015. Nessa altura realizou um leilão a dez anos, mas a taxa obtida por 1.500 milhões acabou por ficar em 2,0411%, segundo dados do IGCP. Agora paga ainda menos, beneficiando dos sinais positivos da economia, bem como da evolução do rácio da dívida pública. O rating fora de lixo ajuda.

“As razões para esta descida são conhecidas: a melhoria no rating da S&P, a eventual melhoria da notação dada pelas outras agências, as boas notícias da economia portuguesa mas, acima de tudo isto um fator mais importante: as taxas das dívidas soberanas europeias tem estado a corrigir e nós aproveitamos esse contexto. Não é só um efeito em Portugal. Aliás, isso vê-se nas taxas que estão a ser feitas no mercado secundário que rondam hoje os 1,955%”, nota João Queiroz.

(Notícia atualizada às 11h20 com mais informação)

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PGR admite que Ministério Público tem de comunicar melhor

Joana Marques Vidal falava na conferência "Liberdades de imprensa e de expressão: Que papéis, que efeitos, que fronteiras e limites?", no Instituto Miguel Galvão Teles, em Lisboa

A Procuradora-Geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, admite que o Ministério Público tem de melhorar a comunicação: “reconheço que ainda há muito a fazer por parte do Ministério Público para melhorar a comunicação”. A titular da investigação participou esta quarta-feira na segunda sessão na conferência “Liberdades de imprensa e de expressão: Que papéis, que efeitos, que fronteiras e limites?”, nos escritórios da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), em Lisboa. Apesar de reconhecer que o MP tem feito um “esforço para melhorar essa comunicação”.

“Decidimos fazer uma conferência sobre este tema, no âmbito da programação anual do Instituto Miguel Galvão Teles, porque é um tema sempre importante e atual, na medida em que as liberdades de expressão e de imprensa são fundamentais no modo como política, jurídica e socialmente vivemos e nos organizamos, e sem elas não há nem democracia, nem Estado de Direito Liberal, nem uma sociedade livre e aberta”, declarou o advogado e sócio da MLGTS, Rui Patrício.

O advogado chamou ainda a atenção para questões como “os limites àquelas liberdades colocadas por outros valores fundamentais, e a concordância prática entre aquelas e estes, como sejam a honra, o bom nome, a privacidade, entre outros”.

Joana Marques Vidal – que abriu a segunda sessão desta iniciativa – admitiu ainda que O MP (seja a Procuradoria-geral, sejam as procuradorias gerais distritais) têm refletido a informação da sua atividade nos respetivos sites: “temos tido informação e atividade das instituições que importa referir e desenvolver um pouco”.

E concluiu ainda dizendo que o caminho pode passar por prevalecer o direito à informação e liberdade de expressão face aos direitos individuais.

No painel estiveram ainda o procurador-geral adjunto João Aibéo – que foi o procurador responsável pela acusação do processo Casa Pia – o advogado Paulo Sá e Cunha e o jornalista Carlos Rodrigues Lima, da revista Sábado. A moderar o debate esteve António Costa, publisher do ECO.

João Aibéo defendeu que a “a Justiça não se sabe explicar”. Adimitindo que as “pessoas têm de apreender a Justiça” e não o conseguem através de “comunicados cinzentos”. E defendeu que a comunicação tem de ser feita de forma mais clara.

Perante a pergunta de António Costa relativamente à existência ou não de promiscuidade entre a Justiça e a comunicação social, Paulo Sá e Cunha admitiu que “sim”. O penalista defendeu que “há efetivamente promiscuidade. E devo dizer de forma muito clara: há jornalismo de investigação em Portugal mas depois há outro lado, que é a maioria”.

O advogado – que esteve também envolvido no processo Casa Pia, responsável pela defesa do ex-provedor adjunto Manuel Abrantes – admite que tem “havido uma mudança qualitativa no acompanhamento pela comunicação social destas questões de Justiça”. Paulo Sá e Cunha relembrou que – antes da acusação – não há contraditório. “Tentar ensaiar uma defesa prematura ou precoce, é semelhante a dar tiros nos pés”. Mas, “inequivocamente, perante a divulgação em grande quantidade de informação relativa a processos, têm o dever se manifestarem”.

 

 

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O fim da marca Meo está cada vez mais próximo

A Altice estará cada vez mais pronta para largar de vez as marcas PT Portugal e Meo. Plano de mudança de marca "já foi posto em prática".

Esta semana, muitos clientes da operadora Meo viram o nome da sua rede mudar para “Altice Meo” na parte superior do ecrã dos telemóveis. Uma mudança que ocorreu sem aviso prévio, embora já fossem conhecidas as intenções da empresa de acabar gradualmente com a marca Meo e passar a ser tudo Altice. Agora, numa resposta ao ECO, fonte oficial da dona da PT/Meo explicou esta alteração: “Entendemos assumir na designação de rede nos nossos sim cards o endosso da marca Altice (…) para potenciar este momento de destaque para Lisboa, Portugal e a Altice.”

Foi em maio de 2017 que a Altice anunciou um rebranding aos muitos ativos que detém, à exceção dos órgãos de comunicação social em França. Mediante esta estratégia, marcas como PT e Meo em Portugal ficaram condenadas a desaparecer para se reerguerem sob a chancela do grupo. Ao ECO, a mesma fonte detalha que o objetivo é criar ” uma marca global que reflita os valores da empresa e da sua estratégia”.

Esta semana, muitos clientes da Meo passaram a ver a marca Altice surgir no canto esquerdo dos seus telemóveis.

“Nesse sentido foi posto em prática um plano de mudança de marca que inclui obviamente a PT Portugal/Meo. Desde agosto que progressivamente a marca Altice tem assumindo cada vez mais protagonismo nas iniciativas e eventos por nós organizados ou aos quais estamos associados e que de alguma forma tenham projeção internacional, contribuindo assim para o processo de construção de marca a nível global”, continua a Altice.

Dá, depois, dois exemplos: “Temos como exemplo o FC Porto a jogar com a marca Altice na Liga dos Campeões, o rebrand do Meo Arena para Altice Arena e agora o Web Summit que conta com a Altice como patrocinadora e parceiro tecnológico.” Aliás, a alteração do nome da rede, que não aconteceu para todos os clientes em simultâneo, surgiu, de facto, logo no arranque da feira que traz à capital portuguesa mais de 60.000 pessoas ligadas à tecnologia, inovação e empreendedorismo.

"Entendemos assumir na designação de rede nos nossos sim cards o endosso da marca Altice (…) para potenciar este momento de destaque para Lisboa, Portugal e a Altice.”

Altice

Fonte oficial

“É exatamente para potenciar este momento de destaque para Lisboa, Portugal e a Altice, que entendemos assumir na designação de rede nos nossos sim cards o endosso da marca Altice”, concluiu a mesma fonte oficial. Por outras palavras, a Altice não quer abrir mão da marca Meo sem ter a certeza de que os portugueses associam a Altice à Meo. Tem sido esta a estratégia do grupo também lá fora, com a operadora francesa SFR em processo de dar lugar à marca única do grupo.

Entre as perguntas enviadas à Altice, o ECO perguntou porque é que os clientes não foram avisados previamente desta alteração em concreto. No entanto, a mesma fonte acabou por não responder diretamente à questão.

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Revista de imprensa internacional

Nove meses após ter entrado em bolsa, os resultados da Snapchat desiludiram... e as ações afundaram. Na banca, o Deutsche Bank prevê cortar milhares de empregos.

As empresas estão em destaque, com os resultados da Snapchat a desiludirem os investidores. E com o Deutsche Bank a sinalizar que deve cortar milhares de postos de trabalho. A Lamborghini também continua acelerar, mas desta vez com um carro elétrico com uma bateria que se autorregenera. A fabricante de supercarros apresentou o protótipo do Terzo Millennio. Para além disso, um teste concluiu que o iPhoneX, o smartphone mais caro da Apple, é o “mais frágil de sempre”.

Tech Crunch

Resultados da Snapchat desiludem. Empresa promete mudanças

Nove meses após ter entrado em bolsa, a Snapchat falhou as expectativas dos investidores… e as ações afundaram. Os resultados do terceiro trimestre mostram uma subida menos expressiva do número de utilizadores para 178 milhões e lucros na ordem dos 200 milhões de dólares. Em reação, a empresa anunciou que vai mudar o design da app e vai melhorar o algoritmo para personalizar mais a experiência dos utilizadores.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Financial Times

Deutsche Bank prevê cortar mais milhares de empregos

O banco alemão emprega 97 mil pessoas — um número que, segundo John Cryan, o presidente executivo do Deutsche Bank, é muito superior aos bancos concorrentes. Contudo, a quantidade de trabalhadores deverá baixar nos próximos anos por causa do desenvolvimento tecnológico, uma tendência que se tem verificado nos principais bancos. Cryan tem estado sob o olhar atento dos investidores por causa do desempenho menos positivo do banco: no início do ano aumentou o capital em oito mil milhões de euros. Até setembro, os lucros foram de 649 milhões de euros.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Quartz

Twitter com 280 carateres para todos… menos para os chineses

A rede social passou a permitir tweets com 280 carateres, o dobro do que permitia atualmente. A mudança esteve primeiro numa fase de experiência, tendo chegado apenas a alguns utilizadores, mas estará em breve disponível para todos — menos para algumas línguas asiáticas. É o caso do mandarim que, segundo o Quartz, possui muitos mais carateres do que as línguas ocidentais, permitindo escrever palavras compridas em poucos carateres.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

Lamborghini apresenta carro elétrico especial

Os carros elétricos chegaram à Lamborghini. A marca do touro revelou o protótipo do Terzo Millennio na conferência EmTech. É um carro elétrico com uma bateria que se autorregenera, ou seja, oferece capacidade máxima para garantir que a autonomia do veículo se mantém ao longo dos anos. Este novo produto da Lamborghini resulta de uma parceria entre a fabricante e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

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The Guardian

iPhone X: Telemóvel mais caro da Apple é o mais fácil de partir

Apesar de todas as garantias da Apple de que o iPhone X tem o “vidro mais duradouro de sempre num smartphone“, um teste concluiu que após várias quedas, a uma altura de quase dois metros, o iPhone é o “mais frágil, caro e com custos mais elevados de reparação de sempre”. Neste teste, quando o smartphone caiu de lado, o vidro sobreviveu mas o ecrã deixou de funcionar. Quando caiu com o ecrã para baixo, o vidro partiu-se.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Centeno: Emissão de dívida a dez anos pode ter juro mais baixo desde saída limpa

O leilão a dez anos que Portugal vai realizar esta quarta-feira "provavelmente" terá o juro de emissão mais baixo desde o regresso aos mercados. Quem o diz é o ministro das Finanças.

Esta terça-feira os juros a dez baixaram a fasquia dos 2%, regressando a níveis de 2015. Esta evolução fará com que, “provavelmente”, a emissão de dívida que o IGCP vai colocar ao mercado esta quarta-feira tenha o juro mais baixo desde a saída limpa — uma previsão feita por Mário Centeno esta quarta-feira em entrevista à Bloomberg. O ministro das Finanças antecipa que este desempenho vá ajudar na atração de investimento estrangeiro.

Hoje temos uma emissão de dívida que, provavelmente, terão o menor juro desde que regressámos aos mercados“, antecipou Centeno, referindo que esta operação dará uma imagem positiva do país para o exterior. Esse fator, aliado à influência do Web Summit, é “muito importante para atrair investimento para Portugal”. Já esta terça-feira, à saída da reunião do Eurogrupo, o ministro das Finanças tinha assinalado que a descida dos juros era “uma marca muito relevante” para o país, dado que “permite reduzir o custo médio do endividamento, mantendo a maturidade média da dívida”.

Este desempenho de Portugal nos mercados financeiros vai permitir que o Orçamento do Estado para 2018 tenha uma considerável diminuição da fatura com juros. Esta terça-feira o Conselho das Finanças Públicas alertava o Governo de que a consolidação orçamental está a ser feito essencialmente através de três fatores: a conjuntura económica, os dividendos do Banco de Portugal e, por fim, a redução dos encargos com juros — um ajustamento que poderá ficar comprometido quando o Banco Central Europeu deixar de comprar tanta dívida portuguesa.

Na mesma entrevista à Bloomberg TV, Mário Centeno registou a melhoria do mercado de trabalho, a expansão das exportações e o dinamismo da economia. Contudo, manteve o discurso do Governo de que as previsões subjacentes ao OE2018 são “prudentes”, assinalando que atualmente o crescimento potencial da economia portuguesa situa-se nos 2%. O ministro das Finanças espera que o potencial cresça assim que o sistema financeiro estabilizar.

Quando ao Eurogrupo, Centeno recusou-se novamente a deixar claro se vai ou não ser candidato à presidência do Eurogrupo. O ministro das Finanças portugueses que, segundo avançou o Expresso, está na short list de candidato à sucessão de Dijsselbloem, disse apenas que está em conversações com os restantes ministros das Finanças europeus e que a decisão será tomada até ao final do mês. O novo presidente deverá ser eleito no início de dezembro.

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Galp Energia emite 500 milhões em dívida. Paga cupão de 1%

A petrolífera foi ao mercado para fazer uma emissão de dívida com a qual obteve 500 milhões de euros. A taxa final deve rondar os 1%.

A Galp Energia foi ao mercado para fazer uma emissão dívida. A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva obteve 500 milhões de euros, no mesmo dia em que Portugal regressou aos mercados para se financiar em dívida a dez anos. Esta operação tem como objetivo reembolsar títulos que estão a atingir a maturidade, procurando baixar o custo do financiamento tendo em conta a queda que se tem assistido nas taxas.

A empresa colocou 500 milhões de euros em títulos a cinco anos, confirmada pelo ECO junto de fonte oficial da petrolífera. A petrolífera entretanto enviou um comunicado ao mercado, onde diz que o cupão desta operação é de 1%. BNP Paribas, CaixaBI, Deutsche Bank, SocGen (B&D) e UniCredit foram os bancos contratados para gerir este processo.

Durante o dia, a Bloomberg esteve a avançar que apesar de os termos finais não indicarem qual foi a procura, as ordens ascenderam a 1,5 mil milhões (três vezes mais do que a empresa pretende emitir) durante a operação. Os dados finais mostram ainda um spread entre os 85 e os 88 pontos base, acima da taxa de referência para a maturidade da emissão — no arranque da operação, o spread esteve entre 110 e 115. A taxa mid swap a cinco anos está nos 0,1755%, de acordo com dados da Bloomberg. Assim, a Galp Energia pode acabar por pagar um juro entre 1,02% e 1,05%.

Esta operação tem como objetivo emitir nova dívida para reembolsar títulos que estão quase a expirar. É um refinanciamento que é feito numa altura em que as taxas de mercado estão em queda, o que permitirá à empresa liderada por Carlos Gomes da Silva baixar os custos de financiamento.

A Galp Energia regressou ao mercado no mesmo dia em que Portugal voltou a fazer um leilão de obrigações do Tesouro. O IGCP emitiu 1.250 milhões de euros em títulos a dez anos, operação na qual conseguiu o juro mais baixo de sempre. No mercado secundário, os investidores estão a negociar títulos a dez anos com uma taxa abaixo dos 2%, um mínimo desde abril de 2015.

(Notícia atualizada às 19h00 com comunicado enviado ao mercado onde é referido a taxa de cupão da operação)

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Uber: greve reforça “urgência da aprovação” de lei no Parlamento

Os trabalhadores das plataformas digitais Uber, Cabify e Chofer estão em greve esta quarta-feira. Uber reconhece o direito dos trabalhadores e pede mais rapidez ao Governo e deputados.

O diretor geral da Uber em Portugal reagiu esta quarta-feira à greve dos seus motoristas, reconhecendo o direito a manifestarem-se. Rui Bento considera que a paralisação é um sinal da “urgência” de se aprovar um quadro regulatório para estas plataformas online — legislação que está parada na Assembleia da República há vários meses. O líder da Uber quer que a Web Summit “inspire Portugal para celebrar e não para punir a inovação”.

A greve começa às 16h e termina às 20h, tendo como objetivo protestar contra a “perseguição” pelas autoridades policiais que têm sido notícia em vários eventos de maior dimensão, como foi o caso desta segunda-feira, na Web Summit. Os motoristas querem criar o “caos na mobilidade urbana”, uma situação que esperam que sirva de alerta para que os deputados sejam mais rápidos.

Em reação à greve, Rui Bento começa por dizer, em comunicado enviado às redações, que a Uber respeita “o direito que a comunidade de motoristas tem de se manifestar”. “Esta situação reforça mais uma vez a urgência da aprovação, pela Assembleia da República, de um quadro regulatório moderno e transparente para a mobilidade em Portugal, que vá ao encontro das expectativas dos milhares de utilizadores que usam diariamente a Uber para viajar nas nossas cidades, e dos mais de 3.000 motoristas que encontram na Uber uma oportunidade económica”, argumenta, colocando-se ao lado das reivindicações dos trabalhadores, que não trabalham exatamente nestas plataformas, mas antes se ligam a estas para trabalhar.

O diretor geral da Uber tem, por isso, uma esperança: “Esperamos que o maior evento tecnológico do mundo inspire Portugal para celebrar e não para punir a inovação”. Para já, a principal reivindicação das plataformas é que haja um período de tolerância enquanto a legislação não é aprovada e publicada em Diário da República.

Esta terça-feira a Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transportes (ANPPAT), em comunicado citado pela Lusa, garantia que “está ao lado de todos os empresários do setor”, assinalando que “é difícil entender o porquê do arrastamento desta situação, depois das posições públicas favoráveis de vários membros do Governo”. Segundo a ANPPAT, as coimas aplicadas aos motoristas já ascendem a um milhão de euros.

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Países em desenvolvimento devem “reconsiderar o valor dos bancos internacionais”

  • Lusa
  • 8 Novembro 2017

Para o Banco Mundial, as restrições impostas aos bancos internacionais nos países em desenvolvimento limitam o crédito às famílias e às empresas.

O Banco Mundial avisou esta terça-feira que as crescentes restrições impostas após a crise financeira de 2007-2009 aos bancos internacionais nos países em desenvolvimento travam as perspetivas de crescimento, ao limitarem o crédito às famílias e às empresas.

Sem um setor bancário competitivo, os pobres não podem aceder a serviços financeiros básicos, muitas empresas serão excluídas dos mercados e os países em desenvolvimento deixarão de crescer“, afirmou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, na apresentação do relatório “Desenvolvimento Financeiro Global”.

Segundo o relatório, os países em desenvolvimento “deveriam reconsiderar o valor dos bancos internacionais como instrumentos imprescindíveis para acederem ao crédito mundial“, uma vez que se protegem dos riscos através de “uma melhoria das trocas de informação sobre registos de créditos e da supervisão dos bancos”.

O Banco Mundial assinalou que, perante a incerteza e desconfiança, quase 30% dos países em desenvolvimento aplicaram restrições a sucursais de bancos estrangeiros.

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Ganhos da Galp Energia e Jerónimo Martins dão boleia a Lisboa

A praça portuguesa está a somar mais uma sessão de ganhos. O bom desempenho está a ser determinado pela valorização da Galp Energia, mas também da retalhista Jerónimo Martins.

Mais um dia de ganhos para a bolsa nacional. O PSI-20 abriu no verde, acompanhando o sentimento no resto das praças do Velho Continente. A subida do índice de referência está a ser determinada pelo desempenho positivo da Galp Energia e Jerónimo Martins. Isto num dia em que as atenções vão estar viradas para um leilão de obrigações do Tesouro. Portugal deve pagar os juros mais baixos de sempre.

Com o setor energético a puxar pelo índice de referência nacional, o PSI-20, abriu a valorizar 0,21% para 5.362,29 pontos, numa sessão com apenas quatro cotadas no vermelho. A Galp Energia avança 0,27% para 16,42 euros, a EDP sobe 0,24% para 2,97 euros e a EDP Renováveis acelera 0,13% para 7,004 euros.

PSI-20 continua a somar ganhos

Do lado dos ganhos, destaque ainda para os CTT. A empresa de correios sobe 0,26% para 3,515 euros, depois de as ações terem afundado mais de 20% em apenas uma sessão. Mas também para a Jerónimo Martins, com a retalhista a avançar 0,22% para 16,01 euros.

A Corticeira Amorim também acompanha a tendência positiva, acelerando 2,37% para 12,10 euros. A empresa aumentou os lucros nos primeiros nove meses do ano e vai pagar um dividendo extra de oito cêntimos.

(Notícia atualizada às 8h23 com mais detalhes)

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Santana Lopes prepara “profunda reforma fiscal”

  • ECO
  • 8 Novembro 2017

O candidato à liderança do PSD quer introduzir um regime fiscal especial para as regiões onde o turismo está a puxar pela economia. No Algarve, Santana Lopes disse estar a preparar uma reforma fiscal.

Pedro Santana Lopes desceu esta terça-feira à noite a Faro para se encontrar com militantes sociais-democratas numa altura em que se prepara para disputar a liderança do PSD com Rui Rio. O ex-primeiro-ministro garantiu que está a preparar uma “profunda reforma fiscal” que, ainda assim, mantenha a “estabilidade fiscal”. De acordo com a TSF, Santana Lopes já tem uma proposta: criar um regime fiscal especial para as regiões turísticas.

“Portugal não pode ficar numa posição meramente passiva e, às vezes, a dar sinais errados no Orçamento nomeadamente para o investimento externo“, afirmou o candidato à liderança do Partido Social-Democrata, que anteriormente já tinha criticado o agravamento da derrama estadual para empresas com lucros superiores a 35 milhões de euros — uma medida que não consta da proposta do OE2018, mas que a esquerda diz que terá o apoio do PS na especialidade.

Santana Lopes anunciou que está a preparar “uma profunda reforma que, respeitando o princípio da estabilidade, possa em determinadas regiões do país quadros de atratividade muito particulares que possa potenciar o tipo de desenvolvimento que já têm“. O líder do PSD argumenta que “são poucas as regiões do mundo fortemente turísticas que não têm quadros fiscais especialmente favoráveis”.

Para o ex-primeiro-ministro não basta fazer uma “discriminação positiva” para as zonas do país mais desertificados ou de baixa densidade. “Temos também de olhar para aqueles que já revelaram grande potencial económico e que, se tiverem esse estímulo indutor de desenvolvimento, ainda podem fazer mais”, explicou Santana Lopes.

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Sem licença de CR7, fábrica de sapatos de Guimarães entra em PER

  • ECO
  • 8 Novembro 2017

A Portugal Footwear, a empresa que fabricava os sapatos de Cristiano Ronaldo, entrou em PER depois de a licença de produção ter terminado no final do ano passado.

No site, a Portugal Footwear tem à venda sapatos da coleção outono/inverno de 2016.

A Portugal Footwear, a empresa que era responsável pela conceção, produção e comercialização dos sapatos de Cristiano Ronaldo, perdeu a licença de produção da CR7 Footwear e entrou em Processo Especial de Revitalização (PER), avança o Jornal de Negócios (acesso pago). O CEO da Portugal Footwear, Paulo Gonçalves, afirma que o fim do contrato no final do ano passado colocou a empresa “numa situação económico-financeira bastante frágil”.

A marca de sapatos CR7 Footwear foi mundialmente lançada em fevereiro de 2015, em Milão. Esteve presente na maior feira de calçado do mundo no ano seguinte, mas não voltou a aparecer. Isto porque deixou de ter sapatos novos para apresentar. No site, a Portugal Footwear tem à venda sapatos da coleção outono/inverno de 2016.

“Os sapatos que estão aí à venda ainda são da nossa produção”, disse Paulo Gonçalves ao Negócios. “O contrato acabou no final do ano passado”, nota. O CEO da Portugal Footwear não explica por que é que o contrato terminou, mas deixou claro que deixou a empresa numa situação financeira frágil. “É verdade que apresentámos um PER para a reestruturação da empresa”, refere, garantindo que “vamos ter de redimensionar a empresa em função da nova realidade”.

A empresa tem, atualmente, cerca de duas dezenas de trabalhadores e capacidade para produzir cerca de 200 pares de sapatos por dia. Paulo Gonçalves afirma que a Portugal Footwear está na fase final de negociações com os credores e não duvida “de que o PER será aprovado”. A dívida total é de 6,8 milhões de euros e o principal credor é o Novo Banco.

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