Presidente da Sonae também vai ser ouvido pela ERC no negócio Altice-TVI

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

Paulo de Azevedo, presidente da Sonae, também pediu à Entidade Regulador para a Comunicação Social para ser ouvido no âmbito do negócio de compra da Media Capital pela Altice.

O presidente da Sonae, Paulo Azevedo, pediu para ser recebido pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) no âmbito da operação de compra da TVI pela Altice.

“Paulo Azevedo pediu para ser recebido pela ERC e vai ser recebido no início da próxima semana”, afirmou Carlos Magno. Paulo Azevedo é presidente da Sonae, grupo que detém o título Público.

Na semana passada, a ERC teve reuniões com os presidentes da Altice, Patrick Drahi, e da Prisa (dona da Media Capital, Juan Luis Cebrián. “Foi uma reunião de trabalho longa e bastante dura”, disse o presidente da ERC.

Neste encontro, o patrão da Altice, grupo que comprou a PT Portugal (Meo) há dois anos, “comprometeu-se em fazer um documento escrito, dando as garantias de tudo o que afirmou na ERC”, acrescentou Carlos Magno.

A ERC está a analisar a compra da Media Capital pela Altice, esperando-se que o parecer, que é vinculativo, esteja pronto depois das eleições autárquicas.

A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal, que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

Em 21 de agosto, a ERC recebeu o pedido de parecer formulado pela Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a operação de concentração, que consiste na compra, pela Meo – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, do controlo exclusivo do grupo Media Capital.

Após o parecer da ERC, pode acontecer duas situações, dependendo se o regulador dos media se pronunciar de forma negativa ou favorável ao negócio. Caso o parecer seja negativo, a operação não se poderá realizar.

No entanto, se o parecer não for negativo, a Autoridade da Concorrência continuará a sua instrução e ao fim de 30 dias úteis (contados da data da notificação e descontadas as interrupções que suspendem o prazo legal) e poderá pronunciar-se de três formas: que a operação não se encontra abrangida pelo procedimento de controlo de concentrações; não se opor à concentração; ou dar início a uma investigação aprofundada. Neste último caso, a AdC dispõe de um prazo máximo de 90 dias úteis para adotar uma decisão final.

Na terça-feira, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgou o seu parecer sobre o negócio, onde considera que a compra da Media Capital pela Altice não deverá ter lugar “nos termos em que foi proposta”, pois “é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva” em vários mercados de comunicações eletrónicas.

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Petróleo a caminho do terceiro melhor trimestre dos últimos 13 anos

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

O preço do petróleo abriu o dia a valorizar, a caminho do terceiro melhor trimestre dos últimos 13 anos. A diminuição das reservas dos EUA e os cortes na produção estão na causa desta subida.

O petróleo está a subir esta quarta-feira, a caminho do terceiro melhor trimestre dos últimos 13 anos. A diminuição das reservas de petróleo nos Estados Unidos e o aumento da procura pela matéria-prima estão na causa desta escalada, avança a Bloomberg.

Na passada terça-feira, o ministro iraquiano do petróleo, Jabar al-Luaibi, disse que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus parceiros estavam a considerar prolongar e, talvez aumentar, os cortes na produção do petróleo. Um dia depois, a matéria-prima acordou a subir, a caminho do terceiro melhor trimestre desde 2004.

A somar a isto, esta subida do preço do petróleo acontece numa altura em que as refinarias norte-americanas retomam a sua atividade, depois dos estragos causados pela passagem do furacão Harvey. Ao mesmo tempo, a procura pela matéria-prima aumenta e, consequentemente, os preços também.

Em Londres, o barril de Brent valoriza 1,20% para os 55,80 dólares e nos Estados Unidos, o WTI sobe 1,21% para se fixar nos 50,08 dólares. Na semana passada, as reservas de petróleo aumentaram para 1,44 milhões de barris, de acordo com o relatório do Instituto Americano do Petróleo. As estimativas eram para um aumento muito superior: 3,9 milhões de barris, o que sinaliza um travão no excesso de petróleo.

Barril do Brent acima dos 55 dólares

A OPEP e os seus membros, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção de petróleo em cerca de 1,8 milhões de barris por dia, até março de 2018. Alguns dos produtores da matéria-prima defendem que esses cortes devem ser estendidos por mais três ou quatro meses, enquanto outros lutam pela sua extensão até ao final de 2018. O Iraque, o segundo maior produtor do mundo, defende que a produção deve ser reduzida em 1% para ajudar a reequilibrar o mercado.

"Se a tendência se mantiver, podemos esperar novos máximos até o final do ano.”

ANZ Research

“Uma melhoria do cenário macroeconómico deverá estimular a procura por petróleo nos próximos dois trimestres e, se a OPEP reforçar os cortes de produção, os preços da matéria-prima poderão subir ainda mais“, diz a ANZ Research, numa nota de investimento citada pela Bloomberg.

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Função Pública reclama aumento salarial de 4% sob ameaça de protesto nacional

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

Ana Avoila, da Frente Comum, planeia partir para uma manifestação “na última quinzena de outubro ou na primeira de novembro", estando em causa a organização de um protesto nacional ou uma greve.

A Frente Comum da Administração Pública exigiu, esta quarta-feira, aumentos salariais de 4% para 2018, com um mínimo de 60 euros para todos os trabalhadores, e anunciou uma ação de luta nacional, que poderá ser uma greve ou uma manifestação a realizar em outubro ou novembro.

O anúncio foi feito aos jornalistas pela coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, em frente do Ministério das Finanças, onde a dirigente sindical entregou esta manhã uma resolução aprovada ontem na cimeira de sindicatos daquela estrutura da CGTP.

“Se o Governo não recuar nas suas intenções que têm sido publicamente anunciadas (…) naturalmente que os trabalhadores têm que lutar, não podem ficar parados e aceitar porque, a ser assim, é a continuação de políticas de austeridade na administração pública”, disse Ana Avoila.

Segundo a dirigente sindical, a decisão da Frente Comum sobre a data e a forma de luta a adotar será tomada dia 3 de outubro e o protesto decorrerá “na última quinzena de outubro ou na primeira de novembro e será uma manifestação nacional ou uma greve”.

A decisão, acrescentou Avoila, dependerá do resultado das negociações entre a estrutura sindical e o Governo, que estão a decorrer. A próxima ronda negocial está agendada para esta quinta-feira e em cima da mesa estão matérias como o descongelamento das carreiras na administração pública que, segundo o Governo, vai avançar no próximo ano, de forma gradual.

Ana Avoila reafirmou que a Frente Comum não cede nos aumentos dos salários, que estão congelados desde 2010, nem abdica de que o descongelamento das progressões na carreira abranja todos os trabalhadores.

Quanto ao aumento salarial de 4% exigido pela Frente Comum, Ana Avoila considerou o valor “razoável”, tendo em conta a perda de poder de compra nos últimos anos dos trabalhadores da administração pública, de 9%, segundo disse, e o aumento do custo de vida.

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Passos Coelho quer dar um passo atrás na lei da imigração

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

O líder do PSD planeia revogar as alterações à lei que permite vistos de residência a imigrantes que apenas apresentem uma promessa de contrato de trabalho.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou, esta quarta-feira, que o partido vai apresentar na Assembleia da República uma proposta para revogar as alterações introduzidas pelo Governo à lei da imigração.

“Dei hoje mesmo indicação ao líder parlamentar para que o PSD viesse a apresentar na Assembleia da República uma proposta para revogar as alterações introduzidas por este Governo na lei da imigração”, afirmou Passos Coelho, no final de uma ação de campanha autárquica em Amares (Braga).

Por outro lado, o líder social-democrata desafiou o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que esta quarta-feira estará presente na comissão parlamentar, a esclarecer qual a proposta que Portugal irá apresentar este mês na Comissão Europeia em relação ao mecanismo de cooperação reforçada de segurança e defesa.

“Eu acho que o ministro não pode ir ao Parlamento e não responder, seria uma falta de ética republicana total que ocultasse dos portugueses e do parlamento o que pretende apresentar na Comissão Europeia. O Governo pode ser liderado pelo PS, mas o país não é do PS, temos o direito a saber o que está a preparar nesta matéria”, disse.

Passos Coelho, que já fez este desafio ao Governo por várias vezes, lamentou o “silêncio arrogante” do executivo e alertou que esta matéria também tem consequências orçamentais.

“O Governo tem dado imensas informações em matéria orçamental. E em relação à defesa? Há compromissos, eles estão salvaguardados com PCP e BE?”, questionou.

Sobre a matéria de imigração, Passos Coelho reiterou as críticas às alterações introduzidas – por proposta do BE e aprovadas em julho no Parlamento -, e que preveem, por exemplo, que sejam concedidos visto de residência com base em promessas de contratos de trabalho.

“Parece-me muito claro, perante sinais que já existem, que a quebra de consenso que foi estabelecida pela esquerda mais radical com o apoio do Governo nesta matéria não é boa para o futuro do país e para a nossa segurança”, disse.

Após a publicação da nova lei da imigração, que concede o visto de residência aos imigrantes com apenas uma promessa de contrato de trabalho, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), registou 4.073 pedidos de visto. Trata-se de um valor acima da média de 300 pedidos semanais.

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Conversas Soltas. A gestão comercial nas empresas

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

O ECO e o Banco Popular realizam esta quinta-feira, a partir das 09h00, mais um Conversas Soltas, desta vez para discutir a gestão comercial nas empresas.

As Conversas Soltas do ECO e do Banco Popular regressam esta quinta-feira à partir das 09h00 com a discussão da função comercial nas empresas. Às vendas e aos objetivos, a função comercial tem de juntar a relação com os clientes e a sua retenção, o que torna esta dimensão mais exigente e complexa.

O ECO e o Banco Popular convidaram para esta sessão, que será moderada pelo jornalista António Costa, quatro responsáveis de empresas de setores diferentes e com um posicionamento diferente no mercado. Vamos ter a Sofia Tenreiro, da Cisco, o João Epifânio, da Altice/PT, a Isabel Carneiro, da Polopique e o Luís Saramago, da Renova.

Além das mudanças na função, mudaram também os canais de distribuição, e a digitalização da economia trouxe novas oportunidades, abriu mercados, mas também mais concorrência. Aproximou as empresas dos clientes, mas também abriu as portas à concorrência.

Pode acompanhar as Conversas Soltas em direto, aqui no site do ECO ou na nossa página de Facebook.

 

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Netflix e Youtube passam a ser taxados em França para financiar o cinema

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

O imposto sobre as duas plataformas vem no sentido de financiar a indústria cinematográfica francesa e o decreto será lançado "nos próximos dias".

A ministra francesa da Cultura, Françoise Nyssen, anunciou hoje que aquele país irá aplicar um imposto às plataformas como o Youtube e a Netflix, que oferecem serviços sujeitos a subscrição ou que sejam pagos com publicidade.

Numa entrevista ao diário económico Les Echos, Nyssen afirmou que “nos próximos dias” surgirá um decreto para analisar o alcance do imposto cujas receitas reverterão a favor do Centro Nacional de Cinematografia (CNC), encarregado de levar a cabo as políticas de apoio ao cinema, ao setor audiovisual, de vídeo e multimédia, incluindo os videojogos.

Como tal, a taxa servirá para financiar esta indústria e a ministra francesa precisou que os contributos vêm “dos serviços subscritos ou que vivem da publicidade e que estão estabelecidos no estrangeiro”.

O objetivo é que as respetivas plataformas entrem no que classifica como “círculo virtuoso do financiamento da criação”.

As medidas derivam de uma diretiva europeia, que prevê que os ‘sites’ estejam em conformidade com os regulamentos dos países de destino.

Adicionalmente, o governo francês está a pôr em marcha um “plano de ação contra a pirataria”, dentro do qual se enquadra um acordo assinado na passada terça-feira, entre a Google e a Associação Francesa de Luta contra a Pirataria Audiovisual (ALPA), sob a alçada do CNC e com a presença da ministra da Cultura.

Em virtude desse acordo, a Google irá estabelecer uma melhor cooperação entre a plataforma Youtube e os detentores dos direitos autorais de obras audiovisuais que se queixam de perdas por pirataria.

A empresa associada ao motor de busca da Internet irá disponibilizar à ALPA a sua ferramenta de identificação e gestão de direitos – Content ID – para centralizar os pedidos dos proprietários desses direitos, combatendo a pirataria e bloqueando a difusão dos vídeos.

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PS pretende criar uma tarifa social de gás engarrafado

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

O Partido Socialista pretende assim "beneficiar os consumidores mais desfavorecidos", facilitando o acesso a botijas de gás.

O PS admite criar uma tarifa social para o gás de botija, à semelhança do que existe atualmente para os consumidores economicamente vulneráveis da eletricidade e do gás natural, afirmou hoje o deputado socialista Hugo Costa.

Em debate no plenário sobre as propostas de projetos de lei apresentadas pelo PCP e pelo PAN, que estabelece um sistema de preços máximos para o gás de garrafa, e um projeto de resolução do BE, que também recomenda a criação de um sistema de preços máximos das botijas de gás, o deputado do PS Hugo Costa recordou as medidas adotadas pelo Executivo – algumas aprovadas no Orçamento do Estado para 2017 – e admitiu a criação de “uma tarifa social sobre este setor para beneficiar os consumidores mais desfavorecidos”.

Também o CDS-PP apresentou um projeto de resolução que recomenda ao Governo o reforço da fiscalização do mercado do gás engarrafado, por forma a reduzir a diferença existente entre o preço de referência e o preço médio de venda ao público.

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A sua mala de marca é verdadeira? Esta app dá a resposta

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

Dispositivo da Entrupy compara, em minutos, dezenas de milhões de fotografias e analisa com um rigor de 98% a autenticidade das bolsas de luxo. O segredo? Inteligência artificial.

O jogo de adivinhas que é a autenticação de uma mala de luxo tem os dias contados. A startup nova-iorquina Entrupy garante que a sua câmara permite a qualquer um e em poucos minutos identificar uma falsificação.

Chapéus há muitos, já dizia o Vasquinho de Anatomia. Mas quando o assunto são bolsas de senhora e sobretudo se forem de luxo, a conversa muda de tom. Contam-se pontos de costura, analisa-se o grão do couro, avaliam-se os padrões. A legitimidade dos produtos de marcas como Chanel, Louis Vuitton e Gucci é um assunto sério.

A deteção das cópias é um trabalho árduo e, até agora, pouco rigoroso, mas a nova câmara trazida pela Entrupy promete uma resposta em tempo recorde — por uma mensalidade a partir de 99 dólares. A câmara amplia 260 vezes a bolsa e compara os dados recolhidos com uma base de dados através de uma aplicação para smartphone (a máquina tem ligação wireless ao telemóvel).

Análise após análise, esse repositório tem crescido. Depois de um ano de atividade, a Entrupy já acumulou dezenas de milhões de fotografias de 30 mil malas e carteiras. O rigor deste mecanismo é agora de 98% para 11 marcas de luxo.

Veja como a Entrupy analisa a autenticidade dos produtos de marca

Com a mesma tecnologia – algoritmos que usam padrões para conseguirem uma aprendizagem profunda – outros têm aperfeiçoado programas de reconhecimento de voz e carros autónomos. Yann LeCun, diretor da área de pesquisa de inteligência artificial no Facebook, e o seu parceiro Vidyuth Srinivasan viram nas bolsas de marca uma outra aplicação interessante.

“Hoje, [todo o processo de verificação] é feito por humanos. Para negócios que estão a crescer essa não é uma solução que pode ganhar escala”, garantiu Srinivasan à Bloomberg.

Até ao momento, já são 160 os parceiros da Entrupy, entre lojas online de produtos de luxo, lojas de produtos em segunda mão e lojas de penhores. As queixas dos clientes, que apesar da verificação por profissionais experientes acabavam, por vezes, por receber produtos falsificados, levaram-nos a adotar este serviço.

Nos últimos anos, o comércio digital, o anonimato da Internet e a explosão do número de revendedores online têm tornado a luta contra as cópias cada vez mais difícil. Segundo uma estimativa da Visiongain, só este ano, os fabricantes de vestuário gastarão, por isso, 6.15 mil milhões de dólares em tecnologias com o mesmo propósito que o da Entrupy.

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Euro volta a superar os 1,20 em dia de reunião da Fed

  • Rita Atalaia
  • 20 Setembro 2017

Depois de sete sessões a negociar abaixo dos 1,20 dólares, o euro voltou a superar este patamar. A moeda única está a valorizar no dia em que a Fed deve dar pistas sobre a redução do balanço.

O euro voltou a passar a barreira dos 1,20 dólares. Depois de sete sessões abaixo deste patamar, a moeda única está a acelerar no dia em que termina a reunião da Reserva Federal dos EUA. Os investidores devem manter-se cautelosos até ao final da tarde, quando Janet Yellen pode dar mais pistas sobre a redução do balanço e quando é que o banco central pode voltar a subir as taxas de juro.

A moeda única está a valorizar 0,12% para 1,2007 dólares, com os investidores à espera que a Fed sinalize uma subida dos juros em dezembro e dê pistas sobre o futuro da liderança do banco central, já que o mandato de Yellen está a terminar e depois de o vice-presidente da entidade, Stanley Fisher, ter abandonado o cargo no início deste mês por “razões pessoais”.

Euro valoriza em dia de decisão da Fed

Mas o foco está sobretudo virado para quaisquer declarações da presidente da Fed que sinalizem quando é que o banco central vai começar a reduzir o balanço. Isto depois de as minutas da reunião de julho terem mostrado que os responsáveis da Fed deixaram a porta aberta à possibilidade de ser anunciada uma data para este corte já em setembro. Sobre a evolução da inflação, o banco liderado por Janet Yellen continua cauteloso. Mas deve continuar a dizer que as taxas baixas da inflação são “temporárias”.

"O mercado está calmo à espera da reunião da Fed. Janet Yellen vai fazer uma conferência de imprensa e o comunicado pode dar algumas pistas sobre quais são os termos da desalavancagem do balanço.”

Bucky Hellwig, vice-presidente sénior da BB&T Wealth Management

“O mercado está calmo à espera da reunião da Fed. Janet Yellen vai fazer uma conferência de imprensa e o comunicado pode dar algumas pistas sobre quais são os termos da desalavancagem do balanço”, afirma Bucky Hellwig, vice-presidente sénior da BB&T Wealth Management, à Reuters. “Há alguns receios entre os investidores em relação a como é que esta redução vai funcionar e como vai afetar as taxas de juro de longo prazo”, acrescenta.

Já Paul Gruenwald, economista-chefe para a região Ásia-Pacífico da S&P Global Ratings, considera que a Fed não deve surpreender o mercado. “Para que o mercado reaja, terá de ser surpreendido”, diz, mas isso não deve acontecer desta vez.

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Cristas foi ao metro mostrar o seu mapa com mais 20 estações

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

"A hora Medina é a hora de ponta em Lisboa",refere Cristas na estação de metro do Campo Grande. A candidata usou a viagem até ao parlamento para reiterar a sua proposta de expansão do metropolitano.

A candidata do CDS-PP à Câmara de Lisboa distribuiu hoje o seu plano de expansão do metro aos passageiros do Campo Grande, considerando-a estrutural para acabar o “inferno no trânsito” que transformou a hora de ponta em “hora Medina”.

“Temos um inferno no trânsito. Já não há hora de ponta em Lisboa, agora é a hora Medina, que é a todas as horas. A hora Medina é a hora de ponta em Lisboa, que é continuamente”, disse Assunção Cristas aos jornalistas, junto à estação de metro do Campo Grande.

Para a candidata à Câmara da coligação “Pela Nossa Lisboa” (CDS-PP/MPT/PPM), a solução para a mobilidade na cidade passa pelo ordenamento do trânsito, os semáforos, a Carris, os elétricos, “mas também, e estruturalmente, com o metro”.

Assunção Cristas argumentou que o projeto desenvolvido pelo CDS-PP de mais 20 estações de metro até 2030 “é hoje liderante”: “Mais à esquerda ou mais ou centro direta, todos defendem a expansão do metro. Portanto, é uma ideia que, aliás, não é nova e que estudámos, desenvolvemos e apresentámos, e que primeiro sofreu críticas, e hoje está consensualizada”.

A candidata que também é presidente do CDS-PP falava antes de seguir de metro até ao Rato, descendo a rua de São Bento até ao parlamento, para defender uma recomendação ao Governo sobre o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI), a que acrescentou a expansão dos metros de Lisboa e do Porto.

Assunção Cristas escolheu a estação do Campo Grande para distribuir panfletos com o plano de expansão que o gabinete de estudos do CDS-PP e a sua candidatura concretizaram, porque nela se prevê a junção ao Aeroporto, fazendo-a um ponto de convergência também da linha vermelha, além das atuais verde e amarela.

O plano passa também pelo crescimento “para Ocidente, que é uma área que não tem nada”, e que Assunção Cristas diz que no passado Fernando Medina também já defendeu, ‘esticando’ a linha vermelha para Campolide, Amoreiras, Alcântara, Alto de Santo Amaro, Ajuda, Belém e Algés.

A estação de Algés, concelho de Oeiras, destina-se a escoar o tráfego da linha de Cascais, incentivando também o uso do comboio. Na última fase, o plano passa pelo crescimento até Loures.

Assunção Cristas assumiu a “visão metropolitana” do projeto e acusou o atual autarca que se candidata pelo PS de não ter “qualquer capacidade de ação e de influência junto do primeiro-ministro”, apesar da afinidade política.

A 01 de outubro concorrem em Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).

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Taxas do crédito à habitação voltam a subir

  • Marta Santos Silva
  • 20 Setembro 2017

Há três anos que não subiam mas, depois de uma recuperação em julho, as taxas implícitas do crédito à habitação voltaram a subir um pouco em agosto.

As taxas de juro implícitas no conjunto dos créditos à habitação continuou num ligeiro aumento, ficando-se nos 1,014% em agosto, após ter registado 1,009% em julho, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). É o segundo mês em que esta taxa sobe, após três anos com tendência de queda. Já relativamente aos créditos concedidos nos últimos três meses, a taxa subiu 1,5 pontos base, de 1,681% em julho para 1,696% em agosto.

“Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos foi 1,035%, valor 0,6 pontos base superior ao observado no mês anterior (1,029%)”, refere o INE no comunicado.

Com este fim, o da compra de habitação, mas “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este mesmo destino de financiamento passou de 1,673% em julho para 1,687% no mês seguinte“, salienta o comunicado — mais uma pequena subida.

“Entre julho a agosto, o valor médio da prestação vencida para a totalidade dos contratos subiu um euro, para 239 euros”, refere o INE. “Já para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação fixou-se nos 316 euros em agosto, mais 14 euros do que o observado no mês precedente”.

O valor médio do capital em dívida para a totalidade dos contratos, acrescenta o Instituto Nacional de Estatística, foi inferior ao do mês anterior, caindo para 51.592 euros mensais, menos 32 euros do que em julho. No entanto, no subconjunto dos contratos dos últimos três meses, esse valor médio cresceu: o capital em dívida aumento de 91.052 euros para 92.715 euros, uma subida de 662 euros que é bastante superior.

O crédito à habitação continua a ser o principal motor do crescimento dos empréstimos às famílias. Segundo o Banco de Portugal, em julho, os bancos concederam 683 milhões de euros em novos empréstimos com essa finalidade. Este montante corresponde a um aumento de 41% face ao valor registado no mesmo mês do ano passado.

 

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Venda de casas dispara 25%. Metade dos negócios é em Lisboa

Foram vendidas mais de 70 mil habitações no primeiro semestre do ano, gerando um volume de negócios recorde de 8,9 mil milhões de euros. Metade dos negócios foi feita em Lisboa.

Mercado imobiliário em Lisboa continua em forte alta.Paula Nunes / ECO

O mercado imobiliário em Portugal continua em forte alta. No primeiro semestre do ano foram vendidas mais de 72 mil casas nos país, gerando um volume de negócios de 8,9 mil milhões de euros. Valor das vendas disparou 25% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Já os preços subiram 8% no segundo trimestre.

Cerca de metade do volume de habitações transacionado nos seis primeiros meses do ano teve lugar na região de Lisboa, onde foram vendidas mais de 25 mil casas por 4,3 mil milhões de euros. Corresponde a um crescimento de 30% face a 2016, em função do turismo e do interesse de cada vez mais investidores internacionais nos ativos imobiliários na capital portuguesa. Mas não só.

Por exemplo, no Porto, a segunda maior cidade do país, as vendas de casas totalizaram os 1,4 mil milhões de euros entre janeiro e junho deste ano, aumentando 27% face ao período homólogo.

Face à procura cada vez mais crescente, a tendência natural dos preços é de subida. E os dados do INE confirmam isso mesmo: os preços das habitações em Portugal aceleraram 8% no segundo trimestre do ano. São já quase quatro anos em que os preços das casas sobem no país, tendo atingido no último trimestre máximos de sempre, reforçando os alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a necessidade de monitorização do mercado imobiliário.

Vendas de casas disparam em Portugal

Fonte: INE

Os economistas do Fundo sublinharam em dezembro do ano passado que ainda não havia razão para considerar que existe uma bolha no imobiliário em Portugal. Ainda assim, depois da contração do mercado nos anos da crise, o disparo dos preços das habitações nos anos seguintes deve motivar uma maior atenção dos responsáveis portugueses em relação à evolução da “inflação” das casas.

Outro sinal de robustez do mercado de habitação prende-se com a evolução positiva nos negócios de novas casas. O volume transacionado subiu 6% no semestre para 1,8 mil milhões de euros, num total de 11 mil casas, e continua a crescer depois do mínimo atingido em 2013.

Ainda assim, a maior parte das transações tem a ver com casas existentes: foram vendidas mais de 60 mil habitações em todo o país por sete mil milhões de euros.

Paralelamente, o INE revelou que as taxas de juro implícitas no conjunto dos créditos à habitação cresceram ligeiramente em agosto, fixando-se nos 1,014%. Foi o segundo mês em que esta taxa subiu, após três anos com tendência de queda.

(Notícia atualizada às 11h56)

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