Metro de Lisboa vai parar. Greve a 1 e 3 de agosto

  • ECO
  • 18 Julho 2017

O mês mais quente do ano arranca com carruagens paradas. Vem aí uma paralisação do Metropolitano de Lisboa. O aviso prévio de greve já foi enviado ao Ministério do Ambiente.

O Metropolitano de Lisboa vai parar. Os trabalhadores do metro anunciaram uma greve para os próximos dias 1 e 3 de agosto como forma de protesto contra a desregulação de horários, as condições de segurança e também o “assédio moral” das chefias.

O pré-aviso de greve na primeira terça e quinta-feira de agosto já foi enviado ao Conselho de Administração do Metropolitano e ao Ministério do Ambiente, de acordo com um comunicado conjunto da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, dos Trabalhadores da Tracção do Metropolitano, da Manutenção, dos Trabalhadores dos Transportes e dos Trabalhadores do Metropolitano.

Segundo o Público, na base desta paralisação de 24 horas a 1 e 3 de agosto estão a “desregulação dos horários e relações laborais”, o “não cumprimento dos regulamentos, acordos e protocolos em vigor”, “condições de segurança deficiente, devido à pressão exercida por operacionais da Direção de Operação”.

Os trabalhadores do Metro de Lisboa apontam ainda para o problema do “assédio moral” que leva ao “aumento do absentismo e do conflito laboral permanente”, a “utilização indevida de chefias de primeiro nível, em postos de trabalho” e a “falta de trabalhadores em todas as áreas operacionais, estando alguns a ser substituídos por outsourcing”.

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CGD vai vender edifício do CaixaBI no coração de Lisboa

  • ECO
  • 18 Julho 2017

O banco vai transferir o CaixaBI para a sede na João XXI, procedendo depois à venda do edifício que ficará desocupado na rua Barata Salgueiro. Venda de imóveis faz parte do plano de reestruturação.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai transferir o CaixaBI do edifício que ocupa na rua Barata Salgueiro para a sede do banco na avenida João XXI. O objetivo é, depois, vender o edifício desocupado “num processo competitivo que ainda não foi iniciado”. A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que lembra que também a venda de ativos imobiliários, a par dos financeiros, faz parte do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia.

Esta transferência de instalações concentrará os cerca de 170 trabalhadores do CaixaBI na sede da CGD em Lisboa, mas facilitará também o programa de redução de trabalhadores do banco público que se estende a todo o grupo, incluindo o banco de investimento e a Caixa Capital. No CaixaBI, o processo de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo deverá estar para breve para breve.

A CGD está também a vender a participação de 10% que detém no Taguspark e, na última semana, vendeu uma carteira de créditos a empresas e pequena e média dimensão à Bain Capital, por 476 milhões de euros. Como o ECO avançou em primeira mão, a CGD já contratou também a Société Générale para vender as operações que tem em Espanha, nomeadamente o Banco Caixa Geral Espanha.

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Três obras da CML estão sob investigação

  • ECO
  • 18 Julho 2017

A construção do Hospital da Luz, as Torres de Picoas e a Segunda Circular levantam suspeitas do Ministério Público. Acordos com a Associação de Turismo de Lisboa também entram no escrutínio.

Os serviços de Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Turismo de Lisboa estão a ser investigados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal. Em causa estão obras na Torre de Picoas, Hospital da Luz e Segunda Circular.

As obras sob investigação foram feitas durante os mandatos de António Costa e Fernando Medina, nos quais Manuel Salgado detinha a pasta do Urbanismo. Contudo, ainda não existem arguidos, avança a PGR. A Câmara diz ainda não ter sido notificada.

Em Picoas, as suspeitas caem sobre a construção das Torres de Picoas. Em 2011, estava definido que ali poderia ser construído um prédio com o máximo de sete andares. Passado um ano, foi autorizado um aumento de 89%, que se traduz em 17 andares. Nesta altura, os terrenos “estavam nas mãos” de uma empresa ligada ao BES, nota o Público. Mais recentemente, a Câmara vendeu 27 metros quadrados de terreno após o Bloco de Esquerda apresentar queixa ao Ministério Público, pois o empreiteiro estava já a construir em terrenos municipais.

Os terrenos municipais também foram ocupados pelo Hospital da Luz, desta vez, com a construção de um túnel rodoviário. A solução da Câmara foi o pagamento de uma renda mensal da parte dos construtores. Mas não foi esta a polémica mais visível: para a extensão do hospital, foi demolido o mais moderno quartel de bombeiros que existia em Lisboa na altura. O terreno do quartel foi vendido ao Espírito Santo Saúde um euro acima do valor base da licitação.

Em relação à Segunda Circular, a polémica foi a anulação do concurso público. A Câmara Municipal de Lisboa fê-lo porque o projetista terá prejudicado as empresas concorrentes da forma como apresentou o produto que comercializava, isto é, a mistura betuminosa a ser usada no piso. Teresa Leal Coelho, candidata autárquica e também vereadora, pediu em conjunto com outros dois eleitos do partido e um do CDS-PP, que o Ministério Público investigasse.

Em relação à Associação de Turismo de Lisboa, a Câmara de Lisboa tem sido acusada de falta de transparência na cedência da gestão de vários edifícios, que no total já ultrapassam os 100 milhões de euros. Como associação privada sem fins lucrativos declarada de interesse público, não necessita obedecer às regras de contratação pública. Para mais, a presidência da direção está a cargo da CML, sendo apenas a presidência adjunta pertencente ao privado.

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Quatro fogos mantêm-se ativos, mas com melhorias

  • Lusa
  • 18 Julho 2017

Incêndio em Vila Chã, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, continua por dominar. Mobiliza 685 operacionais.

Quatro incêndios estavam às 07h30 de hoje ativos, apesar de terem registado melhorias durante a noite, adiantou à Lusa o adjunto nacional de operações, Miguel Cruz, acrescentando que não há aldeias evacuadas, nem estradas cortadas.

“Neste momento mantemos ainda quatro incêndios ativos, apesar de terem vindo a registar algumas melhorias no seu desenvolvimento durante a noite com a extinção de algumas das frentes ativas”, disse.

Segundo o adjunto nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), estava ainda por dominar hoje de manhã o incêndio em Vila Chã, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, que mobiliza 685 operacionais, com o apoio de 179 veículos.

“Este incêndio ainda está ativo em cerca de 20% do seu perímetro. Depois temos também o fogo em Santiago de Cassurães e Póvoa de Cervães, concelho de Mangualde, distrito de Viseu, que mobiliza 474 operacionais, com o apoio de 142 veículos, mantendo uma frente ativa, mas já com focos com pouca intensidade”, explicou.

Ativo está também, segundo Miguel Cruz, um incêndio no distrito da Guarda na freguesia de Rochoso e Monte Margarida que mobiliza 307 operacionais, com o auxílio de 103 veículos, mantendo cerca de 20 a 30% do perímetro ainda ativo.

“Tivemos também um reacendimento em Vila Nova de Foz Coa, localidade de Murça, Freixo de Numão, que está a ser combatido por 39 bombeiros, apoiados por 10 veículos”, disse.

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BCP condiciona abertura em Lisboa. EDP trava perdas

O BCP abriu a sessão desta terça-feira em queda, pressionando o principal índice nacional. EDP evita uma desvalorização ainda maior. Investidores cautelosos à espera de resultados.

Foi um arranque de sessão tímido em Lisboa, num dia de mercado do petróleo à deriva e com os investidores cautelosos à espera do início das apresentações de resultados das cotadas nacionais, o que acontecerá esta quinta-feira com a Nos.

Depois da ligeira queda da sessão anterior, o PSI-20 deslizava 0,05% no arranque da sessão. Lisboa está assim a acompanhar a tendência negativa das restantes praças europeias. O Stoxx 600 recuava 0,29%.

A pesar no desempenho da bolsa nacional está a queda de 0,20% do BCP para 24 cêntimos cada ação. Além disso, também a Galp Energia pressionava a praça lisboeta: a petrolífera caía 0,26% para 13,52 euros, acompanhando uma pequena desvalorização dos preços do petróleo em Londres.

A travar as perdas estavam, sobretudo, a EDP, a Jerónimo Martins e a Mota-Engil. Todas subiam na ordem dos 0,30%, aproximadamente, com a construtora em particular a ser beneficiada mais uma vez pela presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no México, onde esta segunda-feira inaugurou novas instalações da empresa.

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Menos eucaliptos: Governo disposto a flexibilizar posição

Já há acordo: vão ser plantados eucaliptos, mas menos. PSD discorda. Esta terça-feira há votação.

Houve cedências de ambas as partes, mas a conclusão foi favorável à posição que só o Bloco de Esquerda defendia: deverão ser plantados menos eucaliptos na hora de reflorestar. Metade, para precisar. Este é o acordo entre PS e Bloco de Esquerda, que permite à proposta ganhar a votação desta terça-feira.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares reuniu com o Bloco de Esquerda esta segunda-feira. A proposta, um “meio caminho” entre a posição inicial de ambos os partidos, é a seguinte: por cada hectare de eucalipto eliminado, meio hectare será plantado noutro local. Esta foi a reformulação apresentada pelo Bloco de Esquerda após defender que não devia ser replantado nenhum eucalipto. O PS queria replantá-los na mesma quantidade.

Questionado, em Bruxelas, sobre o que justifica esta cedência do Governo ao Bloco de Esquerda, o ministro da Agricultura disse que “o Governo está sempre disponível para flexibilizar a sua posição” e que agora irá “mais além da proposta inicial”. Em declarações transmitidas pela RTP3, Capoulas Santos explicou que “a reforma inicial ditava uma proibição de novas áreas de eucalipto, a não ser que fosse retirado de uma área ecológica onde não devesse estar, para passar para outra”. A proporção era “retirar um hectare de eucalipto para replantar outro hectare, numa zona correta. O BE propôs uma redução ou seja o hectare retirado corresponde a um pouco menos na replantação”, explicou. “Estamos a concluir a negociação”, acrescentou o ministro.

Segundo o Público (acesso condicionado), após a replantação nestes moldes, está prevista uma redução faseada do valor de referência para replantação do eucalipto. Em cinco anos, este deverá descer de 90% para 50%, defende o Bloco.

Capoulas Santos, que aproveitou para anunciar novos apoios aos agricultores afetados pela seca para financiar furos ou transporte de água “nas explorações pecuárias que tenham efetivo pecuário mas não tenham capacidade de beberamento”, disse falou ainda da importância desta reforma que está vertida em 12 diplomas: sete já publicados em Diário da República e cinco que deverão ser votados esta terça-feira.

O PSD é a voz dissonante nesta discussão. De acordo com o deputado Nuno Serra, o problema não é a espécie mas sim o ordenamento da floresta. Criticam ainda o sistema de quotas que quer passar plantações para o litoral, que defende ser economicamente prejudicial para o interior.

Não só o eucalipto vai ser discutido. O SIRESP volta ao foco após voltar a falhar no incêndio em Alijó. O PSD exigiu a presença da Ministra da Administração Interna na Assembleia da República para justificar a situação do sistema de comunicações. O PSD traz ainda a votos esta terça-feira um “mecanismo célere e extrajudicial” para que os herdeiros dos mortos e feridos possam receber as indemnizações o mais rapidamente possível. De outro modo, a espera pode ser de “cerca de uma década” alerta Carlos Abreu Amorim.

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Marcelo apela ao otimismo. Do realista, não do irritante

O Presidente da República reconheceu ainda que nem todos podem ter estado "à altura das circunstâncias" na tragédia de Pedrógão Grande, mas que "o país como um todo" conseguiu estar.

Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com a comunidade portuguesa no México e, entre alegrias e tristezas, deixou alguns recados. Após pedir um minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios de junho, o Presidente da República apelou ao país para que fique “realisticamente otimista”.

Em declarações emitidas pela rádio TSF, o chefe de Estado disse: “Nós somos um grande país. Não sei se têm a noção disso. Se não têm, é bom olharem-se todos os dias ao espelho e dizerem ‘eu sou português, eu sou muito bom’. Isso faz muito bem.” Mas alertou: “Não fiquem irritantemente otimistas, porque isso também é demais. Fiquem realisticamente otimistas, mas fiquem otimistas porque merecem e nós merecemos.”

Sobre a tragédia de Pedrógão Grande, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que “o país esteve sempre à altura das circunstâncias”. Mas reconheceu também que “pode, um ou outro, nem sempre estar à altura”. “Acontece-nos a todos nós na nossa vida. Mas o país, como um todo, esteve sempre à altura das circunstâncias”, defendeu.

"O país esteve sempre à altura das circunstâncias. Pode um ou outro de vez em quando nem sempre estar à altura das circunstâncias, acontece-nos a todos nós na nossa vida. Mas o país como um todo esteve sempre à altura das circunstâncias.”

Marcelo Rebelo de Sousa

De visita oficial ao México, o chefe de Estado português indicou que o Governo lá irá “as vezes que for necessário” e que os embaixadores “farão tudo o que está ao seu alcance, como têm feito, para levar mais longe” o relacionamento entre ambas as nações.

E concluiu: “Só não digo que virei cá muitas mais vezes porque depois era difícil explicar à Assembleia da República. O Presidente da República tem de explicar tudo o que faz no estrangeiro à Assembleia da República”, sublinhou.

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Metas orçamentais em risco por causa do BPP

  • ECO
  • 18 Julho 2017

O Estado tem 450 milhões de euros do BPP a receber, mas houve mais um grupo de credores a tentar novamente impedir essa devolução. Montante conta para o cumprimento das metas orçamentais deste ano.

Os credores do Banco Privado Português (BPP) não baixam os braços na tentativa de travarem a entrega de 450 milhões de euros ao Estado pela comissão liquidatária da antiga instituição bancária, pondo em risco o cumprimento das metas orçamentais deste ano.

Desta vez foi a sociedade de credores Liminorke a apresentar recurso depois de ver indeferida uma providência cautelar com o objetivo de suspender a entrega desse dinheiro ao Estado e, consequentemente, suspendendo a liquidação do antigo banco, de acordo com a edição desta terça-feira do Público.

A Liminorke segue assim as passadas já dadas pelo grupo de credores do BPP que compõem a Associação Privado Clientes. Em junho, esta associação recorreu também de uma providência cautelar que interpôs no mesmo sentido e que mereceu parecer desfavorável por parte do tribunal, sublinha ainda o mesmo jornal.

Os credores do BPP põem assim em cheque as metas orçamentais do Governo. Esses 450 milhões de euros, que deverão ser entregues ao Estado após a liquidação do BPP, é uma verba com a qual o ministro das Finanças, Mário Centeno, conta para atingir as metas orçamentais definidas para este ano.

O dinheiro foi entregue ao BPP por seis bancos com presença no país, um empréstimo que recebeu uma garantia do Estado. Esses bancos ativaram a garantia estatal em 2010, ficando também o Estado como credor.

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MOBI.E abranda: pagar carregamentos só no fim do verão

  • Lusa
  • 18 Julho 2017

A MOBI.E voltou a adiar a data a partir da qual os carregamentos rápidos de veículos elétricos passam a ser pagos. Só depois do final do verão.

O pagamento nos postos de carregamento rápido de viaturas elétricas apenas se iniciará depois do verão e não, como inicialmente previsto, no final deste mês, informou hoje a entidade gestora da rede, que também adiou a divulgação de preços.

Em comunicado dirigido aos Utilizadores de Veículos elétricos (UVE), a MOBI.E justificou o adiamento por ter “conhecimento de que muitos utilizadores pretenderiam ter mais tempo para avaliar a adesão a um CEME (Operador detentor de registo de Comercialização de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica), sobretudo neste período estival em que muitos portugueses estão de férias”.

Também os CEME “manifestaram a vantagem de dispor de mais tempo para melhorarem as condições de acesso e as opções tarifárias que pretendem oferecer”. “Oportunamente serão divulgadas as condições de acesso e tarifários por parte dos CEME”, lê-se ainda no comunicado. A 8 de julho, a MOBI.E tinha agendado para o final do mês o início do pagamento nos PCR e que as tarifas seriam reveladas a partir de dia 17.

A MOBI.E aproveitou ainda para informar que o aumento da potência dos 100 postos de carregamento mais utilizados decorrerá em agosto e setembro. Já a última fase da expansão da rede a todos os concelhos do continente iniciará após o verão, concluiu a entidade.

Para efetuar carregamentos nos postos de carregamento rápido (PCR), os utilizadores dos veículos devem ter um acordo comercial com um CEME, o que “lhes permitirá continuar a carregar os seus veículos em qualquer posto de carregamento de acesso público, independentemente do Operador do Posto de Carregamento (OPC)”, explicou na altura a MOBI.E. Os PCR possibilitam um carregamento de 80% da bateria em 20 a 30 minutos.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

De dados sobre o mercado de crédito à visita do comissário Moscovici a Portugal, passando por resultados da banca dos EUA e os inventários de crude, há muito a que os investidores devem estar atentos.

Lisboa acolhe esta terça-feira o comissário Moscovici, responsável pela pasta dos Assuntos Económicos, dia em que o Banco de Portugal também divulga o último relatório trimestral sobre a evolução do mercado de crédito. Mas há muito mais a que os investidores devem estar com atenção. É o caso dos dados sobre o sentimento económico da zona euro, mas também os resultados de alguns dos maiores bancos norte-americanos. Nota ainda para os dados sobre os inventários de petróleo nos EUA relativos à última semana.

Moscovici reúne com Carlos Costa

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, vai estar esta terça-feira em Lisboa, onde terá encontros com responsáveis do Banco de Portugal, e com o primeiro-ministro António Costa, com quem terá uma “reunião de trabalho”. Mas o primeiro encontro será com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e com a administradora do banco central, Elisa Ferreira. Esta reunião acontece poucos dias depois de as instituições europeias terem assinalado que “a recuperação do setor financeiro tem tido progressos positivos, mas ainda não se encontra concluída”.

Inquérito sobre o mercado de crédito

Nesta terça-feira, o Banco de Portugal divulga as conclusões do último inquérito trimestral aos bancos sobre o mercado de crédito. Este inquérito permite fazer um balanço relativamente à concessão de crédito prestada pelos maiores grupos bancários nacionais no segundo trimestre do ano. Dá ainda a conhecer a visão desses mesmos bancos face ao que esperam para os próximos três meses nesse âmbito. Nomeadamente, se anteveem uma maior ou menor procura e oferta de crédito, mas também se as condições de financiamento vão tornar-se mais ou menos flexíveis.

Como vai o sentimento económico na Europa?

À medida que a economia europeia dá alguns sinais de melhoria, também os investidores vão melhorando as suas expectativas relativamente à zona euro. Nesta terça-feira será feito um teste a esse sentimento, dia em que será divulgado o índice ZEW — medida do sentimento económico — para a área do euro e relativo ao mês de julho. Desde o último mínimo, registado em julho do ano passado, que este indicador tem apresentado um rumo ascendente consistente. Será que a leitura de julho irá dar continuidade a essa tendência?

Resultados da banca norte-americana

Depois do JP Morgan e do Citigroup, na passada sexta-feira, chega a vez de outros dois gigantes do setor financeiro norte-americano prestarem as suas contas relativamente ao segundo trimestre do ano: o Bank of America e o Goldman Sachs. De salientar que o setor bancário dos EUA passou recentemente nos testes de stress da Reserva Federal dos EUA. Um “exame” que pôs as instituições financeiras à prova através de vários cenários adversos hipotéticos, revelando um fortalecimento do setor.

Revisita aos inventários de petróleo nos EUA

As cotações do petróleo têm estado sob pressão, tanto em alta como em baixa, consoante os sinais que apontam para uma maior ou menor dificuldade por parte dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em colocar um travão à produção da matéria-prima. Um dos elementos que também contribui para a subida ou queda das cotações do “ouro negro” são os inventários nos EUA. Os dados sobre os inventários de petróleo relativos à semana passada poderão ditar mais um dia de fortes flutuações das cotações. Os números serão divulgados pelo instituto de Petróleo Americano.

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Domingues volta ao Parlamento. Relembre a polémica dos SMS

  • Marta Santos Silva
  • 18 Julho 2017

É a segunda audição do ex-gestor da Caixa Geral de Depósitos na comissão criada para averiguar o que levou ao seu despedimento do cargo. Recorde tudo o que se passou.

Não é a “comissão dos SMS”, insistiu o deputado Aguiar-Branco, mas é a segunda vez que o antigo gestor da Caixa Geral dos Depósitos, António Domingues, vai ser questionado pelos deputados, em parte sobre as suas comunicações com o ministro das Finanças Mário Centeno, e o trajeto que terá levado a um compromisso de alteração do Estatuto do Gestor Público que levaria, no final de contas, à demissão da equipa escolhida pelo Governo para liderar a CGD. Já há muito substituído por Paulo Macedo, e agora administrador no angolano BPA, António Domingues ainda não pôde deixar para trás a polémica dos SMS. Mas o que se passou afinal, e o que disse o antigo gestor sobre a questão? Refresque a memória aqui.

Fotomontagem de Raquel Sá Martins.

A cronologia da polémica

Tudo começou com o convite que o Governo estendeu a António Domingues para presidir a Caixa Geral de Depósitos, no início do ano de 2016. O gestor, que tinha sido administrador do BPI, assumiu a liderança do banco público em agosto. Mas no período entre o convite e a tomada de posse, terão sido negociadas certas condições para Domingues e a sua equipa entrarem para a Caixa: Domingues pretendia que fossem feitas alterações ao Estatuto do Gestor Público, de maneira a não ter de entregar declarações de rendimentos.

Foi em novembro, quando os membros da administração da Caixa se recusaram a apresentar essas declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional, que estas negociações se tornaram claras. Mesmo com as alterações ao Estatuto do Gestor Público feitas, os administradores da Caixa estavam sujeitos a outra lei, de 1983, que os obrigava a submeter essas declarações. Segundo António Domingues, havia um acordo prévio com o Governo de que as declarações não teriam de ser entregues. Segundo Mário Centeno, foi um “erro de compreensão mútuo” e esse compromisso nunca foi assumido. Perante a obrigatoriedade de entregar as declarações, Centeno e a equipa demitiram-se, não sem antes entregarem declarações.

Cartas reveladas pelo ECO em fevereiro pareciam mostrar que António Domingues assumia como certo o compromisso com o Governo, e chegaram à comissão sobre a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. O CDS e o PSD exigiram então ver a correspondência trocada entre o governante e o gestor, incluindo mensagens de texto, ou SMS, que alegadamente existiriam, de acordo com o amigo de Domingues, Lobo Xavier. Um bloqueio na comissão sobre a recapitalização para aceder a esses SMS, que a esquerda justificou com o afastamento do tema da comissão de inquérito, levou os partidos da oposição a abrir uma outra comissão, desta feita sobre a demissão da equipa de Domingues.

Inquirido pela primeira vez nesta nova “comissão dos SMS”, que não chegou a poder ter acesso aos tais SMS, António Domingues negou que existissem mensagens de texto, mas afirmou que havia de facto um compromisso. Chamado de novo, face a “manifestas contradições” do seu depoimento contra os do Governo, António Domingues vai ter de voltar a contar a história.

As quatro frases chave de Domingues

O que disse então António Domingues da primeira vez que esteve perante os deputados na comissão parlamentar de inquérito? As principais respostas são quatro:

  • “O Governo nunca me respondeu por escrito, mas também nunca disse que não aceitava.”

Questionado por Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, sobre se o Governo tinha aceitado as condições colocadas pela equipa administrativa de António Domingues, o antigo gestor respondeu: “O Governo nunca me respondeu por escrito, mas também nunca disse que não aceitava”. É uma resposta que corresponde ao que Mário Centeno já chegou a afirmar — que sabia que Domingues pretendia estar isento de apresentar declarações ao Tribunal Constitucional, mas nunca garantiu que isso seria possível.

  • “Para mim, o assunto era completamente claro.”

Domingues acreditava que tinha um entendimento com o Governo na questão, continuou. “Formulei esse juízo em resultado do diálogo com os meus interlocutores e reforcei-o com as alterações legislativas que foram feitas”, nomeadamente a mudança do Estatuto do Gestor Público, que acabou por não ser suficiente devido à lei de 1983. “Para mim, o assunto era completamente claro, no meu espírito não havia nenhuma dúvida”, continuou. “Até porque foi um processo que demorou muitos meses, não foi um processo rápido que pudesse gerar alguma confusão”.

  • “Não fiz nenhuma proposta de alteração legislativa.”

António Domingues contradisse-se ainda quando foi interrogado, pois começou por dizer que tinha enviado propostas de alterações legislativas ao Estatuto do Gestor Público, antes de se corrigir para afirmar não ter feito “nenhuma proposta de alteração legislativa”. Quem a fez, afirmou, foram “os advogados que formaram equipa” com ele, que foram “nalgum momento, consultados pelo Ministério das Finanças”. Negou assim ter tido uma intervenção direta na proposta legislativa.

  • “Não partilhei SMS com ninguém.”

Sobre a afirmação de António Lobo Xavier de que teria visto SMS entre Centeno e Domingues que mostravam o ministro a dar garantias ao administrador, António Domingues negou. “Nunca entreguei ou mostrei documentos (…) não partilhei SMS com ninguém”, disse Domingues, exceto a documentação que entregou à comissão de inquérito. No seu espaço de comentário na SIC Notícias, no programa Quadratura do Círculo, Lobo Xavier falara dos SMS e questionado sobre se tinha visto as mensagens ou se tinha “apenas total confiança em quem lhe contou”, António Lobo Xavier respondeu: “Não posso dar uma informação ao Presidente da República sem estar a dominar totalmente a questão”.

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Inquérito à CGD chega ao fim sem documentação pedida pelos deputados

Se o relatório final for aprovado, fica fechada a comissão criada para apurar o que levou às necessidades de recapitalização do banco público. Mas não está afastada a criação de nova comissão.

Chega ao fim esta terça-feira a comissão parlamentar de inquérito (CPI) à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Os deputados vão votar, esta tarde, o relatório final da comissão criada para apurar o que levou o banco público a precisar de uma recapitalização de cinco mil milhões de euros. “Nomeações partidárias”, pressões por parte dos sucessivos governos sobre a política de concessão de créditos do banco público, possíveis “erros de gestão” e favorecimento de grandes grupos económicos são algumas das conclusões que resultaram de 55 horas de audição a antigos ministros e gestores da Caixa.

O relatório deverá ser aprovado por PS, Bloco de Esquerda e PCP, ficando assim fechada esta comissão. Mas não está fechada a possibilidade de haver uma nova comissão de inquérito ao banco público — o PSD já fez saber que admite fazer essa proposta e o deputado socialista Carlos Pereira, que redigiu o relatório final, assume que pode haver espaço ao “contraditório” depois de concluída a investigação que está a ser levada a cabo pelo Ministério Público à gestão feita no banco público nos últimos anos.

Esquerda contesta relatório, mas deixa encerrar comissão

Bloco de Esquerda e PCP contestaram vários pontos do relatório elaborado por Carlos Pereira. Os dois partidos falam em nomeações partidárias, pressões do acionista Estado, erros de gestão no passado e favorecimento de grandes grupos económicos, ao contrário do que concluía o deputado socialista na versão preliminar. Muitas dessas propostas de alteração acabaram por ser incluídas no relatório final e os dois partidos que suportam a maioria parlamentar alinham-se com o PS ao recusar prolongar os trabalhos da comissão de inquérito.

Na última reunião desta comissão, PS, Bloco de Esquerda e PCP chumbaram o requerimento do PSD para suspender os trabalhos da comissão até que cheguem aos deputados os documentos pedidos ao Banco de Portugal, à Caixa Geral de Depósitos e à Comissão do Mercado e Valores Mobiliários (CMVM), que têm recusado estes pedidos, alegando sigilo bancário ou profissional.

O Tribunal da Relação decidiu, em fevereiro, que essas três entidades têm mesmo de entregar a documentação pedida pelos deputados. Banco de Portugal, CGD e CMVM acabaram por recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça para evitarem entregar a documentação solicitada. Este tribunal ainda não tomou uma decisão, mas já deixou um aviso: se a comissão for encerrada, os deputados nunca vão chegar a receber os documentos que consideram essenciais para avaliar a gestão feita no banco público nos últimos anos.

Já na semana passada, foi conhecido um documento onde o Ministério Público revela suspeitas de prática criminal na concessão de créditos por parte da CGD. É por toda esta informação — os documentos pedidos às várias entidades e as conclusões do Ministério Público — que PSD e CDS querem esperar, mas os partidos da esquerda têm outra posição e deverão encerrar a comissão.

A Assembleia da República “não pode ficar dependente de outras entidades”, disse ao Expresso (acesso pago) Carlos César, líder da bancada parlamentar do PS. Já Moisés Ferreira, deputado do Bloco de Esquerda, referiu na última reunião da comissão que não cabe aos deputados atuar sobre suspeitas de crime e defendeu que “a melhor forma de coadjuvar e apoiar a investigação em curso é transpondo para o relatório toda a informação que todos os grupos parlamentares têm”.

Contactados pelo ECO, o Bloco de Esquerda e o PCP não revelam, para já, qual será o sentido de voto esta tarde, já que o relatório ainda será alvo de discussão, mas acolhem o facto de o relatório final incluir várias das propostas de alteração que fizeram.

Direita não põe de parte nova comissão

É precisamente a recusa dos partidos da esquerda em suspender a CPI até que chegue a documentação pedida que leva a direita a admitir propor um novo inquérito. No dia em que a esquerda chumbou o requerimento do PSD para suspender os trabalhos da comissão, Hugo Soares, coordenador social-democrata nesta comissão, criticou a decisão, dizendo que “é atirar areia para os olhos e empurrar com a barriga para a frente”.

Também o CDS-PP protestou. “Há partidos nesta comissão de inquérito que pretendem branquear tudo isto. E isso é grave”, considerou o deputado António Carlos Monteiro.

Neste cenário, não está afastada a hipótese de propor uma nova comissão. “A democracia não pode ficar sem responder aos cidadãos quando se faz um processo de recapitalização em que os contribuintes injetam cerca de 5 mil milhões no banco público”, disse Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, em entrevista ao Expresso (acesso pago).

Suspeitas do Ministério Público ficam de fora

O relatório preliminar redigido por Carlos Pereira deu conta de uma situação que em nada coincide com as suspeitas do Ministério Público, conhecidas na semana passada. Das 55 horas de audição, o deputado socialista concluía que não só não houve pressões governamentais sobre a administração do banco público para a concessão de créditos, ao longo dos últimos anos, como não encontra eventuais erros de gestão que tenham levado às necessidades de recapitalização do banco público.

Uma semana depois, surgiam suspeitas a apontar para o sentido exatamente contrário. Em causa está uma investigação, a decorrer no Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que está a averiguar factos suscetíveis de integrarem crime de gestão danosa cometida por gestores da CGD. Os investigadores suspeitam de que a CGD tem vindo a acumular, desde meados da década de 2000, vários negócios de concessões de crédito sem garantias bancárias adequadas.

Numa decisão do Tribunal da Relação de Lisboa enviada à comissão parlamentar de inquérito, é referido que o Ministério Público aponta para a existência de créditos em incumprimento que não estão registados como imparidades. As suspeitas são de que exista “ação deliberada no sentido de omitir o passivo gerado na esfera do banco“.

São dados novos que não serão aprofundados, pelo menos na atual comissão. Ficando fechada, os deputados não poderão voltar a inquirir nomes como os de Carlos Santos Ferreira, Fernando Faria de Oliveira ou José de Matos, que estiveram à frente da Caixa Geral de Depósitos entre 2005 e 2015 — o Ministério Público conclui que “uma parte substancial dos créditos que resultaram em imparidade foi concedida a partir do ano de 2007”.

Ainda assim, as suspeitas do Ministério Público constam do relatório final votado esta tarde. Mas, considerando que “não há qualquer previsão temporal para a conclusão do processo”, mantém-se inalterado o prazo da votação final. “O término da presente CPI não invalida a realização de um contraditório após a conclusão do processo criminal”, ressalva o relatório. “O prosseguimento dos autos criminais não obsta à votação do relatório final e, consequentemente, ao encerramento da CPI”, conclui.

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