Quer investir numa casa? Bata às portas de LA ou Londres

Los Angeles é a melhor cidade para investir em imobiliário. Já na Europa, é Londres que se destaca.

Numa lista de 30 cidades nas quais compensa investir em imobiliário, 18 são americanas e Los Angeles vem no topo. A Europa só tem um representante entre os dez primeiros lugares, mas vem logo em segundo: Londres. De resto, só Paris.

O conselho é da Schroders, o gestor de ativos americanos que compôs o Índice de 30 Cidades Globais nas quais vale a pena investir no imobiliário. Que fatores ditam as posições? O potencial de crescimento, a densidade populacional, a qualidade das infraestruturas e da força de trabalho, assim como a existência de universidades, de preferência reconhecidas.

Neste cenário, Los Angeles vai à frente: é um bom sítio para viver e trabalhar, com uma grande escala e indústrias variadas, que se estendem da tecnologia aos media e serviços financeiros, atraindo diferentes grupos. A tecnologia merece destaque pelo elevado crescimento.

Londres escalou seis posições até atingir o segundo lugar. Ficou muito perto do primeiro lugar, com uma escala e infraestrutura equivalente. Mas o principal ponto distintivo desta cidade são as faculdades de renome. Para além de Londres, Paris é a única cidade europeia entre as 30 nomeadas pela Shroders, e ainda assim moveu-se no sentido inverso: caiu do 12.º lugar do ano passado para o 16.º.

As dez cidades que conquistaram os primeiros lugares do Schroders Global Cities Index.

 

A maior evolução no índice foi a da cidade de Boston, que este ano conquistou o terceiro lugar quando no ano anterior estava em 24.º. Este ano, segue-se Chicago em quarto, quando em 2016 se ficou pelo 10.º. As cidades chinesas são a ausência que mais se faz sentir: no estudo anterior, Pequim estava em primeiro lugar, e agora só conseguiu o 11.º. Xangai é a única presença entre as primeiras dez, mas no global do ranking, o país tem “muito boa” representação, lê-se em comunicado.

Lisboa fica fora deste índice, mas os indicadores são favoráveis. As grandes imobiliárias em operação em Portugal, como a Century 21, ERA e Remax, registaram este ano o melhor trimestre de sempre graças à maior procura de casas e concessão de crédito à habitação. Em maio, a avaliação bancária das casas renovou os máximos para atingir recordes de 70 meses, ao mesmo tempo que os preços dispararam quase 8%.

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Tony Blair defende possibilidade de Reino Unido ficar na União Europeia

  • Lusa
  • 15 Julho 2017

O antigo primeiro-ministro britânico considera que o Reino Unido deve manter em aberto a possibilidade de permanecer na União Europeia caso o sentimento dos eleitores mude.

O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair considera que o Reino Unido deve manter em aberto a possibilidade de permanecer na União Europeia caso o sentimento dos eleitores mude durante o período de negociação do ‘Brexit’.

A consideração racional das opções iria sensatamente incluir a opção de negociação para o Reino Unido ficar numa Europa ela própria preparada para se reformar e encontrar-nos a meio caminho”, escreveu Tony Blair num ensaio sobre a saída do país da UE.

“Dado o que está em causa e aquilo que diariamente estamos a descobrir sobre os custos do ‘Brexit’, como é que pode estar certo tirar deliberadamente da mesa a opção de um compromisso entre o Reino Unido e a Europa para o Reino Unido ficar?”, escreveu Blair, que foi primeiro-ministro do país entre 1997 e 2007.

O ensaio divulgado hoje pelo gabinete de imprensa de Blair reitera os esforços do ex-primeiro-ministro para imprimir reformas ao país que liderou durante dez anos, que disse estar “a perder o equilíbrio e estar a tropeçar, mas aparentemente sem qualquer escolha a não ser cambalear”.

O calendário de negociação proposto pela UE, e aceite por Londres, estabelece que as partes devem começar por entender-se sobre o acordo financeiro, sobre os direitos dos cidadãos expatriados e sobre a fronteira do Reino Unido com a Irlanda, antes de entrarem nas discussões de outros assuntos. O Governo britânico queria, no entanto, começar por discutir o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Reino Unido, que deverá abandonar a União no final de março de 2019.

 

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Ferro Rodrigues: Galpgate é um caso “absurdo” e um “mistério da justiça”

  • ECO
  • 15 Julho 2017

O Presidente da Assembleia da República diz não compreender como é que o facto de os secretários de Estado terem aceitado convites da Galp é "um crime". Ferro Rodrigues defende que é "absurdo".

Ferro Rodrigues afirma que não é crime aceitar bilhetes para ir ao futebol. É assim que o Presidente da Assembleia da República (AR) responde, a título pessoal, à investigação do Ministério Público às viagens pagas pela Galp Energia a membros do Governo. Um convite que levou à demissão de três secretários de Estado. Ferro Rodrigues defende que é “um absurdo” e que é um “mistério da justiça portuguesa”.

“Para mim há um mistério nisto que é o facto de haver uma empresa que patrocinava a seleção nacional de futebol, a Galp, ter feito uns convites a umas pessoas e elas terem aceitado. Onde é que isto configura um crime parece-me totalmente absurdo. É a minha posição pessoal”, afirma o Presidente da AR numa entrevista à TSF. Ferro Rodrigues deixa ainda uma questão: “Porque é que passado um ano há agora esta situação de serem constituídos arguidos. É um mistério da justiça portuguesa”.

O caso remonta a agosto de 2016 e ao Campeonato Europeu de Futebol. Três secretários de Estado viajaram de Falcon de Bragança para Lyon, para assistir à meia-final do Euro 2016, a convite da Galp, uma das empresas patrocinadoras da seleção nacional.

A história começou apenas com Fernando Rocha Andrade, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e com João Vasconcelos, o secretário de Estado da Indústria. Mas, afinal havia ainda mais um protagonista do Executivo: o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, que tutelava a Aicep e, portanto, poderia influenciar o processo de decisão relativa a uma candidatura da Galp a apoios do Portugal 2020.

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EDP: Documentos apreendidos mostram lóbi junto do Governo

  • ECO
  • 15 Julho 2017

O material apreendido pelo Ministério Público revela que António Mexia e Eduardo Catroga atuarem de maneira a defenderem os interesse da elétrica junto do Governo após a privatização.

O material recolhido pelo Ministério Público revela que António Mexia e Eduardo Catroga atuaram para defender os interesses da elétrica após a privatização. Um dos documentos que as autoridades apreenderam é uma carta escrita pelo presidente da EDP e enviada ao então ministro da Economia. Segundo o Expresso, Mexia tentava garantir que as medidas para o setor elétrico seriam favoráveis à elétrica.

O Expresso (acesso pago) avança que as buscas feitas pelo Ministério Público na EDP expõem um lóbi da elétrica junto do Governo. O jornal diz que poucos dias antes da venda da posição de 21,35% da EDP à China Three Gorges, António Mexia escreveu ao então ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, para garantir que a definição de medidas para o setor elétrico seria favorável aos seus interesses.

“Importa agora definir não só a melhor maneira de formalizar a implementação do conjunto de medidas identificadas e constantes da ficha técnica anexa, como também a metodologia para a respetiva divulgação pública”, lê-se no documento. Era importante para a EDP que as alterações às regras da garantia de potência e a redução do juro aplicável aos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, mais conhecidos como CMEC, fossem, segundo o Expresso, apresentadas em conjunto.

“Consideramos ser útil que o Governo e a EDP acordem detalhadamente o programa de comunicação de forma a garantir que há total coordenação nas mensagens explicitar”, escreveu António Mexia ao ministro da Economia. Esta carta do presidente da EDP a Álvaro Santos Pereira é um dos documentos que o Ministério Público apreendeu nas buscas que fez na EDP, no dia 2 de junho. Isto no âmbito da investigação às rendas pagas pelo Estado à EDP.

Mas há uma outra carta. Eduardo Catroga, presidente do conselho geral e de supervisão da EDP, também abordou o Governo. Catroga escreveu a Santos Pereira e a Vítor Martins, com conhecimento de Passos Coelho, afirmando que não era “legítimo” que o Estado reduzisse o valor dos CMEC. Isto porque estes contratos beneficiaram o próprio Estado. “Mesmo que existisse à época de cada um dos contratos uma margem de lucro acima do normal, o que não é o caso, diríamos que se trata de um assunto a resolver entre o Estado acionista e o Estado regulador, a que são alheias a EDP e os seus acionistas”, escreveu.

Os CMEC entraram oficialmente a pagamento há quase uma década, em julho de 2007 e, desde logo, contribuíram para as contas da EDP, compensando a energética que, anos antes, passara a ser obrigada a pôr as centrais a vender no mercado grossista a energia produzida. Em 2007, quando essa remuneração fixa começou a ser paga, Mexia já era o presidente executivo da EDP há pelo menos um ano.

Recorde-se que, nesse ano, a EDP e o Governo acordaram, mediante o pagamento de quase 760 milhões de euros por parte da empresa, o prolongamento da concessão de várias barragens. Isso permitiu que a energética continuasse a receber a remuneração dos CMEC por um período entre 15 e 25 anos. Apesar de alguns dos contratos já terem expirado em 2014 e outros em 2016, o último só terá fim daqui a uma década, em 2027. De referir que os CMEC não constituem, por conclusão da Comissão Europeia, uma ajuda de Estado.

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Pedrógão Grande: Um mês depois, começam os pequenos passos na reconstrução das casas

  • Lusa
  • 15 Julho 2017

Na zona afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande, já se veem algumas obras em casas afetadas pelas chamas, mas ainda há muitas à espera de uma luz verde para avançar.

Na zona afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande, já se veem algumas obras em casas afetadas pelas chamas, mas ainda há muitas à espera de uma luz verde para avançar. A construção civil local diz não ter mãos a medir para tantos pedidos, um mês depois do fogo que matou 64 pessoas.

Numa visita à zona afetada pelas chamas, é possível observar casas ardidas onde o único sinal de intervenção são as lonas de proteção onde antes estavam telhados, que arderam ou colapsaram.

No entanto, algumas pequenas obras em casas afetadas pelas chamas já arrancaram, como é o caso de uma habitação no Vale da Nogueira, cuja intervenção, por ser até cinco mil euros, permitiu uma maior celeridade do processo. Ali, a empresa de construção civil de João Antunes, sediada em Pobrais, Pedrógão Grande, removeu portas e janelas que ficaram queimadas, substituíram por outras e pintaram as paredes, que estavam enegrecidas pelo fumo e fogo que entrou dentro da casa.

A proprietária está, por enquanto, em casa do filho, mas com “mais uma semana de trabalho” já deverá ser possível regressar à sua casa, explicou o construtor civil.

Durante as últimas semanas, João Antunes tem recebido muitos pedidos de orçamento na zona das freguesias da Graça e de Vila Facaia. Para além da intervenção no Vale da Nogueira, tem casos de habitações cujas obras serão “abrangidas pelos seguros que já deram ordem para começar”, mas também há proprietários que estão só “à espera da luz verde” do apoio através do fundo Revita, para se poder avançar com a reconstrução.

“Precisávamos de mais mão-de-obra para combater esta situação”, notou o empresário, que até já fez um apelo nas redes sociais a pedir pedreiros para ajudar nas obras.

Penso que não vamos ter mão-de-obra que chegue para fazer a requalificação destas aldeias (…) vai haver muito trabalho nos próximos meses.

Pedro Costa

responsável de outra empresa de construção civil de Pedrógão Grande

Pedro Costa, responsável de outra empresa de construção civil de Pedrógão Grande, com dez trabalhadores, arrancou na quarta-feira pequenos trabalhos de reabilitação numa casa perto de Vila Facaia, desta feita no âmbito de uma parceria com a Mota Engil, que se predispôs a garantir a reconstrução de duas casas afetadas pelo incêndio.

“Penso que não vamos ter mão-de-obra que chegue para fazer a requalificação destas aldeias”, disse, considerando que “vai haver muito trabalho nos próximos meses”, visto que há muitas “casas a precisar de reconstrução total”.

Da casa de Manuel Luís, na Coelheira, Figueiró dos Vinhos, só escapou um anexo, onde tem a cozinha e uma casa de banho. Tudo o resto ardeu. De improviso, colocou uma “camita” à beira da lareira da cozinha e é lá que tem vivido à espera da reabilitação da sua casa, que neste caso será assegurada pela Misericórdia de Lisboa. Pelo quintal, já anda uma máquina a fazer limpeza e vê-se um monte de tijolos partidos – restos da casa onde viveu toda a sua vida. O quintal – o seu trabalho – desapareceu: “as batatas, feijão couve, pingo de azeite, vinho, foi tudo”, conta.

Olhar para casa onde só se veem cacos e coisas queimadas “dá um bocado de tristeza”, mas ver os trabalhos de limpeza a começar já dá “outro ânimo”, salientou. No entanto, é difícil olhar para o futuro com alguma confiança. “Não tenho de onde ele venha. Só se fizer alguma coisa por mim”, realça Manuel Luís, de 63 anos.

Carros queimados na N236, a estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.EPA/MIGUEL A. LOPES

Alzira Quevedo foi a única habitante da Barraca da Boavista, na freguesia da Vila Facaia, a perder a casa. “Perdi tudo. Fiquei com a roupa do corpo. Hortaliça, gatos, cães, coelhos, galinhas, pitos, ficou lá tudo carbonizado”, lamenta a mulher de 76 anos, que por agora faz-se valer da ajuda da “prima de uma prima”, que deu casa à habitante da Barraca da Boavista e ao seu marido.

“Aqui estamos assim. No resto da nossa vida, que devíamos ter um ‘aconchegozinho’ – estrebuchámos para isso – vimo-nos sem nada, desamparados. Temos muita gente amiga, é verdade, mas não tenho o que mais falta me faz, que é a minha casa e o meu carro”, sublinha Alzira, que até agora não recebeu qualquer pessoa a informá-la de como vai decorrer a reconstrução da sua casa.

A um primo seu já lhe disseram “que tinha de ser uma casa nova”, mas nunca mais soube de nada, frisa. “Não sei quando começam, se começam, não sei de nada. Ainda ninguém veio ter comigo dizer que é assim, desta maneira ou daquela. Nada. Está tudo parado”, afirmou à agência Lusa Alzira Quevedo, sublinhando que o casal já reformado não tem possibilidades de pagar a

reconstrução, que “algum tostãozito” que tinham “lá ardeu”.

“Da minha idade, o meu futuro já vai ser muito escuro. Os mais novos já têm outra atividade, mas a gente começa a desmoralizar com isto, muito, muito. Mas há de ser o que Deus quiser, não é?”, disse Alzira.

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PSD admite propor nova comissão de inquérito à CGD

  • ECO
  • 15 Julho 2017

O líder parlamentar do PSD admite que o partido poderá propor uma nova comissão de inquérito sobre a CGD. Luís Montenegro acusa a esquerda de "bloquear a descoberta da verdade".

O líder parlamentar do PSD afirma que o partido poderá vir a propor uma nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) à Caixa Geral de Depósitos (CGD). Isto depois de o PS, Bloco de Esquerda e PCP terem decidido concluir a iniciativa atual antes de o Parlamento ter recebido os documentos pedidos a várias entidades, incluindo ao Banco de Portugal.

Numa entrevista ao Expresso (acesso pago), Luís Montenegro afirma que a “democracia não pode ficar sem responder aos cidadãos quando se faz um processo de recapitalização em que os contribuintes injetam cerca de cinco mil milhões de euros no banco público”. O líder social-democrata acusa a esquerda de “bloquear a descoberta da verdade”.

Isto depois de se ter ficado a conhecer a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que obriga o Banco de Portugal a levantar o sigilo bancário para que seja possível enviar a documentação pedida pelo Ministério Público (MP). O MP suspeita de prática criminal na concessão de créditos na CGD. As autoridades dizem que há créditos em incumprimentos que não estão registados como imparidades. Esta decisão contraria as conclusões preliminares da primeira comissão de inquérito do banco estatal.

O líder parlamentar do PSD refere que a esquerda quis “encerrar rapidamente a comissão de inquérito, sem esperar uma decisão final dos tribunais que dê razão ao Parlamento e ordene a entrega da documentação. Ou seja, vão tornar inútil todo o caminho feito nos tribunais“. Montenegro diz ainda que, considerando que o MP faz referência a um período em que José Sócrates estava à frente do Governo — o ministério diz que os empréstimos problemáticos começaram a ser concedidos a partir de 2007 — é um claro “indício” de que a esquerda está a esconder a responsabilidade desse Executivo.

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Orçamento: Os dossiês prioritários dos novos governantes

  • Marta Santos Silva
  • 15 Julho 2017

A reforma do IRS, o descongelamento das carreiras na Administração Pública, e outras pastas volumosas que vão cair nas secretárias dos oito novos membros do Governo.

Tomaram posse esta sexta-feira mas o tempo escasseia para se inteirarem dos seus novos deveres. A poucos meses de ter pronto o esboço do Orçamento do Estado para 2018, o Governo vê-se remodelado, com oito novos secretários de Estado, uma delas a inaugurar um pelouro que não existia há mais de uma década. Enquanto em algumas áreas está tudo encaminhado para uma transição suave, noutras os projetos estão menos avançados e vão requerer uma mão cuidadosa dos novos secretários de Estado. Conheça aqui os principais dossiês que os membros do Governo vão ter de estudar com atenção.

Assuntos Fiscais: A “máquina” está pronta

Fernando Rocha Andrade saiu e, para a pasta do Fisco, entra um advogado sem passado conhecido na fiscalidade. António Mendonça Mendes, líder da Federação de Setúbal do PS e irmão da secretária-geral adjunta do partido Ana Catarina Mendes, é advogado com experiência nas áreas da Administração Pública e também da Saúde. No entanto, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças Mourinho Félix está confiante: o trabalho será continuado, graças ao que Rocha Andrade deixou feito.

“O trabalho é feito por uma máquina, que é liderada obviamente politicamente pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, mas essa máquina, também pelo trabalho que o secretário de Estado Fernando Rocha Andrade fez, é uma máquina que funciona e que tem condições perfeitamente de continuar a preparar o Orçamento”, afirmou Mourinho Félix.

E há muito para preparar. O Governo já assumiu vários compromissos para o Orçamento do Estado para 2018 na área do Fisco. Numa entrevista ao Expresso, Rocha Andrade comprometeu-se com o alívio do IRS no próximo ano, em princípio através de mudanças nos escalões, nomeadamente entre o primeiro e o segundo. Essa descida, garantiu o secretário de Estado, não precisará de ser compensada com o aumento de mais nenhum imposto.

Essa máquina, também pelo trabalho que o secretário de Estado Fernando Rocha Andrade fez, é uma máquina que funciona e que tem condições perfeitamente de continuar a preparar o Orçamento.

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado Adjunto e das Finanças

Vai ser preciso negociar estas alterações com o Bloco de Esquerda e o PCP, que têm posições diferentes em relação ao IRS. Enquanto Catarina Martins pretende 600 milhões em 2018 e “outro tanto” em 2019 para baixar o IRS, a serem gastos na “criação de escalões”, o PCP aborda o assunto por outra perspetiva: quer uma duplicação dos escalões para dez, mais ainda do que os que existiam antes das alterações feitas por Vítor Gaspar há cinco anos. É certo que ambas as exigências custariam mais ao Estado mais do que os 200 milhões previstos inicialmente para gastar nesta área no Programa de Estabilidade. Problemas para António Mendonça Mendes — e a “máquina” — resolverem nos próximos meses.

Administração e Emprego Público: Como descongelar?

Carolina Ferra já pedira para sair e o Governo acedeu nesta pequena remodelação. Quem vem para o lugar de secretária de Estado da Administração Pública é Maria de Fátima Fonseca, experiente nesta área, que vai sair do cargo de diretora dos Recursos Humanos na Câmara Municipal de Lisboa. A sua secretária vai estar desde logo cheia de dossiers, com destaque para dois: a integração dos precários do Estado nos quadros, um processo que já vai avançado, e o descongelamento das carreiras da Função Pública, onde há ainda muito para decidir.

Carolina Ferra pediu para deixar o cargo de secretária de Estado da Administração e do Emprego Público.ANDRÉ KOSTERS / LUSA

Já este sábado, a nova secretária de Estado pode ter algumas luzes acerca da segunda questão: o prazo para a elaboração de um relatório final sobre quem tem direito a ser objeto de promoções e progressões na Função Pública foi adiado para este sábado, segundo um despacho emitido esta quinta-feira pelo Ministério das Finanças. Até 22 de maio — prazo que foi já de si adiado após um prazo inicial de dia 15 — os dirigentes dos diferentes serviços da Administração Pública tiveram de enviar a informação sobre cada trabalhador, as suas últimas avaliações, os pontos que acumularam no tempo em que as carreiras estiveram congeladas, e sobre quais terão direito a progredir na carreira quando esta for descongelada. Depois disso, a informação seria sistematizada e tratada para ser sintetizada num relatório, que deveria ser entregue até 30 de junho, para saber quanto vão custar as progressões que, é certo, vão ser desbloqueadas no próximo ano.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) anunciou após uma reunião com Carolina Ferra que o Orçamento do Estado para o próximo ano não vai prever as restrições às progressões que hoje estão no terreno. “Nesta reunião, ficou claro que o artigo 19.º do OE2017 (prorrogação de efeitos) e o artigo 38.º do OE2015 (proibição de valorizações remuneratórias), que foi sucessivamente reproduzido nos orçamentos posteriores, não constarão do OE para 2018, o que permitirá aos trabalhadores recuperarem o direito à carreira, à sua progressão e à sua valorização remuneratória, ficando assim aberta a porta à reposição da normalidade nas carreiras da Administração Pública”, indica o comunicado enviado às redações pela FESAP. Mas se o mecanismo parece estar mais ou menos resolvido, ainda falta saber o impacto e os timings.

Do lado da integração dos precários, as candidaturas estão feitas, o mecanismo de integração criado, e as Comissões de Avaliação Bipartidas a funcionar, mas falta ainda decidir quando vão ser abertos os concursos, assim como limar a proposta de lei que está atualmente no Governo. Para o PCP, o mais importante é antecipar os prazos, para que as situações fiquem “resolvidas o mais breve quanto possível”, disse Rita Rato ao ECO. Para o Bloco, há quatro entraves: um deles é o prazo, outro o horário, que, seja completo ou parcial, não deveria ser usado como critério, outro ainda é a clarificação de que estão incluídos os estagiários e trabalhadores em falso outsourcing, e por fim, que os contratos vigentes atualmente devem ser prolongados até ao momento da vinculação. Tudo questões que serão resolvidas no Parlamento, pelo menos até 14 de setembro, quando termina o período de consultação pública.

Indústria: Tudo a postos para a Web Summit?

Ana Teresa Lehmann assume a tutela da pasta da Indústria, com especial atenção ao seu bebé, o Web Summit e as startups. De saída, João Vasconcelos avaliou positivamente o seu desempenho e o da sua equipa. “É com um sentimento de orgulho na minha equipa, nos industriais e empresários portugueses, no ecossistema de startups e incubadoras, nos parceiros de investimento, que avalio os resultados alcançados”, afirmou. E o principal sucesso? O Web Summit. “A Web Summit é uma montra para o país”, afirmou o responsável durante uma conferência de imprensa no Ministério da Economia, em Lisboa, após se ter reunido com elementos de várias das startups.

Ana Teresa Lehmann tem experiência na área, com uma carreira ligada à consultoria a grandes organizações internacionais, nomeadamente a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e a Comissão Europeia, mas também a vários governos e Chefes de Estado. É embaixadora da InvestEU e do Plano Juncker. Mesmo assim, não precisa de temer: o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, já disse que vai assumir a pasta em conjunto com a nova secretária de Estado.

É óbvio que será sempre o ministro a assumir todas as pastas do seu ministério, em conjugação com os secretários de Estado”, disse aos jornalistas. O governante acrescentou ainda: “Neste momento, o secretário de Estado ainda está em funções e está a trabalhar comigo nesse sentido”.

Se o Executivo quiser repetir, em 2018, o apoio que deu na primeira edição do Web Summit — 200 milhões do Estado para coinvestir nas empresas inovadoras que precisam de capital de risco — esse montante poderá ter de ser inscrito no Orçamento do Estado para 2018. O mesmo se passa com outros incentivos que o Governo queira dar e que não passem pelos fundos comunitários.

Paddy Cosgrave saúda, os participantes do Web Summit.Web Summit / Flickr

Habitação: Uma nova prioridade

É uma “nova área prioritária nas políticas públicas”. Foi assim que o primeiro-ministro António Costa apresentou, no debate do Estado da Nação desta quarta-feira no Parlamento, a sua decisão de abrir uma nova secretaria de Estado para a Habitação nesta remodelação. Para o lugar foi escolhida a arquiteta Ana Pinho, doutorada em planeamento urbanístico e ex-consultora da Câmara Municipal de Lisboa. A convite do atual Governo, Ana Pinho dirigia o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, que visa recuperar e rentabilizar edifícios de entidades públicas, incluindo municípios, mas também entidades do terceiro setor e privadas.

A nova secretaria de Estado, que já não existia desde o último Governo de Durão Barroso, deve ser “dirigida agora às classes médias e em especial às novas gerações, não as condenando ao endividamento ou ao abandono do centro das cidades, promovendo a oferta de habitação para arrendamento acessível”, continuou António Costa no Estado da Nação.

O programa de Governo já antevia várias mudanças na área da habitação. As prioridades são quatro: a reabilitação dos centros urbanos, a promoção de “arrendamento acessível”, a proteção das famílias em risco de ser despejadas e a habitação social. Para concretizar estes objetivos a partir deste Orçamento do Estado, Ana Pinho terá para gerir cinco mil milhões de euros para os próximos cinco a seis anos, que servirão para financiar Planos de Ação Locais e habitação acessível. Falta saber quais serão as prioridades para o primeiro ano de Governo desta nova secretaria de Estado.

Além disso, este promete ser um tema quente do ponto de vista político — o alojamento local é apenas um exemplo das polémicas que vão marcar esta secretaria de Estado. Catarina Martins deixou claro, esta quarta-feira, que criar uma secretaria de Estado da Habitação “poderá ser um avanço, mas não chega”. “Precisamos de começar a compreender que não bastam incentivos à reabilitação, é preciso pôr as questões da habitação no centro das políticas da reabilitação e começarmos a utilizar esta exigência de regeneração urbana”, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda.

“O passo mais importante que está por concretizar: é o do investimento público na habitação e isto significa reabilitação do parque público e mais habitação pública disponível a preços que sejam comportáveis face aos salários e as pensões em Portugal”, defendeu. Ou seja, verbas inscritas no Orçamento do Estado, ainda que seja para fazer face à componente nacional quando usados os fundos comunitários, ou complementar eventuais empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI).

Internacionalização: Portugal estende a rede?

Eurico Brilhante Dias vai sentar-se na cadeira que era de Jorge Costa Oliveira, um dos três governantes que se demitiram no âmbito do caso Galpgate. O deputado socialista tinha sido apontado repetidamente para o lugar de Miguel Frasquilho na liderança da Aicep, mas acabou por ficar no Parlamento, onde é uma das vozes mais presentes do Partido Socialista na Comissão de Orçamento e Finanças.

Eurico Brilhante Dias assume agora a secretaria de Estado da Internacionalização.Paula Nunes / ECO

Em termos de trabalho para o próximo Orçamento do Estado, Eurico Brilhante Dias poderá ter trabalho a fazer se for decidido, estrategicamente, que faz falta reforçar a rede externa portuguesa — seja através da abertura de novos escritórios consulares, seja de novas delegações da AICEP — algo que teria de estar previsto no Orçamento do Estado para o ano que vem. Portugal também poderá ver como vantajoso o reforço da sua posição acionista em instituições multilaterais como o Banco Mundial.

Florestas e Desenvolvimento Rural: Sob olhar atento

Num período marcado por escrutínio apertado à política do Governo em relação aos incêndios e à Proteção Civil, após a tragédia de Pedrógão Grande em que 64 pessoas foram mortas pelas chamas, Miguel João de Freitas entra para o lugar de Amândio Torres como secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. Engenheiro agrícola, Miguel João de Freitas vai ter que tomar as rédeas de uma reforma das florestas em curso e que já está a ser criticada por estar atrasada.

O PS pediu ontem, quinta-feira, o adiamento potestativo da votação na especialidade, na comissão de Agricultura, justificado pela coordenadora socialista dessa comissão, Júlia Rodrigues, com as propostas de alteração “que foram bastantes e de grande qualidade, de todos os grupos parlamentares”. Assim, para o novo secretário de Estado, a preparação do próximo Orçamento de Estado vai depender do resultado deste processo legislativo.

“Chegámos à conclusão de que era melhor pedir o adiamento para que consigamos chegar a um texto bom, um texto conjunto“, afirmou a deputada do PS aos jornalistas, sublinhando que há empenhamento de todos para que seja alcançado um consenso e os diplomas possam ser votados no dia 19 de julho, dia de plenário quase exclusivamente dedicado a votações.

Já para o PCP, por exemplo, o prazo não é um problema: “Há partidos que colocam a ênfase no prazo, o PCP coloca a ênfase dos conteúdos”, afirmou o deputado Paulo Ramos, citado pela Lusa, numa conferência de imprensa, no Parlamento, em que apresentou dois projetos de resolução, um deles a propor a criação de um programa para reduzir e controlar a biomassa florestal.

Assuntos Europeus: Perante uma nova Europa

No caso dos Assuntos Europeus, a diplomata Ana Paula Zacarias substitui Margarida Marques e enfrenta a imagem de uma Europa radicalmente diferente. Entre as negociações do Brexit, a hipótese muito clara de uma Europa a duas velocidades, relações em mudança com os Estados Unidos e tensões internas na própria União Europeia, Ana Paula Zacarias terá de saber navegar ainda as reivindicações do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português que tantas vezes esbarram com as exigências de Bruxelas. Mesmo que não seja uma agente decisiva no Orçamento do Estado para 2018, a nova secretária de Estado tem, certamente, o prato cheio com o ano que vem.

Presidência do Conselho de Ministros

Pela Presidência do Conselho de Ministros, secretaria de Estado que vai passar agora a ser dirigida pelo jurista Tiago Antunes, pode parecer que não passa muito do trabalho de desenvolvimento de um novo Orçamento do Estado. No entanto, a Tiago Antunes vai caber toda a parte processual — os envios, assinaturas e confirmações atempadas, o processo jurídico de desenvolvimento deste plano orçamental para o ano que vem, e o próprio procedimento de promulgação.

Preparado enquanto professor auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e um passado como advogado na PLMJ, Tiago Antunes foi ainda secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro de José Sócrates.

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Benfica vende Nelson Semedo ao Barcelona por 30 milhões

  • ECO e Lusa
  • 14 Julho 2017

A lista inicial eram dez, mas Nelson Semedo foi o escolhido. O lateral direito já está no clube catalão por 30 milhões de euros.

O Benfica, tetracampeão nacional de futebol, confirmou esta sexta-feira que vendeu ao FC Barcelona o defesa-direito Nelson Semedo por 30 milhões de euros, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa, nos termos e para o efeito do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, que chegou a acordo com o Futbol Club Barcelona para a transferência, a título definitivo, dos direitos do atleta Nélson Cabral Semedo pelo montante de 30.569.728 euros”, pode ler-se na nota enviada à CMVM.

Na mesma nota, os ‘encarnados’ revelam ainda que “estão previstos valores adicionais dependentes da concretização de objetivos relacionados com a performance desportiva do jogador”, recebendo o Benfica um valor de cerca de cinco milhões de euros “por cada 50 jogos oficiais disputados pelo atleta ao serviço do Futbol Club Barcelona, durante o período do atual contrato desportivo que o atleta celebrou e da eventual primeira renovação do referido contrato”.

O FC Barcelona já tinha oficializado hoje a contratação do futebolista português, que já foi apresentado durante a tarde em Camp Nou, depois de terem anunciado na quinta-feira terem chegado a acordo com os ‘encarnados’.

“Antes de mais, queria agradecer a todas as pessoas que estiveram envolvidas nesta transferência. Dizer também que é um orgulho enorme e uma honra vestir a camisola do Barcelona, e podem contar comigo para tudo. Estarei cá para lutar até à última gota de suor”, disse o jogador no relvado do Camp Nou, citado pelo Record. O desportivo citou também Josep María Bartomeu, presidente dos catalães, que elogiou o jogador português: “Bem-vindo, Nélson. Um jogador que tem já uma grande experiência em futebol de alta competição. Obrigado por aceitares este desafio. Também quero agradecer ao Benfica por ajudar a que o Nélson viesse para o Barcelona”.

Com a contratação de Nelson Semedo para o Barcelona passam a ser dez os jogadores portugueses que já vestem a camisola do clube catalão. O avançado Jorge Mendonça foi o primeiro, na temporada de 1966/67, lembra o Sapo Desporto. Segundo o jornal ‘Marca’ foram dez os nomes que o Barcelona tinha como opção para lateral direito, mas a escolha final acabou por recair em Nélson Semedo.

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Bons resultados na banca levam Wall Street a bater recordes

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Julho 2017

Com os três maiores bancos a excederem as expetativas dos analistas, o Dow Jones e o S&P 500 atingiram valores históricos.

A primeira semana da época de resultados foi positiva e os recordes em Wall Street não param de ser renovados. Esta sexta-feira foi o dia de três grandes bancos apresentarem as suas contas, com todos a reportarem dados melhores do que os previstos pelos analistas. Impulsionados pelas boas notícias, os investidores levaram os índices a máximos históricos.

O JP Morgan, o maior banco dos EUA, reportou os lucros mais altos de sempre na banca, sendo que o Citigroup e o Wells Fargo ultrapassaram as estimativas dos analistas. A assinalar um desempenho menos positivo esteve a taxa de inflação relativa ao mês de junho que se manteve inalterada. Os preços subiram 1,6% desde o período homólogo de 2016, um valor ainda abaixo dos 2% considerados ideais pela Reserva Federal.

“Foi uma semana em que poderíamos ter caído em algumas minas, mas não caímos”, afirma Art Hogan da Wunderlich Securities à CNBC. “Janet Yellen poderia ter sido conservadora, mas não foi. O índice de preços e as vendas a retalho poderiam ter sido desastrosas e não foram.”

Assim, mostrando um sentimento positivo nos mercados, o Dow Jones atingiu máximos históricos, tendo encerrado a valorizar 0,39% para 21.637,74 pontos, bem como o S&P 500 que avançou 0,47% para 2.459,22 pontos. O tecnológico Nasdaq não atingiu recordes, mas registou um desempenho muito forte, tendo encerrado a valorizar 0,61% para 6.312,46 pontos.

O desempenho menos positivo da inflação poderá aumentar as dúvidas em relação às próximas decisões da Reserva Federal. Os oficiais da Fed afirmaram que vão continuar a acompanhar de perto a evolução dos indicadores económicos. Ainda assim, a presidente Janet Yellen já garantiu que, quando isso acontecer, a taxa diretora vai ser alterada gradualmente.

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Cóias Ferreira assume Comando das Forças Terrestres do Exército

  • Lusa
  • 14 Julho 2017

O cargo tinha sido deixado vago pela exoneração do tenente-general Faria Menezes que se terá demitido "por divergências inultrapassáveis" com o Chefe do Estado-Maior do Exército.

O Comando das Forças Terrestres, deixado vago pela exoneração do tenente-general Faria Menezes, é assegurado pelo 2.º comandante, major-general Cóias Ferreira, disse à Lusa o porta-voz do Exército. A exoneração do tenente-general Faria Menezes foi aceite pelo ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, na segunda-feira. A transição do tenente-general para a situação de reserva formaliza-se hoje.

Cóias Ferreira assumirá o Comando das Forças Terrestres “em suplência” até à nomeação de um novo comandante, pelo ministro da Defesa, disse à Lusa o porta-voz do Exército, Vicente Pereira.

O pedido de exoneração do tenente-general Faria Menezes tinha sido noticiado pelo semanário Expresso no sábado, bem como do tenente-general Antunes Calçada, do Comando de Pessoal, que de acordo com o semanário, se demitiu “por divergências inultrapassáveis” com o Chefe do Estado-Maior do Exército alegadamente devido à forma como o general Rovisco Duarte decidiu exonerar cinco comandantes no caso do furto de Tancos.

Na base das decisões dos dois generais, segundo o jornal, estará a forma como o chefe do ramo decidiu exonerar os comandantes das cinco unidades responsáveis por alocar efetivos à vigilância dos Paióis Nacionais de Tancos, de onde foi furtado material de guerra, detetado no dia 28.

A saída dos dois generais implicará uma reorganização na estrutura superior do Exército, mas o chefe do Estado-Maior do ramo, general Rovisco Duarte, poderá esperar por setembro para uma reorganização completa já que nessa altura passará à reserva, por limite de tempo no posto, o tenente-general vice-chefe do Estado-Maior, Rodrigues da Costa.

Até lá, o tenente-general Rodrigues da Costa assumirá o Comando de Pessoal, em acumulação, na sequência da saída de Antunes Calçada.

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Em 11 dias, Oitante perde 190 mil euros

  • Lusa
  • 14 Julho 2017

A Oitante é a parte do Banif que o Totta não agarrou. Sabe-se agora que apenas 11 dias de atividade em 2015 foram suficientes para perder 190 mil euros.

A Oitante, para a qual foi transferida a atividade bancária com que o Totta não ficou na resolução do Banif, fechou 2015 com um resultado líquido negativo de 190 mil euros, embora o resultado reflita apenas 11 dias de atividade.

A demonstração de resultados “reflete o enquadramento específico da Oitante, não apenas pelo facto de corresponder a apenas 11 dias de atividade, mas também atendendo às particulares características da Oitante no momento seguinte à resolução“, é dito no relatório e contas de 2015 da sociedade-veículo, documento disponibilizado esta sexta-feira na página da Oitante na internet.

A sociedade-veículo Oitante foi criada pelo Banco de Portugal em dezembro de 2015, no âmbito da resolução do Banif, tendo sido para aí transferidos os ativos que o Santander Totta não comprou.

O resultado negativo de 2015 integra proveitos de um milhão de euros, com prestação de serviços ao Santander, e gastos operacionais de 870 mil euros, maioritariamente com custos com pessoal, e juros e gastos similares suportados em resultado das obrigações emitidas no montante de 528 mil euros. Os dados em análise referem-se ao período entre 20 a 31 de dezembro de 2015, e no último dia desse ano a Oitante contava com 449 colaboradores.

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Fogo na Covilhã dominado. Ainda há 300 operacionais no local

  • Lusa
  • 14 Julho 2017

O incêndio que lavrava desde sexta-feira no concelho da Covilhã já está dominado. As autoridades dizem que entrou em "fase de conclusão". Ainda estão quase 300 operacionais no local.

O incêndio que lavrava desde sexta-feira à tarde no Paul, concelho da Covilhã, entrou em conclusão esta madrugada, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco.

O fogo entrou em fase de conclusão às 03:15, encontrando-se ainda no local 297 operacionais, apoiados por 95 veículos, disse à Lusa fonte do CDOS. Este incêndio deflagrou, às 14:56 de sexta-feira, na zona do Santuário da Nossa Senhora das Dores, na freguesia do Paul, tendo progredido para as freguesias vizinhas do Barco e da Coutada.

“As chamas deflagraram numa zona de encosta e progrediram rapidamente, essencialmente devido ao vento muito forte que faz com que o incêndio avance por projeções e dificulta o trabalho dos operacionais”, disse o comandante operacional distrital de Castelo Branco, Francisco Peraboa.

Este responsável também apontou as características do terreno e o relevo “acidentado” daquela zona como outros dos “obstáculos” do combate que seria feito de “forma muito musculada e com empenho de diversos meios”.

(Atualizado às 10h42 com novas informações)

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