Popular pode recorrer a aumento de capital
O presidente do Banco Popular avisou hoje os acionistas que a instituição poderá ter que recorrer a um aumento de capital para resolver as graves dificuldades. Um processo de fusão é também hipótese.
“Vale a pena lutar pelo Popular”. Foi desta forma que o presidente do Banco Popular anunciou, esta manhã, durante a assembleia geral de acionistas, que o banco poderá está à beira de um aumento de capital ou de participar numa fusão. O objetivo é resolver as graves dificuldades do grupo.
Emilio Saracho, segundo escreve hoje o jornal espanhol Expansión, adiantou que o “diagnóstico é unânime, estamos condenados a ampliar o capital“. Para o presidente do Popular, “primeiro há que definir as necessidades de capital e as características da operação, que deverá ser explicada em profundidade, depois de decidir a magnitude e o momento de executá-la”.
Saracho afirma mesmo: “Não acredito na geração de capital mediante estruturas complexas”, para acrescentar: “sei que necessitamos de capital, o montante vai depender de como iremos vender os ativos e como evolua o negócio”.
"sei que necessitamos de capital, o montante vai depender de como iremos vender os ativos e como evolua o negócio”
Mas o aumento de capital não é a única hipótese que Saracho tem sobre a mesa: a participação do banco num processo de fusão é também uma alternativa. Saracho reconhece que uma operação destas só será analisada na ótica de criação de riqueza para o acionista.
“Posso assegurar que não vamos gerir o banco para o preparar para uma fusão. Não devemos depender de terceiros. O nosso plano deve estar nas nossas mãos”, referiu.
“Merece a pena lutar pelo Popular. Definitivamente sim, mas acredito que devemos tomar medidas rápidas e decisivas. Ainda que sejam difíceis, não podemos arranjar desculpas nem sentimentalismos”, afirmou Emílio Saracho.
A assembleia geral de acionistas aconteceu depois de, na semana passada, o banco ter reconhecido que teria de fazer ajustamentos nas contas do exercício de 2016 e de ter assistido à demissão do presidente executivo do banco, Pedro Larena.
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