Marques Mendes: Recapitalização da CGD não deverá contar para o défice
Marques Mendes garante que o INE já acedeu que o montante injetado na Caixa Geral de Depósitos não conte para o défice. E revelou que o crescimento no primeiro trimestre vai ser muito positivo.
A recapitalização da Caixa Geral de Depósitos não deverá contar para o défice. A garantia foi deixada por Luís Marques Mendes no seu comentário semanal na Sic.
“As autoridades estatísticas nacionais já concordaram que o dinheiro que é injetado na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos não conta apara o défice e Bruxelas deverá confirmar esta interpretação das autoridades estatísticas nacionais”, disse o conselheiro de Estado. “Provavelmente a recapitalização da Caixa não contará para o défice, o que é bom porque de outra forma o défice passaria de 1,5% que é a previsão deste ano para 3%”, logo Portugal continuava “na corda bamba”, precisou.
As autoridades estatísticas nacionais já concordaram que o dinheiro que é injetado na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos não conta apara o défice e Bruxelas deverá confirmar esta interpretação das autoridades estatísticas nacionais.
Ainda sobre a Caixa, no próximo dia 29 António Domingues via ser ouvido no Parlamento a propósito da polémica dos SMS. Marques Mendes que garante nunca os ter visto, mas que já lhe contaram o conteúdo dos mesmos, sublinha que se os mesmos “viessem a público seria difícil aguentar Mário Centeno”. “Em Portugal, tendo em conta o estado do Governo e a importância que Mário Centeno tem vai continuar tudo na mesma”, diz. “Alguma vez António Costa o deixava cair”, acrescenta, concluindo que “era importante fechar esta novela”.
Portugal vai crescer mais do que o esperado no primeiro trimestre
Marque Mendes revelou ainda que Portugal vai ter um crescimento económico no primeiro trimestre de 2017 bastante positivo, puxado pela evolução positiva do investimento, na ordem do 9%.
“Dentro de poucos dias virão a público as notícias do crescimento económico no primeiro trimestre. Vão surpreender bastante porque estão acima das expectativas”, garante Marques Mendes, numa referência à estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais relativas ao primeiro trimestre será divulgada a 15 de maio.
“Por exemplo, o investimento vai ter um crescimento na ordem de 9% e as receitas da Segurança Social estão a crescer cerca de 5% o que significa que o emprego está a aumentar”, acrescentou.
Dentro de poucos dias virão a público as notícias do crescimento económico no primeiro trimestre. Vão surpreender bastante porque estão acima das expectativas. Por exemplo o investimento vai ter um crescimento na ordem de 9% e as receitas da Segurança Social estão a crescer cerca de 5% o que significa que o emprego está a aumentar.
Em fevereiro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a economia portuguesa cresceu 1,4% no conjunto de 2016 e que, no quarto trimestre, o PIB cresceu 2% em termos homólogos e 0,6% face ao trimestre anterior. Por exemplo, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) considera que a economia terá crescido no primeiro trimestre deste ano 2,4% em termos homólogos e 0,6% em relação ao trimestre anterior.
Para Marques Mendes a oposição tem um caminho mais dificultado tendo em conta os bons resultados económicos. E essa dificuldade transparece também, segundo o conselheiro de Estado, na ausência de crispação no debate do Programa de Estabilidade — uma tensão que se observou no debate do Programa do ano anterior. “É difícil descordar convictamente de um programa destes”, disse, sublinhando que as metas são as mesmas que os partidos à direita defendem, embora talvez “por um caminho diferente”.
“Hoje vive-se um ambiente de estabilidade“, acrescenta. “Já ninguém questiona que o Governo vai terminar o mandato até ao fim.
Quanto à decisão da agência canadiana de notação financeira, DBRS, de manter o rating de Portugal em BBB ‘low’ com perspetiva estável, Marques Mendes diz que “é um bom sinal porque a situação não se agravou, mas não é um sinal fantástico porque ainda não foi melhorado”.
E reitera a afirmação da semana anterior de que as agências de rating vão subir a notação — o que ajudará a o investimento e a baixar os juros da dívida, frisa — “lá para o final do ano”, porque vão ficar satisfeitas com o Programa de Estabilidade agora aprovado, quando virem dados mais significativos do crescimento económico e quando Portugal sair do Procedimento por défices Excessivos.
Portugal, “em princípio, vai sair”, garantiu. “A Comissão vai decidir nesse sentido em maio, confirmar em junho e em julho“, realiza-se o Conselho Europeu.
Nas suas notas finais finais revelou que a greve dos médicos deve estar prestes a ser desconvocada. O sindicato dos médicos decretou uma greve para os dias 10 e 11 de maio. Os sindicatos estão contra a falta de concretização de medidas por parte do Governo e têm reclamado a reposição integral do pagamento das horas extraordinárias para todos os médicos.
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