Google: Ataque ao Gmail afetou “menos de 0,1%” das contas
O que parecia um inofensivo documento do Docs veio a provar-se ser um gigantesco esquema de phishing que afetou quase 0,1% de todas as contas do serviço. Google já corrigiu a vulnerabilidade.
Recebeu um documento estranho no seu e-mail? A semana que passou ficou marcada por um gigantesco esquema de ataques informáticos que afetou milhões de contas Gmail. O suposto documento da plataforma Docs (semelhante ao Word, mas da Google) chegou a muitas caixas de entrada — e, uma vez aberto, comprometeu de imediato as contas de muitos utilizadores.
O ficheiro, na realidade, não passava de uma aplicação maliciosa desenhada para dar aos burlões o acesso completo e incondicional à conta afetada. No entanto, o facto de parecer uma mensagem genuína e credível fez com que muita gente caísse na esparrela. Além disso, a mensagem estava programada para ser reenviada a todos os contactos da conta comprometida, ampliando largamente a dimensão do ataque como se fosse uma bola de neve.
Estes ataques são conhecidos por phishing, por recorrerem à credibilidade de marcas conhecidas para aumentar as hipóteses de infetar o utilizador. Neste caso, os responsáveis, que ainda não terão sido identificados, recorreram à credibilidade do serviço Google Docs, uma aplicações de processamento de texto incluída em todas as contas da Google.
De facto, a própria Google ficou surpreendida, falando de um ataque “altamente sofisticado”. A empresa apressou-se a corrigir a vulnerabilidade e a banir a aplicação maliciosa do serviço, que terá abrangido “menos de 0,1%” dos utilizadores do Gmail, de acordo com a BBC.
O caso serve, ainda assim, para alertar os utilizadores para o perigo de se abrirem ficheiros de origens desconhecidas. O e-mail infetado, apesar de poder vir de um endereço conhecido (como, por exemplo, de um amigo que já tinha sido infetado), tinha sempre como destinatário uma conta de e-mail descartável do serviço Mailinator: “hhhhhhhhhhhhhhhh@mailinator.com”.
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