Bolsa incapaz de manter ganhos, juros sobem antes de leilão
Lisboa inverteu para terreno negativo logo nos primeiros minutos depois de um arranque em alta, seguindo congéneres europeias. Antes de o Tesouro ir ao mercado, os juros da dívida subiam ligeiramente.
Depois de um arranque de sessão em alta ligeira, a bolsa nacional não aguentou o maior pessimismo europeu e inverteu para zona de perdas logo nos primeiros minutos de negociação em Lisboa. No dia em que o Tesouro português vai ao mercado levantar até 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e a dez anos, os juros da dívida sobem ligeiramente antes da operação.
O PSI-20, o principal índice português, perde agora 0,15% para 5.246,69,01 pontos, com oito cotadas em baixa. Entre os principais protagonistas estão as duas cotadas do grupo EDP e que assumem enorme peso naquilo que é o rumo da bolsa portuguesa: a EDP cede 0,37% e a EDP Renováveis cai 0,33%. Isto numa altura em que o registo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da primeira sobre o restante capital da segunda está por dias, segundo as palavras de António Mexia na última apresentação de resultados.
Outros destaques negativos vão para a Galp e para o BCP. Se sustentavam os ganhos ligeiros do benchmark logo no arranque desta sessão, as duas companhias estão agora a negociar no vermelho. A petrolífera perde 0,05%. O banco também desvaloriza de forma muito ligeira, sendo incapaz de manter o bom momento da sessão desta terça-feira, em que chegou a disparar mais de 5%, beneficiando daquilo que os analistas consideram ser uma limpeza do balanço relativamente aos ativos mais problemáticos e que colocam a instituição numa melhor posição de robustez financeira.
Após o fecho da bolsa, a Semapa apresenta contas trimestrais. Os analistas do BPI Research esperam um lucro de 17 milhões de euros, menos 3% face ao mesmo período do ano passado. Os títulos da holding somam mais de 1%.
Semapa avança antes de prestar contas
“Na ausência de notícias relevantes, o mercado nacional continuará influenciado pela conjuntura externa e pelos resultados empresariais“, dizem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.
“O facto de Donald Trump ter demitido o diretor do FBI, James Comey, adensava os receios de caráter político entre os investidores. Além disso, as atenções deverão hoje estar focadas no comportamento do Euro/Dólar, na intervenção de Mario Draghi sobre política monetária no Parlamento holandês e nos resultados empresariais”, salientam ainda.
"Na ausência de notícias relevantes, o mercado nacional continuará influenciado pela conjuntura externa e pelos resultados empresariais.”
No mercado de dívida, Portugal volta ao ativo esta quarta-feira de manhã. O IGCP tem previsto levantar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros em obrigações do Tesouro a cinco e a dez anos. No mercado secundário, a taxa de juro dos títulos a dez anos sobem para 3,44%.
No plano internacional, o dia começa em baixa para os principais índices do Velho Continente. Em Madrid, o Ibex-35 cai 0,09%. Em Paris, o CAC-40 segue em baixa de 0,15%, em linha com o alemão Dax-30.
(Notícia atualizada às 8h31)
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