Liberbank afunda 37% em Espanha. Investidores falam em novo Popular
Ações do banco regional Liberbank afundam na bolsa, com os investidores receosos com um novo caso Popular. Instituição garante que não há fuga de depósitos.
Em queda há nove sessões consecutivas, o Liberbank afunda esta sexta-feira 37% na bolsa espanhola, com os receios de que este banco regional espanhol enfrenta o mesmo destino do Banco Popular, que foi esta semana comprado por um euro pelo Santander para evitar o seu desaparecimento.
As ações do Liberbank estiveram a cair 37% para um novo mínimo de sempre nos 0,516 euros. Seguiam a negociar em baixa de 16,36% para os 0,69 euros, perante uma forte pressão vendedora: 56 milhões de papéis foram trocadas ao longo da sessão, um volume de negociação 22,4 vezes acima da média diária do último ano.
Tal como aconteceu com o Popular nas semanas que antecederam a sua derrocada, também Liberbank deverá necessitar de um aumento de capital para cobrir perdas com ativos imobiliários e outros empréstimos mais problemáticos.
“O Liberbank tem um conjunto de problemas similar àquele que o Banco Popular tinha, com um rácio de cobertura baixo, um rácio de crédito malparado elevado e muitos ativos duvidosos”, sintetizou Nicolas Lopez, diretor de research da Mercados e Gestion de Valores, citado pela Bloomberg. “As ações estão a ser avaliadas perante o risco de um possível aumento de capital se o banco for forçado a aumento o seu rácio de cobertura”, acrescentou.
"O Liberbank tem um conjunto de problemas similar àquele que o Banco Popular tinha, com um rácio de cobertura baixo, um rácio de crédito malparado elevado e muitos ativos duvidosos.”
Apesar da elevada pressão na bolsa, o banco liderado por Manuel Menéndez informa que não tem registado qualquer problema na sua rede de agências, tentando descansar os seus clientes ao indicar que mantém uma posição de solvência e liquidez sólida e que os seus depósitos não correm perigo.
Ainda esta sexta-feira o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, frisou que o Popular se tratou de “um caso individual com problemas antigos que não foram resolvidos no seu devido tempo”, acrescentando que a venda ao Santander foi uma boa solução. “Estou otimista em relação ao setor bancário espanhol, os problemas estão a ser resolvidos”, disse Dijsselbloem.
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