Agência Europeia do Medicamento? Só podia ser em Lisboa
"Conveniência da proximidade do Infarmed” e o facto de “ser fator de preferência a existência de Escola Europeia, que só Lisboa poderá vir a ter", ditaram escolha por Lisboa em detrimento do Porto.
O primeiro-ministro decidiu candidatar Lisboa para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA) por “ser fator de preferência a existência de Escola Europeia, que só Lisboa poderá vir a ter”, revela uma carta a que a Lusa teve acesso.
Numa carta dirigida ao presidente da Câmara do Porto na quinta-feira, e hoje divulgada, o primeiro-ministro diz ser “o primeiro a lamentar não ter sido possível candidatar o Porto porque muito gostaria de também, por esta via, contribuir para reforçar a crescente internacionalização da cidade”.
A “conveniência da proximidade do Infarmed” é outro dos fatores apontados por António Costa como justificação para candidatar Lisboa, e não o Porto, a acolher a sede da EMA que deve abandonar Londres com a saída do Reino Unido da União Europeia.
O presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, revelou na reunião camarária de 16 de maio ter escrito ao primeiro-ministro a “mostrar o interesse” em acolher a sede da EMA. Na sessão do executivo de hoje, Rui Moreira adiantou ter recebido a resposta na segunda-feira.
Na missiva, o primeiro-ministro revela que o Governo estudou “a possibilidade de candidatar as cidades de Lisboa e Porto” à EMA, tendo duas razões conduzido “à opção por Lisboa”.
Costa cita na carta “a conveniência da proximidade do Infarmed, agência nacional do medicamento” e o facto de “ser fator de preferência a existência de Escola Europeia, que só Lisboa poderá vir a ter, beneficiando da sinergia da preexistência de outras agências europeias”.
De acordo com António Costa, estas outras agências instaladas em Lisboa permitiriam “alcançar o número mínimo de funcionários das instituições europeias necessárias para a instalação da Escola”.
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