Bancos europeus obrigados a reportar ciberataques ao BCE
A medida entra em vigor no verão, visando controlar a crescente ameaça à estabilidade financeira resultante dos ataques, diz uma responsável do departamento de supervisão do BCE.
Os bancos da Zona Euro vão passar a ter de comunicar ao Banco Central Europeu (BCE), sempre que sejam alvo de um ataque cibernético de grande dimensão. Esta comunicação que passa a ser obrigatória a partir deste verão, resulta de um esforço combinado do bloco do Euro no sentido de travar a crescente ameaça à estabilidade financeira. A medida foi avançada por Sabine Lautenschläger, vice-presidente do departamento de supervisão do BCE, num discurso desta segunda-feira citado pelo Financial Times.
Esta exigência acontece cerca de um ano depois de o BCE ter criado um sistema de alerta para ataques cibernéticos vocacionado para os bancos, permitindo-lhes registar eventos desta natureza junto da entidade liderada por Carlos Costa.
“Isto irá ajudar-nos a avaliar de uma forma mais objetiva quantos incidentes ocorrem e como evolui a ameaça dos ciberataques. Isso irá ajudar-nos também a identificar vulnerabilidades e armadilhas comuns”, disse Sabine Lautenschläger.
Este reforço da atenção da entidade liderada por Mario Draghi acontece no seguimento da escalada de ataques de “piratas informáticos” aos sistemas de grandes bancos. Um dos maiores exemplos nesse âmbito alguns dos maiores bancos britânicos no arranque deste ano. O Lloyds foi uma das instituições atingidas nesse ataque no final de janeiro, tendo ficando mais de dois dias com falhas no serviços digitais.
“Encarámos os ciberataques de uma forma muito séria, e abordamos isso de vários ângulos. O meu conselho é para que os bancos façam o mesmo. É crucial estar alerta e pronto a reagir”, acrescentou a responsável do departamento de supervisão do BCE.
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