Nos Alive: 3 dias, 110 artistas, 165 mil a vibrar
O Nos Alive começa esta quinta-feira com lotação esgotada. Saiba quanto os fãs pagaram para entrar, o que há para ver e os (poucos) truques para evitar a multidão.
Nos Alive foi o primeiro festival português a esgotar: este ano, três meses antes de abrir as portas. 55 mil fãs rumam a Algés em cada um dos três dias para ver os 110 artistas que pisam o palco. Há muita música — mais de 12 horas por dia — mas também comédia. O desafio foi chegar lá.
Espera-se uma grande azáfama à volta do passeio marítimo de Algés entre os dias 6 e 8 de julho, as datas do festival Nos Alive. A organização aconselha as pessoas a utilizarem transportes coletivos e a deixarem as mochilas em casa, de forma a facilitar as vistorias da segurança. Por exemplo, há autocarros grátis até ao recinto, de meia em meia hora, a partir do centro comercial Alegro onde é possível trocar o bilhete e a pulseira mas, também deixar o carro. Já lá dentro, é importante traçar um rumo para se mover entre a multidão e as várias sobreposições de concertos.
Bandas em contagem decrescente: mesmo a chegar mas cada vez menos
O festival abre esta quinta-feira às três da tarde, e a música vai ouvir-se desde a entrada, com os The Djabalis a inaugurarem o Pórtico Nos Alive Entrance e o próprio festival. Neste primeiro dia, os cabeças de cartaz são os britânicos The XX e o americano The Weeknd. A fechar estão os Glass Animals, já a chegar às três da madrugada. Nas doze horas que separam a primeira e a última atuação, são trinta e três os artistas de música e cinco comediantes.
Nos dias seguintes mantêm-se sensivelmente os horários mas o número de artistas vai reduzindo. A 7 de julho, de 38 artistas passam a 37 e no último, são 35. O prejuízo é na parte musical. Ainda assim, as sobreposições entre os sete palcos são constantes. Um dos conselhos aos festivaleiros é levarem um horário e assinalarem as bandas que não querem mesmo perder. O palco principal, o Nos Stage, tem ainda como destaque as bandas Foo Fighters e The Kills, no dia 7, e os Depeche Mode e Imagine Dragons no dia 8. Entre os seis palcos secundários, existe dedicado à música mais tradicional, O EDP Fado Cafe, e outro de comédia.
165.000 bilhetes: para todos os gostos e várias carteiras
Já em 2016 os fãs esgotaram as bilheteiras do Nos Alive, mas só no primeiro dia do festival. Este ano, faltavam três meses quando a fasquia dos 165.000 bilhetes foi atingida e garantiu a lotação total. Os bilhetes começam nos 59 euros, para garantir a entrada diária. Já o passe de três dias custou 129 euros. Este ano, houve ainda uma parceria com o festival espanhol Mad Cool que, por 120 euros, concedia entradas em ambos os festivais para que os grandes fãs de Foo Fighters pudessem ver a banda duas vezes.
Exatamente para os que vêm de longe, o festival fez parcerias com a CP e com companhias de autocarros. Mas não se ficou por aqui. À venda estiveram também os Packs de Viagem Aigle Azur, uma parceria com a companhia aérea francesa que oferecia duas viagens ida e volta, dois passes de três dias e hotel a partir de 1.158,50€. Para ficar os três dias por Lisboa, o Nos Alive vendeu ainda passes de três dias com direito a três noites em hotéis de três e cinco estrelas: o mais barato, 498 euros, o mais caro, 750 euros.
Festivais: o fenómeno da música que reina em Portugal
Entre os portugueses que costumam ir a espetáculos de música pelo menos uma vez por ano, 66% escolhe os festivais como evento de eleição, diz o Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM). Gastam, geralmente, um máximo de 150 euros e a maioria adquire os bilhetes pela internet. A melhor montra para os festivais é mesmo online, já que 85% da população os conhece nas redes sociais. Em termos de duração, o Nos Alive alinha-se na perfeição com as preferências dos portugueses: mais de metade diz que três dias é o ideal.
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