OPA ao Montepio arranca hoje. Associação Mutualista prevê investir 60 milhões
Associação Mutualista paga um euro por cada unidade do fundo do Montepio Geral. Objetivo passa por retirar banco de bolsa e abrir a porta da instituição aos acionistas da economia social.
Arranca esta segunda-feira a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Associação Mutualista Montepio Geral sobre a Caixa Económica Montepio Geral, numa operação em que a entidade liderada por Tomás Correia prevê investir 59 milhões de euros para adquirir as unidades de participação do fundo do banco. O objetivo passa por retirar o Montepio de bolsa, numa estratégia mais alargada que visa a entrada de novos acionistas, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A Associação Mutualista oferece um euro por cada unidade do fundo que está cotado em bolsa, um valor igual ao que estes títulos foram vendidos numa primeira fase a investidores de retalho. Pretende adquirir os 15% do fundo que ainda não está na sua posse.
O período da oferta decorre entre as 8h30 desta segunda-feira e as 15h30 do dia 8 de setembro. Os detentores das unidades de participação que aceitem a oferta poderão revogar as suas declarações de aceitação até às 23h59 do dia 3 de setembro de 2017. Para o dia 11 de setembro está agendado o apuramento e divulgação dos resultados da oferta.
A OPA surge num contexto de fortes alterações empreendidas pela administração do banco liderada por Félix Morgado e até pelo principal acionista, a Caixa Económica. Além da OPA, a Associação Mutualista decidiu avançar para um aumento de capital de 250 milhões de euros e para a transformação da caixa económica em sociedade anónima, na qual as unidades de participação darão lugar a ações do banco.
De resto, no prospeto aprovado na sexta-feira, a Associação Mutualista anunciou que manterá uma ordem permanente de compra também sobre as ações que sejam entretanto emitidas e que estejam na posse de quem não aceitou vender as unidades nesta OPA.
Foi a 4 de julho que a Associação Mutualista anunciou o lançamento da OPA. Desde então a instituição tem estado ativa na aquisição de unidades ao ponto de ter adquirido no espaço de quase um mês metade daquilo que era o objeto da oferta e de ter chegado à última sexta-feira com 85% do fundo já nas suas mãos.
Segundo anunciou Tomás Correia na altura, a OPA representa “uma medida fundamental para que, após a sua transformação em sociedade anónima, o capital social da Caixa Económica venha a ser detido, na maior extensão possível, por entidades da economia social”. “É um importante passo para dar corpo à estratégia de tornar a Caixa Económica na Instituição Financeira da Economia Social, podendo assim contribuir ativamente para o desenvolvimento do nosso país”, frisou o presidente da Associação Mutualista
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