Passos Coelho diz que nem a tragédia de Pedrógão deu sentido de Estado ao primeiro-ministro
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que nem uma tragédia como a de Pedrógão Grande deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este domingo que nem uma tragédia como a de Pedrógão Grande deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro.
Em declarações aos jornalistas em Ribeira de Pena, Passos Coelho reagiu ao discurso com que o primeiro-ministro assinalou a rentrée socialista, em Faro, no qual acusou os líderes do PSD e do CDS-PP de nada terem feito pela floresta quando estavam no Governo e de ter sido preciso chegar a tragédia para que “acordassem e viessem ao debate”.
“Nem uma tragédia como a de Pedrógão deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro”, afirmou o líder do PSD.
O presidente social-democrata considerou que o discurso de António Costa “é mais ou menos um clássico”. “O primeiro-ministro procura esconder o fracasso da sua governação atacando aqueles que denunciam esse fracasso”, sustentou.
Passos Coelho disse que, em 40 anos de democracia, nunca se assistiu a “um espetáculo” como o que está a acontecer atualmente, em que o “país arde e a Proteção Civil mostra-se impotente para resolver a situação”.
“A Proteção Civil (…) depende do Governo. Ao cabo de praticamente dois anos de governação (…) o primeiro-ministro acha que a culpa é da oposição”, salientou o responsável.
O presidente social-democrata disse que “ninguém pode levar isto a sério”.
“Sempre que alguma coisa corre mal, a culpa é da oposição ou do passado, quando as coisas correm bem toda a gente deve favores e elogios ao primeiro-ministro e ao Governo. É uma maneira de estar na política, não é a minha seguramente”, sublinhou.
Passos Coelho falava antes da apresentação da candidatura do PSD a Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, que é encabeçada pelo antigo autarca Agostinho Pinto.
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