Passos não se demite, mas avalia recandidatura
O líder do PSD assume um dos piores resultados de sempre do partido. O presidente do PSD não se demite, mas vai ponderar se avança com a recandidatura à liderança.
Passos Coelho assumiu aquele que deverá ser “um dos piores resultados de sempre do PSD”, admitindo que não deixará de avaliar os resultados. O presidente do PSD não se demite, mas vai ponderar se avança com a recandidatura à liderança do partido.
Salientando que não é um “bom princípio” uma demissão na sequência de resultados de eleições autárquicas, Pedro Passos Coelho frisou que fará uma “reflexão sobre as condições” em que poderá colocar-se “em disputa interna do PSD para o próximo mandato”, que “será o mandato que virá a conhecer as eleições legislativas”.
“Disse desde o início que as eleições locais são sobretudo eleições locais e não eleições nacionais, mas evidentemente há sempre leituras nacionais e responsabilidade nacional nos resultados que foram alcançados e, nessa medida, não posso hoje, como presidente do PSD, deixar de assumir a responsabilidade por esse resultado que foi alcançado” afirmou Passos.
A reflexão mais aprofundada dos resultados fica agendada para terça-feira, no Conselho Nacional do partido. “Não posso deixar de dizer, quer aos nossos militantes, quer aos portugueses, que não deixarei de ponderar devidamente os resultados que foram alcançados na medida em que a estratégia nacional não ficará seguramente imune à avaliação que desses resultados vier a ser feita.”
"As eleições locais são sobretudo eleições locais e não eleições nacionais, mas evidentemente há sempre leituras nacionais e responsabilidade nacional nos resultados que foram alcançados e, nessa medida, não posso hoje, como presidente do PSD, deixar de assumir a responsabilidade por esse resultado que foi alcançado.”
Mas isto não significa uma demissão, disse o presidente do PSD. “Disse que não me demitiria da presidência do PSD em resultado de eleições locais e mantenho aquilo que disse”, afirmou.
“O resultado desta noite foi um resultado muito pesado para o PSD e eu não gosto de fugir às minhas responsabilidades”, frisou ainda.
Questionado sobre as causas dos resultados, o presidente do PSD salientou que esta não é a altura certa para encontrar explicações, indicando que haverá também causas nacionais e não apenas locais. Admitiu que o PSD perdeu câmaras que nunca pensou perder, mas também ganhou algumas com que não contava. Por outro lado, os números são agora significativamente inferiores aos conseguidos há quatro anos, já de si negativos, admitiu. Importa agora perceber se a orientação estratégica deve ser mantida ou alterada, indicou ainda o líder dos social-democratas.
O presidente do PSD põe de lado a antecipação de eleições no partido, entendendo que o calendário é o adequado.
(Notícia atualizada às 00h07)
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