Governo pede nova forma de calcular o risco de incêndio

Os fundos comunitários vão financiar uma nova Carta Nacional de Perigosidade de Incêndio com 300 mil euros. As candidaturas devem ser entregues até dezembro.

“Portugal continental tem um problema que não é o fogo em si mesmo, mas antes a forma como este se relaciona com a utilização que os cidadãos do território.” A frase consta da mais recente avaliação (2017) da perigosidade de incêndio florestal. Mas o Executivo já pediu uma nova.

Na sexta-feira, o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) lançou um convite destinado à elaboração da Carta Nacional de Perigosidade de Incêndio e Modelação de Apoio ao Planeamento e Gestão da Floresta e do Território. Este estudo técnico e cartografia, com vista à caracterização de riscos naturais e tecnológicos, será concluído depois dos incêndios florestais deste verão que resultaram numa área ardida superior a 300 mil hectares e mais de 100 vítimas mortais. O próprio Executivo reconhece que os fogos de domingo e segunda-feira deverão ter um custo superior ao registado quatro meses antes.

Um dos critérios definidos para a seleção deste novo estudo é inovar no cálculo dos riscos de incêndio. “No âmbito desta tipologia, apenas serão elegíveis operações destinadas ao desenvolvimento de novas metodologias de cálculo de perigosidade e risco de incêndio“, pode ler-se no aviso. Este estudo deve traduzir-se na “produção de cartografia” com várias dimensões de análise, mas também num “novo modelo metodológico de elaboração de cartas de perigosidade e de risco de incêndio, de cariz conjuntural e de cariz estrutural, para as escalas nacional e municipal”.

O aviso do POSEUR frisa que os selecionados neste convite devem apresentar “modelos de produção da cartografia dinâmica de perigosidade e de risco para suporte da gestão preventiva da floresta (redes de defesa da floresta prioritárias) e das ações de vigilância e de pré-posicionamento dos meios de combate ao nível nacional e municipal”. Mas também o “desenvolvimento e validação da metodologia de produção de cartografia de perigosidade e risco de suporte ao planeamento e gestão territorial nos Instrumentos de Gestão Territorial (IGT)”.

A elaboração desta carta será financiada até um limite de 300 mil euros, com uma taxa de máxima de cofinanciamento do Fundo de Coesão de 75% do total das despesas elegíveis.

As candidaturas devem ser apresentadas até 11 de dezembro.

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É oficial: conheça a nova equipa do Novo Banco. Há novidades

Tal como ECO avançou em primeira mão, Conselho Geral e de Supervisão será liderado pelo inglês Byron Haynes. Ex-embaixador Robert Sherman também integra conselho. Conheça os novos nomes do Novo Banco.

Byron Haynes, presidente do conselho de supervisão, e António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, na assinatura do acordo de venda do banco ao Lone Star.Paula Nunes / ECO

É oficial. O Novo Banco vai ter uma nova estrutura de governo. O conselho geral e de supervisão substitui o antigo conselho de administração e será liderado pelo inglês Byron Haynes, tal como ECO avançou em primeira mão. António Ramalho vai continuar a liderar equipa executiva. Conheça os novos nomes para o quadriénio 2017-2020 do banco que passou hoje para as mãos do fundo americano Lone Star.

Conselho geral e de supervisão:
Presidente: Byron James Macbean Haynes
Vice-Presidente: Karl-Gerhard Eick
Vogal: Donald John Quintin (indicado pelo Lone Star)
Vogal: Kambiz Nourbakhsh (indicado pelo Lone Star)
Vogal: Mark Andrew Coker (independente)
Vogal: Benjamin Friedrich Dickgiesser (indicado pelo Lone Star)
Vogal: John Herbert (independente)
Vogal: Robert A. Sherman (independente)

Conselho de administração executivo:
Presidente: António Manuel Palma Ramalho
Vogal: Vítor Manuel Lopes Fernandes
Vogal: Jorge Telmo Maria Freire Cardoso
Vogal: Isabel Maria Ferreira Possantes Rodrigues Cascão
Vogal: Luísa Marta Santos Soares da Silva Amaro de Matos
Vogal: Rui Miguel Dias Ribeiro Fontes
Vogal: José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt

Mesa da assembleia geral:
Presidente: Nuno Azevedo Neves
Vice-Presidente: Bruno Azevedo Rodrigues
Secretário: Ana Isabel Vieira

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PCP exige floresta à frente do défice. Costa deixa a porta aberta

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 18 Outubro 2017

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, exigiu ao primeiro-ministro que a floresta seja a prioridade, e não o défice. Costa deixou a porta aberta à ideia de furar a meta para acomodar custos.

Jerónimo de Sousa defendeu que a meta do défice deve ser alterada para acomodar os gastos necessários com a floresta.Paula Nunes/ECO

“Não será seguramente o nosso empenho na consolidação orçamental que frustrará o que é prioritário, que é a segurança e a proteção da floresta,” disse o primeiro-ministro, depois de confrontado pelo líder do PCP, no debate quinzenal desta quarta-feira.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral dos comunistas, exigiu a António Costa que encontrasse um orçamento específico para dar resposta aos problemas da floresta, fazendo a reforma do setor, reforçando a prevenção e o combate e gastar tanto como, por exemplo, com o Banif. Mais: quis saber se o primeiro-ministro estaria disposto a mudar a meta do défice de 2018, que é de 1% do PIB, para acomodar os gastos.

“Mesmo considerando as metas de défice pedidas”, o primeiro-ministro estaria disposto a gastar na floresta, perguntou o líder dos comunistas. “Na nossa opinião, as pessoas têm de estar primeiro que o défice,” argumentou. Mais tarde, Heloísa Apolónia, pelos Verdes, insistiu no mesmo tema e defendeu que a prioridade deve ir para a floresta, com ou sem margem orçamental.

Não será seguramente o nosso empenho na consolidação orçamental que frustrará o que é prioritário, que é a segurança e a proteção da floresta.

António Costa

Primeiro-ministro

O primeiro-ministro não deu a resposta clara, mas citou o ministro das Finanças, mostrando abertura para gastar mais e garantindo que não seria a consolidação orçamental a colocar em causa os meios para garantir a segurança e a proteção da floresta.

Centrando-se no Orçamento do Estado, António Costa disse que entre o relatório apresentado no dia 12 e o Orçamento do Estado apresentado no dia 13, não havia condições para introduzir as medidas propostas. Mas agora, no debate, haverá margem para alterações de modo a “executar ao longo do ano de 2018 aquilo que for possível e desejável”.

“O Orçamento é feito de prioridades, que vão para o défice” mas também para outras áreas, afirmou o primeiro-ministro, garantindo que o objetivo é partir de uma boa proposta de Orçamento do Estado, mas sair do Parlamento com “um melhor Orçamento”.

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Governo disponibiliza 4,6 milhões para alojamento urgente de famílias

O programa vem apoiar famílias que tenham ficado sem casa por "causas imprevisíveis", como desastres naturais ou crises migratórias. Deverá estar a funcionar até março de 2018.

O Governo vai disponibilizar, no próximo ano, 4,6 milhões de euros para financiar o programa Porta de Entrada, que visa apoiar o alojamento urgente de famílias que tenham ficado sem casa por “causas imprevisíveis”, como desastres naturais. A medida consta da Nova Geração de Políticas de Habitação, resolução aprovada no início deste mês em Conselho de Ministros e que está, desde esta quarta-feira e até dezembro, disponível para consulta pública.

O programa Porta de Entrada, explica o documento, “tem por objetivo dar resposta às situações de agregados familiares desprovidos de habitação em virtude da privação, temporária ou definitiva, do local em que habitavam decorrente de causa imprevisível e/ou insanável pelos próprios, nomeadamente desastres naturais (inundações, sismos, incêndios) e fenómenos de migrações coletivas“. Vai funcionar com a “concessão de apoio aos agregados familiares para a reconstrução dos seus percursos residenciais, procurando salvaguardar as condições de integração e sustentabilidade necessárias quando da saída de alojamento temporário”.

Este alojamento poderá ser feito recorrendo a quatro soluções:

  • Alojamento temporário em empreendimento turístico ou similar;
  • Arrendamento de longa duração de uma habitação adequada no parque de arrendamento público ou privado;
  • Reconstrução ou reabilitação de habitação de que os beneficiários são proprietários;
  • Construção de nova habitação, em casos excecionais, resultante da transferência da implantação da habitação preexistente para outro local, de que os beneficiários sejam proprietários.

No quadro com as dotações orçamentais necessárias para cada programa desta Nova Geração de Políticas de Habitação, o Governo aponta para que o Porta de Entrada conte com 4,6 milhões de euros em 2018, ressalvando que “a dotação orçamental deste programa variará bastante em função da ocorrência de acontecimentos imprevisíveis ou excecionais que resultem em necessidades de alojamento urgentes“.

Direito à habitação também vai ter verbas

Além deste, foi ainda criado o 1º Direito, um programa de apoio ao direito à habitação que visa “garantir o acesso a uma habitação adequada e a condições de vida dignas aos agregados familiares em situação de grave carência habitacional”.

Neste programa, o alojamento poderá ser feito através da reabilitação de imóveis detidos pelo Estado, aquisição e reabilitação de imóveis para habitação, arrendamento de prédios ou frações autónomas de prédios urbanos destinados a habitação, ou aquisição de terrenos e construção de empreendimentos habitacionais, em casos excecionais.

Uma vez que o levantamento nacional das necessidades de realojamento está ainda em curso, o Governo não tem ainda uma “estimativa rigorosa das necessidades” do programa 1º Direito. “Está em curso a fase final de levantamento nacional das necessidades de realojamento junto dos municípios” para garantir a “representatividade de todos os municípios ou pelo menos da larga maioria”, referiu à Lusa a secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho.

Estes dois programas vêm substituir o Programa Especial de Realojamento e o Programa de Financiamento para Acesso à Habitação. Segundo a informação disponibilizada no portal do Governo, deverão estar em funcionamento até março de 2018.

Seis milhões para rendas acessíveis

Do documento constam também as medidas de incentivo ao arrendamento com preços acessíveis, já conhecidas no início deste mês. Os proprietários que adiram ao Programa de Arrendamento Acessível ficarão isentos da tributação sobre os rendimentos prediais e terão ainda direito a uma redução de, pelo menos 50% do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), podendo ficar mesmo isentos do pagamento deste imposto, por decisão da Assembleia Municipal. O programa estará disponível para os novos contratos de arrendamento a celebrar e que “cumpram os requisitos do programa”.

Esta parte dos requisitos do programa continua a não estar totalmente esclarecida, uma vez que não é claro o que se entende por “renda acessível”. O documento em consulta pública define como renda acessível o seguinte:

"Valor de renda máximo base 20% inferior ao valor de referência de mercado (por metro quadrado por tipologia habitacional, para a localização em causa), sendo alvo de reduções adicionais nos casos em que haja recurso a instrumentos de apoio ao investimento e/ou programas e medidas que venham a ser desenvolvidos pelos municípios, tornando o apoio público proporcional à função social da habitação.”

Nova Geração de Políticas de Habitação

No entanto, não há um valor de referência no mercado de arrendamento, pelo menos um que seja oficial e público. O Instituto Nacional de Estatística (INE) faz o levantamento do preço médio por metro quadrado na venda de imóveis, mas não no arrendamento. Os valores médios de rendas que existem e que são conhecidos são levantados por consultoras imobiliárias privadas e acarretam várias limitações, incluindo o facto de se basearem nos preços anunciados nas ofertas de arrendamento, mas que não são, necessariamente, os preços praticados, já que podem ser negociados entre inquilinos e senhorios.

A isto acresce que o acesso ao Programa de Arrendamento Acessível implica a “compatibilização entre o valor das rendas e os rendimentos dos arrendatários”, com a “criação de limites à taxa de esforço“. Em muitos municípios, esta exigência choca com a anterior. Isto porque um valor de renda 20% abaixo do preço de mercado ficará acima de uma taxa de esforço de 40% (o valor habitualmente estabelecido) para um família com o salário médio.

O próprio documento da Nova Geração de Políticas de Habitação reconhece que este levantamento de preços não existe e terá de ser criado. Nos instrumentos a criar no próximo ano, incluem-se “índices de preços e acessibilidade habitacional“, que visam a “disponibilização regular e de fácil acesso de informação rigorosa sobre preços e acessibilidade no mercado da habitação, que servirão de base para o estabelecimento do limite do valor das rendas no âmbito do Programa de Arrendamento Acessível e para a monitorização, avaliação e reforço do mesmo”.

Feitas as contas, o Governo prevê gastar, neste programa, um milhão de euros em 2018 e outros cinco milhões de euros em 2019.

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Miranda promove debate sobre OE 2018

O escritório fundado por Agostinho Pereira de Miranda realiza debate na terça-feira, dia 24 de outubro, no InterContinental Lisbon. Evento terá a presença de Manuela Ferreira Leite.

A Miranda Law Firm promove uma conferência sobre o Orçamento do Estado 2018 na próxima terça-feira, dia 24 de outubro.

A sessão contará com as intervenções de Fernando Carreira de Araújo (Administrador Executivo da THE NAVIGATOR COMPANY), Nuno Ribeiro da Silva (Presidente da ENDESA PORTUGAL), Pedro Fontes Falcão (Professor Auxiliar Convidado do ISCTE-IUL), Manuela Ferreira Leite e Pedro Adão e Silva.

Caberá a André Macedo (Diretor-Adjunto de Informação da RTP), a moderação dos debates.

O evento arrancará com as intervenções de Mariana Gouveia de Oliveira (Associada Coordenadora da Área de Prática Fiscal) e Luís M. S. Oliveira (Sócio). Mariana Gouveia de Oliveira efetuará uma análise detalhada das principais medidas fiscais contempladas na proposta de Orçamento do Estado para 2018. Luís M. S. Oliveira fará um ponto de situação sobre as políticas enunciadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) relativamente à evasão fiscal. Segundo Luís M. S. Oliveira: “O Orçamento do Estado marca de forma indelével as opções dos agentes económicos, pelo que todos os anos merece especial atenção por parte da Miranda”. O sócio da Miranda sublinha: “À semelhança de anos anteriores, contamos com um leque de oradores de excelência que muito nos honram com a sua presença. Será certamente uma oportunidade de reflexão e partilha de conhecimentos”.

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Nos e CTT dão primeiros ganhos da semana à bolsa de Lisboa

O PSI-20 fechou com ganhos ligeiros, registando novos máximos de dois anos, acompanhando o sentimento positivo que se assistiu na maioria dos índices bolsistas do Velho Continente.

A praça bolsista lisboeta terminou a sessão em alta, com o PSI-20 a provar os primeiros ganhos da semana e em máximos de dois anos. O índice português acompanhou a maioria dos pares europeus, numa sessão em que contou com o apoio da valorização dos títulos da Nos e dos CTT.

O PSI-20 encerrou com um avanço de 0,19%, para os 5.461,19 pontos, com 11 dos seus 18 títulos em alta e os restantes sete em queda. O índice português seguiu no mesmo sentido do Stoxx 600 (+0,25%), do IBEX 35 (+0,47%), do CAC 40 (+0,42%), do DAX (+0,31%) e do britânico Footsie (+0,33%). Apenas a bolsa de Milão falhou aos ganhos (-0,08%).

O desempenho do índice bolsista nacional foi apoiado na subida das ações dos CTT. Os títulos da cotada liderada por Francisco Lacerda valorizaram 1,46%, para os 5,08 euros, isto apenas de terem sido alvo de uma revisão em baixa do respetivo preço-alvo por parte do CaixaBI. Os analistas do banco de investimento cortaram o preço-alvo de 6,9 para 6,5 euros, mas mantendo a recomendação de “comprar”. O novo target representa um potencial de valorização de 28% face à cotação de fecho desta quarta-feira.

A contribuir para a valorização do PSI-20 esteve também a Nos, com as ações da cotada liderada por Miguel Almeida a somarem 0,81%, para os 5,34 euros. Referência ainda para os ganhos da Galp Energia. As ações da petrolífera valorizaram 0,64%, para os 15,6 euros, em contraciclo com preços do petróleo nos mercados internacionais. O barril de brent recua 0,16% para os 57,79 dólares no mercado londrino.

Nota positiva também para a EDP. As ações da empresa liderada por António Mexia somaram 0,5%, para os 3,01 euros, no dia em que a energética revelou que produziu menos eletricidade nos primeiros nove meses do ano. Os dados previsionais revelam uma quebra de 3% face ao mesmo período do ano passado, uma evolução negativa que a empresa atribui às barragens. Apesar da quebra da produção, a distribuição cresceu.

Em queda, destaque para a Jerónimo Martins, cujas ações recuaram 0,89%, para os 15,65 euros, no dia em que o Morgan Stanley cortou a sua recomendação para a retalhista. O banco de investimento cortou a recomendação de “overweight” para “equal-weight”, reflexo do menor otimismo do banco quanto à evolução bolsista da empresa portuguesa. Isto apesar de, ao mesmo tempo, ter elevado o preço-alvo de 15 para 16 euros. Oferece um potencial de subida de 2,5% aos títulos.

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VdA classificada em seis categorias pelo IFLR1000

Logo a seguir - com cinco referências - vem a Linklaters e a MLGTS (em ex aequo), a PLMJ com duas e a Úria com uma (em tier 1).

A edição de 2018 do IFLR 1000, classifica a VdA em seis categorias em tier 1, em que todas as áreas de prática analisadas pelo ranking estão nesta categoria. A VdA conta com Banking, Capital Markets, Project Development, Project Finance, Mergers and Acquisitions e Restructuring and Insolvency em Tier 1, sendo a firma que se destaca no setor da advocacia empresarial.

Logo a seguir – com cinco avaliações – vem a Linklaters e a MLGTS, a PLMJ com duas e a Úria com uma (em tier 1). A PLMJ tem ao todo 20 advogados referenciados no diretório (mais cinco que no ano passado), a VdA tem 19 (no ano passado tinha 13) e a MLGTS tem 15 (no ano passado registou 14).

A Linklaters registou a entrada de Nuno Ferreira Lousa como Highly regarded e de Diogo Plantier Santos como Notable practitioner.

No segundo nível (tier 2) está a Cuatrecasas com as seis classificações, a Úria com cinco e a PLMJ com quatro e a Garrigues com três. No tier 3 está a Garrigues com três referências.

Também quanto às nomeações individuais a VdA lidera com 19 nomeações – 18 Highly Regarded e uma Rising Star. A PLMJ com 18, a MLGTS com 15 e a Úria com dez.

A registar que neste ranking, a Linklaters não é incluída em Project development e a Garrigues não é incluída em Project finance nem Project development.

 

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Grupo Barraqueiro vence subconcessão da Metro do Porto

  • Lusa
  • 18 Outubro 2017

Numa proposta de 204 milhões de euros, o grupo Barraqueiro venceu o concurso para a subconcessão da Metro do Porto por sete anos.

A Barraqueiro SGPS venceu o concurso para a subconcessão da Metro do Porto por sete anos, apresentando a “melhor proposta” para garantir a operação e manutenção do sistema por sete anos, no valor de 204 milhões de euros, foi esta quarta-feira anunciado.

Em comunicado, a Metro do Porto revela que o Conselho de Administração da Metro recebeu esta quarta-feira o relatório preliminar do júri, liderado pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) e anuncia que “o vencedor do concurso é a Barraqueiro SGPS, uma vez que apresentou a proposta com o mais baixo valor”, o único critério de seleção entre os concorrentes.

“O preço da proposta da Barraqueiro SGPS é de 204.339.874,99 € (204,3 milhões de euros). Valor substancialmente inferior (-7,5%) ao preço de referência fixado para o concurso, que era de 221 milhões de euros (221.212.822,89 euros)”, acrescenta a Metro. Em segundo lugar ficou o grupo MEAS/Manvia/MEEE/ME SPSG/MGC, com uma proposta de 204,6 milhões de euros, seguindo-se a Corporacion Española de Transportes, propondo 206,3 milhões de euros.

O presidente da administração, Jorge Delgado, considera que “o concurso decorreu de uma forma absolutamente transparente e foi muito competitivo”. “O número de concorrentes envolvidos demonstra que o mercado estava muito motivado para vir apresentar propostas de qualidade, que a concorrência funcionou e que o interesse público sai objetivamente defendido. Por outro lado, com o caderno de encargos que preparámos, a elevada qualidade de serviço e o excelente desempenho do Metro do Porto saem reforçados”. A Barraqueiro já lidera o consórcio ViaPorto, que é responsável pela operação do metro desde 2010.

O anúncio do concurso, publicado no Diário da República no dia 23 de junho, previa para 25 de setembro o último dia para apresentação de propostas. Contudo, a Metro do Porto prorrogou esse prazo por 11 dias, “devido à necessidade de prestação de esclarecimentos aos potenciais concorrentes e de acordo com o previsto no programa do concurso”.

A Barraqueiro vai garantir a operação e a manutenção do sistema de metro ligeiro da Área Metropolitana do Porto (AMP) por um período de sete anos, a partir de abril do próximo ano e até março 2025.

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Quem dá mais pela nova sede da Amazon?

A Amazon tem 4,2 milhões de euros para investir na nova sede nos Estados Unidos. Várias cidades concorrem entre si, numa luta pela localização da futura HQ2. Conheça algumas das propostas.

A Amazon anunciou que tem cinco mil milhões de dólares para investir na construção da sua nova sede. A localização será algures nos Estados Unidos e, para isso, a empresa abriu uma espécie de concurso ao qual as cidades se candidatam para receber a nova sede. As candidaturas decorrem até dia 19 de outubro, mas algumas propostas já foram conhecidas.

Seattle é a cidade que abraça a atual sede da Amazon. No entanto, a empresa pretende construir uma nova sede, a HQ2, de forma a conseguir expandir-se facilmente para outras indústrias e ligar os seus negócios entre si. O gigante do comércio eletrónico tem disponíveis cinco mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) para investir na construção dessa nova sede, que prevê empregar 50 mil novos funcionários nos próximos 15 a 17 anos.

O concurso decorre desde o passado mês de setembro, quando a empresa anunciou os planos para a nova sede. Desde então as várias cidades norte-americanas competem entre si para serem as escolhidas. Mas desengane-se se pensa que é um processo simples e só uma questão de vontade: a candidatura exige certos requisitos, tais como a cidade ter uma grande área metropolitana, com mais de um milhão de habitantes e ter vários profissionais tecnológicos especializados que possam ser contratados. O ECO reúne algumas das propostas que já foram enviadas:

Dallas, Texas

Investimento de 15 mil milhões de dólares numa linha ferroviária na zona da nova sede

As empresas Matthews Southwest e Texas Central Partners desenvolveram um projeto de mobilidade orientado para a zona do futuro campus HQ2 da Amazon. A proposta baseia-se no desenvolvimento de uma linha ferroviária onde circulará um bullet train, um comboio de alta velocidade, num investimento que deverá custar 15 mil milhões de dólares (12,7 mil milhões de euros), de acordo com o Dallas Business Journal. Se for aprovado pela cidade, a linha com quase 400 quilómetros vai ligar Houston a Dallas em apenas 90 minutos.

Prevê-se que a linha comece a ser construída no final do próximo ano.

Dallas, Texas

Aproveitamento da localização do antigo Valley View Mall

Mais uma proposta para a terceira maior cidade norte-americana. Desta vez, três developers propuseram que a nova sede se mudasse para a antiga localização do quase inexistente centro comercial Valley View Mall. A proposta para a sede da Amazon inclui a construção de um prédio de escritórios, num espaço de 500 mil metros quadrados.

Criado em 2000, começou a ser demolido em junho deste ano para dar lugar ao Dallas Midtown, um investimento de quatro mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) que se transformará em 174 hectares de comércio, escritórios, um hotel e ainda um parque urbano quatro vezes maior do que o gigante e famoso Klyde Warren Park.

Phoenix, Arizona

Mais um aproveitamento de um centro comercial

De Phoenix chega mais uma proposta de reaproveitamento de um centro comercial. O Park Central foi o primeiro centro comercial da cidade, inaugurado na década de 1950. Alguns anos depois várias lojas foram fechando, restando hoje um Starbucks, alguns restaurantes e uns escritórios. O projeto passa pela implementação do HQ2 nas antigas instalações do shopping, que terá o nome de Park Central Mall.

Jersey City, Nova Jersey

Sete mil milhões de dólares em incentivos fiscais

No início deste mês, o governador de New Jersey disse que ofereceria alguns benefícios fiscais no valor de sete mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros) se a Amazon elegesse a cidade para receber a nova sede, na próxima década. O plano inclui um programa de subsídios e alguns incentivos económicos para empresas que, tal como a Amazon, “lancem projetos inovadores”.

A proposta visa aumentar o valor de subsídios entre os cinco mil e os dez mil dólares (8,5 mil euros) por cada posto de trabalho que a Amazon crie e o governador prevê que a lei seja assinada em meados de janeiro do próximo ano.

Memphis, Tennessee

60 mil milhões de dólares em incentivos ficais

A cidade de Memphis elevou a fasquia e ofereceu 60 mil milhões de dólares em incentivos fiscais à Amazon, caso seja a escolhida para receber a nova sede. O Conselho da cidade aprovou a proposta monetária a 3 de outubro.

Esta segunda-feira, ficou confirmado que a Amazon está à procura de incentivos fiscais para implementar em Memphis o seu centro de atendimento, que empregará mais de 600 pessoas, de acordo com documentos enviados ao EDGE (Economic Development Growth Engine for Memphis & Shelby County). A empresa de comércio eletrónico disse que vai construir um edifício numa área de 33 hectares, num investimento de 72,5 milhões de dólares (61,4 milhões de euros).

Frisco, Texas

A promessa de construir uma cidade governada pela Amazon

A cidade de Frisco, no Texas, enviou à Amazon uma proposta que promete tornar a parte da cidade que está por construir, com uma população de cerca de 160 mil habitantes espalhados por 160,5 quilómetros quadrados, num conjunto de empresas dominadas pela gigante do comércio eletrónico.

“Apenas 60% da nossa cidade está construída, então temos uma grande quantidade de área disponível, onde podemos construir e adequar [à Amazon]”, disse o presidente de Frisco, Jeff Cheney ao New York Times.

Stonecrest, Georgia

Uma cidade que promete mudar de nome em homenagem à Amazon

A cidade de Stonecrest ofereceu uma proposta bastante aliciante e com uma vantagem sobre as restantes. Ficou no ar a promessa de que, caso a Amazon escolha Stonecrest para instalar a nova sede HQ2, a cidade vai alterar o seu nome para Cidade da Amazon. No início deste mês, o Conselho Municipal votou 4-2 a favor da mudança de nome. A cidade prometeu ainda dedicar cerca de 140 hectares ao novo campus.

“Existem várias grandes cidades dos EUA que querem a Amazon, mas nenhuma tem a oportunidade de marca que estamos a oferecer”, disse Jason Lary.

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Parlamento aprova voto de pesar pelas vítimas dos incêndios

  • Margarida Peixoto
  • 18 Outubro 2017

O Estado falhou, ouviu-se da esquerda à direita. Deputados pedem medidas concretas que evitem que tragédias como as que se verificaram este ano se repitam.

Parlamento fez minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos incêndios do último fim de semana.Paula Nunes/ECO

A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira um voto de pesar pelas vítimas dos incêndios deste ano, imediatamente antes do início do debate quinzenal com o primeiro-ministro. Todos os grupos parlamentares manifestaram o pesar e a solidariedade para com as vítimas e familiares dos fogos que devastaram este ano o país.

“São já mais de cem as vítimas mortais desde junho. Em respeito pela sua memória não podemos ficar de braços cruzados. As reparações (…) têm de avançar,” leu o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.

Um por um, todos os grupos parlamentares lamentaram as tragédias dos fogos, lembrando os incêndios de junho, em Pedrógão Grande, e os do último domingo, onde morreram mais 42 pessoas. “Este ano, nos últimos dias, o Estado falhou aos seus,” disse Pedro Filipe Soares, líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda. “E quando isso acontece, nenhuma nem nenhum de nós pode dormir em paz,” frisou.

Pelo PS, Carlos César reconheceu as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa: “Organizar, coordenar, prevenir, combater — como se diz no voto de pesar desta Assembleia — eis as tarefas a que todos, mas todos, temos o dever de empreender com melhores resultados, neste ‘novo ciclo’ que temos a obrigação de intentar, como disse o senhor Presidente da República.

Sabemos hoje que já ficámos na história por ter falhado.

Hugo Soares

Líder da bancada parlamentar do PSD

“Sabemos hoje que já ficámos na história por ter falhado”, somou Hugo Soares, do PSD. “Quatro meses só após a tragédia dos 64 mortos de Pedrógão Grande, o país foi mais uma vez confrontado com o horror, o inferno de chamas e de morte,” frisou o deputado centrista Telmo Correia. “Impressiona-nos muito e nunca esqueceremos as imagens dos portugueses e portuguesas a fazerem face a uma tragédia desta dimensão,” frisou. “O que aconteceu foi fruto de um falhanço completo do Estado”, sublinhou ainda.

Já João Oliveira, pelo PCP, defendeu que se impõe “com urgência uma resposta pronta e eficaz, bem como o cabal esclarecimento de todas as circunstâncias em que ocorreram aqueles incêndios, e as responsabilidades criminais.” João Oliveira não pediu mais leis, mas antes as dotações orçamentais necessárias para garantir a disponibilidade de meios para a prevenção e o combate aos incêndios.

Heloísa Apolónia, dos Verdes, argumentou que “há muitas soluções que se encontram empreendidas no papel”, mas que “é preciso passá-las para o terreno.”

“Neste momento a nossa principal atenção está na forma como nos podemos todos organizar para apoiar a reconstrução”, disse também André Silva, deputado pelo PAN.

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Mário Centeno: Estabilidade política é um “trunfo” para Portugal

  • ECO
  • 18 Outubro 2017

Numa altura em que Espanha lida com um movimento separatista na Catalunha, Mário Centeno realça que a "a estabilidade política é um trunfo" para Portugal, o que vai ajudar a atrair mais investimento.

Mário Centeno afirma que a “estabilidade política” em Portugal torna o país num “trunfo”. Numa altura em que o país vizinho está sob tensão política devido ao movimento separatista da Catalunha, o ministro das Finanças português diz estar preocupado com os acontecimentos em Espanha, mas realça que é esta “turbulência política que ajudará seguramente [Portugal] a atrair mais investimento, mais turismo, mais pessoas”. O país tem, segundo Centeno, os “ingredientes” necessários para atrair investidores: resiliência das finanças públicas e a redução da dívida.

“O sistema político em Portugal é extraordinariamente estável, não há novos partidos, não há radicalismos e as posições, mesmo quando divergentes, têm mecanismos para as resolver”, afirma Mário Centeno à Reuters, numa altura em que Espanha vive uma crise política com o movimento independentista na Catalunha. E lembra: “Temos uma fantástica relação institucional quer no campo parlamentar, quer com o Presidente da República”.

O Governo espanhol ameaçou colocar a região autónoma da Catalunha sob controlo central direto caso o líder catalão Carles Puigdemont não abandone o plano de independência até quinta-feira.

Esta turbulência acabou mesmo por levar Madrid a rever em baixa a estimativa de crescimento do país. A economia de Espanha deverá crescer 2,3% no próximo ano em vez de 2,6%, como estava previsto, afirmou o Ministério das Finanças espanhol. O ministério justificou a sua decisão com o impacto do impasse político na Catalunha, que é responsável por um quinto do crescimento de Espanha. Mas é esta turbulência que beneficia Portugal.

“Isto (turbulência na Catalunha) é, de certa maneira, uma preocupação para nós. Mas a estabilidade política torna Portugal distinto daquilo que é essa turbulência política e ajudará seguramente a atrair mais investimento, mais turismo, mais pessoas”, notou o ministro na entrevista. “Isto (estabilidade política) continua a ser um ativo que não podemos deixar de valorizar e de utilizar”, remata.

“Ingredientes” certos para atrair investidores

Este investimento vai chegar a Portugal porque o país tem os “ingredientes” necessários para atrair o interesse dos investidores. “Hoje em dia, a resiliência das finanças públicas em Portugal é suficiente para enfrentar esses ciclos. E vamos entrar numa trajetória de redução da dívida, que vai ser sustentada nos saldos primários positivos e no crescimento económico”, salienta. “Estes são os ingredientes que levam os investidores a poderem considerar Portugal”, refere.

Mas há um outro “ingrediente” nesta receita de sucesso: ter mão-de-obra qualificada. E Portugal está “alinhadíssimo” com a média da Europa, garante Mário Centeno, que diz que o país tem vindo a superar a maioria dos países na qualidade da educação medida pelo teste internacional PISA da OCDE.

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PSD desafia Costa a apresentar moção de confiança

  • Margarida Peixoto
  • 18 Outubro 2017

Costa respondeu que só apresenta uma moção de confiança quem se sente inseguro e que esse não é o caso do Executivo.

Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, confrontou o primeiro-ministro no debate quinzenal sobre os incêndios.Paula Nunes/ECO

Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, desafiou esta quarta-feira o primeiro-ministro a apresentar uma moção de confiança ao Governo, em vez de se limitar a ver votada a moção de censura que o CDS já anunciou que vai entregar na Assembleia da República.

“Traga a esta Câmara uma moção de confiança”, disse Hugo Soares, argumentando que o Governo já perdeu a confiança e que António Costa faria “um favor” se se demitisse.

Depois da insistência do social-democrata, Costa acabou por responder: “Moção de confiança só apresenta quem se sente inseguro quanto à confiança. O Governo não está inseguro.”

O CDS já anunciou que se prepara para apresentar uma moção de censura ao Governo, por causa da forma como foram geridos os incêndios. O PSD ainda não disse abertamente que votará a favor, mas já indicou que tem abertura para o fazer. Contudo, o Bloco de Esquerda, pela voz de Pedro Filipe Soares, já disse que não faz depender a sua confiança no Governo da questão da demissão da ministra, mas antes dos acordos e das políticas efetivamente implementadas.

Também o PCP tem sublinhado que não é mudar os rostos que estão nos cargos que fará a diferença, defendendo antes que é preciso “mudar as políticas de direita” que deixaram a floresta desordenada e a tornaram num perigo para as populações.

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