Prejuízos nestes incêndios terão superado os de Pedrógão Grande, antevê ministro

  • Lusa
  • 18 Outubro 2017

O ministro Luís Capoulas Santos disse antever que os prejuízos provocados este domingo e segunda-feira pelos incêndios terão superado os resultantes do fogo em Pedrógão Grande.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, afirmou esta quarta-feira que os prejuízos nos incêndios de domingo e segunda-feira devem superar os registados no fogo de Pedrógão Grande.

“Nos sete municípios de Pedrógão Grande os prejuízos foram estimados em valores superiores a 500 milhões de euros. Pela área geográfica agora atingida e pela violência do incêndio, não é difícil chegar à conclusão que estes prejuízos superarão muito largamente esse montante”, disse Capoulas Santos, que falava aos jornalistas após uma reunião com presidentes de municípios do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de domingo, na Marinha Grande. O ministro sublinhou que, no incêndio de Pedrógão Grande, sete concelhos foram atingidos, sendo que agora há “mais de 30 municípios afetados”.

[Em] Pedrógão Grande, os prejuízos foram estimados em valores superiores a 500 milhões de euros. Pela área geográfica agora atingida e pela violência do incêndio, não é difícil chegar à conclusão que estes prejuízos superarão muito largamente esse montante.

Luís Capoulas Santos

Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

Em declarações aos jornalistas, o ministro reiterou que os agricultores afetados pelo incêndio terão apoios à semelhança daqueles que foram disponibilizados aos produtores agrícolas atingidos pelos fogos de Góis e de Pedrógão Grande. Também na área das florestas, o Estado vai reabilitar “aquilo que foi destruído” em relação à “floresta pública”, sendo que, na floresta privada, serão concedidos apoios à reflorestação, que poderão ser de até 95% a fundo perdido no caso de particulares e de até 100% nos casos de entidades coletivas ou autarquias locais.

Além da reunião com os autarcas, Capoulas Santos visitou durante a manhã o Pinhal de Leiria. Cerca de 80% desta mata nacional ardeu durante o incêndio de domingo.

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Centeno: Portugal pode crescer a um ritmo de 2% nos próximos cinco anos

  • ECO
  • 18 Outubro 2017

Mário Centeno diz que o "crescimento do PIB [previsto para 2018] é muito robusto". E vê o país a crescer 2% ao ano, nos próximos anos. O défice vai cair, a dívida também, baixando dos 120% em 2019.

Portugal está a crescer. E vai continuar, embora de forma menos expressiva. Ainda assim, o Governo prevê que o PIB aumente 2,2% em 2018, sendo que Mário Centeno diz que o país pode registar taxas de crescimento anuais de 2% durante os próximos cinco anos. Uma evolução positiva à medida que o défice cai, mas a dívida também. O rating pode subir, mas os juros da dívida devem cair. BCE é um problema? “Já está descontado” o fim do programa de compras, diz o ministro das Finanças.

Centeno diz que a reestruturação e estabilização do sistema financeiro terá acrescentado 0,5 pontos ao ‘output’ potencial da economia nacional, colocando-o agora em 2%, salientando, em entrevista à Reuters, que as deficiências no setor eram “altamente ‘detrimentais’ para o crescimento económico”. Assim, se se mantiver “o atual entorno externo, em que a procura externa cresce 4% ou um pouco acima, a Europa cresce próximo de 2%, Portugal pode crescer 2% nos próximos cinco anos“, adiantou.

Em 2017, Portugal deverá crescer 2,6%, antecipando-se uma desaceleração no próximo ano. “Nós continuamos a considerar a política orçamental muito prudente (…) e o crescimento do PIB é um crescimento muito robusto“, disse Centeno, lembrando que “um crescimento de 2,2% será, se se confirmar, o terceiro maior crescimento do século”.

“A projeção PIB (para 2018) é prudente, alinha em termos técnicos o crescimento do PIB com aquilo que, no estado atual da economia, consideramos que é o crescimento potencial de Portugal”, vincou Mário Centeno.

“É a melhor previsão (do PIB) para sustentar um exercício orçamental no qual nós não queremos correr riscos”, disse. “Se o PIB for melhor, como há riscos (positivos) que nos possam indiciar que assim seja, melhor. E vamos aproveitá-los para reduzir a dívida, credibilizar o exercício orçamental português, conter as pressões externas e internas”, rematou.

Baixar défice vai ser “mais fácil”

Ao mesmo tempo que vê a economia a crescer, Centeno está confiante na queda do défice. “2017 está objetivamente a ser um ano mais fácil do ponto de vista orçamental. Até pela credibilidade que ganhámos ninguém tem posto em causa as nossas metas e vamos cumpri-las de novo e vamos criar as condições para que 2018 seja também um ano mais fácil“, referiu o ministro das Finanças, projetando um défice de 1%.

“Os exercícios orçamentais em Portugal tornar-se-ão cada vez mais simples quanto menor for a dívida e quanto menor for o objetivo do défice porque nós já estamos num nível de saldo primário que, enquanto não houver uma alteração do perfil das taxas de juro, nos podemos manter”.

“Um nível de saldo orçamental primário (positivo) de 2,7% do PIB a 3% é compatível com a consolidação orçamental, com a redução da dívida e com o grau de desenvolvimento que o país tem porque o país precisa de crescer, investir, libertar recursos”.

Dívida em queda. 120% do PIB em 2019

O Governo estima que o rácio de dívida pública bruta desça para 123,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2018 contra 126,2% em 2017 e acima de 130% em 2016. Mas “se nós conseguíssemos colocar a dívida bruta abaixo de 120% do PIB no fim da Legislatura seria um excelente indicador (…) Esta trajetória sustentada, constante e gradual é aquilo que eu acho que Portugal deve ambicionar e implementar”, disse.

“E vamos fazer isto, sem pôr em causa a almofada financeira com que temos gerido a nossa dívida, os acordos no Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE) e garantindo uma trajetória sustentável para esta redução. É a grande novidade”, afirmou Centeno à Reuters.

 

Rating a subir. E o BCE?

O elevado nível de endividamento é motivo de preocupação para as agências de notação financeira. Ainda assim, e tendo em conta o crescimento da economia, o rating está a subir. A 18 de setembro, a Standard & Poor’s surpreendeu ao retirar o rating de Portugal de lixo, uma decisão que atirou as taxas de juro para um nível em torno dos 2,3%.

“Esperamos que a Fitch e a Moody’s o façam (sigam a S&P) (…) e que possam proximamente fazer também o upgrade, seguindo um ritmo mais normal”, afirmou Mário Centeno, desvalorizando ao mesmo tempo o impacto do fim do programa de compra de dívida do Banco Central Europeu. O fim das compras “não é um facto para Espanha, para Itália, para a Alemanha, mas já é um facto para Portugal”, salientou.

“Tecnicamente isso já está refletido na nossa dívida porque nós já não temos o apoio do BCE que tínhamos há um ano, um ano e meio e a participação nossa no programa do BCE está claramente abaixo da chave de capital que Portugal tem”, disse o ministro das Finanças.

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António Costa sobre incêndios: “Se me quer ouvir pedir desculpas, eu peço desculpas”

  • Margarida Peixoto
  • 18 Outubro 2017

O primeiro-ministro diz que se não pediu desculpas antes foi porque prefere guardar a palavra para a sua vida pessoal. Como primeiro-ministro, prefere falar em "responsabilidade."

António Costa, primeiro-ministro, pediu desculpas no debate quinzenal desta quarta-feira.Paula Nunes/ECO

“Se me quer ouvir pedir desculpas, eu peço desculpas,” disse esta quarta-feira o primeiro-ministro, durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, sobre as consequências dos incêndios que devastaram este ano o país. António Costa garantiu que o “peso na consciência” pelas vítimas mortais dos incêndios não desaparece, mas que não pediu desculpas antes porque, como primeiro-ministro, prefere falar em “responsabilidade.”

“Não vou fazer jogos de palavras. Se quer ouvir-me pedir desculpas, eu peço desculpas”, respondeu António Costa, a Hugo Soares. “E se não o fiz antes, não é por não sentir um enorme peso na minha consciência,” garantiu o primeiro-ministro.

Assim que pediu desculpas, António Costa foi aplaudido pela bancada do PS. Depois, o primeiro-ministro continuou garantindo que tem sentido o peso na consciência desde a tragédia de Pedrógão Grande, quando morreram 64 pessoas. E que esse peso se redobrou este fim de semana, depois de uma nova tragédia que vitimou mais 42 pessoas.

Reservo a palavra desculpa para a minha vida privada, enquanto primeiro-ministro prefiro responsabilidade.

António Costa

Primeiro-ministro

Costa reforçou ainda que não se esquecerá destas mortes, da mesma forma que nunca se esqueceu das mortes que aconteceram no passado, enquanto desempenhava outras funções públicas, como por exemplo quando era ministro da Administração Interna.

Contudo, explicou, não pediu desculpas antes porque prefere a palavra responsabilidade: “Reservo a palavra desculpa para a minha vida privada, enquanto primeiro-ministro prefiro responsabilidade.”

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PS pronto para aprovar mais despesa no OE2018 por causa dos incêndios

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 18 Outubro 2017

Rocha Andrade, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, afirmou a disponibilidade dos socialistas para aprovar alterações ao OE2018 se for preciso acomodar gastos com vítimas de incêndios.

Fernando Rocha Andrade, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, foi quem abriu o debate quinzenal desta quarta-feira, pelos socialistas.Paula Nunes/ECO

O PS está disponível para mudar o Orçamento do Estado para 2018 se for preciso aprovar mais verbas para acomodar as medidas imediatas de apoio às vítimas dos incêndios. A garantia foi deixada esta quarta-feira pelo ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro.

O ex-governante começou por contextualizar a ideia que António Costa transmitiu logo a seguir aos fogos de domingo e que foi muito mal recebida. “É quase inevitável que voltemos a enfrentar situações semelhantes,” disse, explicando que as condições de risco deste domingo foram “extremas”, mas “devido em parte à acumulação durante anos desses fatores de risco.” E é por isso que as soluções vão demorar a surtir efeito e que “num futuro próximo” o país poderá ter de enfrentar situações semelhantes.

De seguida, passou para a necessidade de ação. Rocha Andrade defendeu que há medidas que devem ser tomadas no imediato e, nesse sentido, deixou a garantia de que se for preciso mudar o Orçamento do Estado para 2018 no sentido de acrescentar verbas para este efeito, o PS está disponível para aprovar as alterações necessárias.

Mais tarde, durante o debate, o primeiro-ministro António Costa responderia que será preciso, “no quadro da flexibilidade existente” acomodar já as verbas necessárias para arrancar já com o novo quadro que permitirá dar resposta ao problema.

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Liberdade de expressão e de imprensa discutidas na MLGTS

Joana Marques Vidal, sócios da MLGTS, advogados, um juiz do Tribunal Constitucional e jornalistas debatem o tema nos dias 25 de outubro e 8 de novembro, em Lisboa

“Liberdades de imprensa e de expressão: que papéis, que efeitos, que fronteiras e limites?” é um dos motes para a conferência que decorre – dia 25 de outubro e dia 8 de novembro – na Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, em Lisboa. Um encontro com a chancela do Instituto Miguel Galvão Teles e que terá a presença da titular da investigação criminal, Joana Marques Vidal.

A primeira sessão – que decorrerá na sede do escritório em Lisboa no dia 25 de outubro – será inaugurada por Nuno Galvão Teles, managing partner da MLGTS. Segue-se a intervenção do sócio Rui Patrício (na foto) e do magistrado do Tribunal Constitucional, Gonçalo Almeida Ribeiro.

Sessão que será encerrada por Carlos Magno (da ERC) e Sofia Branco (do Sindicato dos Jornalistas).

No dia 8 de novembro, a MLGTS abre a sessão com o discurso de João Soares da Silva, chairman do escritório. E contará ainda com o discurso da Procuradora-Geral da República. António Costa (Publisher do ECO) será um dos moderadores do debate. Que conta ainda com o advogado da Cuatrecasas, Paulo Sá e Cunha, a advogada Isabel Duarte e o Procurador João Aibéo. O encerramento estará a cargo de Filipe Alves ( do Jornal Económico) e Pedro Lomba, da PLMJ.

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Facebook compra rede social viral entre os adolescentes

A empresa de Mark Zuckerberg comprou uma aplicação usada pelo público adolescente. Ainda não há valores sobre o negócio. Esta compra vai fortalecer a concorrência que já existe para o Snapchat.

O Facebook fez mais uma aquisição: desta vez comprou a Tbh, uma aplicação eleita pelos adolescentes. Não há dados sobre o valor envolvido no negócio mas a compra é um sinal de que a empresa de Mark Zuckerberg continua a ganhar terreno face às outras aplicações, nomeadamente o Snapchat, que tem vindo a sofrer com a concorrência cada vez mais forte.

A Tbh é uma aplicação de elogios anónimos, usada maioritariamente por utilizadores jovens. Tbh é a sigla para “to be honest” que, em português, significa “para ser honesto”, e foi criado a pensar nos adolescentes com mais de 13 anos, permitindo que os utilizadores criem pesquisas anónimas sobre eles mesmos e sobre os seus amigos.

“A Thb e o Facebook partilham um objetivo comum de construir uma comunidade e permitir que as pessoas partilhem maneiras de nos unir ainda mais“, disse a porta-voz do Facebook, Vanessa Chan, em comunicado esta segunda-feira. “Estamos impressionados pela maneira como o Tbh está a conseguir isso”.

Sem detalhes

Até agora, a empresa de Mark Zuckerberg não divulgou o valor do negócio mas, com esta aquisição, está a somar mais uma aplicação ao conjunto que se une contra o Snapchat, a rede social que foi eleita como a mais popular entre os adolescentes, segundo estudos recentes.

Apesar de estar presente apenas nos Estados Unidos, a Tbh foi transferida por mais de cinco milhões de pessoas nas últimas semanas que, no total, enviaram mais de mil milhões de mensagens. No mês passado, a Tbh posicionou-se em primeiro lugar na lista de aplicações gratuitos na Apple Store e na App Store.

Os quatro cofundadores da Tbh – Nikita Bier, Erik Hazzard, Kyle Zaragoza e Nicolas Ducdodon, vão sair dos escritórios da startup em Oakland, Califórnia, para se mudarem para a sede do Facebook, em Silicon Valley. Continuarão a trabalhar na sua aplicação e os downloads serão feitos de forma autónoma e individual.

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Governo quer pagar dois mil milhões às empresas em 2018

Desde julho que o Executivo aumentou meta dos pagamentos para 1.250 milhões, em 2017, um crescimento de 25% face aos mil milhões previstos inicialmente. O objetivo sobe para dois mil milhões, em 2018.

O Governo prevê duplicar, em 2018, o nível de pagamentos às empresas. De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2018, a fasquia para o próximo ano foi colocada em dois mil milhões de euros.

Para este ano, desde julho que o Executivo aumentou a meta dos pagamentos para 1.250 milhões, o que representa um aumento de 25% face aos mil milhões previstos inicialmente. O anúncio foi feito a 14 de julho pelo ministro do Planeamento, Pedro Marques, quando o apoio dos fundos comunitários às empresas atingiu, nessa semana, os 900 milhões de euros. Desde então, a mensagem foi sendo repetida — António Costa reiterou o compromisso, este fim de semana, na Comissão Nacional do PS, em Coimbra — e os pagamentos, no final de setembro, já ascendiam aos 1.054 milhões de euros. A meta é relativamente confortável de atingir já que, nos últimos 12 meses, a média de pagamentos às empresas foi de 66 milhões.

No relatório da proposta do Orçamento do Estado para 2018, entregue no Parlamento na sexta-feira o compromisso ficou escrito. “Na sequência da aceleração dos incentivos o investimento empresarial no âmbito do Portugal 2020, iniciada em 2016 com o Plano 100, o ano de 2017 voltou a conhecer um novo ciclo de aumento do ritmo de execução e de pagamento, prevendo-se que os mesmos atinjam 1.250 milhões de euros no final do corrente ano — o ano de maior execução de sempre nos apoios às empresas nos quadros comunitários”, pode ler-se.

E olhando para “a carteira de projetos aprovados nas áreas de investigação e desenvolvimento, inovação e internacionalização, o nível de execução atual e a dinâmica recente de crescimento económico, prevê-se a implementação de cerca de 1,2 mil milhões de euros de investimentos”, o Executivo estabelece a meta de dois mil milhões para o próximo ano.

Na proposta de Orçamento, o banco de fomento também não é esquecido. “A Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) assumirá também um papel mais relevante” na capitalização de empresas, com a consolidação e materialização do alargamento do seu mandato e funções, através da realização de operações de intermediário grossista no financiamento da banca comercial (operações de on-lending e arrangement), da implementação e gestão de instrumentos financeiros com financiamento europeu a partir de fontes alternativas ao Portugal 2020″.

Fundos potenciam o investimento

A grande aposta do Orçamento, do ponto de vista financeiro, vai para o investimento público que deverá atingir os 4.525 milhões de euros em 2018, ou seja, uma subida de 40,4% face ao ano anterior.

Induzido pelos fundos europeus, em 2018″, o investimento “poderá atingir 1.182 milhões de euros”, pode ler-se no relatório. “Este valor representa um acréscimo de 66% do total da execução acumulada prevista para o final do corrente ano”, sublinha o documento entregue na sexta-feira a Ferro Rodrigues. E este investimento será concentrado naquelas que são as prioridades do Executivo “alinhadas com o Programa Nacional de Reformas”.

Fonte: Proposta do OE2018.

O relatório da proposta do Orçamento do Estado também revela que, numa análise por programas, a agricultura, as infraestruturas e a educação são as três áreas onde os fundos estruturais têm uma maior relevância.

“Apoios à agricultura competitiva e sustentável, à coesão territorial e à fixação da população em meio rural”, são alguns dos objetivos dos fundos europeus mobilizados através da agricultura, mas também “reabilitação e a expansão de perímetros de rega, nomeadamente na área do Alqueva” ou ainda ajudar “à internacionalização do setor agroalimentar”.

A aposta na infraestrutura com a execução do plano Ferrovia 2020 é outra das utilizações primordiais dos fundos que a este nível também servirão para terminar acessos rodoviários a empresas, avançar com a solução Montijo para complementar a capacidade da Portela.

O relatório deixa ainda uma nota relativamente ao processo de reprogramação do Portugal 2020, sem, no entanto, dar qualquer indicação clara de qual o caminho que o Executivo vai seguir. Ou seja, quem vai perder verbas. “A par da continuidade da gestão eficaz dos atuais Programas, o Governo, na sequência da negociação com a Comissão Europeia, concretizará em 2018 uma reprogramação como alinhamento estratégico e programático do Portugal 2020 com as prioridades do Programa Nacional de Reformas. Pretende-se um Portugal 2020 que contribua de forma mais inteligente para a implementação dos desafios estruturais e que responda às novas dinâmicas da economia portuguesa.”

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Capoulas Santos diz que gestão do Pinhal de Leiria era “adequada”

  • Lusa
  • 18 Outubro 2017

O ministro Capoulas Santos adiantou que a gestão do Pinhal de Leiria, onde 80% da área foi consumida pelos incêndios, era a adequada,

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural afirmou esta quarta-feira que tinha indicação de que a gestão do Pinhal de Leiria era a adequada, mas admitiu que aquela mata nacional possa vir a ser gerida de uma outra forma.

“A informação que tenho é que a gestão de combustível tem sido realizada, do ponto de vista técnico, de forma adequada”, afirmou hoje aos jornalistas o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, questionado sobre a gestão e limpeza do Pinhal de Leiria, também conhecido como Pinhal do Rei, que está a cargo do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

O ministro sublinhou que tem de confiar “nos serviços técnicos”, apesar de não menosprezar, nem subestimar, “os alertas e as opiniões de técnicos exteriores à administração e de cidadãos interessados”.

"A informação que tenho é que a gestão de combustível tem sido realizada, do ponto de vista técnico, de forma adequada.”

Capulas Santos

Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

Apesar de recordar as informações prestadas pelo ICNF, Capoulas Santos sublinhou também as “restrições financeiras, de equipamentos e pessoais”, considerando que a “enorme redução de meios” na administração pública terá tido consequências a vários níveis, não podendo no entanto referir se essa é a causa imediata da destruição de 80% do Pinhal de Leiria por causa de um incêndio.

Questionado sobre a possibilidade de a gestão daquela mata nacional poder ser entregue à autarquia da Marinha Grande, o ministro referiu que “o Estado já demonstrou que, sempre que assumiu funções de empresário, normalmente não foi muito bem-sucedido”.

Há outras fórmulas, hoje, que permitem uma gestão mais eficiente do que a administração central“, notou, afirmando que, no contexto da reforma da floresta, há a perspetiva de colocar “na gestão da floresta, em primeiro lugar, quem está mais próximo dos interesses privados”.

O membro do executivo explanou que pode ser “uma hipótese” a utilização da figura da entidade de gestão florestal – diploma previsto na reforma da floresta e que ainda está em apreciação no Parlamento.

"Há outras fórmulas, hoje, que permitem uma gestão mais eficiente do que a administração central.”

Capulas Santos

Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

“Estamos abertos a encontrar novas formas de gestão que sejam mais eficazes, mais próximas e que permitam uma gestão mais profissional”, sublinhou, recordando que essas mesmas entidades, previstas no diploma, podem ter a participação de empresas, cooperativas, autarquias ou entidades em que as autarquias participem.

Gabriel Roldão, um estudioso do Pinhal de Leiria, disse na terça-feira à agência Lusa que há anos que avisava que o incêndio de domingo que devastou a mata de pinheiro bravo “ia acontecer”.

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Governo assume compensações pelas vítimas de Pedrógão Grande através de mecanismo extrajudicial

  • Lusa
  • 18 Outubro 2017

Presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande anunciou que o Governo vai "assumir um mecanismo extrajudicial de forma a compensar os danos pelas vítimas mortais".

A Associação dos Familiares das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande anunciou esta quarta-feira que o Governo decidiu assumir as responsabilidades pelas pessoas que morreram no fogo de junho, através de um mecanismo extrajudicial de compensação.

“Considerando o teor dos relatórios da Comissão Técnica Independente e do professor Xavier Viegas e o parecer jurídico do Cenjur [da Presidência do Conselho de Ministros], o Governo decidiu assumir as suas responsabilidades relativamente às vítimas mortais de Pedrógão Grande. O Governo pretende connosco assumir um mecanismo extrajudicial de forma a compensar os danos pelas vítimas mortais, que será melhor apurado a partir de quinta-feira”, declarou a presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Nádia Piazza.

Nádia Piazza falava no final de uma reunião de duas horas e meia em São Bento, com o primeiro-ministro, António Costa, na qual também esteve presente a titular da pasta da Justiça, Francisca Van Dunem.

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Empresa de Florentino Pérez lança contraproposta pela Abertis

Através de uma filial, a ACS formalizou esta quarta-feira a contraproposta sobre a Abertis, a gigante espanhola das infraestruturas rodoviárias. Propõe pagar prémio de 6%, num total de 18,6 milhões.

Já é oficial a contraproposta da ACS pela Abertis, a gigante espanhola das infraestruturas rodoviárias. A empresa de Florentino Pérez, através da filial Hochtief, já formalizou uma oferta e 18,76 euros por cada ação do grupo, um prémio de 6% em relação à última cotação das ações da empresa. A proposta avalia a Abertis em 18,579 milhões de euros.

O interesse da ACS nesta empresa já era conhecido desde julho. Agora, traduz-se numa proposta de compra de valor superior ao oferecido pela Atlantia, que se cifra nos 16,3 milhões de euros. A este valor deve ser somado os cerca de 16 milhões de euros em dívida nas contas da Abertis, que o comprador final terá de gerir. A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo El Español, que acrescenta que a proposta da ACS sobre a Abertis é em dinheiro e/ou ações, consoante a vontade dos atuais acionistas.

Na estratégia da ACS está ainda elevar o dividendo em 90%, pelo menos enquanto isso permita uma notação de crédito de grau de investimento, detalha o El Español. Quer as ações da Abertis, quer as da ACS, foram suspensas na bolsa, devendo a suspensão ser levantada por volta das 15h00 de Lisboa. De recordar que, em cima da mesa, está ainda a proposta a Atlantia, que apresentou a OPA em maio e que contempla um aumento de capital para pagar até 23% em papel comercial.

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Wall Street em máximos. Dow Jones acima dos 23 mil pontos

A animar os investidores está mais uma época de apresentação de resultados positivos das maiores empresas do país. O índice industrial brilha, renovando máximos acima dos 23 mil pontos.

As bolsas norte-americanas continuam a bater novos recordes. Esta quarta-feira, Wall Street volta a abrir em alta e o Dow Jones já negoceia claramente acima dos 23 mil pontos, o novo marco histórico que alcançou na última sessão. A animar os investidores está mais uma época de apresentação de resultados positivos das maiores empresas do país.

O índice de referência S&P 500 está a valorizar 0,11%, para os 2.562,16 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avança 0,13%, para os 6.232,28 pontos. Já o Dow Jones soma 0,5% e negoceia nos 23.111,63 pontos. O índice industrial chegou já aos 23.120,44 pontos, o nível mais elevado alguma vez alcançado.

A suportar os ganhos das bolsas estão algumas das empresas que apresentaram resultados recentemente. É o caso do Morgan Stanley, que reportou um lucro líquido de 1,8 mil milhões de dólares, acima das expectativas dos analistas, e está agora a valorizar perto de 1%, negociando acima dos 42 dólares por ação.

Destaque também para a IBM, que arrecadou receitas superiores a 19 mil milhões de dólares, também bastante acima do que o mercado esperava, e está agora a disparar quase 8%, para 134 dólares por ação.

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PCP quer nova meta do défice para gastar mais na floresta

  • Marta Santos Silva
  • 18 Outubro 2017

Após o que foi o "pior dia de incêndios do ano", uma moção de censura lançada e apoiada e uma proposta de Orçamento do Estado acabada de sair do forno, Costa enfrentou as perguntas dos deputados.

António Costa apresentou-se esta quarta-feira no Parlamento para mais um debate quinzenal que manteve o volume no máximo. Após os incêndios que vitimaram mais 42 pessoas desde domingo, a demissão da ministra da Administração Interna, aquilo que poderia ser lido como um ultimato do próprio Presidente da República e uma moção de censura lançada pelo CDS (e já apoiada parcialmente pelo PSD), Costa e o seu Governo estiveram debaixo de um escrutínio apertado. Releia aqui, intervenção a intervenção, o direto do debate quinzenal.

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