SoftBank compra 15% da Uber com 30% de “desconto”
O grupo SoftBank comprou uma grande participação da empresa de transportes esta quinta-feira. O negócio fixa a avaliação da plataforma em 48 mil milhões de dólares, 30% menos do que em novembro.
O grupo japonês SoftBank adquiriu 15% das ações da Uber, de acordo com a informação avançada pelo Wall Street Journal (acesso condicionado). A compra foi realizada com um desconto de cerca de 30% para a avaliação mais recente da empresa, que se fixava nos 70 mil milhões de dólares (58,9 mil milhões de euros). Após este anúncio, a avaliação fixa-se nos 48 mil milhões de dólares (40,4 mil milhões de euros).
No passado dia 14, o SoftBank anunciava um acordo entre os seus acionistas sobre o investimento no setor tecnológico da Uber, adiantando em comunicado que não avançaria com esse investimento caso as condições não fossem “satisfatórias”. De acordo com a Reuters, o Softbank tem vindo a liderar um consórcio com o grupo de investimento Dragoneer, cujos planos de investimento na Uber rondam um valor entre os mil milhões e os 1,2 mil milhões de dólares.
Em novembro, o grupo japonês avançou que iria adquirir, pelo menos, 14% da participação da Uber e, caso os acionistas não pretendessem vender as suas ações de acordo com a avaliação mais recente, a instituição bancária poderia vir a subir a sua valorização da tecnológica. O que acabou por não acontecer, levando a um “desconto” de 30% no negócio.
Uma luz ao fundo do túnel para os trabalhadores?
São vários os funcionários da Uber detentores de ações da empresa e que, agora, passam a possuir verdadeiros tesouros nas mãos. O problema é que, sem a entrada da empresa em bolsa, através de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla inglesa), nada podiam fazer com elas. Ou seja, tinham uma fortuna praticamente virtual. Alguns dos antigos funcionários chegaram mesmo a endividar-se pela dificuldade que tiveram em manter as ações em sua posse.
Agora, com esta oferta de compra de 15% por parte do SoftBank, os funcionários veem a oportunidade perfeita para se desfazerem dessas ações e conseguirem, literalmente, passar a ter o dinheiro nas mãos. Terão, diz o Quartz, sido vários os trabalhadores da empresa a colocarem uma ordem de venda, permitindo o sucesso da operação por parte do grupo japonês.
Ainda assim, há regras: para estarem legíveis a essa ordem de venda, os funcionários devem ser detentores de, pelo menos, dez mil ações da empresa e serem “investidores credenciados”, uma designação para investidores ricos. Quanto aos atuais funcionários, estes não podem vender mais de metade das suas participações.
(Notícia atualizada às 19h02 com mais informação)
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