EDP sobe preços da eletricidade em 2,5%? Iberdrola responde com descida de 2,4%
A EDP anunciou um aumento dos preços médios de 2,5% no próximo ano. Um aumento que não vai ser acompanhado pela Iberdrola. Muito pelo contrário. A fornecedora vai descer os preços até 2,4%.
A EDP surpreendeu com o anúncio de que vai rever em alta as tarifas de energia para o próximo ano. Os preços cobrados aos clientes do mercado liberalizado vão agravar-se em 2,5% — enquanto os do mercado regulado veem a fatura baixar. Um aumento que não será seguido por todos os fornecedores. A Iberdrola vai descer os preços médios entre 2,3% e 2,4%. A Galp e Endesa ainda não decidiram.
A EDP Comercial vai avançar com um aumento médio de 2,5% das tarifas de eletricidade. Esta alteração vai entrar em vigor a partir de 18 de janeiro e já está a ser comunicada aos clientes por carta, refere Miguel Stilwell de Andrade, administrador da EDP, num encontro com jornalistas. Na prática, isto vai significar uma subida média de um euro na fatura mensal das famílias portuguesas.
Enquanto o maior fornecedor do mercado liberalizado, com mais de quatro milhões de clientes, aumenta os preços, há quem desça numa proporção quase igual. Ao ECO, fonte oficial da Iberdrola, que tem 2,7% do mercado, diz que a empresa vai avançar com uma redução dos preços médios que pode traduzir-se numa descida entre os 2,3% e os 2,4% do valor da fatura dos consumidores.
"A Iberdrola não está a fazer mudanças nos seus tarifários, apenas está a atualizar os valores dos custos regulados (tarifas de acesso). Quando os custos regulados mudam, seja em alta ou em baixa, a Iberdrola transfere essas variações diretamente e de uma forma transparente para os seus clientes. ”
“A Iberdrola não está a fazer mudanças nos seus tarifários, apenas está a atualizar os valores dos custos regulados (tarifas de acesso). Quando os custos regulados mudam, seja em alta ou em baixa, a Iberdrola transfere essas variações diretamente e de uma forma transparente para os seus clientes. É apenas isso que vamos fazer a partir de 1 de janeiro. Nesta situação em que as tarifas de acesso baixaram, implica que os clientes verão reduzido o preço da sua fatura como consequência da atualização mencionada“, refere a empresa.
Já a Goldenergy não vai mexer. “Tentamos acomodar as variações do mercado grossista e não passar esses custos para os nossos clientes. Estamos preparados para oferecer condições positivas não subindo os preços no próximo ano”, diz Nuno Moreira ao ECO. A Goldenergy tem 1,9% do mercado liberalizado.
A segunda maior operadora, a Galp, que tem 5,4% de quota, “não tomou até ao momento qualquer decisão de alteração da sua política comercial”, disse fonte oficial da empresa o ECO. A Endesa, que tem 4,1% do mercado, também ainda não anunciou qualquer decisão sobre os preços a praticar em 2018.
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