INE confirma: PIB cresceu 2,5% no terceiro trimestre

A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística apontava para um crescimento económico de 2,5% de julho a setembro. Esta quinta-feira o INE confirmou o valor.

Depois de crescimentos de 2,8% e 3% nos dois primeiros trimestres do ano, a economia portuguesa abrandou. O INE confirmou esta quinta-feira que o PIB subiu 2,5% no terceiro trimestre, em comparação homóloga. Estes dados colocam ao alcance a meta de crescimento anual de 2,6% definida pelo Governo no Orçamento do Estado para 2018. A criação de emprego desacelerou no terceiro trimestre para 3,1%, após os 3,6% registados no segundo trimestre.

Crescimento homólogo abranda no terceiro trimestre

Fonte: INE

O consumo privado acelerou enquanto o investimento abrandou. “O contributo positivo da procura interna (3,3 p.p.) para a variação homóloga do PIB aumentou, verificando-se uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do Investimento”, refere o destaque das Contas Nacionais Trimestrais divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. O contributo da procura externa líquida foi negativo (-0,8 p.p.) no terceiro trimestre, ao contrário do que tinha acontecido no segundo trimestre.

O consumo público, após dois trimestres com variações homólogas negativas, cresceu 0,2% relativamente ao terceiro trimestre do ano passado. O consumo público acelerou para os 2,5%, principalmente por causa do crescimento das despesas em bens duradouros de 2% no 2º trimestre para 8,1% no 3º trimestre — devido à aceleração da aquisição de automóveis, especifica o INE.

Já investimento, apesar de ter desacelerado, continua a registar a maior evolução homóloga: 9,6%. A FBCF em equipamento de transporte registou uma forte desaceleração no terceiro trimestre passando de uma taxa de variação homóloga de 35,6% para 14,3%. Além disso, a componente da construção e outras máquinas também desacelerou. A única componente a crescer mais foi a dos produtos de propriedade intelectual.

E o comércio internacional? A tendência deste ano refletiu-se no PIB: as importações estão a crescer a um ritmo mais elevado do que as exportações. O aumento superior das exportações de serviços (que incluem o turismo) não foi suficiente para compensar os impactos da aceleração das importações de bens. Ainda assim, é de assinalar que “no 3º trimestre de 2017, verificou-se um ganho nos termos de troca, contrariando as perdas observadas nos três trimestres precedentes”.

Como evoluiu o crescimento em cadeia?

Fonte: INE

O crescimento em cadeia acelerou para os 0,5%, mais 0,2 pontos percentuais do que no segundo trimestre. “O contributo da procura interna (0,7%) aumentou ligeiramente no 3º trimestre, tendo-se observado um crescimento do consumo privado e uma redução do Investimento, contrariamente ao verificado no trimestre anterior”, explica o INE. A variação em cadeia contou ainda com o contributo negativo (-0,2%) da procura externa líquida.

A estimativa rápida já apontava para uma subida do PIB de 2,5% à boleia de uma aceleração do consumo. No destaque desta quinta-feira, o INE explica que “comparando com a Estimativa Rápida para o 3º trimestre, a nova informação de base incorporada, nomeadamente os deflatores do comércio internacional de bens, não implicou revisões nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB“.

Em reação aos números, o Presidente da República considerou que os dados são bons, mas é preciso “um bocadinho mais” para baixar a dívida pública. “Eu diria que é uma trajetória positiva, que ainda não é suficiente para o grande objetivo de que falava ontem [segunda-feira] o ministro das Finanças, que é conseguirmos ir reduzindo claramente a nossa dívida pública. Temos de crescer um bocadinho mais”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Devido a essa primeira estimativa, o ISEG reviu em baixa o crescimento económico deste ano para o intervalo de 2,6% a 2,8%. Anteriormente estava entre os 2,6% e os 3%. “Tendo sobretudo em conta o resultado do terceiro trimestre, é revisto o anterior intervalo de previsão para um agora mais provável valor final no intervalo 2,6% a 2,8%”, explicaram os economistas do ISEG.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h37)

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Administração da Autoeuropa lamenta rejeição do pré-acordo

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Perante a rejeição do pré-acordo sobre os novos horários, administração da Autoeuropa lamenta a decisão dos trabalhadores e diz que está a analisar o impacto da situação.

A administração da Autoeuropa lamentou, esta quinta-feira, a rejeição do pré-acordo sobre os novos horários de trabalho na fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela e remeteu para mais tarde uma tomada de posição. “Lamentamos a rejeição do pré-acordo, estamos a analisar o impacto desta situação e oportunamente tomaremos posição“, disse à agência Lusa fonte oficial da empresa.

Após o referendo realizado na quarta-feira, em que mais de 63% dos trabalhadores rejeitaram o pré-acordo, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa anunciou a intenção de retomar o diálogo com a administração da fábrica de Palmela.

Em comunicado divulgado pouco depois de ser conhecida a rejeição do pré-acordo dobre os novos horários de trabalho, a Comissão de Trabalhadores defendeu que “as condições estabelecidas [no pré-acordo], ao contrário do que alguns pretenderam fazer crer, representavam uma melhoria para os trabalhadores em relação ao que já anteriormente tinha sido proposto e igualmente rejeitado”.

O trabalho ao sábado (e a remuneração dos sábados, que deixariam de ser pagos como trabalho extraordinário), a par da laboração contínua a partir de agosto de 2018, foram os principais motivos de contestação por parte dos trabalhadores da Autoeuropa.

Alguns trabalhadores contactados pela agência Lusa consideraram que a vinda de um novo veículo (T-Roc) de grande produção era a oportunidade para melhorarem as condições de trabalho, mas outros receiam que as reivindicações acabem por prejudicar a imagem da fábrica junto da Volkswagen.

“A Volkswagen até pode manter aqui a produção do T-ROC, mas pode começar a privilegiar outras fábricas na atribuição de novos veículos, o que poderá comprometer o futuro da Autoeuropa”, disse um trabalhador que votou favoravelmente o pré-acordo rejeitado pela maioria dos funcionários da empresa.

No passado mês de julho, 74% dos trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram um primeiro pré-acordo sobre os novos horários, que tinha sido negociado pela anterior Comissão de Trabalhadores, a que se seguiu uma greve histórica, em 30 de agosto, a primeira por razões laborais na fábrica de Palmela do grupo Volkswagen. A anterior Comissão de Trabalhadores apresentou a demissão face à rejeição do pré-acordo no referendo realizado em 29 de julho.

A administração da Autoeuropa considera que a laboração contínua na fábrica de Palmela é fundamental para assegurar o volume de produção estimada do novo veículo T-Roc, que poderá atingir as 240 mil unidades em 2018.

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Desemprego nacional inferior ao da Zona Euro, mas superior ao da União Europeia

A taxa de desemprego em Portugal continua a descer. Já é menor do que a média da Zona Euro, mas continua aquém dos valores médios registados na União Europeia.

De um lado, a República Checa com uma taxa de desemprego de 2,7%. Do lado oposto, a Grécia com uma taxa de desemprego de 20,6%. No meio é possível encontrar a taxa de desemprego em Portugal, em outubro, de 8,5%, tal como o Instituto Nacional de Estatística tinha estimado esta quarta-feira. O desemprego nacional está entre a média da União Europeia e a média da Zona Euro.

Mais um mês de boas notícias para a recuperação económica europeia: segundo a informação divulgada esta quinta-feira pelo Eurostat, o desemprego da Zona Euro caiu para os 8,8%, menos uma décima do que a taxa registada em setembro e menos um ponto percentual em comparação homóloga. Esta é a mais baixa taxa de desemprego registada na Zona Euro desde janeiro de 2009. Ou seja, há cerca de oito anos.

Na União Europeia, a taxa de desemprego está em mínimos de novembro de 2008, um melhor desempenho do que o registado na Zona Euro. O desemprego do conjunto dos Estados-membros atingiu os 7,4% em outubro, também menos uma décima relativamente a setembro deste ano e menos 0,9 pontos percentuais em comparação homóloga. Ao todo existem 18,2 milhões de desempregados na União Europeia.

Portugal está no meio destas duas médias com uma taxa de 8,5%, que iguala a de abril de 2008. Contudo, os dados finais do INE só serão confirmados no próximo destaque. Para já, o Instituto aponta para um recuo de 0,7% no número de desempregados, face a setembro, mas também estima uma descida, de 0,1%, na população empregada.

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Oficial: Governo confirma que Mário Centeno apresentou candidatura ao Eurogrupo

Depois de toda a especulação, o ministro das Finanças português candidatou-se mesmo à presidência do Eurogrupo.

Mário Centeno está a ser apontado como o favorito à presidência do Eurogrupo.Paula Nunes / ECO

Mário Centeno candidatou-se para ser o próximo presidente do Eurogrupo, o grupo informal dos ministros das Finanças da Zona Euro, confirmou, esta quinta-feira, o gabinete do primeiro-ministro, António Costa. Se vencer a votação da próxima segunda-feira, dia 4 de dezembro, o ministro das Finanças português vai suceder a Jeroen Dijsselbloem.

“O Governo português apresentou esta manhã a candidatura do Ministro das Finanças, Mário Centeno, à presidência do Eurogrupo. A eleição terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, agendada para segunda-feira, dia 4 de dezembro”, pode ler-se na nota enviada pelo Governo às redações.

Os candidatos tinham até às 11h, hora de Lisboa, para entrarem na corrida. Esta quinta-feira, Centeno foi dado como favorito pelo Financial Times. O jornal britânico assinalou que os líderes europeus preferem Mário Centeno ao seu principal concorrente, o italiano Padoan, devido às eleições que se aproximam em Itália.

O ministro português reúne já vários apoios. Segundo o Financial Times, Angela Merkel e Emmanuel Macron reuniram-se na quarta-feira com os primeiros-ministros de Portugal e de Itália, para decidirem quem deveria avançar: se Centeno, se o ministro italiano, Pier Carlo Padoan. A escolha terá recaído no ministro português.

A imprensa italiana avança que Itália irá apoiar Centeno e também Luis de Guindos, ministro das Finanças espanhol, já assumiu o apoio ao ministro português, apesar das diferenças partidárias.

Para além de Mário Centeno, a ministra letã das Finanças, Dana Reizniece-Ozola, também já apresentou a candidatura à presidência do Eurogrupo.

Notícia atualizada às 10h54 com mais informação.

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Ministra letã candidata a presidente do Eurogrupo, Centeno apontado como favorito

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

A ministra letã já se candidatou à presidência do Eurogrupo, os ministros da Eslováquia e do Luxemburgo permanecem uma incógnita. Centeno é o favorito.

A ministra letã das Finanças, Dana Reizniece-Ozola, formalizou a candidatura a presidente do Eurogrupo, numa altura em que a imprensa internacional aponta o ministro Mário Centeno como o mais forte candidato ao cargo.

A menos de uma hora do prazo final para a entrega de candidaturas, o Governo português ainda não anunciou a candidatura de Centeno, mas vários órgãos de comunicação social internacionais avançam que o ministro português ganhou a “corrida” entre os “candidatos a candidatos” dos Socialistas Europeus, a família política com mais possibilidades de garantir (neste caso, manter) o posto até agora ocupado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem.

Segundo o Financial Times, à margem da cimeira UE-África que decorre em Abidjan, a chanceler Angela Merkel e o Presidente francês, Emmanuel Macron, reuniram-se, na quarta-feira, com os primeiros-ministros de Portugal, António Costa, e de Itália, Paolo Gentiloni, para decidir quem deveria avançar entre Centeno e o ministro italiano Pier Carlo Padoan, tendo a escolha recaído no ministro português.

A imprensa italiana adiantou, esta quinta-feira, que o Governo de Itália irá, efetivamente, apoiar Centeno, isto depois de, no último Eurogrupo, também o ministro espanhol Luis de Guindos ter anunciado o seu apoio ao ministro socialista português caso este avançasse, apesar das diferenças partidárias (o Governo espanhol pertence ao Partido Popular Europeu, PPE).

Quem já decidiu avançar, depois de já ter assumido publicamente “interesse” no cargo, foi a ministra letã Reizniece-Ozola, de 36 anos, que pertence à família política dos Verdes (embora fazendo parte de um Governo que integra o PPE), segundo várias fontes governamentais da Letónia.

Permanece também a incógnita em torno do ministro eslovaco Peter Kazimir, que há muito admite interesse em ocupar a presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro, mas que reunirá poucos apoios dentro da família socialista, à qual pertence. O ministro luxemburguês Pierre Gramegna, que pertence à família políticas dos Liberais, também poderá avançar, tendo contra si o facto de a presidência da Comissão Europeia já ser ocupada por um seu compatriota, Jean-Claude Juncker.

O prazo para apresentação de candidatos ao cargo de presidente do Eurogrupo termina hoje, às 11:00 de Lisboa, estando a eleição agendada para a reunião do Eurogrupo da próxima segunda-feira, em Bruxelas.

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Inflação na Zona Euro sobe em novembro, mas pouco

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Os preços junto do consumidor registaram uma subida de 1,5% no final de novembro, segundo as estimativas do Eursotat. O setor energético foi aquele que registou um maior aumento.

A inflação na Zona Euro ficou aquém das expectativas dos economistas. Segundo dados do Eurostat, o índice de preços do consumidor nos países aderentes à moeda única registou um aumento de 1,5% no final de novembro.

Apesar da subida relativamente aos 1,4% registados em outubro, os valores mais recentes ficaram abaixo das expectativas de alguns economistas que previam que a taxa de inflação subisse 1,7%.

De acordo com o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, os preços da energia foram os que mais contribuíram para esta evolução (4,7%, contra 3,0% em outubro), seguindo-se os setores da alimentação, álcool e tabaco (2,2%, face a 2,3% em outubro), dos serviços (1,2%, estável face a outubro) e dos bens industriais não energéticos (0,4%, estável face a outubro).

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 30 Novembro 2017

A Bitcoin continua na sua montanha russa, a OPEP deixa os mercados em compasso de espera, Puigdemont quer voltar à Catalunha, e outras notícias que marcam a atualidade mundial.

A volatilidade da Bitcoin levou-a a cair 20% e a recuperar essa queda pouco depois, numa altura em que a criptomoeda atinge máximos, e Donald Trump continua nas manchetes mundiais após ter usado o seu Twitter para partilhar vídeos de um grupo de extrema-direita contra muçulmanos e posteriormente para atacar a primeira-ministra britânica Theresa May. Conheça algumas das notícias que marcam a atualidade mundial.

Bloomberg

Bitcoin volátil já recupera após queda de 20%

A Bitcoin recuperou 20% após cair uma percentagem semelhante de um dia para o outro. A criptomoeda mais conhecida está em máximos, com um valor próximo dos 11 mil dólares, e bateu o seu recorde na quarta-feira antes de começar a mergulhar. A volatilidade do preço da moeda e a compra frenética já levou vários economistas, incluindo o vencedor do prémio Nobel Joseph Stiglitz, a falar do risco de uma bolha. Leia a notícia completa na Bloomberg. (Artigo em inglês / Acesso condicionado)

El Confidencial

Puigdemont pede para voltar à Catalunha para fazer campanha

Um mês depois de se ter refugiado em Bruxelas, Carles Puigdemont pede para voltar a Espanha para poder participar na campanha eleitoral catalã, que começa daqui a cinco dias. O antigo presidente do governo regional, que se autoexilou em Bruxelas para se proteger de uma possível prisão ou julgamento em Madrid, disse numa entrevista à TV3 que “gostaria de voltar”. No dia 4 de dezembro, segunda-feira, Puigdemont será ouvido por um juiz belga que decidirá se o catalão será extraditado. Leia a notícia completa no El Confidencial. (Artigo em espanhol / Acesso gratuito)

The Wall Street Journal

OPEP vai prolongar cortes na produção

A OPEP e outros grandes produtores de petróleo deverão acordar esta quinta-feira o prolongamento dos cortes na produção de crude, para ajudar na recuperação do setor. No entanto, há discórdia sobre por quanto tempo devem os cortes ser prolongados. A Arábia Saudita procura uma extensão de nove meses, enquanto a Rússia, por exemplo, quer maior flexibilidade. Leia a notícia completa no Wall Street Journal. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Le Figaro

França quer task force para combater traficantes de pessoas na Líbia

A cimeira europeia na Costa do Marfim focou-se principalmente em temas de migração, e Emmanuel Macron aproveitou para posicionar a França como líder em assuntos africanos. “É preciso que haja mais coordenação para parar os traficantes de seres humanos e desmantelar os seus grupos, que também estão ligados ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, afirmou o presidente francês, pedindo que seja partilhada informação entre os países europeus e africanos, e criada uma task force que combata o financiamento a estas redes. Ambas as ideias foram acolhidas e serão desenvolvidas em cimeiras futuras. Leia a notícia completa no Le Figaro. (Conteúdo em francês / Acesso condicionado)

The Guardian

Donald Trump ataca Theresa May após críticas aos seus tweets

O presidente dos Estados Unidos criticou Theresa May, primeira-ministra britânica, através do Twitter, no que foi apelidado pelo The Guardian como “uma disputa diplomática extraordinária”. O presidente dos EUA, Donald Trump, tinha partilhado esta quarta-feira vídeos de um grupo de extrema direita britânica que alegadamente mostravam violência praticada por muçulmanos, o que levou o porta-voz de Theresa May a emitir uma crítica à divulgação desta propaganda. “Theresa May, não se preocupe comigo, preocupe-se com o terrorismo islâmico que está a abalar o Reino Unido”, respondeu Donald Trump. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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BCP sobe quase 1%. Troca as voltas a Lisboa

Os títulos do banco inverteram e dão seguimento à melhor sessão desde setembro. Sucesso da emissão de obrigações apoia rumo das ações do banco.

Após uma correção ligeira no arranque da sessão, as ações do BCP somam e seguem, retirando a praça bolsista lisboeta de terreno negativo. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado já valorizam quase 1%, depois do sucesso da emissão de obrigações realizada na passada quarta-feira, que ditou a melhor sessão para o título desde setembro passado.

A bolsa de Lisboa segue a valorizar 0,29%, para os 5.367,47 pontos, prolongando os ganhos registados na melhor sessão desde o início de agosto. Este ritmo está a ser ditado sobretudo pelo BCP, que vê os seus títulos progredirem 0,59%, para os 25,65 cêntimos, depois de já terem estado a ganhar acima de 1%. O título estende assim a subida de mais de 5% conseguida na sessão anterior.

Esta subida acontece depois de ter sido conhecido o resultado da colocação de 300 milhões de euros em obrigações do BCP conhecido na quarta-feira. Contrariamente ao que se temia a operação foi bem acolhida pelo mercado, com a procura a ser o triplo do valor da oferta. Já nesta manhã o CaixaBI referiu numa nota de research enviada a clientes que esta emissão é positiva para o banco liderado por Nuno Amado. O presidente do banco classificou o custo desta operação como “muito satisfatório”.

Ações do BCP prolongam subidas

O banco de investimento refere que com esta operação “o banco diversifica assim a sua base de financiamento num contexto em que os recursos totais de clientes representavam já cerca de 70% da sua estrutura de balanço no final de setembro de 2017”.

Mas nem só do BCP se faz o percurso positivo do PSI-20 nesta sessão. O índice bolsista nacional está ainda a ser suportado pela valorização das ações do universo EDP. Os títulos da EDP valorizam 1,31%, para os 2,95 euros, enquanto a EDP Renováveis que começou a sessão no vermelho, já ganha 1,01%, para os 6,883 euros. De salientar que a pressão sobre a empresa liderada por Manso Neto aligeirou, depois de o governo ter recuado na intenção de aplicar uma taxa sobre as empresas do setor das renováveis.

A subida da bolsa de Lisboa só não é mais acentuada devido à queda da Galp Energia, que vê as suas ações deslizarem 0,72%, para os 15,89 euros, em contraciclo com a subida dos preços do petróleo no dia em que será conhecido se a OPEP irá prolongar o corte de produção da matéria-prima para além de março do próximo ano.

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Mariana Mortágua: Bloco garante apoio ao Governo, mas vai “voltar à CESE para as renováveis”

  • Marta Santos Silva
  • 30 Novembro 2017

"Nós vamos voltar a esta medida durante a legislatura", promete Mariana Mortágua sobre uma contribuição para as energéticas renováveis. "Quem fará a avaliação sobre a cedência do PS são os eleitores".

Mariana Mortágua garante que o Bloco de Esquerda vai regressar à sua proposta de alargar as contribuições extraordinárias da energia às empresas de renováveis, após o Partido Socialista ter recuado no seu apoio à medida e provocado o seu chumbo. “Nós vamos voltar a esta medida durante a legislatura”, disse a líder parlamentar bloquista entrevistada pela SIC Notícias. “Quem fará a avaliação sobre a cedência do Partido Socialista são os eleitores”.

Questionada sobre se esperaria uma nova reprovação da medida no regresso a esta proposta, Mariana Mortágua afirmou que existem outros caminhos possíveis para taxar as empresas de energias renováveis. “Há diversas medidas que podem ser feitas para reduzir o défice tarifário e procurar outros contributos”, afirmou. “E acreditamos que, sendo a medida justa, há todas as hipóteses” de uma aprovação no Parlamento.

Para Mariana Mortágua, este é um exemplo de como “o poder político cede perante o poder económico destas grandes empresas”, repetindo que se trata de uma cedência a um lóbi — algo que Carlos César, líder parlamentar do PS, rejeitou numa entrevista à mesma rubrica da SIC Notícias no princípio da semana. “Se não há ninguém que seja contra a medida, porque é que ela não vai para a frente?” perguntou a deputada bloquista.

Garantiu, porém, que o Bloco de Esquerda vai permanecer com o Governo até ao final da legislatura. “Se o Bloco estivesse à procura de pretextos para criar uma crise, este poderia ser um pretexto, mas não é isso que fazemos”, afirmou. “Nós não vamos falhar ao nosso compromisso. Não vamos faltar às pessoas a quem dissemos que iríamos repor rendimentos”.

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Belmiro fez escola: o que os jovens empresários aprenderam com ele

Um "exemplo de que tudo é possível", a prova de que "nada é inalcançável" se houver resiliência e persistência. Assim é visto "o verdadeiro empreendedor" de Portugal, pelos empreendedores de hoje.

Em 1999, Nuno Sebastião convidou o histórico empresário português para um evento organizado por ele enquanto estudante da Universidade de Coimbra. Quase 20 anos depois, o CEO da Feedzai, a startup portuguesa que levantou este ano a maior ronda de financiamento alguma vez conseguida por um projeto nacional, diz que com Belmiro de Azevedo aprendeu a não ter medo de dizer o que pensa. “Uma das coisas que me inspiraram: sejam frontais, objetivos e simples, concisos na mensagem“, explica ao ECO.

Este foi apenas um dos ensinamentos. Houve outros dois que marcaram Nuno Sebastião: a necessidade de disrupção e a resistência à rejeição. “Sejam disruptivos, tenham a coragem de questionar o porquê de as coisas serem como são e, se identificarem formas de fazer melhor, trabalhem e façam acontecer”, esclarece. E reforça: “Vejam e ultrapassem a rejeição, que não é mais do que um passo no processo de fazer acontecer”.

Se Portugal está hoje na onda do “fazer acontecer”, também ao Homem Sonae o deve. “Há um fascínio pelo mundo dos negócios hoje em dia, também pela quantidade de histórias de sucesso”, reconhece Cristina Fonseca, uma das fundadoras da Talkdesk, hoje partner do fundo de investimento Indico Capital Partners. “Se há algo que o Engenheiro Belmiro de Azevedo nos ensinou, foi que o caminho é longo e é necessário um nível de resiliência e persistência incríveis para lá chegar, e que o caminho é turbulento”, sublinha.

As novas gerações de empresários devem focar-se agora na mensagem positiva e inspiracional que deixa: com trabalho árduo, perseverança e um foco grande nas pessoas nada é inalcançável.

Gonçalo Fortes

CEO da Prodsmart sobre Belmiro de Azevedo

É este o legado que Belmiro de Azevedo, o “verdadeiro empreendedor” do seu tempo, deixa aos empreendedores de hoje. “Disse sempre o que pensava e arriscou sempre”, resume Jaime Jorge, cofundador da Codacy. Às novas gerações de empresários, deixou uma “mensagem positiva e inspiracional: com trabalho árduo, perseverança e um foco grande nas pessoas nada é inalcançável”, diz Gonçalo Fortes, fundador e CEO da Prodsmart.

 

Para quem se vê obrigado a arriscar lá fora, Belmiro de Azevedo deixou ainda outra lição. Para Anthony Douglas, fundador da Hole19, aquele que é “um dos grandes empresários” portugueses é também “um verdadeiro exemplo de que tudo é possível desde Portugal”. “É uma grande mensagem para esta nova geração de empreendedores: não é preciso sair de Portugal para ter sucesso”, acredita.

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Isabel dos Santos recorda “capacidade de concretização e liderança”

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Empresária angolana assinalou "capacidade de concretização e liderança" de Belmiro de Azevedo, que faleceu esta quarta-feira. Isabel dos Santos diz que esta foi "uma perda enorme".

A empresária angolana Isabel dos Santos recordou, esta quinta-feira, a marca de “capacidade de concretização e liderança” de Belmiro de Azevedo, que faleceu na quarta-feira, aos 79 anos, com quem partilhou negócios.

Numa mensagem divulgada, esta quinta-feira, a filha do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerada a mulher mais rica em África e com várias participações em negócios em Portugal, classifica a morte do empresário português como uma “perda enorme”.

Belmiro de Azevedo deixa no mundo empresarial português, e em todos os que consigo se cruzaram, uma marca indelével, de determinação, trabalho, capacidade de concretização e liderança“, afirma Isabel dos Santos.

Acrescenta, na mensagem que divulgou, que os seus pensamentos e palavras são hoje “para os filhos, mulher e netos”, para quem “a dor é imensa”: “Que o orgulho de terem convosco um legado tão forte vos dê a força que precisam neste momento”.

Os negócios entre os dois empresários cruzaram-se através da parceria da Sonae, com Belmiro de Azevedo, e Isabel dos Santos, que criaram a holding Zopt, detida a 50% por cada uma das partes, através da qual detém a maioria do capital da operadora Nos. Por sua vez, Isabel dos Santos é dona de 70% da Zap, operadora de televisão por satélite em Angola, cabendo à Nos os restantes 30%.

Em abril de 2011, a Sonae e Isabel dos Santos formalizaram uma parceria para lançar a rede de hipermercados Continente em Angola, com a constituição da empresa Condis. Contudo, a parceria foi abandonada quatro anos mais tarde, com Isabel dos Santos a constituir sozinha a empresa angolana Contidis e avançar com a rede própria de hipermercados Candando, que já prepara a abertura da terceira loja em Luanda, tendo recrutado quadros de topo do Grupo Sonae.

O empresário Belmiro de Azevedo morreu na quarta-feira aos 79 anos, depois de décadas ligado à Sonae, onde chegou há mais de 50 anos e que transformou num império com negócios em várias áreas e extensa atividade internacional.

O velório do empresário realiza-se na Paróquia de Cristo Rei, no Porto, informou o Grupo Sonae em comunicado. A missa de corpo presente decorrerá no mesmo local, hoje, às 16:00, seguida de uma cerimónia fúnebre reservada à família.

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EDP quer recomprar até 500 milhões de dólares em dívida

  • ECO
  • 30 Novembro 2017

Oferta da EDP tem como objetivo otimizar a estrutura de obrigações, procurando ao mesmo tempo aumentar a maturidade média da sua dívida.

A EDP acaba de lançar uma oferta para aquisição em dinheiro de títulos de dívida com um valor global máximo de 500 milhões de dólares. De acordo com o comunicado à CMVM, esta operação “enquadra-se nas iniciativas destinadas a otimizar a carteira de passivos da EDP e aumentar a maturidade média da sua dívida, utilizando liquidez disponível para reduzir o montante da dívida bruta”.

As emissões que são objeto de interesse para a empresa liderada por António Mexia são duas. Os títulos com maturidade em outubro de 2019, que têm 969, 4 milhões de dólares dispersos pelos investidores e com uma taxa de cupão de 4,9% e os títulos com maturidade em janeiro de 2020, com 750 milhões de dólares nas mãos dos investidores e com uma taxa de cupão de 4,125%.

Ainda não se conhecem os termos da oferta aos investidores. Em setembro, a Energias de Portugal registou uma dívida líquida de 15,1 mil milhões de euros, um valor que fica abaixo do contabilizado nos meses anteriores.

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