Financial Times dá Centeno como favorito para o Eurogrupo

  • Marta Santos Silva
  • 30 Novembro 2017

O jornal assinala que os líderes europeus preferem Mário Centeno ao seu principal concorrente, o italiano Padoan, devido às eleições que se aproximam em Itália. O prazo das candidaturas é hoje às 11h.

Mário Centeno é o favorito para se tornar presidente do Eurogrupo, segundo escreve esta quinta-feira o jornal financeiro britânico Financial Times.

O ministro das Finanças português é favorecido pelos líderes europeus, segundo diplomatas que falaram ao jornal, já que o seu principal concorrente à esquerda, o italiano Pier Carlo Padoan, pode estar de saída nas eleições que se avizinham em 2018 em Itália.

Na cimeira europeia na Costa do Marfim, escreve o Financial Times, os líderes europeus reuniram-se para debater os seus favoritos para o Eurogrupo, já que esta quinta-feira termina o prazo, às 11:00, para a submissão de candidaturas, de acordo com os termos definidos pelas autoridades europeias.

Já se sabia que o Eurogrupo favoreceria um candidato de esquerda para a sua liderança, devido a um equilíbrio que, por acordo tácito, deve haver entre forças de esquerda e direita nas posições de liderança dos diferentes braços europeus.

A lista oficial dos candidatos será publicada esta sexta-feira, e os ministros das Finanças dos países europeus farão uma eleição por voto secreto para escolher quem vai substituir o atual presidente, o holandês Jeroen Dijsselbloem, na próxima reunião, que decorre na segunda-feira em Bruxelas. Mário Centeno ainda não disse oficialmente se se iria candidatar ao lugar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo diz que situação na Autoeuropa “é um risco” e apela a soluções

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Vieira da Silva diz que seria ilusório não ver impasse na Autoeuropa como "um risco" para a empresa e apelou ao aprofundamento das negociações para que seja encontrada uma solução.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, considera que a situação na Autoeuropa “é um risco para a empresa” e apelou aos trabalhadores e à administração que encontrem soluções num curto prazo.

Mais de 63% dos trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram o segundo pré-acordo sobre os horários de trabalho na fábrica de automóveis de Palmela, no referendo realizado na quarta-feira, com 3.145 votos contra o pré-acordo (63,22%) e 1.749 votos favoráveis.

O ministro do Trabalho disse, na quarta-feira à noite à margem da Gala da Associação Nacional de Jovens Empresários, no Porto, que o impasse na Autoeuropa “não é positivo”. “Obviamente que essa situação não é positiva. (…) Esta é a pior situação na Autoeuropa. É um risco para a empresa, seria ilusório estar a fazer uma afirmação no sentido contrário”, sublinhou.

José Vieira da Silva lembrou que esta “não é a primeira vez que existem acordos na Autoeuropa que são afetados por um referendo dos trabalhadores” e sempre foi possível encontrar soluções negociadas. Segundo o governante, o “tempo escasseia e as soluções têm de ser encontradas num prazo curto”.

“Nós apelamos às partes para que aprofundem os seus contactos, para que possam estudar novas situações e que possam junto dos trabalhadores ter uma atuação que valorize a importância que tem este acordo para o futuro da Autoeuropa, daquela região, do país daqueles trabalhadores e das suas famílias, porque é de facto um projeto de futuro que está a ser discutido neste momento”, salientou.

Também o ministro da Economia, Caldeira Cabral, disse à margem da mesma Gala que deve ser encontrada uma solução. “Faço votos para que haja um sentido de responsabilidade e que se possa ainda encontrar uma solução”, disse.

O pré-acordo rejeitado na quarta-feira estabelecia os termos do trabalho ao sábado e da laboração contínua (três turnos diários), que deveria ter início depois das férias de agosto de 2018. Para assegurar a produção estimada do novo veículo produzido em Palmela (T-Roc) a administração da Autoeuropa considera necessária a laboração contínua, bem como o trabalho ao sábado. Nos plenários realizados na semana passada, muitos trabalhadores contestaram os termos do novo pré-acordo.

Entretanto, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa anunciou ainda na quarta-feira que pretende reiniciar o diálogo com a administração da fábrica de Palmela face à rejeição do pré-acordo.

No passado mês de julho, 74% dos trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram um outro pré-acordo sobre os novos horários que tinha sido negociado pela anterior Comissão de Trabalhadores, a que se seguiu uma greve histórica, em 30 de agosto, a primeira por razões laborais na fábrica de automóveis de Palmela do grupo Volkswagen.

A anterior Comissão de Trabalhadores apresentou a demissão face à rejeição do pré-acordo no referendo realizado em 29 de julho.

O trabalho ao sábado (e a remuneração dos sábados, que, nos termos previsto no pré-acordo que foi rejeitado, deixaria de ser pago como trabalho extraordinário), bem como a laboração contínua a partir de agosto de 2018, foram os principais motivos de contestação por parte dos trabalhadores da Autoeuropa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euronext compra bolsa de Dublin, o seu sexto mercado

  • Marta Santos Silva
  • 30 Novembro 2017

Em parte por esperar vir a ter benefícios no pós-Brexit, a gestora de bolsas Euronext, que também detém a praça lisboeta, chegou a um acordo para adquirir a bolsa irlandesa.

A Euronext adquiriu a bolsa de Dublin por 137 milhões de euros, segundo um comunicado publicado esta quarta-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), entrando assim no seu sexto mercado. A gestora de bolsas europeia que já possui a praça lisboeta assim como as bolsas de Paris, Amesterdão, Bruxelas e Londres (mercado de derivados) chega à Irlanda na expectativa de beneficiar do pós-Brexit.

De acordo com o comunicado, a operação deverá ser finalizada no primeiro trimestre de 2018, sendo que as cinco instituições financeiras irlandesas que detêm atualmente a bolsa de Dublin já concordaram em vender a totalidade das suas participações.

A aquisição da bolsa de Dublin, ou ISE, pela Euronext “fortalecerá a posição da Irlanda como uma âncora europeia forte para aproveitar as oportunidades do Brexit”, lê-se no comunicado. A Euronext espera ter retorno do capital investido já a partir do terceiro ano de funcionamento da bolsa irlandesa.

O CEO da Euronext, Stéphane Boujnah, foi citado no comunicado dizendo que a aquisição “representa um grande passo em frente na expansão do modelo federal da Euronext”. A CEO da ISE, Deidre Somers, acrescentou: “Este é um dia histórico na história da ISE que já dura 224 anos, e um grande dia para os nossos clientes e os nossos trabalhadores. A transação reconhece o valor significativo e posição de liderança no mercado que a ISE construiu”. No comunicado, a CEO da bolsa de Dublin afirma ainda que “a Euronext vai ser um grande complemento para a ISE”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa recua após melhor sessão desde agosto. Energia pressiona

A praça bolsista nacional abriu em queda após duas sessões a subir. O PSI-20 recua ligeiramente, condicionado pelo deslize da Galp Energia e da EDP Renováveis, que entretanto inverteu de sentido.

A bolsa nacional entrou na última sessão do mês com o pé esquerdo, após a melhor sessão desde o início do mês de agosto. O PSI-20 arrancou com uma queda ligeira, pressionado pelo recuo dos títulos do setor energético: a Galp Energia e a EDP Renováveis.

O PSI-20 abriu a desvalorizar 0,18%, para os 5.342,09 pontos, numa sessão em que os principais pares europeus também seguem no vermelho, terreno onde o índice nacional ainda se mantém. O PSI-20 segue a recuar 0,1%, para os 5.346,63 pontos.

O índice bolsista nacional para assim para respirar depois de na passada quarta-feira ter valorizado 1,4%, naquela que foi a melhor sessão desde 4 de agosto, animado pelo disparo de 5% das ações do BCP.

Nesta sessão, após uma abertura em alta, os títulos do banco liderado por Nuno Amado rapidamente inverteram de rumo. As ações do BCP seguem com perdas ligeiras de 0,04%, para os 25,49 cêntimos, apesar de o banco ter concluído com sucesso uma emissão obrigacionista de 300 milhões de euros na passada quarta-feira, contrariamente aos receios que existiam.

Numa nota de research desta quinta-feira, o CaixaBI considera que esta operação tem um impacto positivo sobre o BCP, referindo que “o banco diversifica assim a sua base de financiamento num contexto em que os recursos totais de clientes representavam já cerca de 70% da sua estrutura de balanço no final de setembro de 2017”.

O rumo do PSI-20 está a ser ditado sobretudo pelo deslize dos títulos da Galp Energia. As ações da petrolífera recuam 0,5%, para os 15,93 euros, em contraciclo com as cotações do petróleo que avançam no dia em que será conhecido se a OPEP irá ou não estender para além de março de 2018 os cortes de produção da matéria-prima. O barril de Brent segue a valorizam 0,44%, para os 63,39 dólares no mercado londrino.

Já a REN segue em terreno negativo, com os seus títulos a recuarem 0,56%, para os 2,475 euros, em sintonia com os direitos ao aumento de capital que deslizam em torno de 2,5%.

As perdas do índice bolsista nacional estão a ser travadas pelo avanço da EDP e também da EDP Renováveis que entretanto inverteu a tendência. Os títulos da EDP somam 0,45%, para os 2,92 euros, enquanto os da Renováveis avançam 0,28%, para os 6,833 euros, depois do recuo do Governo na taxa sobre as energias renováveis.

Nota positiva também para a Pharol que lidera nas subidas, com um avanço de 4,26%, para os 31,8 cêntimos, logo seguida dos CTT que valorizam 1,01%, para os 3,11 euros.

(Notícia atualizada às 8h32 com mais informação e novas cotações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Haitong: Preços da pasta em alta. Preço-alvo da Altri também

O banco de investimento subiu em 29% o preço-alvo dos títulos da papeleira. O novo target é de 5,30 euros fica 1% acima da atual cotação.

O negócio das papeleiras está em alta, perante a escalada dos preços da polpa. A Altri é uma das papeleiras que mais tem beneficiado deste contexto, razão suficiente para o Haitong rever em alta a sua avaliação para o título. O banco de investimento subiu o preço-alvo para as ações da papeleira nacional em 29%, com o novo target a ficar quase alinhado com o valor de mercado das ações.

O Haitong subiu o preço-alvo das ações da Altri para os 5,30 euros, face aos anteriores 4,10 euros, justificando a decisão com a “muito forte subida dos preços da polpa em 2017“.

Este novo target representa um potencial de valorização de cerca de 1% face à cotação de 5,235 euros a que as ações terminaram a última sessão. Já a recomendação de “neutral” foi reiterada, com o Haitong a considerar que “enquanto o momento para os resultados é muito forte para os produtores de pasta ibéricos, tememos que a maior parte disso já está incorporado no preço“.

Relativamente à avaliação da Altri, mas ainda da Ence que merece também uma revisão em alta de preço-alvo, o Haitong considera que os atuais níveis de “múltiplos parecem atrativos“, mas simultaneamente alerta que no momento atual a “indústria parece estar próxima do pico de rentabilidade“. A contribuir positivamente para a evolução futura do título poderão estar eventuais movimentos de fusões e aquisições no setor. “Poderá ser positivo para disciplinar a indústria”, antecipa o Haitong.

Em termos de desempenho bolsista a Altri tem-se destacado em 2017 entre os melhores registos do PSI-20. As suas ações valorizam 35% desde o início do ano, o que corresponde ao quinto melhor registo do índice de referência da bolsa nacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP vai reembolsar títulos sobre trigo, cobre, prata e Brent

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Novas regras aprovadas pela Euronext levaram BCP a anunciar que vai reembolso antecipadamente a totalidade dos títulos sobre trigo, cobre, petróleo Brent e prata.

O BCP anunciou que vai proceder ao reembolso antecipado da totalidade de certificados estruturados associados aos contratos futuros do trigo, cobre, petróleo Brent e prata.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BCP refere que “no contexto da implementação da nova Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros (DMIF II) que entrará em vigor em 03 de janeiro de 2018, a Euronext aprovou novas regras relativas aos derivados titularizados sobre as mercadorias que limitam a quantidade de valores mobiliários, representativos de cada emissão admitida à negociação no mercado Access da Euronext Lisbom a 2,5 milhões de títulos”.

Face estas novas regras, o Banco Comercial Português informa que “vai proceder ao vencimento e reembolso antecipado da totalidade dos Certificados Estruturados sobre o Contrato Futuro” do trigo, cobre, Brent crude e prata.

“Desta forma, o último dia de negociação dos supra identificados certificados será o dia 15 de dezembro de 2017”, adianta o BCP, referindo que o valor do reembolso será determinado a 19 de dezembro e liquidado em 21 de dezembro através da Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montepio Seguros custou 150 milhões à chinesa CEFC Energy

  • ECO
  • 30 Novembro 2017

A Associação Mutualista não revelou oficialmente o valor da transação, mas segundo uma fonte próxima o grupo chinês CEFC Energy comprou 60% da Montepio Seguros por 150 milhões.

A Associação Mutualista Montepio Geral vendeu este mês uma participação maioritária da sua unidade de seguros a um grupo chinês, sem revelar qual a parcela nem por quanto dinheiro. Esta quinta-feira, o Jornal Económico (acesso pago) avança que o grupo chinês CEFC Energy pagou 150 milhões de euros por 60% da Montepio Seguros.

A Montepio Seguros é composta pela Lusitânia Seguros, Lusitânia Vida e N Seguros. O acordo de venda foi feito através de um aumento de capital, conforme já explicara o grupo chinês num comunicado que foi citado pelo Mergermarket.

Foi em setembro que a Associação Mutualista assinou uma parceria estratégica com o grupo chinês CEFC Energy. Este acordo assinado entre a entidade liderada por António Tomás Correia e a empresa de energia chinesa envolve várias participações em empresas financeiras da Associação, mas exclui qualquer investimento na Caixa Económica Montepio Geral.

No entanto, o Jornal Económico escreve esta quinta-feira, citando fontes anónimas, que a CEFC Energy tem de facto interesse em entrar na Caixa Económica Montepio Geral, a médio prazo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Britânicos ficam com maior fatia da emissão de dívida do BCP

O BCP foi ao mercado obter 300 milhões de euros em dívida. Uma operação que contou com um forte apetite, especialmente por parte de investidores britânicos.

Investidores britânicos, na sua maioria gestores de fundos, ficaram com a maior fatia da emissão de dívida de 300 milhões de euros realizada pelo banco liderado por Nuno Amado. Conseguiram 48% do montante total, enquanto na Península Ibérica foi subscrito 17% do montante captado pelo Banco Comercial Português (BCP).

De acordo com os dados finais da emissão, Reino Unido e Irlanda, juntamente com a Península Ibérica, ficaram com 60% dos 300 milhões de euros conseguidos pelo banco nesta operação. Alemanha, Áustria e Suíça ficaram com 15%, sendo de salientar que 5% do total acabou nas mãos de investidores asiáticos.

Houve, assim, uma grande diversificação em termos geográficos que se verificou também em termos do tipo de investidores, com os gestores de fundos a captarem quase metade do total. Ficaram com 48%, seguidos dos “hedge funds”, fundos especulativos que arrebataram 37% do montante global da emissão. Bancos e seguradoras ficaram com 11% e 5%, respetivamente.

Esta repartição da emissão, tanto geográfica como por tipo de investidor, permitiu ao banco liderado por Nuno Amado financiar-se com um custo “muito satisfatório”. “É um sinal de confiança no BCP em termos de mercado internacional”, salientou o responsável à margem do Fórum Banca, promovido pelo Jornal Económico e PwC, apesar do boicote anunciado à operação por parte de grandes fundos mundiais.

Se no arranque da operação as ordens recebidas colocavam a taxa entre 4,75% e 5%, esta acabou por encolher em 25 pontos base à medida que a procura se foi avolumando — ascendeu a 900 milhões. O banco afirma, em comunicado enviado à CMVM, que a taxa de juro é de “4,5%, ao ano, durante os primeiros cinco anos (correspondente a um spread de 4,267% sobre a taxa mid-swap de cinco anos)”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empregos no setor tecnológico em Portugal crescem acima da média europeia

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Na lista dos 10 países com maior crescimento de trabalhadores no setor tecnológico, Portugal ocupa a 10ª posição. Lisboa surge em 8º lugar no ranking das cidades preferidas pelos empreendedores.

Os empregos no setor tecnológico em Portugal cresceram 2,7% em 2017 face ao ano anterior, mais do que na Europa (subida de 2,6%), segundo um estudo que coloca o país no ‘top 10’ europeu neste indicador.

De acordo com o Atomico State of European Tech Report 2017, que compila vários dados do setor a nível europeu, Portugal fica em 10.º lugar na lista dos 10 países com maior crescimento de trabalhadores em tecnologia. A lista é liderada pela Irlanda, país ao qual se seguem Holanda, Alemanha, Suíça, França, República Checa, Reino Unido, Áustria e Noruega.

“A indústria tecnológica na Europa está a criar empregos mais rápido do que os outros setores”, assinala o relatório. Falando num crescimento de 2,6% em 2017 no setor tecnológico (no ano anterior a subida foi de 2,1%), o documento nota que esta variação foi três vezes superior à média europeia que abrange todos os setores da economia. Aí, o crescimento médio foi de 0,8% este ano, segundo o mais recente relatório da Comissão Europeia sobre o emprego.

No que toca ao investimento, os montantes aplicados em tecnologia na Europa este ano vão “confortavelmente exceder os níveis recorde de 2016”, segundo o Atomico State of European Tech Report 2017, que aponta um total de 19,1 mil milhões de dólares (16,07 mil milhões de euros) este ano em 3.449 negócios. Destacaram-se as áreas das finanças, comida, transportes e saúde. Em 2016, o investimento total foi de 14,4 mil milhões de dólares (12,11 mil milhões de euros), em 3.720 negócios.

Contudo, o relatório assinala que “ainda há uma enorme margem para progredir”, nomeadamente face a economias como a dos Estados Unidos ou de Israel. No topo da lista de países europeus com maior potencial de progressão está a Suécia, onde o capital investido ronda os 123 dólares (103,47 euros) ‘per capita’ este ano. Portugal também faz parte desta lista, em 13.º lugar, com um investimento de quatro dólares (3,36 euros) ‘per capita’ em 2017, ficando à frente de Itália, Rússia e Turquia.

Dos Estados da União Europeia que receberam mais investimentos no setor tecnológico este ano, o Reino Unido lidera, seguido pela Alemanha e por França. Portugal encontra-se em 22.º lugar, seguido de países como Chipre, Croácia, Roménia, Ucrânia, Grécia, República Checa e Hungria.

O Atomico State of European Tech Report 2017 dá ainda conta de que, “apesar das preocupações com o ‘Brexit’ [saída do Reino Unido da União Europeia], Londres é a cidade preferida” pelos empresários europeus para instalar ‘startups’, isto é, empresas com potencial de crescimento rápido. Do ‘top 10’ de cidades favoritas fazem também parte Berlim, Barcelona, Paris, Amesterdão, Dublin e Estocolmo. Lisboa surge em oitavo lugar, seguida de Munique e Milão.

No relatório, a capital portuguesa destaca-se noutras áreas, como a da inteligência artificial, uma vez que a Universidade de Lisboa consta do ‘top 100’ (em 99.º lugar) de instituições com mais estudos sobre a matéria.

O documento elenca ainda, como desafios futuros, a criação de leis, tanto para esta área da inteligência artificial, como nos domínios do ‘blockchain’ (tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança na circulação de moedas virtuais) e dos carros autónomos, sustentando que esta pode ser uma “vantagem competitiva” para a Europa.

O estudo é feito pela empresa internacional de capital de risco Atomico, que agregou dados de parceiros como o Banco Europeu de Investimento (através do Fundo Europeu de Investimento), a bolsa de Londres e a rede social empresarial LinkedIn.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno tem até às 11h para entrar na corrida ao Eurogrupo

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Ainda nenhum dos 19 ministros da Zona Euro formalizou a sua candidatura. Interessados devem enviar uma carta de motivação até às 11h00 (de Lisboa) desta quinta-feira.

O prazo para apresentação de candidatos ao cargo de presidente do Eurogrupo termina esta quinta-feira, às 11h00 de Lisboa, mantendo-se até às últimas horas o “suspense” em torno da eventual candidatura do ministro das Finanças, Mário Centeno.

A poucas horas do final do prazo fixado para a entrega formal de candidaturas para a eleição do sucessor de Jeroen Dijsselbloem, a ter lugar na reunião do Eurogrupo da próxima segunda-feira, em Bruxelas, ainda nenhum dos 19 ministros da Zona Euro – os elegíveis para o cargo – formalizou a sua candidatura, o que deverá acontecer durante a manhã de hoje, até às 12:00 da Europa central.

Em 16 de novembro passado, o secretariado-geral do Conselho da União Europeia enviou uma carta aos 19 membros da zona euro a explicar os procedimentos para a eleição do presidente do Eurogrupo.

“Os ministros que desejem apresentar as suas candidaturas para se tornarem presidente do Eurogrupo podem fazê-lo por escrito a partir de hoje e o mais tardar até 30 de novembro de 2017, às 12:00 (horário Europa Central). Mais especificamente, e em linha com a prática no passado, os ministros que se apresentem à eleição devem anunciar a sua candidatura numa carta de motivação”, lê-se na missiva enviada às 19 capitais.

Os serviços do Conselho da UE especificaram que na sexta-feira, 01 de dezembro, o presidente do Eurogrupo ainda em funções, Jeroen Dijsselbloem, “tenciona tornar públicos os nomes dos candidatos” à sua sucessão.

Até ao momento, ainda ninguém formalizou a candidatura, mas já manifestaram publicamente “interesse” o ministro eslovaco, Peter Kazimir, a letã Dana Reizniece-Ozola, e o luxemburguês Pierre Gramegna.

Mário Centeno, que há meses tem sido apontado em Bruxelas como sério candidato ao cargo –- e que no último Eurogrupo já recebeu mesmo o apoio declarado de Espanha, caso decida avançar — reconheceu ter mantido múltiplos contactos ao longo das derradeiras semanas, mas ainda não assumiu a candidatura ao posto.

O Eurogrupo prepara-se para eleger o terceiro presidente da sua história, marcada pelas críticas à falta de transparência de um órgão que é supostamente um fórum informal, mas onde foram tomadas muitas das decisões mais importantes durante a crise económica e financeira.

Na sua próxima reunião, na segunda-feira, em Bruxelas, será eleito o sucessor do holandês Jeroen Dijsselbloem, que em janeiro de 2013 sucedeu àquele que foi o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, o agora presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que quando assumiu funções (2005) era primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autoeuropa. Trabalhadores querem reiniciar negociações com administração

  • Lusa
  • 30 Novembro 2017

Um novo entendimento. É esse o objetivo da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa agora que o pré-acordo foi rejeitado no referendo desta quarta-feira.

A Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa pretende reiniciar o diálogo com a administração da fábrica de Palmela face à rejeição do pré-acordo sobre os novos horários laborais por 63% dos trabalhadores no referendo efetuado na quarta-feira.

“Tendo em conta os resultados obtidos com o referendo, a Comissão de Trabalhadores (CT) pretende reiniciar o processo negocial com o objetivo de alcançar um novo entendimento“, refere, em comunicado, a CT da Autoeuropa.

As condições estabelecidas, ao contrário do que alguns pretenderam fazer crer, representavam uma melhoria para os trabalhadores em relação ao que já anteriormente tinha sido proposto e igualmente rejeitado”, acrescenta o documento.

A CT da Autoeuropa refere ainda, no comunicado, que “o conteúdo do pré-acordo garantia a manutenção dos direitos dos trabalhadores, tal como o trabalho suplementar considerado como tal”, “a rotação semanal dos turnos” e a “continuidade do horário semanal de segunda a sexta-feira até à entrada do regime de laboração contínua”, prevista para agosto de 2018.

Mais de 63% dos trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram o segundo pré-acordo sobre os horários de trabalho na fábrica de automóveis de Palmela, no referendo realizado quarta-feira, com 3.145 votos contra o pré-acordo (63,22%) e 1.749 votos favoráveis.

Para assegurar a produção estimada do novo veículo produzido em Palmela (T-Roc) a administração da Autoeuropa considera necessária a laboração contínua, bem como o trabalho ao sábado.

No passado mês de julho, 74% dos trabalhadores da Autoeuropa também rejeitaram um primeiro pré-acordo sobre os novos horários e fizeram um dia de greve (30 de agosto), a primeira por razões laborais na fábrica de automóveis de Palmela.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

De uma eventual confirmação da candidatura de Centeno à liderança do Eurogrupo ao PIB português no terceiro trimestre, passando pela inflação e o desemprego na zona euro, há muito a que estar atento.

A véspera do feriado é rica no que respeita a acontecimentos que podem influenciar os mercados e a economia. Entre os acontecimentos que mais interesse prometem despertar, esta quinta-feira, inclui-se a confirmação ou não da candidatura de Mário Centeno para liderar o Eurogrupo. Mas o dia será ainda marcado pela divulgação de diversos indicadores relevantes para a economia portuguesa e da zona euro. Em Portugal, será divulgado o PIB relativo ao terceiro trimestre, enquanto será também conhecida a taxa de desemprego da zona euro em outubro, bem como uma primeira estimativa para a inflação no espaço do euro, em novembro. Ficar-se-á ainda a saber se a OPEP vai ou não prolongar o corte de produção de petróleo para além de março de 2018.

Centeno entra na corrida ao Eurogrupo?

Muito se tem falado da possibilidade de Mário Centeno se candidatar à liderança do Eurogrupo. Esta quinta-feira é o “tira-teimas”, já que é a data limite para o ministro das Finanças apresentar a sua candidatura formal ao cargo. Se Mário Centeno quiser concorrer ao lugar de Jeröen Dijsselblöem tem de o manifestar por escrito até este dia 30 de novembro. Uma candidatura vitoriosa tem consequências políticas e de substância significativas. Mas uma derrota também. Por isso, os prós e os contras têm de ser cuidadosamente colocados dos dois lados da balança. Resta saber para que lado da balança Mário Centeno vai tender.

Fecho de contas do PIB nacional no terceiro trimestre

Depois de crescimentos de 2,8% e 3% nos dois primeiros trimestres do ano, é antecipado que se confirme a desaceleração da economia portuguesa no terceiro trimestre de 2017. Esta quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística revela os números finais para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional relativo ao terceiro trimestre do ano, depois de a estimativa rápida ter apontado para um crescimento económico de 2,5% naquele período. De acordo com aquela estimativa, a economia portuguesa terá contado com o contributo positivo da aceleração do consumo interno, mas também com o peso da travagem do investimento.

Como vai a inflação e o desemprego na zona euro?

Para além do indicador do sentimento económico da Comissão Europeia, o Eurostat divulga também a taxa de desemprego na zona euro relativa a outubro, bem como uma estimativa inicial para a inflação em novembro. O rumo da inflação é um dos principais indicadores tidos em conta pelo Banco Central Europeu na determinação da sua política de estímulos económicos. De acordo com estimativas da Bloomberg, a inflação na zona euro ter-se-á aproximado um pouco mais da meta dos 2% definidos pelo mandato do BCE como o valor desejável. Ter-se-á situado nos 1,6%, em novembro, acima dos 1,4% registados em outubro. Já a taxa de desemprego terá ficado estável nos 8,9% em outubro, o nível mais baixo desde o início de 2009.

Números do desemprego, mas nos EUA

Esta quinta-feira, serão conhecidos os dados sobre os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA referentes à semana passada, um dos indicadores que permite medir a temperatura à maior economia do mundo. Estimativas da Bloomberg antecipam que na semana terminada a 25 de novembro os pedidos iniciais de subsídio de desemprego se tenham situado nos 240 mil, um valor que ultrapassa os 239 mil verificados na semana precedente.

OPEP: Extensão de corte de produção para além de março de 2018 à vista?

Os ministros do petróleo dos países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus parceiros, incluindo a Rússia, reúnem-se em Viena para discutir uma eventual extensão dos cortes de produção da matéria-prima para além de março de 2018. Este acordo tem ajudado a puxar pelos preços do petróleo, sendo que o mercado antecipa que haja margem para prolongar pelo menos até final do próximo ano os cortes do output do “ouro negro”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.