Lisboa quer ser cidade de robôs

Capital portuguesa lança a marca "Lisboa Robotics" para promover a indústria e os centros de investigação ligados ao cluster da robótica.

A partir de hoje, Lisboa tem mais uma marca para comunicar a cidade. A “Lisboa Robotics” é o nome do projeto criado pela Câmara Municipal de Lisboa para denominar o cluster da Robótica na cidade. A ideia é que, a partir dela, seja desenvolvido um programa estratégico, que inclui uma incubadora de startups da área, instalada na Lispólis, e uma rede de parceiros estratégicos que inclui o Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa.

Do projeto faz ainda parte um plano de ‘hotspots‘ espalhados pela cidade, segundo explicou ao ECO, Paulo Soeiro Carvalho, diretor municipal de Economia e Inovação. “Queremos ter espaço para fazer testes e experiências com robôs, drones e outros tipos de equipamentos e abrir a cidade a esses projetos, tanto de especialistas da área como do público em geral”, esclareceu o responsável municipal.

Na apresentação do cluster, esta manhã, em Lisboa, vários robôs e equipamentos estiveram em demonstração no local.

 

 

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Amorim, Isabel dos Santos e Sonangol recebem 138 milhões em dividendos da Galp

No total, a petrolífera nacional vai distribuir 380 milhões de euros em dividendos, cerca de 80% dos lucros que obteve em 2016.

Américo Amorim, Isabel dos Santos e Sonangol vão receber a fatia de leão dos dividendos que a Galp GALP 0,00% vai distribuir relativamente ao exercício de 2016. No total, a Amorim Energia, que detém mais de 33% da petrolífera nacional, deverá ficar com 138 milhões de euros dos 380 milhões de euros que a gestão liderada por Carlos Gomes da Silva propõe para remunerar os acionistas.

A Galp tenciona ser generosa com os seus acionistas. Pretende repartir aproximadamente 80% dos lucros que registou no ano passado, 50 cêntimos por ação, uma decisão terá de ter luz verde da próxima assembleia geral da petrolífera.

Por via da posição de 55% que tem na Amorim Energia, ao empresário português Américo Amorim tocarão 76 milhões de euros sob a forma de dividendos. Já a angolana Isabel dos Santos e a Sonangol, que assumem 45% da Amorim Energia através da holding Esperanza, deverão receber 28 milhões e 34 milhões de euros respetivamente — a empresária detém 45% daquela holding, enquanto a petrolífera controla os restantes 55%.

A Amorim Energia reduziu recentemente o seu protagonismo no capital da Galp. Em setembro, vendeu um bloco de 5% da petrolífera numa oferta particular avaliada em 485 milhões de euros e que se traduziu numa menos-valia de 100 milhões de euros.

A Galp registou um resultado líquido de 483 milhões de euros em 2016, um resultado que ficou 24% abaixo do alcançado no ano anterior e que reflete sobretudo as imparidades registadas na operação em Angola. No encontro anual com os investidores, o presidente Carlos Gomes da Silva anunciou um aumento do dividendo para os 50 cêntimos, considerando ser este o valor de referência que o mercado deve esperar para os próximos anos. As estimativas inscritas no plano de estratégia até 2021 apontam para um crescimento de 20% do EBITDA.

“Devemos considerar os 50 cêntimos como um valor base. Deverá ser visto como uma referência. Queremos aumentar progressivamente o dividendo. Não devemos olhar para o dividendo como um bloco fixo. Deve ser competitivo”, disse Carlos Gomes da Silva no Capital Markets Day 2017, que decorreu em Londres.

Os analistas da Bernstein antecipam uma subida gradual do dividendo nos próximos anos, impulsionado sobretudo depois da inversão do fluxo de caixa para terreno positivo previsto para 2018.

Entre os fundos de investimento com posições qualificadas na Galp, destacam-se sobretudo a Vanguard, CI Investments e a BlackRock. A primeira vai receber 11,7 milhões de euros em face da posição de 2,84% que tem na petrolífera portuguesa. Já os últimos ficarão ambos com 10,2 milhões de euros.

Com participações acima de 2%, os fundos Henderson, Standard Life e Franklin Resources terão direito a 9,7 milhões, 8,8 milhões euros e 8,4 milhões de euros, respetivamente.

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Bava e Granadeiro arguidos por fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento

  • Margarida Peixoto
  • 24 Fevereiro 2017

Os dois antigos presidentes executivos da PT foram constituídos arguidos no âmbito da Operação Marquês, confirmou o Ministério Público. Este é o caso em que Sócrates e Salgado também são arguidos.

Henrique Granadeiro e Zeinal Bava foram constituídos arguidos esta sexta-feira, por fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento, confirmou o Ministério Público, numa nota enviada à comunicação social. Ambos já foram interrogados.

“Os arguidos, antigos gestores da PT, são suspeitos da prática de factos suscetíveis de integrarem os crimes de fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento”, lê-se no comunicado.

A notícia tinha sido avançada pela Sic Notícias. Este é o processo no qual o antigo primeiro-ministro José Sócrates também já é arguido. De acordo com a estação de televisão, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro foram ambos notificados para se apresentarem no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), para serem interrogados e constituídos arguidos. Zeinal Bava estava convocado para se apresentar de manhã e Henrique Granadeiro logo de seguida.

"Os arguidos, antigos gestores da PT, são suspeitos da prática de factos suscetíveis de integrarem os crimes de fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento.”

Ministério Público

Nota para a comunicação social

Segundo a Sic Notícias, uma das linhas de investigação aborda os alegados pagamentos feitos a Sócrates pelo Banco Espírito Santo. Estas alegadas luvas teriam que ver com três negócios que envolviam a PT: a OPA falhada da Sonaecom à PT, o spinoff da PT Multimédia e a venda da Vivo e consequente compra da Oi, no Brasil.

Até ao momento, a Operação Marquês já conta com 22 arguidos, entre os quais está Ricardo Salgado.

Segundo contou o Expresso, o saco azul do Grupo Espírito Santo cruza-se com a Operação Marquês. O Ministério Público está a investigar a origem do dinheiro em contas de Carlos Santos Silva, o amigo de José Sócrates. E conforme contou Hélder Bataglia — o empresário luso-angolano que fundou a Escom (empresa do universo GES) — as transferências que estão em causa terão sido feitas através da ES Enterprises. São pagamentos no valor de 12,5 milhões de euros, dinheiro que os investigadores acreditam que terá servido para subornar o então primeiro-ministro José Sócrates, para que aprovasse a nova fase de desenvolvimento do empreendimento de Vale do Lobo.

Mas há mais. O Expresso e a TVI contaram que terão passado mais de 300 milhões de euros pela ES Enterprises cujos destinatários ainda não são todos conhecidos. Contudo, há um nome e uma operação que já a apareceu na lista: o de Zeinal Bava. Por ordem de Ricardo Salgado, a ES Enterprises terá transferido, em 2012, 18,5 milhões de euros para uma conta bancária no estrangeiro detida pelo ex-CEO da Portugal Telecom.

O objetivo, segundo explicou Zeinal Bava ao Expresso, seria financiar a aquisição de ações da PT por um grupo de altos quadros da empresa, mas esta operação dependia da privatização total da PT, numa altura em que o Estado ainda detinha uma participação na operadora. Como a privatização não foi concretizada naquele momento, a operação não se realizou e, segundo Zeinal Bava, o dinheiro foi devolvido.

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Meo fica com 25% do capital da Sport TV

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2017

Além da Altice, fazem ainda parte da estrutura a Nos, a Olivedesportos e a Vodafone, "sendo que cada acionista será detentor de 25% do capital social" da entidade.

A Meo, do grupo Altice, anunciou hoje que entrou no capital social da Sport TV, passando a deter 25% da empresa, seis meses depois de ter assinado um acordo de entendimento para o efeito.

A Meo “entra, a partir de hoje, no capital social da Sport TV, reforçando desta forma a estrutura acionista deste canal desportivo”, refere a operadora em comunicado, adiantando que fazem ainda parte da estrutura a Nos, a Olivedesportos e a Vodafone, “sendo que cada acionista será detentor de 25% do capital social” da entidade.

“A nova estrutura do capital social da Sport TV beneficia, acima de tudo, os nossos clientes e o mercado português, e garante à Meo e aos outros operadores acesso aos conteúdos desportivos considerados essenciais em condições de mercado equitativas e não discriminatórias“, afirma o ‘chairman’ (presidente do Conselho de Administração) e presidente executivo da PT Portugal, Paulo Neves, citado em comunicado.

“A Meo e o grupo Altice estão comprometidos em disponibilizar os melhores conteúdos e o melhor serviço, alicerçados numa oferta competitiva, transparente e inovadora”, acrescentou.

Em 4 de agosto do ano passado, a Meo assinou um acordo de entendimento para a entrada no capital social da Sport TV, que distribui conteúdos desportivos, entre os quais os de futebol.

Uma semana antes, mais concretamente em 29 de julho de 2016, a Vodafone Portugal tinha anunciado a entrada no capital da Sport TV.

A Sport TV surgiu em 1998 como o primeiro canal inteiramente dedicado ao desporto, incluindo atualmente seis canais nacionais, disponíveis em alta definição (HD), entre eles a Sport TV+, que não necessita de subscrição na televisão paga, e mais dois canais internacionais.

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Operação Marquês: Zeinal Bava e Granadeiro constituídos arguidos

Os dois antigos presidentes executivos da PT foram constituídos arguidos no âmbito da Operação Marquês, avançou a Sic Notícias. Este é o caso em que Sócrates e Salgado também são arguidos.

Os dois antigos presidentes executivos da PT terão sido constituídos arguidos no âmbito da Operação Marquês, avançou a Sic Notícias. Este é o processo no qual o antigo primeiro-ministro José Sócrates também já é arguido.

De acordo com a estação de televisão, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro foram ambos notificados para se apresentarem no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), para serem interrogados e constituídos arguidos. Bava estava convocado para se apresentar de manhã. A Sic Notícias sabe que foi interrogado, constituído arguido e que saiu em liberdade.

Já sobre Henrique Granadeiro, que estava notificado para se apresentar de seguida, a estação de televisão não conseguiu apurar mais nada. Mas sabe que o Ministério Público queria ouvi-lo na qualidade de arguido.

Segundo a Sic Notícias, uma das linhas de investigação aborda os alegados pagamentos feitos a Sócrates pelo Banco Espírito Santo. Estas alegadas luvas teriam que ver com três negócios que envolviam a PT: a OPA falhada da Sonaecom à PT, o spinoff da PT Multimédia e a venda da Vivo e consequente compra da Oi, no Brasil.

Até ao momento, a Operação Marquês já conta com 22 arguidos, entre os quais está Ricardo Salgado.

Segundo contou o Expresso, o saco azul do Grupo Espírito Santo cruza-se com a Operação Marquês. O Ministério Público está a investigar a origem do dinheiro em contas de Carlos Santos Silva, o amigo de José Sócrates. E conforme contou Hélder Bataglia — o empresário luso-angolano que fundou a Escom (empresa do universo GES) — as transferências que estão em causa terão sido feitas através da ES Enterprises. São pagamentos no valor de 12,5 milhões de euros, dinheiro que os investigadores acreditam que terá servido para subornar o então primeiro-ministro José Sócrates, para que aprovasse a nova fase de desenvolvimento do empreendimento de Vale do Lobo.

Mas há mais. O Expresso e a TVI contaram que terão passado mais de 300 milhões de euros pela ES Enterprises cujos destinatários ainda não são todos conhecidos. Contudo, há um nome e uma operação que já a apareceu na lista: o de Zeinal Bava. Por ordem de Ricardo Salgado, a ES Enterprises terá transferido, em 2012, 18,5 milhões de euros para uma conta bancária no estrangeiro detida pelo ex-CEO da Portugal Telecom.

O objetivo, segundo explicou Zeinal Bava ao Expresso, seria financiar a aquisição de ações da PT por um grupo de altos quadros da empresa, mas esta operação dependia da privatização total da PT, numa altura em que o Estado ainda detinha uma participação na operadora. Como a privatização não foi concretizada naquele momento, a operação não se realizou e, segundo Zeinal Bava, o dinheiro foi devolvido.

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Governo: 2017 arranca com menos receita, mas sem prejudicar o défice

  • Margarida Peixoto
  • 24 Fevereiro 2017

O Ministério das Finanças revelou esta sexta-feira que em janeiro as contas públicas registaram um excedente orçamental menor do que o verificado no mesmo mês de 2016.

O ano arrancou com menos receita orçamental, mas as contas estão controladas e continuam a refletir a recuperação da atividade económica, garante o Ministério das Finanças, num comunicado enviado esta sexta-feira às redações, em antecipação ao boletim da Direção-Geral do Orçamento, sobre a execução de janeiro.

No primeiro mês do ano, o excedente orçamental das Administrações Públicas, em contabilidade de caixa, foi de 625 milhões de euros. Este valor fica 397 milhões de euros abaixo do verificado no mesmo mês de 2016 e resulta de uma queda de 5,7% da receita e um aumento de 0,8% da despesa.

Contudo, o Ministério das Finanças desvaloriza o resultado de janeiro, explicando que decorre de uma redução da receita afetada por efeitos contabilísticos que não prejudicam o cumprimento da meta do défice em contas nacionais, a ótica que interessa à Comissão Europeia.

"A redução da receita resulta da conjugação de fluxos de caixa, sem impacto no défice de 2017 na ótica de contas nacionais, e de efeitos temporários. Excluindo estes fatores, a receita cresceria, acompanhando o aumento da atividade económica que se tem verificado ao longo dos últimos meses.”

Ministério das Finanças

Fonte oficial

“A redução da receita resulta da conjugação de fluxos de caixa, sem impacto no défice de 2017 na ótica de contas nacionais, e de efeitos temporários”, lê-se no comunicado. O Governo sublinha que sem estes fatores, “a receita cresceria, acompanhando o aumento da atividade económica que se tem verificado ao longo dos últimos meses.”

O gabinete de imprensa do ministro Mário Centeno sublinha o aumento da receita de IVA (de 3,2%) e explica os fatores que prejudicam a comparação com janeiro de 2016:

  1. Há 149 milhões de euros de receita de impostos especiais sobre o consumo (sobretudo ISP e IT) que estão registados em janeiro de 2016, mas dizem respeito a 2015;
  2. Os reembolsos do IVA subiram 82 milhões de euros, mas destes apenas 20 milhões afetam o défice de 2017;
  3. Houve menos 93 milhões de euros vindos da União Europeia;
  4. A receita de IRS está prejudicada em mais de 40 milhões de euros pela introdução de um novo modelo de declaração;
  5. Há um efeito de base de 12 milhões de euros no IRC, provocado pelo aumento das retenções na fonte em janeiro do ano passado, e mais 52 milhões de euros de reembolsos.

Do lado da despesa, o Ministério das Finanças sublinha que descontando os gastos com a dívida a despesa só cresceu 0,3% e que a despesa corrente primária estabilizou.

Já no que toca à dívida a fornecedores, as Finanças frisam que baixou 324 milhões de euros face a janeiro de 2016 e os pagamentos em atraso diminuíram 69 milhões de euros.

“Portugal reúne assim as condições necessárias para sair do Procedimento de Défices Excessivos”, reafirma o Ministério das Finanças.

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CGD: Supervisores recorrem para o Supremo

O Tribunal da Relação de Lisboa mantém a posição: a CGD tem de mostrar a lista de grandes devedores. Tanto Banco de Portugal como a CMVM recorreram para o Supremo.

O Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recorreram para o Supremo Tribunal de Justiça da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa. São dois pedidos de recurso, mas o objetivo é o mesmo: travar a divulgação da lista de grandes devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) requerida no âmbito da comissão de inquérito parlamentar à recapitalização do banco liderado por Paulo Macedo.

Ao ECO, o Banco de Portugal confirma que avançou com o recurso para o Supremo. A CMVM, questionada, confirma que requereu o recurso da decisão do Tribunal da Relação, não querendo acrescentar mais pormenores. Este recurso foi apresentado logo depois da primeira decisão de indeferimento à publicação da lista de devedores, a 17 de janeiro. Não se sabe ainda se o Supremo aceitou os recursos.

Os supervisores, bem como a própria CGD, invocaram o sigilo bancário e profissional para travarem o pedido feito pela comissão de inquérito à recapitalização do banco público. No âmbito desta comissão, cujos trabalhos estão suspensos, os deputados pretendem ter acesso à lista dos grandes devedores do banco público.

O Tribunal da Relação tinha indeferido o pedido feito pelo Banco de Portugal, CMVM e CGD. Foi apresentado, depois, um pedido de nulidade da decisão que agora foi revelado. O resultado é o mesmo: indeferido.

“Por determinação do Exmo. Senhor Presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Juiz Desembargador Orlando Santos Nascimento, informo que a Exma. Senhora Juíza Relatora Graça Amaral, mantém a decisão anterior”, refere a informação enviada por e-mail pelo Tribunal da Relação. “Acorda-se em indeferir as nulidades suscitadas pelos requeridos”, diz.

Na base do pedido da nulidade esteve o facto de esta lista conter “informação relativa a clientes e também informação que, embora respeitando à vida interna da CGD, atenta a sua natureza e sensibilidade, se impõe manter em segredo, para preservação os seus legítimos interesses, no quadro plenamente concorrencial em que desenvolve a sua atividade”, explicou Rui Vilar, presidente da CGD, à comissão parlamentar.

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Jerónimo Martins arrasta bolsa para terceiro dia de quedas

A retalhista continua a ver as ações desvalorizarem, depois de ter apresentado lucros que, apesar de recorde, ficaram aquém das expectativas dos analistas.

A bolsa de Lisboa fechou a semana em queda, pelo terceiro dia consecutivo, a acompanhar a tendência negativa das restantes praças europeias. A penalizar o PSI-20 esteve a Jerónimo Martins, que continua a desvalorizar depois de ter apresentado lucros mais baixos do que o mercado esperava.

O PSI-20 caiu 0,32% para os 4.619,29 pontos, com oito cotadas em alta e nove em queda. Foi a terceira sessão negativa do índice português, após uma série de ganhos expressivos. A praça portuguesa seguiu o desempenho dos restantes mercados europeus, que corrigiram das subidas registadas recentemente. A penalizar as bolsas esteve, sobretudo, o setor energético, num dia em que o petróleo esteve a desvalorizar.

Esta queda acontece num dia em que a Jerónimo Martins manteve a tendência de perdas dos últimos dias. A retalhista até abriu o dia em alta, mas acabou por cair 1,47%, para os 15,10 euros por ação. A empresa continua a ser penalizada pelos resultados que, apesar de recorde (foram lucros de 593 milhões de euros em 2016), ficaram aquém do que era esperado pelos analistas, que antecipavam mais de 600 milhões.

A condicionar o desempenho da bolsa esteve também o BCP, que perdeu 1,87%, para os 14,6 cêntimos por ação, bem como o setor energético, com a EDP e a Renováveis a caírem 0,31% e 0,53%, respetivamente.

Em sentido contrário estiveram a Galp, que subiu 0,44% para os 13,84 euros por ação, e a REN, que avançou 0,54% para os 2,62 euros. Destaque ainda para a Pharol, que continua a registar um dos melhores desempenhos e subiu mais de 4% para 35,7 cêntimos.

Notícia atualizada às 16h57 com mais informação.

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Património de Domingues vai ser tornado público

O antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos vai ver as suas declarações de rendimento e de património tornadas públicas. Tribunal Constitucional recusou o pedido de sigilo.

O antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos vai ver as suas declarações de rendimento e de património tornadas públicas. Isto porque o Tribunal Constitucional recusou o pedido de sigilo que António Domingues tinha entregue juntamente com a sua declaração de rendimentos, sabe o ECO.

O Tribunal Constitucional decidiu, a 17 de fevereiro, que António Domingues e a sua equipa são obrigados a entregar declarações de rendimento e património no Palácio Ratton. Contudo, no acórdão então publicado não havia qualquer referência sobre o pedido de reserva da informação que o ex-presidente da Caixa entregou.

O TC ainda não publicou um acórdão sobre esta decisão, embora fonte oficial da instituição tenha confirmado ao ECO que “já foi proferido um acórdão”, sem adiantar mais, isto porque ainda há prazos a decorrer como “o tempo normal de notificação das partes”. Mas, o ECO confirmou que o TC rejeitou o pedido de Domingues, uma notícia avançada em primeira mão pelo Jornal de Negócio.

Agora, de acordo com a lei, a declaração passa a ser de consulta pública — basta para isso fazer um agendamento junto dos serviços do Tribunal.

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Cristas sobre CGD: “O que está em causa é apurar a verdade dos factos”

Assunção Cristas espera que, com a nova comissão de inquérito à CGD, "as coisas no Parlamento possam seguir de acordo com a Constituição".

PSD e CDS-PP avançaram, esta sexta-feira, com o requerimento para a constituição de uma nova comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD). O objetivo? “Apurar a verdade dos factos, o que foi impedido no Parlamento”, diz Assunção Cristas.

A líder do CSD falava aos jornalistas no final da reunião que teve com Marcelo Rebelo de Sousa, a quem expôs a “preocupação” para com as “restrições impostas pela maioria de esquerdas, que vão muito além daquilo que a lei lhes permite”.

Assunção Cristas referia-se ao facto de PS, PCP e Bloco de Esquerda terem votado contra a divulgação da correspondência trocada entre Mário Centeno e António Domingues, antigo presidente da CGD, por considerarem que estes documentos estavam fora do âmbito da comissão de inquérito.

Agora, Assunção Cristas só quer que a nova comissão “possa tomar posse e iniciar as suas funções”. A líder do CDS fugiu a divulgar pormenores da reunião com o Presidente da República e insistiu nas críticas à esquerda. “Temos sentido uma restrição inadmissível dos direitos da oposição” e era “indispensável” transmitir isso a Marcelo Rebelo de Sousa, disse apenas.

Sobre a nova comissão de inquérito à CGD, que a oposição requereu para conhecer o conteúdo das negociações entre o Governo e Domingues, Assunção Cristas frisa que este requerimento “não é só um direito”, mas “um dever de escrutínio da verdade”.

Espero que, daqui por diante, as coisas no Parlamento possam seguir de acordo com a Constituição“, concluiu Cristas.

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É piloto e quer trabalhar na Emirates? Vá ao Pilot Roadshow

  • ECO
  • 24 Fevereiro 2017

A iniciativa da companhia aérea Emirates vai possibilitar a pilotos da companhia partilharem as suas experiências com aqueles que estejam interessados em juntar-se a eles.

Se é piloto e o seu sonho é trabalhar para a Emirates, a oportunidade está mais próxima do que pensa. Basta que compareça no “Pilot roadshow”, que vai ter lugar em Lisboa, onde a companhia aérea vai recrutar “pilotos comerciais experientes e tecnicamente especializados, para operar na sua extensa rede de rotas internacionais”, pode ler-se em comunicado.

O roadshow, que será dividido em três sessões — duas no dia 1 de março, às 10h e às 14h, e uma no dia 2 de março, às 10h, no Hotel Radisson Blu, em Lisboa — já não é o primeiro a acontecer em Portugal. Além dos open day, que sucedem com uma certa frequência, os roadshow são boas oportunidades para os pilotos que estejam interessados em aprender mais sobre a experiência de trabalhar na Emirates, já que vários membros do staff da companhia vão estar presentes e partilhar as suas experiências. Quem esteja interessado em participar no evento deve apresentar-se no local designado, sem necessidade de inscrição prévia.

A Emirates opera uma das maiores frotas do mundo, onde se contam mais de 250 aviões em serviço numa rede global de 154 destinos em 83 países, nos cinco continentes. E quer continuar a aumentar a dimensão da sua frota e a alargar a sua rede de serviços. Por isso, o roadshow “oferece uma excelente oportunidade de voar numa das maiores companhias aéreas e considerada a mais rentável e premiada do mundo. Os pilotos da Emirates desfrutam de um salário competitivo, livre de impostos, seguro médico e dentário, férias anuais e alojamento num dos lugares mais desejáveis no mundo – o Dubai”, lê-se ainda no comunicado.

Quando há uma grande necessidade de recrutamento, a Emirates aposta nos roadshows. Neste momento, e ao longo dos próximos meses, vão estar a decorrer imensos ao longo de toda a Europa, devido à necessidade de contratar mais pessoas e à abertura das novas rotas que aí vêm. Já em março abre a rota Atenas – Newark e esta semana arrancou a rota do Cambodja.

No final das sessões do roadshow, os pilotos portugueses que estejam interessados em juntar-se à companhia podem entrar em contacto com a equipa de recrutamento e saber mais sobre o Programa de Seleção de Pilotos, a remuneração e pacote de benefícios oferecidos pela companhia aérea.

Além do recrutamento no local, os pilotos interessados que não puderem comparecer no roadshow, podem submeter uma aplicação online. Se forem selecionados, a Emirates dá aos candidatos a possibilidade de completar a sua entrevista inicial e avaliação de competências, através de um processo de seleção online, a partir do conforto das suas casas, na altura que lhes for mais conveniente.

Neste momento, trabalham cerca de 500 portugueses na Emirates: 30 trintas deles são pilotos. Desde que a rota Lisboa-Dubai abriu, já voaram nela cerca de 600 mil pessoas.

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Dombrovskis nem quer falar sobre reestruturação da dívida em Portugal

  • Margarida Peixoto
  • 24 Fevereiro 2017

O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, nem quis falar sobre reestruturação da dívida em Portugal. E até desvalorizou os progressos limitados nas reformas estruturais.

Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia, não quis nem falar sobre o tema da reestruturação da dívida em Portugal. No seu último dia de visita a Lisboa, Dombrovskis frisou que o assunto não fez parte das conversas com o Governo português e que Bruxelas não quer “entrar em especulações, muito menos favorecer instabilidades”. De caminho, desvalorizou o facto de Portugal ter feito progressos limitados nas reformas estruturais. É que não foi o único, frisou.

Com uma dívida pública que persiste em torno dos 130% do PIB, o tema da reestruturação da dívida está novamente a chegar à ordem do dia. Esta quinta-feira, por exemplo, António Saraiva, presidente da CIP, pediu que Portugal avance neste caminho. Ontem, sem se referir especificamente a Portugal, foi a vez de três economistas da direção do Fundo Monetário Internacional frisarem que não vale a pena empurrar o assunto com a barriga. Mas Valdis Dombrovskis fechou a porta, sequer, a conversas sobre o assunto.

“Não fez parte dos nossos debates de hoje e sabemos que Portugal faz o seu trabalho. Não queremos entrar em especulações, muito menos favorecer instabilidades. Portugal estabilizou a sua posição e agora há que prosseguir nesta trajetória”, defendeu o vice-presidente da Comissão Europeia, durante a conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças Mário Centeno, esta sexta-feira, em Lisboa.

Confrontado pela mesma questão, o ministro das Finanças português frisou que sem o efeito do financiamento necessário para a capitalização da Caixa Geral de Depósitos, o rácio da dívida pública no PIB cairia 2,4 pontos percentuais.

Valdis Dombrovskis reiterou que “se as tendências atuais se confirmarem e permitirem uma correção do défice sustentada, então pode na primavera sair do Procedimento por Défice Excessivo”. Valorizou o esforço de reforço do setor bancário por parte do Governo português, lembrou que o problema do malparado na banca deverá ser coordenado a nível da zona euro e sublinhou a recuperação do ritmo de crescimento económico no final de 2016.

E mesmo no que toca aos progressos “limitados no que diz respeito à implementação de recomendações específicas para o país, é preciso analisar estas questões no contexto europeu”. Ou seja, Portugal não foi o único: “Mais progresso é necessário quer ao nível europeu em geral, quer de Portugal em particular.”

Ainda assim, o responsável da Bruxelas falou com cautela tanto do impacto da recapitalização da CGD no défice, como da solução para o Novo Banco. Não se alongou sobre nenhum dos temas e disse que ambas as questões estão ainda em curso. “Falámos [o vice-presidente e o ministro das Finanças] da recapitalização da CGD. O ministro informou-me do trabalho em curso e da avaliação dos potenciais impactos no défice. Está a ser trabalhado a nível nacional e com o Eurostat”, disse Dombrovskis.

Já Mário Centeno preferiu enumerar diversos indicadores que dão conta dos últimos progressos da economia nacional, defendendo que os compromissos assumidos estão a ser cumpridos. O ministro rejeitou “euforia” ou “otimismo”, mas defendeu que “2016 trouxe boas notícias para Portugal e terão continuidade em 2017.”

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