Para quê um défice tão baixo? Para agradar aos mercados

  • Margarida Peixoto
  • 15 Fevereiro 2017

Para bloquistas e comunistas, um défice abaixo da meta não é uma boa notícia. É dinheiro que podia servir para devolver rendimentos, melhorar serviços e estimular a economia, dizem.

De que serve um défice tão abaixo da meta? Serve para mostrar aos mercados. Perante as críticas da esquerda de ter um défice demasiado baixo, Mário Centeno, ministro das Finanças, frisou que é preciso garantir que a economia mantém condições de financiamento.

Mário Centeno apresentou à comissão de Orçamento e Finanças a garantia de que o défice orçamental de 2016 “não será superior a 2,1%” do PIB. Mas aquilo que foi um trunfo para enfrentar a direita revelou-se um motivo de crítica perante a esquerda. Recorde o minuto a minuto.

"Não podemos compreender a boa notícia dos 2,1% [de défice orçamental]. Estamos 0,9 pontos percentuais abaixo da meta de Bruxelas.”

Mariana Mortágua

Deputada do BE

“Não podemos compreender a boa notícia dos 2,1% [de défice orçamental]”, disse Mariana Mortágua, deputada do BE. E frisou: “Estamos 0,9 pontos percentuais abaixo da meta de Bruxelas.”

Para Mortágua, estes 0,9 pontos são 1.674 milhões de euros que podiam estar a ser gastos “a contratar professores”, ou “profissionais de saúde”, ou servir para “desagravar rendimentos, potenciar o consumo”, ou ainda melhorar “os serviços públicos”. E rematou: “Não estão porque o Governo entende que tem de ter na parede o diploma da redução do défice.”

"Cada décima adicional de défice orçamental representa uma margem orçamental de cerca de 190 milhões de euros.”

Paulo Sá

Deputado do PCP

Paulo Sá, deputado comunista, seguiu a mesma linha de raciocínio. “Cada décima adicional de défice orçamental representa uma margem orçamental de cerca de 190 milhões de euros”, sublinhou. “Um défice de 2,5% ou 2,6% continuaria a permitir a saída do Procedimento por Défice Excessivo, mas permitiria também centenas de milhões de euros para a devolução de rendimentos”, argumentou.

Mas Mário Centeno já tinha dado a resposta a Mariana Mortágua. E ela foi clara: Portugal precisa de um défice baixo para conter os juros exigidos pelos investidores para financiar a República.

"Temos plena consciência dos constrangimentos existentes e que é necessário garantir o financiamento da economia portuguesa. Temos de acautelar todos os mecanismos que permitam que esse financiamento se concretize.”

Mário Centeno

Ministro das Finanças

“Temos plena consciência dos constrangimentos existentes e que é necessário garantir o financiamento da economia portuguesa. Temos de acautelar todos os mecanismos que permitam que esse financiamento se concretize”, explicou o ministro das Finanças. E frisou ainda: “Temos o grande desafio que é a melhoria das condições desse financiamento.”

Centeno defendeu que “o funcionamento da economia e os seus resultados são uma peça fundamental para transmitir as condições de materialização desse financiamento” e assumiu que “é nesse contexto que se coloca o esforço que é necessário fazer em termos orçamentais”. Só assim “uma política de recuperação de rendimentos” pode ser “sustentada, duradoura e efetiva”, garantiu.

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Nokia 3310 deverá voltar ao mercado este ano

A Nokia deverá lançar uma homenagem ao Nokia 3310 no final deste mês, avança a imprensa especializada. O mítico e ultra-resistente telemóvel deverá custar 59 euros.

O Nokia 3310, lançado há 17 anos, é hoje visto como um objeto de culto.Thomas Kohler/Flickr

O mítico Nokia 3310 vai voltar ao mercado. Pelo menos é o que garante Evan Blass, um jornalista de tecnologia da Venture Beat conhecido por revelar muitos dos lançamentos antes do tempo — e com precisão. O Nokia 3310 foi lançado há 17 anos e, como explica a Business Insider, é hoje um objeto de culto. O aparelho, com ecrã a preto-e-branco e toques monofónicos, imortalizou-se pela extrema resistência, grande capacidade de bateria e aparência.

A Nokia, outrora líder no segmento dos telemóveis, tem uma quota de mercado bastante menor nesta era dos smartphones. Segundo a Venture Beat, o lançamento do novo Nokia 3310, que não será mais do que uma homenagem ao antigo aparelho para saciar a sede dos fãs, será lançado a 26 de fevereiro, no âmbito da feira de tecnologia Mobile World Congress, a maior no campo dos dispositivos móveis, que decorrerá em Barcelona, Espanha.

Não se sabe muito mais acerca do novo (velho?) aparelho. A HMD Global, a empresa finlandesa que fabrica agora os telemóveis da Nokia, não confirma nem desmente as informações de Evan Blass. Segundo o repórter, que cita pessoas familiarizadas com o assunto, o remake deverá custar 59 euros. A marca deverá aproveitar a ocasião para lançar também três outros modelos com sistema Android, numa tentativa de ganhar terreno e, quiçá, aproximar-se dos grandes players do mercado: Samsung, Apple, Google, Huawei e por aí em diante.

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CGD: Comissão adia audição de Nogueira Leite

  • Rita Atalaia
  • 15 Fevereiro 2017

Hoje seria a vez de Nogueira Leite ser ouvido na comissão de inquérito à gestão da CGD. Mas a audição foi adiada. Isto depois de a esquerda ter travado a divulgação dos emails de António Domingues.

Hoje seria a vez de António Nogueira Leite, ex-vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão do banco público. Mas a audição foi adiada. Isto depois de a esquerda ter decidido travar a divulgação da correspondência que António Domingues enviou para a CPI, dizendo que os emails e SMS trocados entre o Ministério das Finanças e o presidente demissionário da CGD “estão fora do âmbito da comissão”.

No site do Parlamento, a audição de António Nogueira Leite na CPI deu hoje lugar a um “ponto de situação dos trabalhos”. O ECO sabe que a audição do ex-vice-presidente da CGD foi adiada depois de o PS, PCP e Bloco de Esquerda terem travado a divulgação da documentação que António Domingues enviou para a comissão. Porquê? Por estarem “fora do âmbito da comissão”. Isto é válido tanto para os emails como para as mensagens de telemóvel trocadas entre o presidente demissionário do banco do Estado e Mário Centeno.

Por isso, hoje os deputados reúnem-se para decidirem os próximos passos, numa comissão que, segundo decisão da esquerda, iria ouvir apenas mais quatro responsáveis: os representantes do Tribunal de Contas e da Inspeção-Geral das Finanças — o que já aconteceu — Nogueira Leite e Álvaro Nascimento. Esta última decorrerá amanhã, por volta das 18h.

O PSD e o CDS ainda têm a possibilidade de exercer os direitos potestativos de chamar mais dez pessoas. O PSD tem oito e o CDS dois, que são Armando Vara e Mário Centeno.

A polémica à volta da entrega das declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional por parte da anterior administração regressou na quarta-feira passada quando o ECO divulgou o conteúdo da correspondência entre António Domingues e Mário Centeno. E isso motivou o ministro das Finanças a defender-se, dizendo que houve um “erro de perceção mútuo”.

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PSD e CDS querem conhecer informação trocada entre Centeno e Domingues até às 18 horas

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2017

Luís Montenegro e Nuno Magalhães insistem em conhecer a informação trocada entre o ministro das Finanças e o antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos. Pedem informação até às 18 horas.

Os líderes parlamentares do PSD e CDS-PP desafiaram hoje o PS, BE e PCP a inverterem a decisão de terça-feira de não analisar as comunicações trocadas entre o ministro das Finanças e o ex-presidente do banco público António Domingues.

No final da conferência de líderes, os dois líderes parlamentares Luís Montenegro (PSD) e Nuno Magalhães (CDS-PP) apelaram a que esta decisão seja alterada até às 18:00 de hoje, quando se reúne novamente a comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Se tal não acontecer, ambos os partidos afirmam que retirarão “todas as consequências regimentais, jurídicas e políticas” sem especificar quais.

O motivo invocado pelos partidos que chumbaram a não inclusão dos conteúdos das comunicações terá sido o de não se enquadrar no objeto da comissão parlamentar de inquérito, que abarca a gestão do banco público entre 2000 e 2015.

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Esqueceu-se do cartão? Levante dinheiro com o telemóvel

Nos Estados Unidos, o JPMorgan Chase já está a testar uma tecnologia que permite levantar dinheiro com recurso ao telemóvel. ATMs sem cartões são uma realidade cada vez mais próxima.

Levantar dinheiro com o telemóvel já é possível nos Estados Unidos. O banco JPMorgan Chase, que detém a maioria dos ATMs no país, está a testar uma tecnologia que substitui os cartões de débito por uma aplicação nos telemóveis dos clientes. Segundo a CNBC, a funcionalidade está disponível em algumas centenas de caixas, ao abrigo de um programa de teste em quatro cidades, entre elas Miami e São Francisco. Até ao momento, mais de 6.000 clientes já podem usá-la, avança a estação televisiva.

Na base da ideia, o facto de muita gente dar mais importância ao telemóvel do que à carteira. É uma tendência já evidente e que tem vindo a resultar no desenvolvimento de soluções de pagamento digitais para além dos cartões físicos de crédito e débito. A MasterCard, por exemplo, até já tem um robô.

Para além do JPMorgan Chase, quer o Bank of America, quer o Well Fargo planeiam incluir, em breve, novas tecnologias nos ATMs que permitam executar operações sem recurso a cartões. À CNBC, Jonathan Valline, responsável pelos ATMs do Wells Fargo, explicou que é tudo “uma questão de escolha”: “Se perdeu o cartão ou deixou a carteira em casa, é provável que ainda tenha o telemóvel consigo”, defendeu.

Se perdeu o cartão ou deixou a carteira em casa, é provável que ainda tenha o telemóvel consigo.

Jonathan Valleine

Responsável pela rede de ATMs do Wells Fargo

Segurança é um problema

Ao surgimento de novas soluções está sempre associado um risco. Mais propriamente, risco de que alguém mal-intencionado encontre formas de roubar dinheiro. E o certo é que já aconteceu: uma cliente do JPMorgan Chase viu quase 3.000 dólares desaparecerem-lhe da conta por causa desta nova funcionalidade… que nunca tinha usado.

É a CNBC que conta a história: o banco terá encaixado o prejuízo e restituiu a quantia à cliente, apressando-se a corrigir o problema para evitar futuras situações semelhantes. Apesar de o sistema de levantamento de dinheiro em teste não precisar de um código PIN, a instituição terá implementado novos mecanismos de deteção de fraude.

O acesso com o telemóvel não precisa de um código PIN, ao contrário do que acontece com os cartõesPixabay

De resto, o funcionamento destes novos ATMs varia de banco para banco. O método mais comum passa por emparelhar o ATM com os telemóveis dos clientes através da tecnologia NFC, sigla para near-field communication, presente na esmagadora maioria dos aparelhos recentes. O telemóvel comunica então com o ATM e uma aplicação faculta a autorização e o acesso à conta.

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Mariana Mortágua: “O problema não está no que disse, está no que fez”

  • Margarida Peixoto
  • 15 Fevereiro 2017

Mariana Mortágua, deputada do BE, criticou esta quarta-feira o Governo por ter criado uma exceção para a gestão do banco público. E avisou que os bloquistas não aceitam esta exceção.

Mariana Mortágua, deputada do BE, na audição ao abrigo do regimento a Mário Centeno, ministro das Finanças.Paula Nunes/ECO

“O problema não está no que disse, está no que fez”, disse Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, esta quarta-feira, ao ministro das Finanças Mário Centeno. A deputada criticou a direita por criar “casos, novelas e folhetins”, mas não deu tréguas a Centeno por ter criado um regime de exceção para a gestão da Caixa Geral de Depósitos.

“A direita tem estado obsessivamente empenhada em criar casos, novelas, folhetins, que sirvam a sua aflição”, acusou Mariana Mortágua, durante a audição ao ministro Mário Centeno, na comissão de Orçamento e Finanças. A deputada referia-se à polémica que tem envolvido o banco público sobre se Centeno acordou, ou não, com António Domingues, ex-presidente do banco, a dispensa da entrega de declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional.

O PSD quer que António Domingues transcreva o conteúdo de SMS trocadas com o ministro das Finanças sobre o acordo, mas o pedido, feito no âmbito da comissão parlamentar de inquérito à Caixa, foi chumbado pela esquerda por ser considerado fora do âmbito dos trabalhos da comissão.

Mas Mortágua criticou Mário Centeno “pelo que fez”. E frisou: “O que o Governo fez foi criar um estatuto de exceção para a Caixa, ao retirá-la do Estatuto do Gestor Público” e, para o BE, isto significa privatizar a gestão do banco. “Uma gestão de exceção face a exigências e obrigações públicas não é capaz de cumprir o desígnio de banco público”, criticou. “O BE não aceita um estatuto de exceção para a gestão da Caixa”, avisou, garantindo que esta posição dos bloquistas “terá consequências práticas.”

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Portugueses nunca pediram tanto crédito ao consumo

Automóvel e outros créditos pessoais suportaram o crescimento da concessão registado no ano passado. No total, foram disponibilizados quase seis mil milhões de euros em crédito aos consumidores.

Os portugueses apostaram em força no crédito ao consumo no ano passado. Dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal indicam que, em 2016, a concessão de novo crédito aos consumidores aumentou perto de 18%, com o valor total a aproximar-se dos seis mil milhões de euros. Ou seja, o montante mais elevado pelo menos desde 2012, período a que remontam os dados disponibilizados. O crédito automóvel e os outros créditos pessoais são as categorias que mais contribuem para esse crescimento.

Os cálculos da entidade liderada por Carlos Costa que contabilizam o crédito disponibilizado aos consumidores pelos bancos e pelas financeiras indicam que ao longo de 2016 foram disponibilizados 5.965 milhões de euros neste tipo de empréstimos, 17,48% acima dos 5.078 milhões de euros verificados em 2015. A maior parcela desta quantia foi disponibilizada para o financiamento da compra de carro e para créditos sem finalidade específica, lar e consolidados, as duas finalidades que mais suportaram o aumento das quantias emprestadas. Segue-se assim uma tendência que já se tinha registado em 2015.

Crédito ao consumo em alta

Fonte: Banco de Portugal

O aumento dos níveis de concessão de crédito aos consumidores insere-se num contexto de melhoria da perceção da realidade económica do país, mas também de aposta das instituições financeiras na disponibilização de crédito. Basta visitar os sites dos bancos e estar atentos às campanhas publicitárias que estes promovem para ter noção dessa tendência, com as instituições financeiras a cumprirem com a ordem do Banco Central Europeu de injetar liquidez no mercado num ambiente de juros historicamente baixos.

A categoria que inclui créditos sem finalidade específica, lar e consolidados que representou quase 43% do total de empréstimos aos consumidores no ano passado, cresceu em 15,5% em termos da concessão. No total, foram disponibilizados aos consumidores 2.551 milhões de euros em crédito com essa finalidade, acima dos 2.209 verificados no ano anterior.

Já o crédito automóvel cresceu em termos globais 27%, com as quantias disponibilizadas a ascenderem aos 2.312 milhões de euros, em 2016, acima dos 1.820 milhões registados no período homólogo. Um crescimento que acompanha a subida das vendas de carros registada no ano passado em Portugal. De acordo com dados da ACAP, o número de carros vendidos no ano passado aumento em 15,8%, em Portugal.

Contudo, a subida do crédito aos consumidores é transversal a todas as finalidades. No caso do segmento dos cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de crédito, o aumento foi de 3,6%, com o total dos empréstimos a ascender a 1.050 milhões de euros, acima dos 1.014 registados em 2015. Mas foi no crédito pessoal para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos — o segmento menos relevante em termos dos valores de financiamento — onde se observou o maior crescimento das quantias disponibilizadas. Entre 2015 e 2016, subiram 56%, para totalizar 50,9 milhões de euros.

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Custa quatro milhões, mas corre risco de incêndio

Só há cerca de uma dúzia destes supercarros na estrada, mas vão ter de voltar às "boxes". A Lamborghini está a chamar os Veneno para corrigir uma falha que pode, no limite, resultar num incêndio.

Carros chamados às oficinas por defeitos, há muitos. E “supercarros”? São raras as vezes que isso acontece, mas… acontece. E é isso que a Lamborghini está a fazer com um dos seus modelos mais exclusivos, o Veneno. A “bomba” de quatro milhões de dólares vai ter de ir às “boxes” para resolver uma falha que pode, no limite, levar a um incêndio.

Não há muitos exemplares deste “supercarro”. A Bloomberg refere que são cerca de uma dúzia os donos do Lamborghini Veneno que receberam uma carta da fabricante italiana para levarem as suas máquinas à oficina para corrigir uma falha no sistema de injeção de combustível no motor de 12 cilindros, com 750 cv.

 

Os Veneno fazem parte de um recall mais vasto que a marca do touro está a fazer. Além deste “supercarro” que inicialmente foi vendido por quatro milhões — como já não existem mais, os preços dos que existem no mercado de usados ascendem a mais de uma dezena de milhões de dólares –, a Lamborghini está a chamar às oficinas também os Aventador. No total, são cerca de 5.900 automóveis que correm risco de incêndio.

A marca explica que o problema identificado consiste numa falha no sistema de controlo de evaporação de emissões que pode levar a que os vapores do combustível não sejam corretamente expelidos. Juntamente com “manobras específicas”, tais como “acelerações que elevem a rotação acima dos limites”, pode haver o risco de esses gases entrarem em combustão. E, assim, incendiar estes desportivos de luxo.

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Haitong: Baixa dívida da Galp abre a porta a compras no Brasil

O Haitong reviu em alta o preço-alvo das ações da petrolífera e defende que o balanço sólido cria oportunidades de aquisição no Brasil. Receitas vão subir mas sem impacto nos dividendos.

O Haitong acaba de rever em alta o preço alvo das ações da Galp Energia, no seguimento da atualização da avaliação para o final deste ano. O banco de investimento elevou o preço-alvo do título dos 12 para os 13,5 euros, tendo mantido a recomendação de “neutral”. Na atualização da avaliação do título, o Haitong subiu em 12% as estimativas dos lucros por ação da petrolífera para o período de 2017-2019, devido à subida dos preços do petróleo, mas também ao aumento da produção da matéria-prima e da valorização do dólar. O banco de investimento antecipa ainda que o balanço forte da Galp Energia, assente na baixa alavancagem, lhe abre as portas a novas aquisições, sobretudo no Brasil.

“A empresa já disse que está preparada para alocar mais capital na área de Exploração e Produção (E&P) e que estará especialmente focada no Brasil, onde já acumulou um extensivo conhecimento”, referem os analistas do Haitong. “Potenciais aquisições à parte, pensamos que a Galp está também a considerar em participar em pelo menos três leilões de blocos que terão lugar este ano no país. (…) A competição por ativos no Brasil deverá tornar-se mais feroz na sequência de maior apoio político e de uma maior envolvimento de grandes petrolíferas no pré-sal”, acrescentam.

Apesar da melhoria da avaliação, o Haitong continua a antecipar uma queda da cotação do títulos. As ações da Galp estão a cair ligeiramente esta quarta-feira para os 13,8 euros, acima do preço estimado pelo banco de investimento.

A petrolífera prepara-se para apresentar resultados anuais na próxima terça-feira. Para o Haitong, tanto as receitas como o EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — deverão ter caído em 2016, para 13.276 milhões e 1.424 milhões de euros respetivamente, devendo apenas acelerar este ano e no próximo. “O ímpeto dos resultados poderá permanecer uma pequena contrariedade para as ações“, justifica.

A melhoria dos resultados não deverão, porém, trazer grandes mudanças ao nível da política de dividendos — um dos pontos mais esperados pelos investidores no encontro anual que a Galp organiza em Londres na próxima semana. “Não esperamos grandes alterações ao dividendo por ação de 0,5 euros assumido no atual plano, dado que pensamos que a empresa vai querer manter alguma flexibilidade para potenciais aquisições”, antecipa o Haitong.

"Não esperamos grandes alterações ao dividendo por ação de 0,5 euros assumido no atual plano, dado que pensamos que a empresa vai querer manter alguma flexibilidade para potenciais aquisições.”

Haitong

Nota de research

De acordo com o Haitong, outros temas que deverão marca a agenda da Galp ao longo desde ano passam pela esperada venda à Exxon da posição que a ENI tem num bloco petrolífero (que deve cristalizar a posição de 10% que a Galp tem nesse ativo) e pela melhoria na regulação no Brasil — além das potenciais aquisições na área de E&P.

Ainda assim, o banco assinala que depois da subida das ações da Galp desde o início de 2015 (54% acima do setor), os ativos que tem no Brasil estão já devidamente avaliados.

A Galp apresenta contas a 21 de fevereiro. Os analistas sondados pela Bloomberg antecipam uma queda de 27% do lucro para 466 milhões de euros em 2016. Até setembro, os lucros recuaram 26% para 361 milhões de euros.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Governo diz que auditoria à Caixa está à espera do Banco de Portugal

  • Margarida Peixoto
  • 15 Fevereiro 2017

Governo garante que fez o pedido de auditoria forense à Caixa, mas assegura que está à espera de decisões do Banco de Portugal.

Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado das Finanças, garantiu esta quarta-feira que o pedido de auditoria forense à Caixa Geral de Depósitos foi feito, mas que está à espera de decisões do Banco de Portugal. O governante falava durante a audição regimental, na comissão de Orçamento de Finanças, na Assembleia da República.

Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, quis saber do ponto de situação da auditoria forense, aprovado pelo Parlamento, à gestão da Caixa Geral de Depósitos. Na resposta, Ricardo Mourinho Félix passou a bola para o Banco de Portugal.

"O Banco de Portugal está a analisar como pode desencadear o processo de forma autónoma.”

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado das Finanças

“Enviámos um pedido à administração da Caixa, para que solicitasse a auditoria forense”, garantiu o governante, esclarecendo que se trata de auditar os procedimentos que levaram à identificação das imparidades e não as contas propriamente do banco público. Mas para cumprir este pedido, é preciso aceder a “informação sob segredo bancário que depende da autorização do supervisor”, adiantou. Por isso, “o Banco de Portugal está a analisar como pode desencadear o processo de forma autónoma”, justificou.

Mourinho Félix esclareceu ainda que todos os relatórios de auditoria da Caixa já foram enviados para a Inspeção Geral das Finanças e que está a tentar apurar por que motivo não tinham sido enviados atempadamente pelo banco público.

Sobre a emissão de dívida com elevado grau de subordinação, Mourinho Félix reafirmou o objetivo de realizar a operação em março e garantiu que “existe interesse” por esta dívida subordinada.

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Um Maybach todo-o-terreno? Existe. Mas só há 99

Depois dos modelos Mercedes-Maybach Classe S e S 650 Cabriolet, agora nasce o Classe G Cabriolet. É o primeiro todo-o-terreno de luxo, com um preço que lhe faz jus. Custa meio milhão de euros.

A Mercedes-Maybach tem uma nova estrela. Depois de lançar os Classe S e S 650 Cabriolet, dá agora a conhecer o Classe G Cabriolet. É o G 650 Landaulet, um todo-o-terreno com um motor potente, mas que se destaca essencialmente pelo luxo. É um “monstro” em que, em vez de conduzir vai querer ser conduzido, tantos são os mimos para os ocupantes do banco de trás.

“Com um comprimento de 5,345 metros, uma distância entre eixos de 3,43 metros, uma altura de 2,235 metros, uma distância ao solo de quase meio metro”, o G 650 Landaulet não passará despercebido na estrada. E o barulho do motor deste “monstro” também tem tudo menos de discreto. Está equipado com o motor mais potente disponível, o Mercedes-AMG V12 biturbo, que debita uma potência máxima de 630 cv. Gasta 17 litros aos 100 km.

O G 650 Landaulet, pelas suas dimensões, “garante um amplo espaço e conforto para os quatro passageiros”, refere a marca, na apresentação deste automóvel que “representa uma combinação única de uma limousine de luxo com um todo-o-terreno“, acrescentando-se o facto de ser parcialmente um descapotável.

“Enquanto o condutor e o passageiro dianteiro se encontram acomodados sob o tejadilho, os passageiros traseiros podem desfrutar de um máximo conforto: com o simples pressionar de um botão, uma capota de grandes dimensões é aberta através de um mecanismo elétrico para oferecer uma vista do céu azul“, refere a marca.

Mas quem anda na parte de trás deste luxuoso todo-o-terreno tem mais para onde olhar. Existem dois ecrãs multimédia de alta resolução de dez polegadas para entreter os passageiros que vão sentados em bancos individuais totalmente ajustáveis eletricamente que podem ser regulados confortavelmente para a posição totalmente inclinada. Até têm massagens.

“Para proporcionar aos passageiros traseiros o máximo conforto, foi instalada uma consola de grandes dimensões com suportes para bebidas entre os bancos individuais. Estes permitem o arrefecimento ou aquecimento de bebidas durante um longo período de tempo“, diz a marca, salientando que ao dispor dos ocupantes dos bancos traseiros está também um separador face à parte dianteira. Um mimo para garantir mais privacidade.

Quer? Só há 99

Tal como todas as outras versões do Classe G, o Mercedes-Maybach G 650 Landaulet também será produzido pela Magna Steyr em Graz, na Áustria. Mas quando chegará à estrada? Ainda falta algum tempo. “O modelo cabrio de quatro lugares irá celebrar a sua estreia mundial já no mês de março no Salão Internacional do Automóvel de Genebra“, sendo que quem quiser um terá de se despachar.

O lançamento no mercado desta série especial está previsto para o início do outono de 2017, de acordo com a informação apresentada pela marca que salienta, no entanto, que este modelo exclusivo está limitado a 99 unidades. São poucos? São, mas o valor pedido também estará ao alcance poucos. Não há um preço definido, mas deverá rondar o meio milhão de euros.

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Marcelo sugere o nome de Mário Soares para novo aeroporto

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2017

Presidente da República sugere que aeroporto complementar de Lisboa tenha o nome do ex-Presidente da República, que morreu a 7 de janeiro.

“Se é possível ao Presidente da República fazer neste ensejo alguma sugestão, ela é de que essa nova realidade mereça o nome de Mário Soares, homenagem justa a quem tanto serviu o país e que assim pode ficar perpetuado numa realidade essencial para o nosso progresso coletivo”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa no decorrer de uma visita à OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca.

Para o chefe de Estado, a opção sobre “nova realidade aeroportuária” configura “uma decisão de regime, uma decisão governativa muito importante para o país”.

“É uma opção fundamental para o país a médio e a longo prazo, mas que envolve também a valorização da nossa Força Aérea. São duas realidades que se encontram irmanadas”, sublinhou.

A sugestão de Marcelo Rebelo de Sousa acontece no dia em que o Governo e a ANA – Aeroportos de Portugal assinam um memorando de entendimento para “estudar aprofundadamente” um aeroporto no Montijo complementar ao de Lisboa, dez anos depois de ter sido equacionada a hipótese “Portela + 1”, abandonada em 2008.

A construção de um novo aeroporto na região de Lisboa ou a existência de uma infraestrutura complementar ao Aeroporto Humberto Delgado tem estado em discussão nos últimos anos, tendo sido realizados vários estudos e analisadas diversas localizações, sendo a construção da infraestrutura no concelho de Alcochete, distrito de Setúbal, a que esteve mais próxima de se tornar realidade.

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