Revista de imprensa internacional

A economia da Zona Euro pode estar mais saudável do que parece. É o que destacamos nesta revista de imprensa internacional, onde também marcam presença Donald Trump, Artur Mas, a Snap e a Maserati.

A semana arranca com um bom destaque do Financial Times sobre a economia na Zona Euro. Mas há mais coisas a acontecer no mundo esta segunda-feira: em Espanha, arranca o julgamento do ex-presidente da Catalunha Artur Mas, que ousou ignorar uma proibição do Tribunal Constitucional espanhol. Destacamos também um facto curioso sobre Donald Trump e, quanto a empresas, falamos de duas: a Maserati e a dona do Snapchat. Uma está em maus lençóis. A outra enfrenta concorrência pesada.

Economia da Zona Euro brilha mais do que a norte-americana

Quem o diz é o Financial Times, que tem esta manhã em manchete uma peça a indicar que e a economia nos países da moeda única tem vindo a superar as expectativas — isto numa altura em que Donald Trump governa sob o compromisso de acelerar o crescimento económico dos Estados Unidos da América. Na análise do jornal, o sentimento económico, a taxa de crescimento e os níveis de desemprego foram alguns dos indicadores que surpreenderam e que mostram que, mesmo com o Brexit, a economia da Zona Euro pode ser mais resiliente do que parece à partida: são já 14 trimestres consecutivos de crescimento. (Acesso pago / Conteúdo em inglês)

Começa o julgamento de Artur Mas em Espanha

Do lado de lá da fronteira, todos os holofotes estão virados para o julgamento do ex-presidente da Catalunha Artur Mas, da vice-presidente Joana Ortega e da ex-conselheira Irene Rigau. Artur Mas é acusado de desobediência e prevaricação por, a 9 de novembro de 2014, ter referendado a independência da Catalunha, mesmo depois da proibição expressa do Tribunal Constitucional espanhol. Segundo o El País, Mas não está arrependido e garante que voltaria a fazer tudo. A acusação pede dez anos de prisão. (Acesso gratuito / Conteúdo em espanhol)

Maserati manda recolher milhares de automóveis

Não são só os telemóveis da Samsung. A fabricante Maserati viu-se obrigada a lançar um programa de recolha de veículos que abrange pelo menos 39.381 automóveis da gama Quattroporte, Ghibli e Levante, por risco de incêndio. A notícia é avançada pela agência Bloomberg, que indica que a delegação norte-americana da marca italiana detetou dois defeitos de fabrico que podem resultar em incêndios. Um deles está relacionado com os bancos que, ao serem ajustados, poderão provocar curto-circuitos. Estamos a falar de carros com preços médios entre 71.600 e 145.500 dólares. (Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

Facebook pode ameaçar o crescimento do Snapchat

Quando, na última quinta-feira, a Snap Inc. submeteu ao regulador toda a documentação necessária com vista a uma entrada no Nasdaq possivelmente no mês que vem, os jornais e os investidores ficaram em polvorosa. A dona do Snapchat, uma das empresas mais secretas do mundo, prestava contas ao público pela primeiríssima vez. Nos documentos, falava-se de receitas, de prejuízos e de receios. Sim, receios: mais propriamente ao nível do crescimento do número de utilizadores, que desacelerou bastante no final do ano passado. É que a empresa do jovem Evan Spiegel, que recusou ser comprada pelo Facebook aqui há uns anos, enfrenta agora a rede social de Mark Zuckerberg, capaz de copiar toda e qualquer novidade que o Snapchat anuncie, conta o The Wall Street Journal. O Facebook é uma ameaça. Das grandes. (Acesso pago / Conteúdo em inglês)

Donald Trump fala com todos. Menos com a China

É um facto curioso: desde que tomou posse, o presidente norte-americano Donald Trump já falou ao telefone com líderes de várias nacionalidades. Até Marcelo Rebelo de Sousa já conversou com o magnata, confirmaram fontes de Belém e da Casa Branca aqui há umas semanas. Na lista elaborada pela Quartz (não podemos deixar de apontar a ausência do nome do Presidente da República Portuguesa) estão os pelo menos 18 líderes estrangeiros com quem Trump já trocou umas palavrinhas. A grande ausência? Xi Jinping, o presidente da China. Exatamente: desde que tomou posse, Donald Trump ainda não falou com o líder da nação que, provavelmente, mais dores de cabeça dará ao novo presidente norte-americano. (Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

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Loures não concorda com a municipalização da Carris

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2017

O presidente da Câmara de Loures afirmou a necessidade de uma gestão intermunicipal da empresa de transporte, mas é o único da Área Metropolitana a pensar assim.

A entrega da gestão da Carris à Câmara de Lisboa é aceite por quatro dos cinco municípios da Área Metropolitana de Lisboa, com Loures a contestar a decisão do governo. A notícia é dada hoje pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que afirma que a Câmara de Loures rejeita a municipalização da empresa de transportes.

Em declarações ao jornal, o presidente eleito pelo PCP afirma que o facto de a Carris estar sob responsabilidade exclusiva de Lisboa “põe em causa uma gestão que tem de ser metropolitana e não assegura a manutenção do serviço público de qualidade”, relembrando que os utilizadores dos serviços da empresa “ultrapassam largamente a população do concelho de Lisboa“.

Num meio-termo entre a municipalização e a partilha de gestão está a Câmara de Oeiras que, pelas palavras do independente Paulo Vistas, defende um modelo de gestão partilhado “se houver um benefício para os utilizadores e se melhorar a articulação com outros meios de transporte”.

Odivelas e Amadora posicionam-se no mesmo campo, afirmando que não há necessidade de gestão intermunicipal, exigindo ainda assim que querem ser consultadas em decisões que tragam consequências para o seu território. Quem garante que não foi, de todo, consultado acerca deste assunto é o presidente do município de Almada, Joaquim Judas, que ainda não tem uma posição definida acerca da polémica.

As bancadas parlamentares também não mostram consenso acerca deste assunto, com o PSD, o CDS e o PCP a afirmarem que esta pasta não deveria passar para as mãos da Câmara de Lisboa e o PS a garantir que esta é a opção certa. O parlamento vai discutir a gestão da Carris e também da STCP dia 24 de fevereiro.

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Fitch não mexe, mexem os juros. Taxas em máximos

A Fitch decidiu, tal como Marcelo Rebelo de Sousa antecipou, não fazer qualquer alteração à notação financeira do país. Portugal continua a ser "lixo". Os juros estão em máximos de março de 2014.

Os juros da dívida portuguesa arrancaram a semana a subir. E estão a tocar máximos desde março de 2014. Depois de no final da semana passada a Fitch ter decidido manter a notação financeira do país em “lixo”, há um agravamento das taxas no mercado secundário para máximos de quase três anos: 4,262%, a dez anos. Isto antes de Portugal voltar ao mercado para se financiar com títulos a cinco e sete anos.

“O rating de Portugal [que foi mantido em ‘BB+’] é suportado por instituições fortes, um ambiente empresarial forte e uma das mais altas taxas de rendimento per capita na categoria ‘BB’”, disse a agência de notação financeira. Em contrapartida, a Fitch refere também os fatores negativos: níveis elevados de dívida pública e privada, um crescimento económico “fraco” e problemas que se arrastam no sistema financeiro.

Estes fatores negativos estão a pesar no comportamento das obrigações do Tesouro na primeira sessão após a decisão da agência de notação financeira norte-americana. As taxas sobem em todos os prazos, estando acima dos 2% a cinco anos e nos 4,262% no prazo a dez anos, registando uma subida de 8,9 pontos base para máximos de março de 2014.

Juros renovam máximos de 2014

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Fonte: Bloomberg

A Fitch manteve Portugal no nível de lixo, ou seja, fora do radar dos investidores, ao contrário da DBRS, que é a única agência de rating que mantém Portugal acima dessa fasquia, permitindo o acesso a programa de compras do Banco Central Europeu. É o apoio de Mario Draghi que tem evitado subidas mais expressivas, mantendo o país com acesso ao mercado de dívida.

Portugal volta aos mercados de financiamento esta semana. O Tesouro português conta emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos na próxima quarta-feira. Esta será a segunda emissão de longo prazo do ano, depois da emissão sindicada a 10 anos realizada no dia 11 de janeiro em que o país pagou um juro de 4,3% por três mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a dez anos.

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PSI-20 no verde. BCP acelera, mas BPI afunda

  • Rita Atalaia
  • 6 Fevereiro 2017

A bolsa nacional pode já não estar a subir quase 3% -- como aconteceu no final da semana passada -- mas continua no verde. E graças à energia. Na banca, o BCP acelera, mas o BPI afunda 5%.

A bolsa nacional continua no verde. Apesar de já não estar a registar ganhos de quase 3% — que se deveram a um ajuste técnico — o PSI-20 começou a semana a subir 0,1%. E graças à energia, com o grupo EDP a animar os ganhos. Apesar de o BCP estar hoje a valorizar, o mesmo não se pode dizer do BPI. O banco liderado por Fernando Ulrich afunda mais de 5%.

O índice de referência nacional, o PSI-20, abriu em alta de 1,11% para 4.628,05 pontos. Isto depois de ter disparado quase 3% no final da semana passada devido a um ajuste técnico dos direitos do BCP. Hoje, a subida está a ser patrocinada pelo setor energético, com a EDP a ganhar 0,3% para 2,71 euros e a EDP Renováveis 0,17% para 6,06 euros. Também a Galp Energia está a dar o seu contributo para o desempenho do índice nacional ao apresentar uma valorização de 0,1% para 13,85 euros.

Na banca, depois do sucesso do aumento de capital, o BCP sobe 2,92% para 17,3 cêntimos, acompanhando o otimismo dos pares europeus depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter ordenado na sexta-feira uma revisão à lei de Dodd Frank, um pacote legislativo aplicado em 2010 para reforçar a supervisão bancária no rescaldo da crise financeira global. “Um Wall Street desregulado vai criar um nova onda de otimismo a curto prazo”, diz a analista da CMC Markets Margaret Yang à Bloomberg.

Mas o BPI não está a acompanhar. O banco liderado por Fernando Ulrich começou a sessão a afundar 5,39%. Agora, os títulos caem 4,42% para para 1,08 euros. Isto numa altura em que estamos perto da conclusão da OPA que o Caixabank lançou ao banco. Os investidores preveem um bom resultado para a instituição espanhola e estão a excluir do seu portefólio uma ação que terá menos liquidez.

Ainda numa maré verde, destaque para a Jerónimo Martins. A retalhista avança 0,44% para 15,89 euros. A Mota-Engil também continua a subir depois de ter confirmado que obteve um contrato de mil milhões de euros na Tanzânia. A construtora avança 0,36% para 1,65 euros.

(Notícia atualizada às 08h22)

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Maior gestora de ativos do mundo reforça no BCP

Na primeira comunicação ao mercado após o aumento de capital, a BlackRock revela que passou a ter uma participação qualificada no capital do banco. Tem mais de 3% do BCP.

A BlackRock aproveitou o aumento de capital para reforçar a sua posição no banco liderado por Nuno Amado. A maior gestora de ativos do mundo passou, com esta operação de recapitalização no valor de 1.330 milhões de euros, a ter uma participação qualificada no capital do Banco Comercial Português.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a gestora que tinha menos de 2% do capital do banco revela que passou, a 2 de fevereiro, a ter 3,01% do BCP. Tem 2,41% através de ações, sendo a restante participação detida através de outros instrumentos financeiros.

A gestora aproveitou a operação de recapitalização do banco para reforçar a sua posição, tal como o fizeram outros acionistas da instituição liderada por Nuno Amado. O ECO sabe que o conglomerado chinês Fosun aumentou a participação para entre 23% e 24% no BCP, enquanto a Sonangol acompanhou a operação na mesma proporção que tinha.

Guo Guangchang comprometeu-se em aumentar a posição até aos 30% no âmbito do aumento de capital, mas não conseguiu chegar a essa posição tendo em conta a forte procura registada pelos novos títulos do BCP. A operação foi “totalmente subscrita”, sendo que o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta no âmbito do aumento de capital de 1.330 milhões de euros.

Enquanto a Fosun reforçou, embora menos que o pretendido, a EDP e a Sonangol mantiveram as suas posições no banco liderado por Nuno Amado. Mas os angolanos já fizeram saber que vão aumentar a exposição “nos próximos meses”, de uma forma faseada.

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Estado poupa 1.200 milhões com subsídio de desemprego

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2017

A redução de beneficiários e as mudanças nas regras contribuíram para uma redução de 45% na despesa do Estado com a prestação paga a desempregados.

A redução de beneficiários do subsídio de desemprego permitiu ao Estado poupar 1200 milhões em 2016, avança esta manhã o Diário de Notícias. No ano passado o valor alocado ao pagamento da prestação a desempregados estabeleceu-se nos 1,51 milhões de euros, menos 45% do que em 2013, o pico da crise do desemprego.

A despesa acompanhou o trajeto da taxa de desemprego que está em mínimos desde 2009. Como fatores principais desta diminuição da despesa apresentam-se a retoma da atividade económica, bem como mudanças nas regras das prestações de desemprego.

Além disto, o número de desempregados inscritos no IEFP diminuiu 30,5% entre 2013 e 2016, bem como os beneficiários do subsídio que contou com uma diminuição de 41,5%. Para encontrarmos valores como estes teríamos de recuar a 2008, ano em que a crise financeira se instalou.

Ainda não é suficiente

Em entrevista ao diário, Nuno Raposo e Carlos Pereira da Silva, dois especialistas na área do trabalho, afirmam que esta poupança ainda não é suficiente para a manutenção da Segurança Social, tendo o último afirmado que o sistema precisa de reformas profundas.

Recorde-se que o Ministério do Trabalho já confirmou que vão ser feitas mudanças à lei para impedir que desempregados que recebam o valor mínimo do subsídio sejam afetados por um corte de 10%, mas estas só vão ser postas em prática em 2018. O Bloco de Esquerda também se junta às vozes que afirmam que isto não chega, afirmando que tem de se ir mais além deste corte.

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Lojas históricas com mais de 25 anos terão proteção nas rendas

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2017

Por proposta do PS, o Parlamento está a preparar uma lei para reconhecer lojas com interesse histórico ou cultural a nível local. Haverá novas regras para rendas e benefícios fiscais para senhorios.

As lojas históricas e estabelecimentos de interesse histórico ou cultural local terão, em breve, um novo regime de reconhecimento e proteção no arrendamento e na realização de obras. A notícia está a ser avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que teve acesso ao diploma apresentado pelo PS e que vem substituir um projeto de lei semelhante datado de março de 2016.

A lei tem como objetivo proteger aqueles espaços históricos que representem um interesse especial ao nível local — nomeadamente, lojas com história, espaços de comércio tradicional, entidades de interesse histórico e por aí em diante. O diploma prevê “um período transitório de dez anos para os arrendamentos antigos cujas rendas sejam atualizadas”, bem como “mais cinco anos durante os quais as rendas só poderão subir com a inflação”, de acordo com o jornal.

Espaços com pelo menos 25 anos poderão, por iniciativa autárquica, do proprietário ou de uma associação de defesa patrimonial, submeter-se a este novo regime. Além disso, as Câmaras Municipais deverão, ao abrigo desta lei, fazer um levantamento dos espaços que encaixem nestes critérios, sendo que os municípios terão de aprovar regulamentos municipais que os reconheçam como espaços de interesse no âmbito dos critérios definidos.

E que critérios são esses? O Jornal de Negócios cita alguns: são espaços com “significado para a história da cidade”, com “identidade própria”, que sejam “uma referência local decorrente a presença continuada” e “únicos no quadro das atividades prosseguidas” — outros critérios especiais podem ser definidos pelas próprias autarquias, no âmbito daquilo que é a realidade de cada concelho.

Ao ser desencadeado o processo de reconhecimento, terá ainda de haver consulta pública de 20 dias. A ser aprovado, terá uma validade de quatro anos, automaticamente renovável. Após isto, os senhorios deverão ter benefícios fiscais, possivelmente só a partir de 2018. Para as entidades abrangidas, por exemplo, uma renda antiga não poderá ser aumentada acima de 1/15 do valor patrimonial do imóvel. Ainda há abertura a alterações à proposta, que deverá começar a ser debatida no Parlamento em breve.

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Sistema Nacional de Saúde continua a dar prejuízo

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2017

O SNS registou um défice de quase 200 milhões de euros no ano passado. Porquê? Custos relacionados com a reposição de vencimentos e com a contratação de mas profissionais.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua a dar prejuízo. A Direção Geral do Orçamento diz que o SNS registou, em 2016, um défice de quase 200 milhões de euros. Apesar de o saldo ainda ser negativo, houve uma diminuição em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar de não questionar os dados, o deputado do PSD Miguel Santos salienta que é necessário interpretar os números.

O Diário de Notícias avança que o SNS fechou o ano passado com um prejuízo de 199 milhões de euros. O número representa uma melhoria de 172 milhões em relação ao período homólogo. Mas como? O jornal diz que, segundo a explicação da execução orçamental para 2016, a variação positiva resultou principalmente do aumento de transferências correntes. Mas estes dados ainda podem ser alterados, como aconteceu nos anos anteriores, relembra o DN.

Já do lado da despesa, o aumento está relacionado com custos de reposição de vencimentos e com a contratação de mas profissionais para o SNS. As despesas com os exames também cresceram. O DN questionou o Ministério da Saúde sobre os valores referentes ao ano passado, mas não obteve respostas.

PSD: “É preciso interpretar os números”

Sem questionar estes dados, Miguel Santos, vice-presidente do grupo parlamentar do PSP e membro da Comissão Parlamentar de Saúde, deixa claro: “É preciso ver o que está por trás dos números”. O deputado refere que houve um agravamento em dezembro de 2015, no primeiro mês de gestão do atual Governo.

“O saldo de 2015 agravou-se durante dezembro, o primeiro mês de governação deste governo. Uma das primeiras decisões que tomaram foi antecipar para dezembro custos de 2016 e que diziam respeito ao medicamento inovador da hepatite C e por outro lado, havia receita que devia ter sido registada em dezembro e só foi registada em fevereiro de 2016, notas de crédito da indústria farmacêutica. Isso permitiu uma almofada para 2016 e mesmo assim, chegaram ao final do ano com um défice superior a 400 milhões de euros. Em dezembro receberam uma receita extraordinária das finanças de 200 milhões de euros e por isso o governo apresenta um resultado final de menos 199 milhões”, refere o deputado ao jornal.

Miguel Santos também não está muito otimista em relação a este ano. “Acho que há dívida assumida que irá aparecer em 2017 e que se chegará ao final do ano com um défice de 400 milhões. O ministro prometeu que terminava 2016 com um número recorde de inovadores aprovados. Cumpriu, mas foram todos aprovados em dezembro. Agora vem a fatura. Isto é uma bola de neve e não sei se o Governo tem noção do impacto financeiro que vai ter“, defende.

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Deutsche Bank pede desculpa por “erros sérios” em anúncios nos jornais alemães

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

O banco comprou anúncios de página inteira nos principais jornais alemães durante o fim de semana para pedir desculpa pelos erros cometidos na última década nos EUA.

O Deutsche Bank comprou anúncios de página inteira nos principais jornais alemães durante o fim de semana para pedir desculpa pelos “erros sérios” cometidos nos Estados Unidos (EUA) na década passada, que causaram elevados prejuízos ao maior banco alemão.

Os anúncios são assinados pelo presidente executivo do Deutsche Bank, John Cyran, em nome da atual administração, e apontam para os danos ao nível da “reputação e confiança” na instituição, a que se somam os cerca de cinco mil milhões de euros de perdas assumidas desde que o responsável assumiu a instituição, em 2015, devido à “má conduta de alguns” trabalhadores, sensivelmente dez anos antes.

Lamentamos profundamente (…) que a conduta do banco não tenha seguido os nossos padrões” em relação ao negócio hipotecário nos EUA entre 2005 e 2007, algo que foi “inaceitável”, assinalou o líder do Deutsche Bank, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

John Cyran assegurou ainda que a atual equipa de gestão vai fazer tudo o que está ao seu alcance para “prevenir que estes acontecimentos voltem a acontecer”.

Em meados de janeiro, as autoridades norte-americanas revelaram que o Deutsche Bank vai pagar 7,2 mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros) para encerrar os processos judiciais derivados da venda de títulos hipotecários tóxicos.

O banco alemão, que já tinha adiantado esta quantia ao divulgar a existência de um princípio de acordo em dezembro, vai pagar uma multa de 33,1 mil milhões de dólares e destinar 4,3 mil milhões de dólares para os clientes prejudicados por estes títulos.

“Esta solução torna o Deutsche Bank responsável pela sua conduta ilegal e pelas suas práticas de crédito irresponsáveis, que causaram danos sérios e prolongados”, assinalou na altura a Procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, que recordou que o banco “contribuiu diretamente para uma crise financeira internacional”.

Depois, a 31 de janeiro, foi a vez de as autoridades de Nova Iorque chegarem a acordo com o Deutsche Bank para que este pague uma multa de 425 milhões de euros por lavagem de dinheiro através das sucursais de Londres e Moscovo.

Vários gigantes das finanças norte-americanas, como o Goldman Sachs, o Bank of America ou o Citigroup, pagaram nos últimos anos milhares de milhões de dólares para encerrar as investigações judiciais abertas nos Estados Unidos.

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Ministros da Defesa reúnem-se no Porto para discutirem estado atual da NATO

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

Os ministros da Defesa de Portugal, Espanha, França e Itália reúnem-se no Porto para debater temas-chave para a estratégia de segurança como o estado atual da NATO e as relações transatlânticas.

Os ministros da Defesa de Portugal, Espanha, França e Itália reúnem-se na hoje no Porto para debater temas-chave para a estratégia de segurança como o estado atual da NATO e as relações transatlânticas.

Antecipando a reunião, que decorrerá no Palácio da Bolsa, o ministro da Defesa português, Azeredo Lopes, sustentou que seria “um desastre” se o papel da NATO diminuísse e defendeu o reforço das capacidades europeias, posições que levará hoje ao encontro dos países do “Quarteto do Sul”.

“Portugal defende muito claramente a organização e considera que seria um desastre se porventura o seu papel fosse diminuído“, afirmou o governante à agência Lusa, antecipando o encontro, no qual receberá os ministros da Defesa de Espanha, França e Itália. Um desastre “porque desde há décadas a organização tem conseguido garantir a defesa dos países europeus e dos que são membros da organização como os EUA e o Canadá”, frisou o ministro português.

"Portugal defende muito claramente a organização e considera que seria um desastre se porventura o seu papel fosse diminuído (…) porque desde há décadas a organização tem conseguido garantir a defesa dos países europeus e dos que são membros da organização como os EUA e o Canadá”

Azeredo Lopes

ministro da Defesa português

O encontro de segunda-feira antecede a reunião dos ministros de Defesa dos 28 países da NATO, dias 15 e 16, em Bruxelas, na qual, sublinhou, estará presente pela primeira vez o novo secretário da Defesa norte-americano, o general reformado James Mattis. Azeredo Lopes admitiu “uma certa expectativa” sobre a posição da nova administração norte-americana em relação ao futuro da NATO, considerando que os EUA representam 75 por cento das capacidades da Aliança Atlântica.

“Havendo coisas que, no nosso entender, poderão ser aperfeiçoadas, é preferível que assim seja do que estar a desqualificar a organização, isso iria enfraquecê-la”, disse Azeredo Lopes.

De acordo com uma nota do Ministério da Defesa português, os ministros dos países do “Quarteto do Sul” vão reunir-se no Palácio da Bolsa, no Porto, “com o objetivo de concertar posições sobre quatro temas-chave para a segurança e defesa do ‘flanco sul’”. “O estado da Aliança Atlântica e perspetivas futuras, o modelo de atuação da NATO para o Sul, as relações transatlânticas e a implementação da Estratégia Global da União Europeia em matéria de segurança e defesa”, são os temas-chave em discussão.

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Lady Gaga apela à igualdade no espetáculo de intervalo da Super Bowl

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

Os palpites apontavam para um espetáculo com política à mistura e Lady Gaga cumpriu. Na final da Super Bowl, os Patriots ganharam, mas a igualdade de direitos também teve direito a holofotes.

A cantora Lady Gaga iluminou hoje a Super Bowl com uma atuação que incluiu mensagens patrióticas e referências subtis à integração de diferentes grupos, incluindo os homossexuais, afroamericanos e latinos, mas sem alusões diretas à administração Trump.

O concerto de Lady Gaga na final da Liga norte-americana de futebol americano – a Super Bowl – incluiu jogos de pirotecnia e cerca de 300 ‘drones’.

A estrela da pop tinha prometido um concerto “interessante e emocionante” que teria como únicas mensagens políticas as mesmas que tem defendido durante a sua carreira: a necessidade de igualdade e a ideia de que “o espírito deste país [EUA] é de amor, compaixão e amabilidade”, conforme declarações ao The New York Times.

Numa altura de divisão política nos Estados Unidos, Lady Gaga quis apelar à unidade patriótica, tendo iniciado o concerto com um mix do hino “God Bless America”, a canção “This Land Is Your Land” e o juramento de fidelidade à bandeira norte-americana.

A cantora optou por mensagens políticas subtis, como a sua “Born This Way”, uma canção em defesa dos homossexuais, e uma breve entoação no início do espetáculo de “This Land Is Your Land”, uma ode antifascista escrita em 1940 pelo cantor Woody Guthrie, que se tornou um hino alternativo dos EUA.

Também abraçou uma jovem afroamericana do público enquanto cantava “stay” (fica), o último verso da sua nova canção “Million Reasons”, a qual interpretou ao piano.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, assistiu ao espetáculo no próprio estádio, em Houston (Texas), enquanto o Presidente, Donald Trump, viu a partida da Super Bowl durante uma festa em West Palm Beach (Florida), onde passou o fim de semana na sua mansão.

Os New England Patriots venceram a 51.ª edição do Super Bowl, ao baterem no domingo os Atlanta Falcons por 34-28, após o primeiro prolongamento de sempre e depois de estarem a perder por 25 pontos, em Houston.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

A semana que arranca hoje continuará a ser marcada pela apresentação de resultados empresariais. Na política, começa a aquecer a campanha eleitoral em França e na Alemanha.

O italiano Mario Draghi vai apresentar contas sobre o seu programa de compra de ativos, numa semana em que as empresas também vão continuar a prestar contas sobre o exercício de 2016.

Mario Draghi fala no Parlamento Europeu

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, vai estar hoje no Parlamento Europeu para falar aos eurodeputados por volta das 14h em Lisboa. Segue-se uma sessão de perguntas e respostas. O líder do BCE deverá falar das expectativas sobre as taxas de juro na Zona Euro e do programa de compra de ativos atualmente em curso.

Parlamento britânico analisa lei do Brexit

A Câmara dos Comuns arranca hoje com uma maratona de três dias para analisar ao detalhe a lei que vai dar poder a Theresa May para desencadear o Brexit. Na semana passada, o Parlamento votou no sentido de dar à primeira-ministra o poder de invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa junto da Comissão Europeia e, assim, desvincular o Reino Unido da União Europeia.

Empresas apresentam resultados

Esta segunda-feira é dia de a Toyota e a Ryanair apresentarem resultados relativos ao quarto trimestre e, assim, fecharem as contas do ano passado. A Toyota foi uma das empresas que esteve na mira de Donald Trump por ter anunciado que iria recentralizar a produção do modelo Corolla no México. No entanto, as ameaças fizeram-se valer e a empresa japonesa garantiu que vai investir dez mil milhões de dólares nos Estados Unidos nos próximos cinco anos.

BCE apresenta balanço mensal

Hoje é também o dia de o BCE apresentar o balanço mensal do programa de quantitive easing relativo ao mês de janeiro. O relatório irá pôr a descoberto o ritmo de compra de ativos da instituição liderada por Mario Draghi.

Preparativos para eleições na Europa

Esta segunda-feira, a chanceler alemã Angela Merkel e o antigo ministro alemão para a Alimentação, Agricultura e Proteção do Consumidor Horst Seehofer darão uma conferência de imprensa conjunta após uma reunião acerca da estratégia eleitoral que Merkel irá seguir nas eleições federais deste ano, na Alemanha. Em França, o candidato presidencial Emmanuel Macron, da ala mais à esquerda, irá andar por Paris e deverá revelar alguns detalhes acerca da candidatura às presidenciais deste ano em França.

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