Despedimentos coletivos tiraram emprego a 2.470 trabalhadores até agosto deste ano

  • Lusa
  • 26 Novembro 2017

Mais de dois mil trabalhadores perderam o emprego nos oito primeiros meses deste ano, devido a 257 despedimentos coletivos, mais de metade dos quais na região de Lisboa e Vale do Tejo.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, de janeiro a agosto deste ano os despedimentos coletivos abrangeram 2.470 trabalhadores. No mesmo período de tempo, foram iniciados 269 processos de despedimento coletivo que visavam o despedimento de 2.487 pessoas.

Entre janeiro e agosto deste ano foram concluídos 257 despedimentos coletivos, com um total de 2.470 trabalhadores, embora a previsão inicial fosse de 2.888 trabalhadores a despedir. A redução foi conseguida à conta de 120 revogações e de 298 outras medidas.

Só na região de Lisboa e Vale do Tejo foram despedidos 1.357 trabalhadores, no âmbito de 141 despedimentos coletivos concluídos.


O Alentejo foi a região com menos despedimentos coletivos, cinco concluídos, que deixaram sem trabalho 19 pessoas, embora estivesse inicialmente previsto o despedimento de 172 trabalhadores.

Maio foi o mês com maior número de processos de despedimentos coletivos iniciados, um total de 47, para despedir 576 trabalhadores.

Os despedimentos coletivos em Portugal atingiram o seu pico em 2012, durante a intervenção da ‘troika’, afetando 10.488 trabalhadores, no âmbito de 1.269 processos comunicados maioritariamente por empresas de menor dimensão.

O regime jurídico do despedimento coletivo está definido no Código do Trabalho e obriga os empregadores a darem deles conhecimento à Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

De acordo com a lei em vigor, é despedimento coletivo aquele que ocorre numa empresa, em simultâneo ou sucessivamente, no período de três meses e que abrange pelo menos dois trabalhadores, em empresas com menos de 50 funcionários, ou cinco trabalhadores, em empresas com pelo menos 50 trabalhadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investimentos? Tudo o que o gestor do banco lhe disser vai ficar gravado

Em 2018 entra em vigor a DMIF II, uma diretiva europeia que visa proteger os investidores nos investimentos. Há muitas mudanças. Uma delas acaba com o "diz que disse" na hora de fazer uma aplicação.

Está quase a entrar em vigor a nova legislação europeia que irá reger o funcionamento dos mercados financeiros e a negociação de produtos financeiros, que tem como um dos principais objetivos reforçar a proteção dos investidores. Em causa está a Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros II (DMIF II), que pretende colmatar as falhas de regulamentação identificadas aquando da crise financeira na versão original da DMIF que entrou em vigor no final de 2007. Uma das principais novidades deste novo enquadramento jurídico relaciona-se com a imposição e preservação de registos de conversas entre gestores dos intermediários financeiros e os respetivos clientes na negociação de produtos financeiros.

De recordar que aquando da crise financeira surgiram muitas questões relacionadas com a negociação de produtos financeiros. Foram denunciadas práticas ilegais, bem como alegado por clientes que tinham subscrito produtos financeiros que desconheciam. Ou seja, práticas de miss-selling. Em Portugal, surgiram várias situações dessas, nomeadamente aquando do resgate do BES ou da intervenção no Banif, que acabaram por determinar uma falta de confiança nas instituições financeiras.

DMIF II quer preservar registos de conversas entre gestor e cliente

Fonte: CMVM

A nova versão da DMIF pretende assim que seja feito um registo em suporte fonográfico, ou seja uma gravação, sempre que sejam transmitidas ordens oralmente pelo cliente. No caso de ordens dadas presencialmente, estas devem ser reduzidas a escrito e assinadas pelo respetivo subscritor. Esta é uma forma de clarificar o contexto em que os produtos foram comercializados, caso mais tarde seja necessário fazê-lo.

Mas há mais novidades que se prendem com este novo enquadramento legal no que respeita às obrigações tanto das instituições que criam os produtos financeiros como dos intermediários financeiros a quem os compete vender. Enquanto na DMIF I o foco estava no produto, com a DMIF II, este é alargado para o reforço da definição daquele que é o respetivo mercado alvo. A nova diretiva pretende que o produtor — ou seja quem emite, concebe, cria e desenvolve o produto — adote medidas que assegurem que a distribuição é feita junto de clientes pertencentes ao respetivo mercado alvo e com uma estratégia de distribuição compatível com este.

Já do ponto de vista de a quem compete fazer essa distribuição é exigido que avalie a compatibilidade do instrumento financeiro com as necessidades do cliente, tendo em conta o mercado alvo, bem como a compreensão dos instrumentos financeiros por parte deste.

Cabe ainda a estes dois tipos de entidades, numa base contínua, monitorizar a compatibilidade do instrumento financeiro a quem investe, numa base de partilha de informação e cooperação.

Muito mais controlo na prática de miss-selling

Aos intermediários financeiros é exigido ainda que disponham de um sistema de controlo interno que supervisione e faça uma análise periódica dos procedimentos na comercialização de produtos financeiros. É imposto ainda que estes distribuidores garantam que os seus colaboradores possuem os conhecimentos técnicos necessários sobre as características e riscos associados aos instrumentos financeiros que comercializem.

Este tipo de conhecimentos é essencial para que estes colaboradores façam uma correta avaliação da adequação dos produtos financeiros aos clientes que têm à sua frente. A remuneração desses colaboradores é outro dos focos da DMIF II, quando para além de uma componente fixa esteja associada uma variável, que deve ser equilibrada. O objetivo é que não sejam considerados na determinação da remuneração apenas critérios comerciais quantitativos, mas também qualitativos e que reflitam o cumprimento da regulamentação aplicável. O objetivo é desincentivar a comercialização de produtos financeiros “em quantidade”.

Com a DMIF II é ainda limitado o leque de instrumentos financeiros considerados “não complexos”, produtos para os quais as exigências em termos de adequação do perfil do cliente não se colocam. Com essa restrição, na concessão de crédito passa a ser exigida a avaliação do perfil de risco do cliente, quando o seu fim é subscrever produtos financeiros. Essa avaliação da adequação do perfil deve ser feita junto do investidor a quem é pedida informação sobre a sua situação financeira, capacidade para suportar perdas e a sua tolerância ao risco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ordem dos economistas escolhe bastonário na quinta-feira

  • Marta Santos Silva
  • 25 Novembro 2017

O atual bastonário, Rui Leão Martinho, recandidata-se ao lugar, à cabeça da lista única que se apresentou a esta eleição. Os membros da Ordem podem votar de uma de três formas.

A Ordem dos Economistas elege a sua direção esta semana, no dia 30 de novembro, para o quadriénio 2018-2021. Só uma lista se apresentou antes da data limite de apresentação de candidaturas, 30 de setembro, com Rui Leão Martinho à frente, recandidatando-se à posição de bastonário que atualmente ocupa.

A lista única, nacional e de cada uma das delegações regionais, tem como tema “Avançar no fortalecimento da Ordem e no reforço do prestígio dos economistas ao serviço de Portugal”. A lista nacional conta com Joaquim Miranda Sarmento, Ricardo Arroja, Pedro Fontes Falcão, Raul Marques, Nuno Crespo e Paulo Carmona na direção, além do atual bastonário Rui Leão Martinho.

Rui Leão Martinho é o atual bastonário da Ordem dos Economistas e recandidata-se agora para o lugar.Paula Nunes / ECO

Os membros da Ordem poderão votar através de uma de três formas: ou pessoalmente, ou por correspondência, ou por voto eletrónico. Presencialmente, a votação pode ser feita em Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada. Para votar eletronicamente, de acordo com um comunicado do bastonário no site da Ordem, “foram já enviadas instruções a todos os membros para que a utilização do voto eletrónico seja o mais simples possível, bem como a password que cada membro deve utilizar ao cumprir o seu dever de votar”.

O Conselho Geral da lista concorrente inclui personalidades como Teodora Cardoso, Carlos Costa, Daniel Bessa e João Nuno, e nas delegações regionais também se encontram nomes conhecidos, desde Rui Rio no Norte a António Rebelo de Sousa no Centro e Alentejo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro da Saúde espera resolver dívidas do SNS até ao final da legislatura

  • Lusa
  • 25 Novembro 2017

O ministro da Saúde disse que espera resolver o problema do "ciclo de endividamento crónico" do SNS até ao final da legislatura, através de um plano de regularização de dívidas extraordinárias.

Durante uma visita ao Hospital de Aveiro, Adalberto Campos Fernandes disse que o país deverá entrar no final deste ano, ou no princípio de 2018, numa “trajetória de recuperação” relativamente às dívidas do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Esperamos, por isso, e temos a certeza que, no final da legislatura, este ciclo de endividamento crónico, esta doença crónica, que resulta das dificuldades ou do desajustamento entre o financiamento e as necessidades, esteja progressivamente resolvido”, disse.

Adalberto Campos Fernandes elogiou o trabalho que tem sido feito pela administração e trabalhadores do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), que integra os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja, considerando que é “dos mais eficientes”, porque “tem feito muito com pouco”.

“Está na altura de Aveiro ver reconhecido o esforço e ser compensado”, disse o ministro da Saúde, comprometendo-se a reforçar a capacidade financeira do CHBV para fazer face aos investimentos que estão previstos.

O ministro reafirmou ainda a aposta na proximidade, realçando que este foi o único Governo, nos últimos 30 anos, que não fechou qualquer serviço público na área da Saúde e que estão em lançamento ou em construção mais de 90 centros de saúde em todo o país.

Quanto à falta de meios humanos na área da Saúde, referiu que o SNS tem hoje mais seis mil profissionais do que quando o Governo tomou posse, em 2015.

“Não são ainda os suficientes, mas a trajetória está definida”

Apesar das várias frentes de conflitualidade laboral que tem enfrentado, o responsável pela pasta da Saúde disse que se sente “motivado e cheio de energia” para a segunda metade da legislatura e com “uma grande vontade” de fazer um SNS “mais forte, mais responsivo e mais próximo das pessoas”.

“A meio da legislatura, é como no meio de um jogo de futebol, sinto-me cheio de vontade para jogar a segunda parte”, disse o ministro, assegurando que tem a “confiança total e forte” dos colegas do Governo e do primeiro-ministro.

Questionado sobre o alegado pagamento aos participantes numa sessão de perguntas ao Governo, prevista para domingo, em Aveiro, o ministro da Saúde disse não ter conhecimento de nada. “Não acredito que seja verdade. Acho que é absolutamente absurdo. Não faz nenhum sentido”, afirmou.

O jornal Sol noticiou hoje que o Governo de António Costa vai pagar 36.750 euros a 50 pessoas que vão participar num estudo na Universidade de Aveiro e depois irão fazer perguntar ao executivo.

A iniciativa ocorre no âmbito do Conselho de Ministros extraordinário que se realiza em Aveiro para assinalar os dois anos do Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inquérito: maioria é contra o fim dos duodécimos no setor privado

  • Rita Frade e Marta Santos Silva
  • 25 Novembro 2017

Depois de ter sido aprovada a proposta que põe fim ao pagamento dos subsídios em duodécimos também no privado, o ECO decidiu lançar o debate e descobrir a opinião dos seus leitores sobre este tema.

Foi aprovada na quinta-feira, no Parlamento, a proposta do PCP que põe fim ao pagamento dos subsídios de Natal e de férias em duodécimos também no privado. A medida, aprovada com os votos favoráveis do PCP, PS, BE e CDS (o PSD votou contra), entrará em vigor já a partir de janeiro de 2018, sendo que poderá haver exceções.

Até aqui os trabalhadores do setor privado podiam optar por receber metade do subsídio de férias e de Natal ao longo de 12 meses ou por inteiro, nas datas habituais.

Com esta proposta (agora aprovada), o PCP tem como objetivo de equiparar o setor público ao privado: “No ano de 2018, os subsídios de Natal e de férias a pagar aos funcionários públicos e pensionistas, passa a ser feito por inteiro. Subsistir esta regra para o setor privado, cria desigualdades no tratamento dos trabalhadores”.

A propósito deste tema, o ECO decidiu lançar um debate nas redes sociais (Facebook e Twitter) para saber qual era a opinião dos seus leitores: concorda ou não com o fim dos duodécimos no setor privado?

Ambos os inquéritos, tanto no Facebook como no Twitter, obtiveram resultados muito negativos. No Facebook, onde 194 pessoas votaram, 68% discordam da decisão do Parlamento de retirar os duodécimos do setor privado. No Twitter, onde houve menos votos — apenas 82 — o “Não” venceu com 78%.

Notícia atualizada às 18:00 de sábado com o resultado do inquérito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno admite que versão final do OE2018 é melhor do que a do Governo

  • Lusa
  • 25 Novembro 2017

"Claro que é melhor", afirmou o ministro das Finanças, reforçando que o debate fortaleceu o Orçamento do Estado 2018. "Todos os debates em democracia tendem a melhorar os objetos sujeitos a debate".

O ministro das Finanças considerou hoje que a versão final do Orçamento do Estado para 2018 é melhor do que a que foi inicialmente apresentada, depois dos contributos dos partidos em sede de discussão parlamentar.

Todos os debates em democracia tendem a melhorar os objetos sujeitos a debate. Claro que é melhor [o Orçamento com as alterações propostas pelos partidos]”, comentou Mário Centeno aos jornalistas, questionado sobre as propostas de alteração ao documento que é submetido na segunda-feira a votação final global.

A versão final do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) contará com mais de 80 propostas de alteração dos vários partidos, além das apresentadas pela bancada socialista, tendo também o CDS, na oposição, conseguido aprovar propostas.

“O parlamento teve um rico e longo debate […]. O Orçamento que temos para executar em 2018 é um orçamento de rigor, robusto, de apoio à economia, de apoio às famílias, de melhoria dos serviços públicos e seguramente todo o Governo se revê no Orçamento”, afirmou ainda Mário Centeno, à margem de uma visita aos serviços aduaneiros do Aeroporto de Lisboa. O ministro das Finanças considerou ainda que existe “um enorme consenso em torno das principais medidas” a implementar.

No dia em que o Governo assinala dois anos, Mário Centeno destacou “o processo de sucesso de recuperação da economia portuguesa”, avisando que o “rigor das contas públicas” é para manter.

“Ainda ontem [sexta-feira] mostrámos quão saudáveis estão as contas públicas. Pode dizer-se que os portugueses estão hoje mais orgulhosos de ser portugueses e de apresentar-se como aquilo que são”, comentou aos jornalistas, numa referência à síntese da execução orçamental até outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apenas sete organismos públicos têm sede no Porto

A polémica está instalada à volta da transferência da sede do Infarmed de Lisboa para o Porto. E o que é que o Porto tem? Tem apenas a sede de sete organismos públicos e alguns são "fictícios".

A eventual ida do Infarmed para o Porto deixou o presidente da autarquia, Rui Moreira, satisfeito, mas os festejos parecem resumir-se apenas aos Aliados. A descrença de que a medida — que foi vista como uma moeda de troca pelo facto de o Porto ter perdido a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para Amesterdão — venha mesma a avançar, e sobretudo que esta se traduza de facto numa descentralização, parece sobrepor-se ao regozijo que seria natural das gentes do Porto. Se a sul a medida tem causado polémica, a verdade é que a norte tem sido vista com algum ceticismo. Um ceticismo explicado pelo pequeno número de instituições públicas com sede no Porto.

O ECO foi tentar perceber quantos organismos públicos existem no Porto e, apesar da pouca informação que existe sobre o tema, a verdade é que se contam pelos dedos das mãos os organismos públicos com sede efetiva na segunda cidade do país. São sete. Sim leu bem, são apenas sete as entidades nacionais com sede a norte do país: IAPMEI, Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD, vulgo banco de fomento), Agência Nacional de Inovação, Entidade Reguladora da Saúde, Aicep, Portugal Ventures e Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social.

Mas mesmo dentro destes sete organismos nem todos são “efetivos” no Porto. Mas vamos por partes.

A AICEP — que resulta da fusão entre o ICEP e a API (entidade que chegou a ser liderada pelo ex-ministro das Finanças, Miguel Cadilhe) — tem a sede no Porto mas, na prática, a maior parte dos seus serviços e a própria administração estão concentrados na capital. O mesmo sucede, de resto, com o IAPMEI e, neste caso, é assim há anos.

A Portugal Ventures, a capital de risco do Estado português, tem também a sua sede na Invicta. Fonte próxima a estas entidades adiantou ao ECO que “organismos como a Aicep, Portugal Ventures, IAPMEI, ANI e Banco de Fomento têm a sua sede no Porto por causa da elegibilidade dos fundos comunitários, porque o Porto está numa zona de coesão ao contrário de Lisboa”. As mesmas fontes acrescentam que “as delegações desses organismos, com exceção do Banco de Fomento, são maiores do que a própria sede”.

No caso da Agência Nacional de Inovação, presidida por José Carlos Caldeira, tem os seus principais serviços no Porto, mas tem também uma delegação em Lisboa. Aliás, fontes próximas à agência sublinham que “só com a presidência de José Carlos Caldeira é que a ANI se voltou para a cidade do Porto”.

O Banco de Fomento tem a sua atividade concentrada a norte. Liderado pelo economista Alberto Castro, também ele do Porto, a instituição foi criada de raiz na Invicta. Hoje emprega cerca de 37 pessoas. Para o presidente da IFD, “um eventual exercício de descentralização não pode estar apenas dependente da criação de novos organismos, caso contrário não acontece”.

“Não precisamos da sede do Infarmed. A sede pode continuar em Lisboa, desde que os serviços sejam, de facto, descentralizados, ao contrário do que que acontece no Porto com as sedes do IAPMEI e a AICEP, por exemplo”, disse o chairman do Banco de Fomento. “Obviamente que as entidades da administração pública que precisam de ser relocalizadas são processos que acarretam algum ruído, mas a verdade é que esse ruído nunca é tão grande quando se trata de mudar organismos para a capital”, refere Alberto Castro.

Não precisamos da sede do Infarmed, a sede pode continuar em Lisboa, desde que os serviços sejam de facto descentralizados.

Alberto Castro

Chairman da IFD

Também a norte está a Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Esta opera apenas no Porto e emprega entre 70 a 80 pessoas. Eurico Castro Alves, ex-presidente do Infarmed e um dos coordenadores da candidatura do Porto à Agência Europeia do Medicamento (EMA) adianta que “a ERS deve ser a única entidade que tem sede e verdadeiramente atua a partir do Porto”.

Para o ex-presidente do Infarmed, a transferência deste regulador para o Porto é muito importante na medida em que implica uma descentralização, mas “é preciso assegurar que não se estraga a vida a ninguém, sobretudo aos funcionários do Infarmed”. Para Castro Alves, “a medida deve ser implantada com tempo, sem pressas”.

A Entidade Reguladora da Saúde deve ser a única entidade que tem sede e verdadeiramente atua a partir do Porto

Eurico Castro Alves

Ex-presidente do Infarmed

Eurico Castro Alves diz mesmo que “o Infarmed precisa de novos serviços e podem ser esses a vir para o Porto”. E dá mesmo um exemplo: “É preciso regular os suplementos alimentares, porque não começar por aí'”.

No Porto existe ainda o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social que conta com 28 funcionários (apenas um está em Lisboa) e três membros do Conselho de Administração.

A importância de ter administradores do Porto

Um dado parece certo: as grandes instituições públicas que foram ou são lideradas por homens do norte estão mais vocacionadas para olharem para a cidade do Porto e até para aí se localizarem. Foi assim com a criação da Agência Portuguesa do Investimento, então liderada por Miguel Cadilhe, é assim com a Agência Nacional de Inovação. E até no caso da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que a semana passada anunciou o fecho da delegação do Porto, esta é uma realidade que se aplica. Carlos Alves, um ex-membro do conselho de administração da CMVM, é um homem do Porto e durante anos “segurou” aquele organismo no norte.

Mas esta é também uma realidade extensível às entidades privadas. Veja-se o caso da Euronext no Porto. A Euronext saiu de Belfast para o Porto, onde instalou o seu centro tecnológico. Manuel Ferreira da Silva, ex-administrador do BPI e administrador não executivo do Euronext adianta que, “obviamente, que é importante ter pessoas do Porto, porque assim quando se fala de Portugal não se pensa apenas em Lisboa, mas também no Porto”. Foi de resto, por isso, que a cidade do Porto terá sido escolhida para ter mais de 140 postos de trabalho.

“Não foi o único elemento, mas quando se pensou em realizar visitas fizemo-lo em Lisboa e no Porto”, adianta.

O Porto entrou tarde na corrida à EMA e, mesmo assim, apresentou uma candidatura em tempo recorde e conseguiu colocar a cidade no mapa dos investidores, porque demonstrou as suas reais capacidades, que poderão agora ser canalizadas para o Infarmed.

Ferreira da Silva

Administrador não executivo do Euronext

E o que pensa Ferreira da Silva sobre a polémica à volta do Infarmed? Sem querer entrar no conflito, o ex-administrador do BPI diz que: “O Porto entrou tarde na corrida à EMA e, mesmo assim, apresentou uma candidatura em tempo recorde e conseguiu colocar a cidade no mapa dos investidores, porque demonstrou as suas reais capacidades, que poderão agora ser canalizadas para o Infarmed”.

O exemplo de outros países

Luís Aguiar Conraria, professor da Universidade do Minho, diz que a transferência do Infarmed de Lisboa para o Porto pode ter duas leituras. “Por um lado, concordo com a medida da deslocalização e, se for bem feita, não penso que traga grandes problemas. São cerca de 300 que, caso não queiram ir para o Porto, podem ser absorvidas pelos inúmeros institutos e faculdades que existem em Lisboa. Mas, por outro lado, também penso que se fosse funcionário do Infarmed e soubesse da notícia pelos jornais não ia gostar”, afirma o economista.

Para Luís Aguiar Conraria, “se a medida for bem feita é perfeitamente concretizável e é uma boa medida de desenvolvimento regional”.

O economista lembra ainda que fez recentemente um levantamento sobre países europeus e, ao contrário de Portugal onde as sedes dos grandes organismos estão centralizadas em Lisboa, lá fora isto não acontece. O Tribunal Constitucional está em Lisboa, na Holanda fica em Haia. O Supremo Tribunal está em Lisboa, na Alemanha está em Karlsruhe. O Banco de Portugal está na capital, já o banco central alemão fica em Frankfurt e não em Berlim. E a lista podia continuar, desde a ERSE, à ASAE, ao LNEC passando pela Companhia Nacional de Bailado…

No privado a realidade ainda é diferente

O Porto, conhecida como a capital do trabalho, foi em tempos o reduto principal da banca nacional. O BCP já teve a sua sede oficial no Porto. Hoje continua na Praça João I mas a administração está concentrada em Lisboa e já nem as assembleias gerais são feitas a partir da Invicta.

No caso do BPI, a entrada do CaixaBank pode alterar a configuração. Mas para já a sede do banco é no Porto, se bem que a administração esteja cada vez mais longe da Rua Tenente Valadim. Em tempos idos, também o BPA, que mais tarde foi absorvido pelo BCP, tinha a sede a norte.

No mundo das empresas, a Sonae continua a ser o grande bastião a Norte, logo seguida pelo grupo Amorim, Mota-Engil, Efacec, BA Vidro, Salvador Caetano, Cin, Super Bock Group, entre outras.

Já no mundo associativo, a AEP tem sede em Matosinhos, e as principais associações setoriais estão sediadas a norte. No caso do têxtil, a associação do setor está concentrada em Famalicão, onde se situa grande parte da indústria. No caso do calçado, a APICCAPS, tem sede no Porto, o mesmo acontecendo com o setor metalúrgico. Já a cortiça tem sede em Santa Maria de Lamas, paredes meias com a maior empresa do setor, a Corticeira Amorim.

Artigo de atualizado com o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, que eleva para sete o número de organismos públicos no Porto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo começa a recuar na transição do Infarmed

  • ECO
  • 25 Novembro 2017

Os serviços mais especializados do Infarmed deverão ficar em Lisboa, como os seus dois laboratórios principais, com apenas os serviços administrativos a serem deslocados para o Porto.

O Infarmed irá para o Porto, anunciou na terça-feira o Governo e o presidente da Câmara Rui Moreira, mas pode haver já recuos na forma como essa transladação vai decorrer. De acordo com o Expresso deste fim de semana, os laboratórios mais especializados vão ficar em Lisboa, enquanto os serviços administrativos serão deslocados para o Porto.

Adalberto Campos Fernandes dissera já no anúncio da mudança que 70% dos recursos se mudariam para o Norte enquanto um “polo regional” ficaria em Lisboa. Ontem, o gabinete do ministro disse ao Expresso que a mudança será “parcial, faseada, e contará com a disponibilidade de instalações já existentes”, o que segundo o semanário significa que não serão construídos novos laboratórios para substituir as infraestruturas especializadas em Lisboa.

A Comissão de Trabalhadores do Infarmed já foi recebida pelos partidos excetuando o PS, criticando a tomada de decisão e apelando a um recuo ou pelo menos a uma justificação.

O próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse só ter tomado conhecimento da transferência da agência para o Porto quando esta foi anunciada publicamente, e vai receber alguns dos representantes da CT na segunda-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Infarmed: Documento para EMA contraria versão de Costa

  • ECO
  • 25 Novembro 2017

António Costa referiu que a decisão de mudar o Infarmed para o Porto fora feita antes da decisão da EMA e para melhorar as hipóteses de a cidade vencer. Mas na candidatura nada aparece referido.

O primeiro-ministro António Costa afirmara que a mudança do Instituto do Medicamento (Infarmed) de Lisboa para o Porto, anunciada terça-feira, fora um dos critérios na candidatura da cidade nortenha para ser sede da Agência Europeia do Medicamento, ou EMA na sigla inglesa — concurso que perdeu para Amesterdão. No entanto, segundo escreve este sábado o Diário de Notícias, “em nenhuma parte do documento” da candidatura surge essa informação.

A Comissão de Trabalhadores do Infarmed salientou esta contradição entre as declarações do primeiro-ministro e o que consta de facto na candidatura, que pode ser consultada publicamente no site do Conselho da Europa. O presidente da CT realçou ainda que no Plano Estratégico do Infarmed para 2017-2019, que foi homologado a 29 de setembro, não existe nenhuma informação sobre esta possível transferência. De notar que a candidatura à EMA foi feita ainda em julho.

Os trabalhadores da agência, a maioria dos quais são opostos a uma mudança para o Porto, encontraram-se ontem, sexta-feira, com os partidos com assento parlamentar, excluindo o PS.

Ao Diário de Notícias, Moisés Ferreira do Bloco de Esquerda afirmou que “não parece que tenha havido nenhum processo de tomada de decisão” antes do anúncio da mudança do Infarmed para o Porto, pedindo assim que venham mais explicações, ou mesmo um recuo do Governo nesta matéria. Também o PCP procura garantias de que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos, algo que o Governo já tentou garantir.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP não prevê novo acordo com PS na próxima legislatura

  • ECO
  • 25 Novembro 2017

O PCP e o Partido Socialista têm demasiadas diferenças, afirma Jerónimo de Sousa, que prevê que na próxima legislatura não volta a haver um acordo como o que existe atualmente entre os dois partidos.

O PCP não antevê um novo acordo com o PS na próxima legislatura, segundo disse em entrevista ao semanário Expresso o secretário-geral do Partido, Jerónimo de Sousa. Para o dirigente partidário, os dois partidos têm muitas diferenças que são difíceis de ultrapassar. Assim, afirma que “nas próximas eleições para a Assembleia da República (…) não é preciso uma posição conjunta”.

Ao Expresso, Jerónimo de Sousa garantiu ainda que as eleições autárquicas, onde o PCP perdeu várias câmaras históricas e teve menos eleitos, não influenciaram o comportamento do partido em relação ao Partido Socialista. “Eu ando pelo país, e há alguma tristeza em relação ao resultado das autárquicas, mas daí a haver arrependimentos… isso não tem expressão”, concluiu.

“Este Orçamento do Governo PS consolida os avanços alcançados em 2016 e 2017 e portanto tem um ponto de partida diferente”, afirmou o líder do PCP ao semanário, gabando o OE 2018 como o mais avançado. Questionado sobre a medida mais difícil de conseguir perante reservas do partido do Governo, Jerónimo de Sousa, disse que seria “a proposta que prevê a possibilidade de contratação na Administração Pública”.

Sobre as próximas eleições legislativas, excluiu totalmente um entendimento eleitoral com o partido do Governo, já que “há um pedregulho difícil de remover” entre os dois: “Em matérias estruturantes, o PS não abdicou de uma política de direita”, concluiu Jerónimo de Sousa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vítimas mortais de atentado contra mesquita no Egito são pelo menos 305

  • ECO
  • 25 Novembro 2017

Os atacantes colocaram explosivos numa mesquita no norte do país e dispararam sobre os fiéis que fugiram. O ataque matou pelo menos 305 pessoas, das quais 27 eram crianças.

Pelo menos 305 pessoas morreram, entre as quais 27 crianças, e 128 ficaram feridas num ataque contra uma mesquita na cidade de Al Arish, no norte da península do Sinai, nordeste do Egito, de acordo com os meus de comunicação estatais, citados pela imprensa internacional.

O atentado à mesquita de al-Rawdah na localidade de Bir al-Abd, a 40 quilómetros de Al-Arish, a capital da província do Sinai do Norte, levou a força aérea egípcia a realizar ataques aéreos sobre veículos que acreditava estarem ocupados por terroristas. “A força aérea do Egito está a seguir os terroristas e destruiu dois a três dos seus carros”, disse uma fonte militar ao jornal britânico The Independent.

Os atacantes colocaram explosivos artesanais em volta da mesquita e fizeram-nos detonar quando os fiéis saíam da oração de sexta-feira, o dia sagrado dos muçulmanos, segundo fonte dos serviços de segurança. Os atacantes também dispararam sobre os fiéis que fugiam.

O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, disse num discurso transmitido pelas televisões que “as forças armadas e a polícia vingarão” as vítimas e “reporão a segurança e a estabilidade com todas as forças”.

Notícia atualizada às 11.20 de sábado, 25 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confederação do Turismo: “OE perdeu mais uma oportunidade de fazer grandes reformas”

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, está preocupado com as próximas reuniões em sede de concertação social, onde serão discutidas alterações à legislação laboral.

A Confederação do Turismo Português (CTP), um dos parceiros sociais que integram a concertação social, não está satisfeita com o Orçamento do Estado para o próximo ano. O presidente da confederação, Francisco Calheiros, critica a ausência de reformas do Orçamento e mostra-se ainda preocupado com as próximas negociações que serão feitas com o Governo, relativamente às alterações à legislação laboral.

“Este é um orçamento em que se perdeu mais uma oportunidade de se fazerem grandes reformas“, disse Calheiros, no encerramento do 43º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que este ano decorreu em Macau. “Só se pode distribuir aquilo que se tem, não se pode distribuir primeiro e depois tentar ir ganhar”, criticou o presidente da CTP, ressalvando: “Não tenho nada contra pensionistas e função pública”.

"Só se pode distribuir aquilo que se tem, não se pode distribuir primeiro e depois tentar ir ganhar.”

Francisco Calheiros

Presidente da Confederação do Turismo de Portugal

Sobre as próximas reuniões em sede de concertação social, Francisco Calheiros diz que os parceiros sabem que a legislação laboral poderá estar em cima da mesa nas próximas semanas. “Isso é algo que preocupa todos os empresários”, salientou.

O representante dos empresários do setor do turismo aproveitou ainda para abordar a “velha questão do aeroporto”, que deve ser olhado como “um desígnio nacional”, defendeu. “Sou sensível à Força Aérea, às questões ambientais, às questões camarárias, mas nada pode objetar a que o nosso Portela+1 exista rápido. Não pode ser em 2022. Até 2022, temos de aumentar as frequências que temos no aeroporto da Portela”, salientou.

A jornalista viajou a Macau a convite da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.