Wall Street em novos máximos. Vendas a retalho ajudam

O S&P 500 e o Nasdaq arrancaram a sessão em novos máximos de sempre, num dia em que foi conhecido que as vendas a retalho cresceram ao ritmo mais acelerado dos últimos dois anos e meio.

Wall Street abriu em terreno positivo na última sessão da semana, com as bolsas a serem impulsionadas pelo aumento das vendas a retalho, aliviando alguns receios em torno de um abrandamento da economia na reta final do ano.

Os ganhos são ligeiros, mas os suficientes para levar o S&P 500 e o Nasdaq a atingirem novos máximos históricos. O índice S&P 500 abriu a somar 0,16%, para os 2.555,25 pontos, enquanto o Nasdaq arrancou a valorizar 0,31%, para os 6.612,08 pontos. Por sua vez, o Dow Jones avança 0,17%, para 22.880,47 pontos.

O avanço das ações norte-americanas acontece no mesmo dia em que foi divulgado o maior aumento dos últimos dois anos e meio das vendas a retalho na maior economia do mundo, em setembro. Ou seja, um sinal de que a economia dos EUA não está a crescer tão lentamente quanto o sentimento instalado.

No campo das subidas, destaque para as ações da Netflix que, pela primeira vez, superaram a fasquia dos 200 dólares, depois de terem arrancado a sessão a valorizar 1,96%, para os 199,7 dólares. Nesta sexta-feira, o Goldman Sachs reviu em alta o preço-alvo que atribui ao título para os 235 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo altera regime simplificado de IRS

  • Cristina Oliveira da Silva e Margarida Peixoto
  • 13 Outubro 2017

Regras vão mudar, de acordo com uma versão ainda preliminar do OE. Fiscalistas antecipam que o imposto pode subir.

O Governo vai alterar as regras do regime simplificado do IRS, estabelecendo que o rendimento tributável não pode ficar abaixo de um determinado nível, avança uma versão preliminar de Orçamento do Estado a que o ECO teve acesso. A mudança poderá resultar em aumentos de impostos, de acordo com os fiscalistas contactados pelo ECO.

O regime simplificado pode abranger trabalhadores por conta própria ou empresários com rendimentos até 200 mil euros por ano. E institui um conjunto de coeficientes para determinar o rendimento tributável. Em regra, só 75% do rendimento declarado é considerado para efeitos de tributação.

Mas na proposta preliminar, o Governo acrescenta uma nova regra. Depois de aplicados aqueles coeficientes, o rendimento tributável não pode ficar abaixo do que resultaria:

  • Caso fosse deduzido 4.104 euros ou, se inferior,
  • Caso fossem deduzidas um conjunto de despesas com a atividades. São elas: prestações de serviços e aquisições de bens cujas faturas sejam comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira; encargos com imóveis; despesas com pessoal a título de salários e importações.

A fiscalista Anabela Silva, da EY, dá o exemplo: neste momento, um contribuinte com rendimento de 70 mil euros anuais, conta com 52.500 de rendimento tributável (75%). Mas com a redação agora proposta, o rendimento tributável seria de 65.896 euros (retirando 4.104 euros) ou, em alternativa, aquele contribuinte teria de arranjar despesas suficientes para justificar a diferença entre 70 mil e 52,5 mil euros. Já se as despesas fossem mais elevadas, só poderia sair a ganhar no regime de contabilidade organizada, explica a fiscalista.

Anabela Silva antecipa que, na maior parte dos casos, isto resulte num aumento de impostos. Luís Leon, da Deloitte, acredita mesmo que a medida vai acabar com o regime simplificado tal como o conhecemos, antecipando também um aumento generalizado de impostos neste caso.

Protegidos poderão ficar um conjunto de trabalhadores independentes de rendimentos reduzidos, caso o Governo decida alargar a estes contribuintes o mínimo de existência.

A proposta do Governo indica ainda que o valor das despesas é calculado pela AT com base nas faturas e outros documentos comunicados até 15 de fevereiro do ano seguinte àquele a que respeitam. Mas os contribuintes podem, em alternativa, declarar as despesas na respetiva declaração de rendimentos.

Para perceber o impacto da medida, a EY preparou a seguinte simulação, aplicável a um rendimento de 70.000 euros anuais:

Fonte: EY Pressupostos: Cenário A: O sujeito passivo incorreu em prestações de serviços e aquisições de bens, cujas faturas foram comunicadas à AT no montante anual de 25.000 euros; Cenário B: O sujeito passivo incorreu em prestações de serviços e aquisições de bens, cujas faturas foram comunicadas à AT no montante anual de 3.000 euros, não tendo incorrido noutros encargos relevantes; Cenário C: O sujeito passivo incorreu em prestações de serviços e aquisições de bens, cujas faturas foram comunicadas à AT no montante anual de 10.000 euros, não tendo incorrido noutros encargos relevantes. As presentes simulações foram efetuadas com base nas regras fiscais em vigor à data de preparação dos cálculos e visam quantificar o impacto, decorrente da Proposta do Orçamento de Estado para 2018, para sujeitos passivos que obtenham rendimentos da Categoria B e sejam tributados pelo regime simplificado. A remuneração anual considerada corresponde a 14 meses do rendimento bruto. Não foram consideradas quaisquer deduções à coleta.

 

(notícia atualizada)

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pichai lança Grow with Google: informação “ao serviço de todos”

  • ECO
  • 13 Outubro 2017

A Grow with Google pretende dar a conhecer as potencialidades da tecnologia junto dos norte-americanos, quer seja em contexto escolar, quer seja numa startup ou entre aqueles que procuram trabalho.

O empreendedorismo é a nova aposta da Google. O CEO, Sundar Pichai, anunciou o programa Grow with Google, um investimento total de mil milhões de dólares durante cinco anos, com o objetivo de dar aos norte-americanos a formação e as ferramentas necessárias para desenvolverem as suas capacidades e criarem o seu próprio negócio, avançou o Techcrunch na passada quinta-feira.

As áreas de atuação do programa de formação são quatro. A Google pretende chegar a estudantes e professores, por exemplo, no sentido de equipar salas de aula com ferramentas digitais como as de realidade aumentada. Para os negócios locais, o programa prevê aulas de marketing e formação para pequenos empreendedores para criarem o seu negócio e divulgarem-no online. A iniciativa chegará também a quem procura trabalho, startups e programadores.

A Grow with Google inclui também um investimento de 10 milhões de dólares para a ONG Godwill, na criação de um programa que pretende preparar a mão-de-obra norte-americana para o setor tecnológico. Trata-se da maior doação da gigante tecnológica a uma organização.

A iniciativa percorrerá os Estados Unidos, numa tour que envolve bibliotecas e organizações locais de forma a aumentar o seu alcance junto de pequenas cidades e comunidades através da criação de eventos. “Na Google, a nossa missão passa por assegurar que a informação está ao serviço de todos e não de apenas alguns”, afirmou Pichai na apresentação do programa, que tomou lugar na cidade que viu desenvolver-se nas últimas décadas, Pittsburgh.

Ao longo do seu discurso, Sundar Pichai destacou o papel da tecnologia na recuperação e desenvolvimento da cidade o estado da Pensilvânia onde cresceu desde que se mudou para os EUA, há 24 anos. As antigas fábricas metalúrgicas são agora centros de desenvolvimento nas áreas da robótica e dos veículos autónomos, e os empregos ligados à tecnologia duplicaram.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Daniel Bessa: “São precisos 500 anos para pagar a dívida”

  • ECO
  • 13 Outubro 2017

Em entrevista ao Público, o antigo ministro da Economia disse ainda que conseguiria, "no mínimo", um défice nulo com os níveis de crescimento económico que Portugal tem atualmente.

O economista Daniel Bessa, ministro da Economia no tempo de António Guterres, garante que “teria, no mínimo, um défice zero” com o nível de crescimento que Portugal está a ter. Numa entrevista ao Público [acesso condicionado], considerou que o país está “a gerir mal o risco” e que, se fosse o responsável, pegaria no excedente de mil milhões e o aplicaria na redução do défice, ainda que isso impedisse de baixar os impostos e aumentar as pensões.

“Isso é que daria ao mundo um sinal de que os dez milhões de senhoras e cavalheiros deste país estão preocupados com este problema [da dívida elevada] e, de uma vez por todas, resolveram dar-lhe uma resposta”, referiu ao jornal. Para Daniel Bessa, a dívida pública elevada é “um barril de pólvora” que lhe causa “preocupação”. “O que este país não geriu (…) foi [o] risco. Acumulou dívida em excesso, um dia as coisas desandaram e a dívida caiu em cima de nós”, disse.

Assim, se fosse ministro, Daniel Bessa garantiu que pegaria no excedente de mil milhões e o aplicaria, na totalidade, na redução da dívida. “Com o crescimento que a economia está a ter, no mínimo, no mínimo eu tinha défice zero. Mais, em vez do zero eu propunha 0,5% de excedente”, atirou.

Entre outras coisas, o ex-ministro da Economia congratulou-se também por o crescimento se dever às exportações e não à procura interna, como pretendia o Governo de António Costa. “A mudança de chip na condução da coisa pública prometia um crescimento pela procura interna, através da devolução dos rendimentos e de toda essa orientação. Pela despesa pública não poderia crescer muito, como já sabemos, mas cresceria pelo consumo privado determinado pela devolução dos rendimentos. Mas a economia cresce puxada pelas exportações”, recordou.

E acrescentou: “Não, é bom, é melhor do que eu esperava, é conseguido de uma forma diferente da que o Governo disse que ia fazer. Ainda bem que o Governo, sabe-se lá porquê, contra aquilo que tinha anunciado, vê as coisas correrem bem.”

Além do mais, e ainda no campo da dívida, Daniel Bessa disse: “Este país tem esse problema da dívida. Ia-se desgraçando por causa disso. Eu gostava de dizer aos portugueses, olhos nos olhos, que qualquer pequeno sinal que possamos dar que sentimos esse problema e que estamos dispostos a atacá-lo, seria extremamente remunerador.” E atirou: “Mas, esqueçam os mil milhões. Fiquemos pelos 500 milhões por ano. Sabe quantos anos são precisos? São precisos 500 anos para pagar a dívida. Não é muito. Era um pequeno sinal.”

Sobre se o crescimento da economia portuguesa é ou não sustentável, Daniel Bessa apontou para o setor do Turismo. E sublinhou: “Quer se queira, quer não, em termos de volume o que está a contribuir mais [para a economia] é o turismo. E há grandes hesitações em Portugal em torno do turismo que eu olho com algum espanto.”

Depois, concluiu: “Surpreende-me é que no momento em que o turismo, num português mais prosaico, está a dar, haja tanta gente preocupada, a dizer que é demais. Eu acho francamente que o turismo nunca é demais. Pode ser de menos a resposta que lhe damos.”

(Notícia atualizada às 14h57 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo abre a porta a mudar o IVA dos parques temáticos

O Governo quer diminuir os custos de cumprimento das obrigações previstas no Código do IVA e simplificar o cumprimento das obrigações dos profissionais da diversão.

O Governo abre a porta a alterar o IVA para as atividades de parques de diversão e temáticos, mas também de diversão recreativa. De acordo com a versão preliminar do Orçamento do Estado que vai ser entregue esta sexta-feira no Parlamento, a que o ECO teve acesso, há uma alteração legislativa para “diminuir os custos de cumprimento das obrigações fiscais previstas no Código do IVA”.

Em causa está uma autorização para o Governo alterar três artigos (29.º, 40.º e 41.º do Código do IVA) que regulamentam desde as disposições gerais relativas à entrega da declaração, às faturas simplificadas e os prazos de entrega da declaração. A formulação da autorização legislativa não é clara no que diz respeito às alterações que o Executivo pretende introduzir, apenas sublinha que o objetivo é a “diminuição dos custos de cumprimento das obrigações previstas no Código do IVA” e “simplificar o cumprimento das obrigações previstas [nos artigo já referidos] por parte dos sujeitos passivos” que exerçam atividades no âmbito parques de diversão e temáticos, mas também de diversão recreativa.

Recorde-se que os chamados empresários da diversão têm multiplicado as formas de protesto exigindo que o IVA passe a ser de 13%. Já foi de 6%, mas passou para 23% na altura da troika. Argumentam que a atividade deve ser classificada como cultural e não como lazer.

O presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversões (APED), Luís Paulo Fernandes, apelou inclusivamente ao Presidente da República para interceder por estes cerca de 120 empresários em nome individual que geram receitas anuais em torno dos 600 mil euros. A Associação pediu um alvará para concorrência legal e que sejam tomadas medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da atividade das empresas itinerantes de diversão.

Esta autorização legislativa tem uma duração de 180 dias e a versão preliminar do Orçamento de Estado para 2018 admite que “posteriormente” as alterações introduzidas se estendam a outras atividades. “Sem prejuízo de posteriormente se estender o respetivo âmbito de aplicação subjetivo”, diz o documento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Monzón rejeita liderança da Prisa

Monzón era a grande aposta da Prisa, a dona da Media Capital, para ser o novo presidente. Mas o cargo foi rejeitado horas antes de assumir o compromisso no conselho de administração.

Esperava-se que o chairman da Prisa, Juan Luis Cebrián, fosse substituído por Javier Monzón. Mas horas antes da reunião desta sexta-feira, onde deveria ser oficializada a transição, Monzón rejeitou a proposta.

A substituição do atual chairman, Juan Luis Cebrián, é uma condição para que seja possível o aumento de capital 500 milhões de euros que a Prisa planeia, tal como avançou o jornal El País.

Javier Monzón é o atual conselheiro do Santander e antigo CEO da Indra, pelo que seria uma hipótese do agrado dos acionistas — agora, descartada. Dada a situação financeira débil, com dívida a vencer em 2018, a empresa espanhola tem urgência em aumentar a liquidez.

Outra fonte de liquidez seria a eventual venda da Media Capital, dona da TVI à Meo/Altice. Esta sexta-feira, o presidente executivo da Altice, Michel Combes disse ter “plena confiança” no processo de compra da Media Capital e nos reguladores portugueses.

No entanto, não deixou de se mostrar surpreso com a pressão que tem verificado em relação à operação. “Francamente, ficámos surpreendidos com a pressão indevida e infundada orquestrada pelos nossos concorrentes junto dos reguladores e pelas insinuações públicas”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quem usa carvão para gerar energia vai pagar taxa extra

As empresas que utilizem carvão, ou derivados do mesmo, para produzir energia vão ter um imposto extra. A medida prevista no Orçamento do Estado faz parte do plano de descarbonização do Governo.

O Governo vai implementar uma taxa extra sobre as empresas que utilizem carvão ou derivados do mesmo para a produção de energia. A medida, apresentada na versão final da proposta de Orçamento do Estado para 2018, faz parte do plano de descarbonização do Executivo, sendo que o valor do imposto a pagar irá aumentando nos próximos anos.

“Durante o ano de 2018, os produtos classificados pelos códigos NC 2701, 2702 e 2704, que sejam utilizados na produção de eletricidade, de eletricidade e calor (cogeração), ou de gás de cidade, por entidades que desenvolvam essas atividades como sua atividade principal, são tributados com uma taxa correspondente a 10% da taxa de ISP e com uma taxa correspondente a 10% da taxa de adicionamento sobre as emissões de CO2“, diz o documento.

“Nos anos subsequentes, as percentagens previstas no número anterior são alteradas a partir de 1 de janeiro de cada ano, nos seguintes termos:

  • a) 25% em 2019;
  • b) 50% em 2020;
  • c) 75% em 2021;
  • d) 100% em 2022″.

Esta medida vem ao encontro do objetivo do Governo de reduzir as emissões de gases poluentes. Na sessão de lançamento da iniciativa “Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050”, na Culturgest, em Lisboa, António Costa já tinha afirmado que é “fundamental alinhar o sistema fiscal com o objetivo de descarbonização, eliminando os sinais errados dados à economia, pelos incentivos aos combustíveis fósseis que ainda persistem”.

Nessa mesma intervenção, o primeiro-ministro tinha já dito que em 2018 iria iniciar-se “uma análise aprofundada da fiscalidade sobre os combustíveis, de forma a serem devidamente internalizados os impactos ambientais associados à sua utilização”. Anunciou ainda que vai “revitalizar a taxa de carbono e estabelecer preços mínimos a adotar nos próximos anos”.

Receita vai ajudar a reduzir défice tarifário

Esta taxa sobre estas empresas, que deverá chegar, entre outras, à EDP, de acordo com fontes do ECO, irá financiar tanto o sistema elétrico português, mas também deverá contribuir para uma redução do défice tarifário. O universo de empresas abrangidas será, no entanto, reduzido já que poucas utilizam o coque de carvão para a produção de eletricidade.

“A receita decorrente da aplicação dos números anteriores é consignada nos seguintes termos:

  • a) 50% da receita do ISP para o sistema elétrico nacional ou redução do défice tarifário do setor energético, no mesmo exercício da sua cobrança;
  • b) 50% da receita do ISP para o Fundo Ambiental.

O documento termina afirmando que a “transferência das receitas previstas na alínea a) do número anterior opera nos termos e condições a estabelecer por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e energia”, já “as receitas previstas nas alíneas b) e d) do n.º 3 devem ser aplicadas em medidas de apoio à descarbonização da sociedade”.

(Notícia atualizada às 21h52. Na versão preliminar a receita obtida era consignada a cinco entidades. No documento final, passa a haver apenas dois beneficiários)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quem ganhou os Prémios Sapo?

  • ECO
  • 13 Outubro 2017

Este ano, a conhecida plataforma premiou 17 agências, 20 anunciantes e 25 campanhas e angariou 15.600 euros que doou a uma associação. Saiba quem foram os vencedores desta edição.

Foram conhecidos esta quinta-feira os vencedores deste ano dos já tradicionais Prémios Sapo. Existem há 16 anos e premeiam o que de melhor se faz ao nível da comunicação no mundo digital. No total, neste ano de 2017, a conhecida plataforma portuguesa premiou 17 agências de comunicação/meios, duas dezenas de anunciantes e 25 campanhas promocionais.

Os vencedores distribuíram-se por 30 categorias, separadas pelas áreas da criatividade e dos meios, assim como prémios especiais, media digital e prémios atribuídos pelo júri. Este ano, os três painéis de jurados foram coordenados pelo presidente executivo do GroupM, José Pedro Dias Pinheiro.

Entre os premiados, o Sapo distingue a NOSSA como a agência criativa do ano, a MEC Portugal como a agência de meios do ano, a Unicer como o anunciante do ano e o “Serviço Despertar” da McDonald’s como a campanha do ano, desenvolvida pela Fullsix Portugal. Consulte aqui a lista completa dos premiados.

Neste ano, a Sapo recebeu 158 submissões. O valor angariado com as inscrições alcançou os 15.600 euros, que foram entregues a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica.

“Os Prémios Sapo existem há mais de 16 anos e constituem um marco no calendário nacional do mercado de publicidade: são os únicos que distinguem o que de melhor se cria e divulga em publicidade e comunicação digital. Até hoje já foram entregues mais de 1.000 troféus nas várias categorias”, avançou o Sapo em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rendimentos mensais entre 607 e 679 euros beneficiam com o novo mínimo de existência

A EY fez simulações para avaliar o impacto do novo mínimo de existência nos salários. Leque dos beneficiários são contribuintes que têm rendimentos mensais entre 607 e 679 euros.

No Orçamento do Estado para 2018, o Governo decidiu aumentar o número de famílias que não vão ter de pagar IRS. Como? Através da subida do mínimo de existência dos atuais 8.500 euros para um valor correspondente a 1,5 Indexantes dos Apoios Sociais, mas que também não poderá ficar abaixo do salário mínimo.

Assim, os contribuintes que estão no primeiro escalão, e apenas estes, são beneficiados com esta espécie de travão ao IRS, que visa garantir que ninguém fique com um rendimento disponível abaixo de um determinado valor. Assim, os contribuintes com rendimentos mensais entre 607 — valor a partir do qual se começa a pagar IRS — e 679 euros são diretamente beneficiados pela medida. O cálculo é obtido através da divisão de um rendimento anual bruto de 9.515 por 14 (o número de salários anuais). Este é o rendimento a partir do qual já não beneficia do novo valor do mínimo de existência, mas assumindo o pressuposto de que o sujeito passivo tem despesas gerais familiares de 250 euros, revelam os cálculos da EY para o ECO.

Nas versões preliminares do Orçamento do Estado foram vários as alternativas avançadas para o valor deste travão: começou por ser de 8.850, falou-se numa alteração à própria forma de cálculo do mínimo de existência e na última versão a que o ECO teve acesso está em cima da mesa a dupla garantia de que o limiar vai corresponder a 1,5 Indexantes dos Apoios Sociais, mas também não poderá ficar abaixo do salário mínimo.

O ECO voltou a pedir à EY que fizesse novas simulações com o mínimo de existência a rondar os 9.000 euros, mais precisamente 8.980 euros, e mantendo a forma de cálculo como até aqui. Ou seja, usando as regras definidas no artigo 70.º do Código de IRS que determina que após a aplicação das taxas de imposto “não pode resultar, para os titulares de rendimentos predominantemente originados em trabalho dependente ou em pensões, a disponibilidade de um rendimento líquido de imposto inferior 8.500 euros”, um valor atualizado agora para os 8.980.

Considerando um solteiro, com rendimentos brutos anuais a variar entre os 8.700 euros e os 9.600 euros, eis o resultados das simulações:

 

Neste caso o contribuinte não tem de pagar imposto dada a subida do mínimo de existência.

 

Este contribuinte continua a ter de pagar IRS, mas tem um aumento do seu rendimento disponível de 439,92 euros, isto porque passa a pagar apenas 20 euros de IRS.

 

Já no caso dos solteiros sem filhos com um rendimento bruto de 9.300 euros, o IRS a pagar passa de pouco mais de 500 euros para 320. Ou seja, tem um aumento de 183 euros no seu rendimento líquido anual.

 

Finalmente, se o contribuinte ganhar 9.600 euros brutos tem de pagar, em 2018, os mesmos 546,92 euros.

As simulações apresentadas dizem respeito a um sujeito passivo solteiro, mas basta multiplicar os rendimentos apresentados por dois para ter a simulação para um casal sem filhos.

Esta subida do limiar de existência (que já era conhecida desde setembro) foi negociada com o Partido Comunista, e deverá entrar em vigor no próximo ano com o Orçamento do Estado para 2018, embora os contribuintes só devam sentir algum alívio em 2019 quando acertarem as contas com o Fisco em relação ao rendimento auferido no ano anterior.

De sublinhar que de acordo com a última versão preliminar os trabalhadores independentes também deverão ser abrangidos por este travão ao IRS, beneficiando assim de um aumento do rendimento disponível.

Pressupostos das simulações da EY

  1. As presentes simulações foram efetuadas com base nas regras fiscais em vigor à data de preparação dos cálculos, incluindo a consideração do mínimo de existência de Euro 8.500 para 2017 (correspondente ao rendimento bruto líquido de IRS) e a consideração do aumento deste valor mínimo para Euro 8.980 no ano 2018, conforme noticiado.
  2. O cálculo do IRS a pagar foi efetuado considerando exclusivamente a situação de solteiro, sem dependentes, e considerando apenas a dedução à coleta por despesas gerais familiares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD propõe Maria Lúcia Amaral para provedora da Justiça

  • Lusa
  • 13 Outubro 2017

A antiga vice-presidente do Tribunal Constitucional é indicada pelo PSD para provedora da Justiça. O PS também está de acordo.

PSD indicou esta sexta-feira a ex-vice-presidente do Tribunal Constitucional Maria Lúcia Amaral para substituir no cargo de Provedor de Justiça José de Faria Costa, proposta que tem o acordo do PS, segundo um comunicado conjunto dos dois partidos.

As eleições para os órgãos externos da Assembleia da República estão marcadas para dia 20, depois de sucessivos adiamentos. A eleição do Provedor de Justiça implica a eleição por dois terços dos deputados – ou seja, implica um entendimento entre PS e PSD – e os dois partidos chegaram no ano passado a um acordo de princípio de que o nome a designar deveria caber aos sociais-democratas, depois de os socialistas terem escolhido um seu antigo ministro, Correia de Campos, para a presidência do Conselho Económico e Social (CES).

Maria Lúcia Amaral, nasceu em Angola, em 1957, e é formada em Direito e professora universitária. Foi eleita para o Tribunal Constitucional pela Assembleia da República (sob proposta do PSD) em 29 de março de 2007, assumindo depois o cargo de vice-presidente em outubro de 2012 e cessando funções no ‘Palácio Ratton’ em julho deste ano

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Imposto do Selo sobre o crédito aumenta em algumas situações até 14%

  • Lusa
  • 13 Outubro 2017

Segundo a versão final da proposta de Orçamento do Estado para 2018, o Imposto do Selo aplicado em algumas situações de crédito vai aumentar no próximo ano até 14%.

O Imposto do Selo aplicado em algumas situações de crédito vai aumentar no próximo ano até 14%, segundo a versão final da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018).

De acordo com o documento, são feitas alterações à tabela geral do Imposto do Selo (IS) em três pontos das operações financeiras, num aumento de cerca de 14% em cada um deles.

Assim, no crédito de prazo inferior a um ano (por cada mês ou fração) a taxa do IS sobe de 0,07% para 0,08%, no crédito de prazo igual ou superior a um ano a taxa aumenta de 0,9% para 1% e no crédito utilizado sob a forma de conta corrente, descoberto bancário ou qualquer outra forma em que o prazo de utilização não seja determinado ou determinável (onde se incluem os cartões de crédito) a taxa cresce de 0,07% para 0,08%.

Há dois anos, no Orçamento do Estado, o Governo subiu em 50%, para uma taxa de 4%, o IS aplicado a “outras comissões e contraprestações por serviços financeiros, incluindo as taxas relativas a operações de pagamento baseadas em cartões”, taxa que se manteve este ano e que não é alterada segundo a versão preliminar a que a Lusa teve acesso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros das empresas vão financiar Segurança Social

Governo quer consignar uma parte das receitas provenientes do IRC ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.

A partir do próximo ano, uma parte das receitas do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) vai servir para financiar a Segurança Social. A medida consta da proposta do Orçamento do Estado para 2018, que prevê a consignação de dois pontos percentuais das taxas previstas no Código do IRC ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS).

“Constitui receita do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), integrado no sistema previdencial de capitalização da segurança social, o valor correspondente a 2 p.p. das taxas previstas no Capítulo IV do Código do IRC”, refere o documento.

Esta consignação vai ser feita de forma faseada, até 2021, sendo que uma parte avança já no próximo ano. O faseamento será o seguinte:

  • 0,5 pontos percentuais em 2018;
  • 1 ponto percentual em 2019;
  • 1,5 pontos percentuais em 2020;
  • 2 pontos percentuais em 2021.

“Em 2018, é transferida para o FEFSS 50% da receita de IRC consignada nos termos do presente artigo (…). Em 2019, é transferida para o FEFSS a diferença entre o valor apurado da liquidação de IRC, relativa ao ano de 2018, deduzida da transferência efetuada nos termos do número anterior”, detalha ainda a proposta.

A utilização das receitas de IRC para financiar a Segurança Social é uma ideia defendida há já muito tempo pelo ministro das Finanças. Em 2015, o cenário macroeconómico que serviu de base ao programa eleitoral do PS, elaborado por Mário Centeno e outros economistas, já defendia a consignação de parte da receita de IRC ao FEFSS. Nesse relatório, os economistas defendiam uma consignação maior do que aquela que acaba por surgir agora na proposta de Orçamento do Estado: quatro pontos percentuais da receita de IRC, em vez de dois, com uma aplicação faseada em três anos, em vez de quatro. Esse relatório previa ainda a criação de imposto sucessório para heranças de valor superior a um milhão de euros, também para financiar a Segurança Social, uma medida que, pelo menos para já, não consta da proposta de Orçamento do Estado.

Também Vieira da Silva, ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, já tinha defendido, este ano, a “taxação dos lucros” no âmbito da diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social, ressalvando que “isso não deve significar um aumento da taxação global sobre a economia”.

Notícia atualizada às 13h15 com mais informação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.