Estremadura e Ribatejo: As novas ondas de energia

  • Filipe S. Fernandes
  • 14 Setembro 2017

Peniche tem um parque de produção de eletricidade a partir das ondas com ligação à rede. Este é um dos pontos altos da região em matéria de energia.

Em Peniche está situado um parque de produção de eletricidade a partir das ondas com ligação à rede. Consiste em três unidades WaveRoller, da empresa finlandesa AW Energy, tendo cada unidade uma capacidade de produção de energia de 100kW. Esta tecnologia está a ser testada desde 2007 ao largo da praia da Almagreira, em Peniche.

O parque, financiado por fundos europeus, segue o projeto da empresa Eneólica e teve como parceiros institucionais a Estaleiros Navais de Peniche, Wave Energy Centre-Centro de Energia das Ondas, Instituto Hidrográfico e Câmara Municipal de Peniche. Também a empresa australiana Bombora Wave Power quer implantar um parque de onda em Peniche de 60MW, tendo já obtido autorização para 1,5MW.

No Oeste, a produção de energia a partir de renováveis recai fundamentalmente sobre a energia eólica, sendo ainda de referir que os projetos no âmbito da eficiência energética e emissões de gases com efeito de estufa apresentam um investimento consideravelmente mais reduzido quando comparado com a área da gestão de resíduos. Em 2013, estavam em funcionamento na região Oeste cerca de 124 turbinas eólicas com uma potência total instalada de 234,41 MW. Em Leiria existiam em 2014 39 projetos tanto em empresas industriais como aproveitando os maciços da Serra de Aire e Candeeiros. Todo este crescimento económico implica um investimento nas infraestruturas energéticas do país.

O sistema eletroprodutor da EDP tem na região do Ribatejo e Estremadura uma das suas redes de produção mais importantes, papel destacado para a Central de Castelo do Bode. O aproveitamento é composto por uma barragem com 115 metros de altura, uma central com três grupos geradores tipo Francis com 57,3 MVA cada e dois grupos auxiliares.

Localizada na proximidade da foz do Zêzere, a sua albufeira é reserva de água e, pela sua capacidade, abastece todas as povoações ribeirinhas e é o maior abastecedora de Lisboa. É regularizadora das variações hidrológicas da bacia do Tejo e uma reserva energética estratégica. É utilizada pelos adeptos de desportos como o windsurf, vela, remo, motonáutica e jet ski, bem como da pesca desportiva (truta, achigã, enguias e lagostim vermelho).

As outras centrais são a Central do Cabril, no rio Zêzere, composta por uma barragem com 132 metros de altura (é a mais alta barragem portuguesa) e dois grupos geradores tipo Francis, com 61 MVA cada, e por um grupo hidráulico auxiliar que assegura a autonomia base da central, e uma subestação com duas saídas a 150 kV e uma a 15 kV para a ligação inter centrais.

A Central da Bouça, também no rio Zêzere, com uma barragem com 63 metros de altura, tem também uma central com dois grupos geradores tipo Francis, com 28 MVA cada. A Central de Pracana, localizada no rio Ocreza é composta por três grupos geradores tipo Francis, dois de 9,68 MVA e um de 28,5 MVA.

A subestação da qual saem uma linha de 30 kV que liga à central do Fratel e duas linhas de 63kV que ligam à central de Pracana, marca o ponto a partir do qual a energia é entregue à rede nacional. Finalmente, a Central do Fratel, no rio Tejo, é constituída por uma central composta por três grupos geradores com turbinas Kaplan com uma potência de 50 MVA cada. E uma subestação com saídas a 150 kV, e outra a 30 kV que liga à central de Pracana.

No contexto das crises energéticas de 1973 e 1979, entendeu-se alterar a estratégia de expansão do parque termoelétrico, construindo centrais destinadas a queimar carvão importado. A central Termoelétrica do Pego, situada a 150 Km a nordeste de Lisboa, e a 8 Km de Abrantes, na margem esquerda do Tejo, reforçou o sistema eletroprodutor com uma capacidade de 628 MW. É propriedade da empresa Tejo Energia, detida pela Trustenergy, com 56,25%, e pela Endesa, com 43,75%. A central é composta por dois grupos de 314 MW cada, equipados cada um deles com um gerador de vapor, um grupo turboalternador e um transformador. A ligação à rede nacional é feita por saídas a 400 kV.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE garante que Brexit não vai colocar Londres de parte nas relações comerciais

  • Lusa
  • 14 Setembro 2017

A Comissão Europeia garante que não pretende colocar o Reino Unido no “fim da fila” das negociações comerciais da União Europeia com países terceiros, como forma de castigo pelo Brexit.

A Comissão Europeia garantiu esta quinta-feira que não pretende castigar o Reino Unido, no quadro do ‘Brexit’, colocando-o no “fim da fila” das negociações comerciais da União Europeia com países terceiros, considerando mesmo essa ideia “um disparate”.

Numa conferência de imprensa para apresentação das iniciativas previstas pela Comissão Europeia na área do Comércio, ainda no quadro do discurso do Estado da União proferido na véspera pelo presidente do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, o vice-presidente responsável pelo Emprego, Crescimento e Investimento, Jyrki Katainen, e a comissária do Comércio, Cecilia Malmstrom, refutaram veementemente “a ideia de o Reino Unido ser o último parceiro com quem a União Europeia quer negociar acordos comerciais”.

Esqueçam esse disparate. Assim que soubermos que podemos arrancar com as negociações sobre a futura relação (com o Reino Unido), começaremos. Do nosso lado, não há uma prioridade política de manter o Reino Unido no fim da fila. Temos várias negociações em paralelo. Não vale a pena atirar mais achas para a fogueira, a situação já é complicada”, declarou Katainen.

Também Malmstrom recordou que “cabe ao Conselho determinar quando é que foram feitos progressos suficientes” nas negociações sobre as condições de saída do Reino Unido do bloco europeu para se passar para as discussões sobre as futuras relações, nas quais se incluem as comerciais, e apontou que, tal como referiu na semana passada o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, ainda não é o caso.

A comissária do Comércio enfatizou por outro lado que não tem necessariamente que haver uma “fila de espera”, pois a Comissão é capaz de negociar em simultâneo com vários parceiros.

“Temos uma fantástica capacidade de trabalhar em simultâneo. A Direção-Geral de Comércio não só tem uma equipa com grande experiência como também é liderada por uma mulher, e as mulheres têm capacidade de trabalhar em simultâneo”, gracejou.

Keep calm, don’t panic [Tenham calma, não entrem em pânico]”, completou.

Entre as propostas da “Comissão Juncker” para o próximo ano na área do Comércio, conta-se a intenção de lançar negociações de acordos comerciais com Austrália e Nova Zelândia, que “teriam por base os recentes acordos, celebrados com êxito, com o Canadá, Vietname, Singapura, bem como o Japão, entre outros, que alargam a aliança de países parceiros que se comprometeram a aplicar regras progressivas ao comércio mundial”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Impresa recupera: ações ganham quase 30% numa semana

A dona da SIC não vê perdas há cinco sessões consecutivas. Desde a última sexta-feira, os títulos já acumulam uma valorização de 28%. Títulos aproximam-se dos 30 cêntimos.

As ações do grupo Impresa estão em altas e sobem há cinco sessões consecutivas. Desde quinta-feira passada, dia em que as ações atingiram um mínimo desde maio, os títulos da dona da SIC já valorizaram 28%, embora com um volume de transações diário abaixo da média. Esta quinta-feira, ao início da tarde, as ações da empresa subiam 5,88% para 28,8 cêntimos.

Esta semana, e até ao momento, as ações do grupo de media português ainda não viram perdas, registando sessões com valorizações entre 2% e 7%. A trajetória é de recuperação e os títulos estão já bem perto dos 30 cêntimos, um valor ainda abaixo do máximo deste ano, quando as ações cotaram nos 47,8 cêntimos depois do anúncio da compra da concorrente TVI pela Altice — e com os investidores a anteciparem um cenário semelhante para a empresa de Francisco Pedro Balsemão.

Cotação das ações da Impresa na bolsa de Lisboa

No entanto, o desempenho da Impresa IPR 2,42% na bolsa foi penalizado, este verão, pelo falhanço numa emissão de obrigações. A empresa queria angariar até 35 milhões de euros, mas cancelou a operação alegando alterações no setor (o negócio milionário da Media Capital). No entanto, como apurou o ECO na altura, na base da decisão esteve a pouca procura.

Além disso, como o ECO noticiou, a Impresa encontra-se num processo de reestruturação do seu segmento de publishing. Francisco Pedro Balsemão está determinado a vender ou fechar a esmagadora maioria das revistas do grupo, ficando apenas com a Caras e com o semanário Expresso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

China investe cada vez menos no estrangeiro. E a culpa é do futebol

  • Lusa
  • 14 Setembro 2017

O Governo chinês diz que o investimento do país no estrangeiro caiu 41,8% este ano devido ao aumento nas restrições, que visa desencorajar investimentos desnecessários.

O Ministério do Comércio da China disse esta quinta-feira que o investimento chinês além-fronteiras caiu devido ao aumento nas restrições, criadas para desencorajar a compra de clubes de futebol e outros ativos considerados desnecessários ao desenvolvimento do país.

Segundo os dados anunciados, o investimento chinês no estrangeirou recuou 41,8%, nos primeiros oito meses do ano, face ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e agosto, as empresas chinesas investiram 68,7 mil milhões de dólares (57,7 mil milhões de euros) no exterior.

Encorajadas pelo Governo, as empresas chinesas aumentaram nos últimos anos os investimentos além-fronteiras, como forma de assegurarem fontes confiáveis de retornos e adquirirem tecnologia avançada.

Os reguladores chineses emitiram este ano, no entanto, um raro comunicado conjunto, no qual advertem para investimentos “irracionais” além-fronteiras, nos setores imobiliário, entretenimento e desporto, nos quais abundam “riscos e perigos ocultos”.

As autoridades afirmaram que querem que as empresas se foquem em ativos necessários à economia chinesa.

O Ministério chinês do Comércio anunciou que os investimentos feitos este ano foram sobretudo no setor manufatureiro, vendas por atacado, retalho e tecnologias de informação.

Algumas das empresas chinesas cujas aquisições no exterior praticamente pararam nos últimos meses detêm participações em importantes empresas portuguesas, como a Fosun e o HNA Group.

A Fosun é a maior acionista do banco Millennium BCP com 25,1% do capital, também detém 85% da seguradora Fidelidade (os restantes 15% do capital são da CGD) — que, por sua vez, é ‘dona’ do Grupo Luz Saúde — e ainda conta com uma participação de 5,3% na Redes Energéticas Nacionais (REN).

A HNA é acionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.

Segundo dados oficiais portugueses, desde que a China Three Gorges comprou 21,3% da EDP, em 2012, o montante do investimento chinês em Portugal já ultrapassou os 10.000 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vem aí o cartão de memória micro SD mais espaçoso do mundo

  • ECO + BONS RAPAZES
  • 14 Setembro 2017

Falta de espaço – um problema pelo qual todos passamos ou já passámos. Especialmente quando se trata de espaço virtual.

Por mais modernos que os nossos telemóveis e tablets sejam, chega sempre aquele momento em que temos de começar a apagar fotos e/ou vídeos – e é se queremos continuar a captar momentos. Toca a todos. Depois de, há pouco mais de dois anos, ter lançado o primeiro cartão micro SD com 200 GB no mundo, a SanDisk prepara-se para subir novamente a fasquia. Desta vez, a empresa especialista em soluções de armazenamento flash, anunciou o lançamento de um novo cartão de memória, com o dobro do espaço – exacto, 400 GB!

O SanDisk Ultra® microSDXC™ UHS-I deverá dar para armazenar até 40 horas de vídeos Full HD, para além de atingir velocidades de transferência até 100 MB por segundo, o que significa que podemos transferir até 1200 fotos por minuto. O cartão foi classificado como Application Performance Class 1 (Especificação de Desempenho A1), tornando-o uma opção viável para expandir a memória de qualquer smartphone ou tablet. Por enquanto, não há data de lançamento, mas especula-se que deva acontecer ainda este ano.


Este conteúdo foi produzido pela equipa do blog Bons Rapazes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BMW, TV e cervejas. Como em Angola se troca kwanzas por euros e dólares

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

Trocar kwanzas em Angola é cada vez mais difícil após as sucessivas desvalorizações. Muitos vão aos países vizinhos e até a Portugal tentar vender bens e assim conseguir outras divisas.

Num contexto em que trocar kwanzas por euros ou dólares tem vindo a tornar-se cada vez mais difícil, os angolanos encontraram novas formas de aceder às divisas estrangeiras. A Bloomberg conta esta quinta-feira a história de Filipe Afonso, que comprou duas motas BMW em segunda mão, enviou-as para Portugal e vendeu-as por euros. À semelhança de Filipe, vários angolanos deslocam-se até à República Democrática Congo para vender bens como televisões, fraldas ou cerveja e mais facilmente aceder a moedas estrangeiras.

Já Juliol Lusol desloca-se todas as semanas de Luanda para Luvo. A viagem estende-se por cerca de 560 quilómetros, com destino a um mercado ao ar livre, perto da fronteira angolana com o Congo. “Eu não quero lucro”, afirma, citado pela mesma fonte. “Eu só quero dólares”. Como resposta ao fluxo de importações angolanas no país, o Governo congolês já colocou um travão na entrada de uma série de produtos angolanos, através de uma interdição de seis meses.

Vários bancos internacionais têm vindo a colocar um travão nas suas reservas de dólares no país, dadas as suas preocupações com lavagem de capitais no sistema bancário. A contribuir para o cenário, a Câmara de Comércio e Indústria Angola-China e responsáveis portugueses ligados ao setor da construção falam de milhares de trabalhadores chineses e portugueses a abandonar o país africano, com as dificuldades de acesso a divisas estrangeiras.

Angola é um país altamente dependente do petróleo e da importação de bens de consumo. Considerado o segundo maior produtor de “ouro negro” do OPEP, o país viu o seu crescimento económico estagnar e uma diminuição na entrada de divisas. Além disso, a economia angolana tem vindo a presenciar uma desvalorização do kwanza e uma inflação de 40% só este ano. O banco central angolano limitou o acesso a dólares no passado mês de novembro. A instituição financeira colocou restrições aos montantes disponíveis para os bancos comerciais que, por consequente, limitaram levantamentos em balcão. Nas ruas, as kinguilas debruçam-se com enormes dificuldades em processar trocas monetárias.

A desvalorização da moeda coloca as autoridades num impasse: por um lado, poderá impulsionar as exportações e atrair investimento, por outro, fazer escalar ainda mais os preços junto dos consumidores. Tiago Dionísio, analista da Eaglestone Advisory SA, fala à Bloomberg sobre rumores em torno de uma nova baixa do kwanza. No entanto, acredita que tal não acontecerá antes do final deste ano. “A desvalorização colocaria uma maior pressão aos preços para os consumidores. Acho que as autoridades continuarão a defender o kwanza à custa das reservas internacionais”.

A Moody’s referiu no final de agosto que o Governo recentemente tomado por João Lourenço não terá outra escolha senão proceder a uma depreciação do kwanza. A moeda de Angola tem rondado os 166 face ao dólar desde abril de 2016. A pressão da procura por moeda estrangeira, porém, tem feito a moeda angolana ascender a máximos 630 kwanzas face ao dólar em junho, no mercado negro. Trata-se de uma desvalorização de cerca de 60% face à valorização oficial. Embora o banco central angolano tenha autorizado uma desvalorização da moeda na ordem dos 40%, David Earnshaw, analista da BMI Research (Grupo Fitch), referiu esta semana que ainda assim a divisa está “sobrevalorizada”, esperando um programa mais “flexível” no próximo ano que permita uma desvalorização de mais 20% face ao dólar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hotelaria regista 32 milhões de dormidas até julho

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Setembro 2017

Os estabelecimentos hoteleiros receberam, de janeiro a julho, mais 9,6% das dormidas que no ano anterior. Ainda assim, os turistas ficam menos tempo.

Até julho deste ano, os estabelecimentos hoteleiros portugueses alojaram cerca de 11,6 milhões de hóspedes, responsáveis por 32,1 milhões de dormidas. Estes valores correspondem a crescimentos de 9,6% e 8,5%, respetivamente, face ao mesmo período do ano anterior. Ainda assim, os turistas ficaram nos alojamentos menos tempo.

Os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística apontam também para um aumento de 17,3% da fatura dos estabelecimentos, com os proveitos totais a totalizarem os 1,8 mil milhões de euros. Estes faturaram, só no mês de julho, 428 milhões de euros, um aumento de 13,1% em relação ao mês anterior.

Turistas ficam menos tempo

Com as dormidas e os hóspedes a aumentarem, a taxa de ocupação líquida também cresceu três pontos percentuais para 50,1%. Ainda assim, nos sete primeiros meses de 2016 os turistas ficaram mais tempo nos alojamentos, com a estadia média no mesmo período deste ano a cair 1% para as 2,78 noites.

Considerando apenas o mês de julho, e comparando-o com o mês anterior, o crescimento de dormidas e hóspedes desacelerou, registando ainda totais de 6,9 milhões e 2,2 milhões respetivamente. Com o mês de julho a ser tipicamente mais popular entre os turistas que o de junho, o INE não aponta justificação para estes resultados.

Algarve foi o destino favorito, Açores o que mais cresceu

No mês de julho, foi o mercado interno que retomou o crescimento (3,0% comparado com a queda de 0,4% registada em junho), com os portugueses a contribuírem com dois milhões de dormidas. No lado inverso, o mercado externo desacelerou, crescendo 5,4% face aos 10,2% registados em junho, mas continuou a ser o que mais peso teve, com 4,9 milhões de dormidas.

Entre os povos que preferem o nosso país estão os britânicos, que representam 23,2% das dormidas de não residentes, os espanhóis (11% do total) e os alemães (10,5% do total). Destaca-se ainda o mercado brasileiro, que ao avançar 46,2% foi o que mais cresceu, e o norte-americano, que cresceu 27,8%.

E quais foram as regiões favoritas? Tanto os residentes como os não-residentes preferiram o Algarve para ficarem alojados, sendo que a região concentrou 40,5% das dormidas mensais, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa, com 21,2% das dormidas. Em termos de crescimento, as dormidas avançaram em todas as regiões, destacando-se a Região Autónoma dos Açores que, com 243 mil dormidas, cresceu 18,6% e a Região Centro que, ao registar 626 mil dormidas, cresceu 14,9%.

(Notícia atualizada às 12h37 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Défice dos Estados Unidos sobe 8,8% nos 11 meses de exercício

  • Lusa
  • 14 Setembro 2017

O défice dos Estados Unidos teve um ligeiro crescimento homólogo no mês de agosto. No entanto, nos 11 meses do exercício, subiu 8,8% para 674 milhões de dólares.

O défice orçamental do governo federal dos Estados Unidos teve um ligeiro aumento homólogo no mês de agosto. No entanto, nos primeiros 11 meses do exercício orçamental, a subida é acentuada.

O Departamento do Tesouro informou esta quarta-feira que o défice orçamental no mês de agosto cresceu 107,7 mil milhões de dólares (90,6 mil milhões de euros), um crescimento homólogo de 0,5% face ao mês de agosto de 2016.

A faltar apenas um mês para o fim do ano orçamental, que decorre de 1 de outubro a 30 de setembro, o défice relativo ao exercício de 2017 já totaliza 673,7 mil milhões de dólares, uma quantia que excede em 8,8% o valor referente ao mesmo período do exercício anterior.

No mês de julho, o Gabinete do Congresso para o Orçamento reviu em alta a sua previsão do valor do défice para 693 mil milhões de dólares, mais 18,3% do que em 2016.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

Do referendo em Espanha ao Brexit, passando por Lula da Silva e Donald Trump. Saiba o que está em destaque na imprensa estrangeira.

O Reino Unido aguarda com expectativa o discurso de Theresa May em Florença, sobre o Brexit. Em Espanha, o referendo à independência da Catalunha continua a dar que falar. E, no Brasil, a atenção está voltada para Lula da Silva. Saiba o que marca a imprensa internacional.

The Guardian

Olhos postos no discurso em Florença sobre o Brexit

No Reino Unido, a expectativa é muita em torno do discurso que Theresa May vai fazer em Florença, Itália, para atualizar informações sobre as negociações em torno do Brexit. A primeira-ministra britânica vai salientar a vontade do Governo de estabelecer uma “parceria profunda” com a União Europeia, assim que o Reino Unido saia do bloco. Leia a notícia completa aqui [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

El País

55 mil cidadãos chamados a formar mesas eleitorais para o referendo da Catalunha

O governo catalão estima que sejam necessárias 55 mil pessoas, entre titulares e suplentes, para assegurar as 6.300 mesas eleitorais no dia do referendo à independência, que o Tribunal Constitucional já suspendeu. Estas pessoas já estão a ser notificadas mas o presidente do Governo, Mariano Rajoy, apelou diretamente aos cidadãos para que não ajudem na organização desta consulta, salientando que o referendo é ilegal. Veja a notícia completa aqui [acesso gratuito conteúdo em espanhol].

Ekathimerini

Grécia aumentou impostos e contribuições em contraciclo com países industrializados

A Grécia aumentou os impostos e as contribuições para a Segurança Social, desafiando assim a tendência que prevalece entre os países industrializados, escreve a versão inglesa do jornal grego Ekathimerini. Tendo por base dados da OCDE, o jornal diz que a política do Governo está voltada para as metas orçamentais, ainda que isso prejudique a competitividade. Leia a notícia completa aqui [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

Reuters

Democratas dizem que Trump quer trabalhar a legislação sobre imigração. Mas o muro gera discórdia

O Presidente dos Estados Unidos e os líderes democratas no Congresso vão trabalhar juntos em legislação que proteja os imigrantes ilegais que eram crianças quando entraram nos Estados Unidos (os chamados dreamers). A informação foi dada pelos democratas, mas a questão em torno do muro na fronteira com o México parece continuar a gerar discórdia entre as partes, com declarações contraditórias. Veja mais aqui [conteúdo em inglês]

Estadão

Lula volta a ser ouvido no caso que envolve a Odebrecht

O ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, voltou a ser ouvido pelo juiz Sérgio Moro no caso dos alegados subornos pagos pela construtora Odebrecht. O assunto está em destaque no Estadão, que dedica um conjunto de notícias ao tema. Lula confirma que se encontrou com o empresário Emílio Odebrecht a 30 de dezembro de 2010, como revelou o ex-ministro Antonio Palocci, mas negou que se tenham discutido questões ilícitas. E criticou a “desfaçatez” de Palocci. Veja a notícia completa aqui [acesso condicionado / conteúdo em português].

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE2018: “Pode dar-se a ideia de que há uma espécie de folga”

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

Em entrevista, o ministro Pedro Marques falou do próximo Orçamento do Estado, da utilização dos fundos comunitários nos transportes e dos consensos políticos nos dois lados da bancada.

Pedro Marques afirmou-se confiante nos consensos na Autoeuropa.ECO

Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, afirmou que, “num certo sentido”, o Governo é “um pouco vítima dos resultados que foi entregando”. Em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, o ministro falou do próximo Orçamento do Estado, da utilização dos fundos comunitários nos transportes e dos consensos com os dois lados da bancada parlamentar.

“Se me está a perguntar se somos um pouco vítimas dos resultados que fomos entregando, é uma boa questão e pode, num certo sentido, ter razão de ser”, considerou Pedro Marques. “Se as contas públicas vão melhorando, se o emprego está a ser criado, pode dar-se a ideia de que há uma espécie de folga.” Ainda assim, o ministro garantiu que há “um caminho para fazer” e que essa trajetória não pode ser esquecida.

Quando confrontado com os conflitos sociais e políticos que têm assolado o país, como é o caso da Autoeuropa, de Pedrógão Grande e de Tancos, e com a crescente onda de contestação, Pedro Marques garante que o Governo tem provas de sucesso a mostrar na economia, que cresce “quase 3% por dois trimestres consecutivos”. Ainda assim, fica a promessa de “nunca desvalorizar esses conflitos”.

Aeroporto do Montijo não vai contar com fundos comunitários

Reafirmando a promessa de investir 500 milhões de euros provenientes dos fundos comunitários nos metros de Lisboa do Porto, bem como na linha de Cascais e no sistema de mobilidade do Mondego, Pedro Marques considera a promessa de Assunção Cristas de construir mais 20 estações de metro em Lisboa “própria de um período de campanha eleitoral”.

Em relação ao novo aeroporto na zona de Lisboa, que será feito através do alargamento da base do Montijo, o governante garantiu que “não está previsto” que sejam utilizados fundos comunitários no projeto, sendo que o que determina o contrato de concessão é que o investimento provenha das receitas aeroportuárias.

E se o dinheiro do 2020 não vai ser alocado, no período pós-2020 haverá necessidade de tal? “Não tenho essa expectativa”, avançou Pedro Marques.

Consensos à esquerda e à direita

A proposta lançada ao PSD por António Costa para construir um diálogo entre partidos sobre os fundos comunitários também foi alvo de análise, com o ministro a expor que “é preciso encontrar consensos mínimos na sociedade para não andarmos nos avanços e recuos”. Assim, para este não é uma viragem à direita, nem um afastamento das esquerdas, mas sim “uma questão de respeito pela democracia”.

Os consensos são também invocados por Pedro Marques para falar sobre a situação na Autoeuropa, sublinhando a importância desta indústria no que diz respeito ao investimento direto estrangeiro. Assim sendo, será necessário “um diálogo social e laboral adequado”, que o socialista confia que vai ser cultivado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto considerado o distrito preferido para os investidores de franchising

  • Lusa
  • 14 Setembro 2017

O Porto foi considerado pelos investidores o distrito português “prioritário para a expansão”. A cidade representava, no ano passado, 6,7% das preferências distritais dos empresários.

A Invicta foi considerada um local de eleição para os investidores, que a classificaram como o distrito do país “prioritário para a expansão” dos negócios.

Carlos Santos, responsável pela organização do Porto Franchise — um evento onde o tema principal são as novas oportunidades de negócio e que vai decorrer na cidade no próximo dia 21 — avançou à Lusa que a região Nortetem uma tradição em termos empresariais muito forte e essa situação acontece também no franchising”.

“É uma região com um forte dinamismo. Muitas marcas nacionais nasceram na região Norte”, disse o responsável. Olhando para os dados do 22.º censo de “franchising” realizado pelo grupo IFE, o distrito do Porto é o eleito dos empreendedores e empresários da área, reunindo 6,7% das preferências, à frente de Lisboa (6,4%) e Faro (6,1%).

“Numa altura em que a confiança dos portugueses, a taxa de desemprego e o volume de consumo estão em níveis de há nove anos, o franchising representa 2,79% do PIB [Produto Interno Bruto] nacional, com um volume de negócios de 5,2 mil milhões de euros“, lê-se na análise disponibilizada pelo grupo IFE.

Será organizado no Porto um dia totalmente dedicado ao networking, com enfoque nas novas oportunidades de negócio e de debate sobre as tendências no mercado. Segundo a organização, a mesma que promove em Lisboa a Expofranchise, estão confirmadas 40 marcas e “prometidas oito horas de interação”. Trata-se de um evento “importante, por exemplo, para quem pretender criar o seu próprio negócio, ou seja, promover o autoemprego”.

“Organizamos a Expofranchise com caráter nacional, mas sentimos que há no Porto um mercado de potenciais franchisados, constituído por empreendedores que andam à procura do seu negócio, como também de empresários que queiram diversificar a sua atividade”, descreveu Carlos Santos, frisando que o evento é vocacionado a “toda a zona Norte e Centro”.

Um especial destaque para um espaço onde decorrerão várias palestras e intervenções que pretenderão responder a questões como “O que é isto de empreender em franchising? O que é o franchising? Cuidados a ter e abordagens a fazer às marcas“.

Nos momentos de conversa e debate existirão três vertentes: intervenções das marcas, contributo de franchisados que darão o seu testemunho e a possibilidade de estar perante consultores que acompanham a expansão das marcas em franchising, mas também intervêm ao nível do recrutamento.

“Há uma grande uniformidade em termos de prioridades de expansão. As marcas querem expandir-se de Norte a Sul. Mas há ligeiros destaques e o distrito do Porto é o mais referido. Aliás, se somarmos os vários distritos do Norte e Centro do país, há de facto um alvo prioritário da maioria das marcas”, frisou à Lusa, Carlos Santos.

Já em comunicado, o grupo IFE nota que esta é “uma tendência natural se for tido em conta que o Porto, fortemente industrializado, sempre foi economicamente mais representativo do que a capital” e realça que a cidade foi vencedora de vários galardões nos últimos anos na área do turismo, entre os quais o “European Best Destination 2017”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Condomínios têm de comunicar grandes proprietários

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

Beneficiários efetivos terão de ser comunicados ao Instituto de Registos e Notariado nos casos em que os proprietários detenham mais de metade da permilagem de prédios de valor elevado.

Os condomínios de elevado valor vão ter de manter um registo atualizado dos beneficiários efetivos dos imóveis caso existam grandes proprietários a controlar boa parte das frações. A informação terá de ser comunicada periodicamente ao Estado, e o objetivo é saber quem são as pessoas singulares que estão por detrás da grande propriedade imobiliária, escreve o Jornal de Negócios.

A tarefa é simples se o prédio for detido por um particular. Mas se por uma ou várias sociedades, fundos ou outros veículos, torna-se mais complicada, já que o objetivo é conhecer os verdadeiros rostos que estão por detrás dos negócios. A medida resulta das novas regras de prevenção da lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, que obriga à divulgação de beneficiários efetivos.

A obrigação declarativa apanha os condomínios sobretudo no caso de prédios constituídos em propriedade horizontal com valor patrimonial tributário global acima de dois milhões de euros e em que um proprietário concentre mais do que 50% da permilagem total.

Ainda que isto exclua a maior parte dos casos, acabará por centrar-se no grande património imobiliário como edifícios para escritórios ou prédios reabilitados para alojamento local, diz o jornal citando Diogo Damião, especialista em Direito Comercial e Societário na Telles.

A informação tem de ser comunicada periodicamente ao Instituto de Registos e Notariado (IRN).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.