Wall Street continua no verde e até o petróleo sobe

  • Marta Santos Silva
  • 13 Setembro 2017

O dólar passou mais um dia a ganhar contra o euro, o petróleo subiu e os três índices de Wall Street mantiveram-se perto dos seus máximos, no que é mais um dia numa semana verde para Nova Iorque.

Wall Street continuou em mais um dia de recuperação, com os três índices principais a manterem-se próximos de valor recorde, o dólar a subir em relação ao euro pelo terceiro dia consecutivo, e mesmo o petróleo a negociar positivamente. Em Nova Iorque, os investidores procuram perceber o que é que o banco central vai dizer sobre as taxas de juro numa altura em que se antecipam os dados da inflação.

Após um dia de recorde, o índice de referência S&P 500 manteve-se quase inalterado, subindo 0,08% para os 2.498,37 pontos. O tecnológico Nasdaq também subiu apenas um pouco, 0,09%, enquanto o industrial Dow Jones aproveitou a boleia para ganhar um pouco mais, chegando aos 22.158,18 pontos, um acréscimo de 0,18% em relação a ontem, terça-feira.

O petróleo também negociava muito positivamente à hora de fecho da bolsa nova iorquina. O Brent, em Londres, subia 1,6% para os 55,14 dólares por barril, e o WTI, negociado do outro lado do Atlântico, subia a pique 2,33% para os 49,34 dólares. Estas subidas seguiram-se a um anúncio feito pela Agência Internacional de Energia de que a procura deverá subir este ano, mais do que nalgum ano desde 2015.

O dólar, por sua vez, continua a beneficiar de um aumento da expectativa de que a reforma fiscal que Trump promete venha finalmente a concretizar-se. Dentro de duas semanas, garante a Casa Branca, deverá haver um esqueleto dessa legislação preparado.

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Na guerra dos tarifários para jovens, é o plafond de dados que ganha

  • Juliana Nogueira Santos
  • 13 Setembro 2017

SMS? Chamadas? Já nada disto conta quando os jovens têm de escolher o tarifário. Agora quem ganha é quem oferece mais internet ou mais aplicações sem gastar dados.

Ainda que o telemóvel não saia das mãos dos jovens, as necessidades destes mudaram. Longe vão os tempos em que se comunicava através de mensagens escritas (sms) e os minutos passavam a horas nas chamadas. Agora, escrever só nas aplicações de mensagens instantâneas e falar só em vídeos ou áudios. Assim, os jovens passam a precisar de tarifários com plafonds de dados móveis mais generosos — ou então precisam de pedir sempre a palavra passe do wi-fi…

Entre Facebook, WhatsApp, Snapchat e YouTube, as operadoras já estão a adaptar as ofertas de internet àquilo que os clientes consomem e, é por isso que as três maiores telecoms a operar em Portugal têm marcas especialmente dedicadas à camada mais jovem. A Moche (Meo), a WTF (Nos) e a Yorn (Vodafone) disponibilizam tarifários com três plafonds diferentes — 500 megabytes, 1 gigabytes e 5 gigabytes — a preços muito semelhantes.

Ao ECO, Sofia Costa, analista da DECO, garante que “as diferenças são na ordem dos cêntimos”, à exceção dos planos da WTF “que normalmente são um pouco mais baratos”. Mas o que é que ser Moche, WTF ou Yorn significa na hora de navegar?

Plafonds à medida de qualquer um

Em termos de oferta de comunicações, as três operadoras seguem todas a mesma cartilha com os pacotes de voz a variarem entre os 500 minutos (Moche Legend 500 MB e WTF W) e os 5 mil minutos (Moche Legend 5 GB e WTF F). Nos SMS, apenas a Moche estima que são 1.500 para rede Meo e 250 para outras redes. No caso da Yorn, os três pacotes incluem 10 mil minutos ou SMS para Yorn e 100 ou 5 mil (Yorn X 5GB) chamadas ou SMS para outras redes.

Mas como é a internet que importa aos jovens, a concorrência fica mais apertada quando se fala de aplicações que não gastam dados móveis. Ainda que haja um plafond mensal de dados, as três operadoras não cobram consumo em determinadas aplicações, como é o caso das redes sociais e das plataformas de mensagens instantâneas. A Moche e a Yorn não cobram consumo em 13 aplicações, acrescendo-lhe cinco gigabytes para utilizar apenas no YouTube e no Twitch, uma plataforma de streaming utilizada maioritariamente por gamers.

Ainda assim, as opções que poderão estar mais de acordo com aquilo que os jovens querem serão aquelas que incluem Spotify: “As aplicações mais apreciadas pelos jovens são o Spotify e o YouTube“, garante a analista da DECO. “São as mais utilizadas, mas que gastam mais dados”. Os pacotes de 1 GB e 5 GB (WTF F e T, respetivamente) juntam às dez aplicações “grátis” 5 gigabytes para utilizar no Spotify e no YouTube, enquanto na Yorn o Spotify está incluído na lista das 13. Na Moche, a aplicação de streaming de música que está incluída no pacote de aplicações é a Meo Music.

E se, com as palavras “aplicações sem gastar dados”, parece não existir limite, não é isso que acontece. A Moche e a Yorn impõem “políticas de utilização responsáveis” que ditam o limite de tráfego que pode ser consumido nestas aplicações. No primeiro caso o limite é de 15 gigabytes, enquanto na Yorn é de 10 gigabytes. A WTF é a única que não declara quaisquer limites e, segundo Sofia Costa, “não temos queixas de pessoas a quem tenha sido cobrado mais”.

Além disto, cada operadora tem parcerias com outras marcas para oferecer descontos aos seus clientes. As três oferecem oportunidades nos cinemas, com a Moche a disponibilizar bilhetes a quatro euros no Cinema City, a WTF a oferecer dois bilhetes por um nos Cinemas Nos e a Yorn a dar bilhetes por três euros nos UCI Cinemas, com direito a menu médio de pipocas e bebidas por três euros. Entre parcerias com restaurantes e lojas, está também a parceria da Yorn com o Spotify que garante apenas aos clientes do tarifário X 5 GB Spotify Premium grátis.

Começar pelos pacotes mais baixos

Por todas estas opções incluírem pelo menos dez aplicações cujo consumo não é creditado — ou pelo menos até um certo número — e por esta “política de utilização responsável” ser suficiente para um uso comum, a DECO, pelas palavras de Sofia Costa aconselha a experimentar os pacotes mais baixos (500 megabytes), com cada um a perceber as suas necessidades. O preço destes diverge entre os 9,75 — Moche Legend 500 MB e Yorn X 500 MB — e os 9,8 euros mensais — WTF W 500 MB.

Os pacotes intermédios custam entre 11,8 — WTF T 1 GB — e 11,92 euros mensais — Moche Legend 1 GB e Yorn X 1 GB. Os mais generosos oscilam entre os 16,8 — WTF T 5 GB — e os 17,29 mensais — Moche Legend 5 GB e Yorn X 5 GB –, sendo que estes valores são divididos e cobrados semanalmente. “À partida, os tarifários de 5 GB não serão necessários para uma utilização normal”, afirma a analista da DECO.

Internet em casa e no telemóvel

Para esta nova geração de clientes, principalmente os que saem de casa dos pais e ganham independência financeira, a Nos criou um pacote que oferece internet dentro e fora de casa, o Nos Indie. Em casa, as velocidades de download são até 100 megabytes por segundo, enquanto no telemóvel pode gastar até três gigabytes. Para além disto, o Indie também oferece 20 gigabytes para gastar nas aplicações que são mais utilizadas, como o WhatsApp e o Facebook, e mil minutos ou SMS para todas as redes. Tudo isto para nunca mais ter de ser aquele amigo que, a partir do meio do mês, tem de pedir a palavra passe do wi-fi.

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A resistência da cerâmica à China e a globalização dos moldes

  • Filipe S. Fernandes
  • 13 Setembro 2017

A cerâmica teve de lutar contra o dumping chinês e aproveitou para subir na cadeia de valor, os moldes são um negócio por natureza globetrotter. Pelo meio as peles procuram roupagens ecológicas.

A CS Telhas de Porto de Mós tem hoje uma capacidade produtiva anual de 57 milhões de telhas, é líder de mercado em Portugal e está presente em mais de 30 países. É um exemplo do lastro histórico da indústria cerâmica na Região de Leiria e do Oeste.

Foi em 1927 que José Coelho da Silva começou o fabrico artesanal da telha de canudo. O salto da indústria mecânica para a indústria de ponta deu-se com a terceira geração, em 1982, altura em que construíram a segunda unidade, com tecnologia de cozedura contínua, que aumentou a capacidade de produção de dois milhões para dez milhões de telhas por ano.

Faturávamos 35.000 contos por ano e investimos 220 mil contos. Tivemos de nos endividar fortemente”, recorda José Coelho da Silva, o neto que ainda hoje lidera a empresa. “Os bancos estiveram connosco desde sempre. Tínhamos um bom nome no mercado.”

Dez anos depois, foi criada a terceira fábrica. “Foi uma revolução completa. Não havia ninguém com esta tecnologia de cozedura, que trouxe uma melhoria da qualidade do produto”, garante José Coelho da Silva. Em 2002, investiram 20 milhões na quarta unidade, que potenciou a capacidade de produção em mais de 90%. Três anos depois, viraram-se para o mercado externo. O atual desenho das unidades fabris é finalizado em 2012, com a Fábrica 5, dotada da mais recente tecnologia e destinada ao fabrico de produtos da gama premium. “Esta indústria é de capital intensivo. O investimento tem de ser permanente. Ao nível da capacidade produtiva e do tipo de tecnologia, lideramos no sul da Europa”.

Mas esta empresa não foi afetada como foram as outras indústrias cerâmicas como os pavimentos, cerâmica decorativa e utilitária. Essas experimentaram uma crise violenta com a entrada da China no mercado mundial, em 2002, na sequência do acordo com a Organização de Mundial de Comércio: na altura, a cerâmica quase foi dizimada em Portugal e na Europa.

Em fevereiro de 2012, a APICER (Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica) instaurou dois processos antidumping junto da Comissão Europeia contra as importações da China de pavimentos e revestimentos cerâmicos e de artigos para serviço de mesa ou de cozinha, de cerâmica. Como refere Marcelo Sousa, foi um processo que exigiu organização porque, para que fosse viável era necessário mostrar que havia uma relação de causa — o antidumping –, e efeito — os prejuízos das empresas portuguesas e europeias.

As questões não se resumiam ao dumping da China, ao colocar à venda na Europa produtos cerâmicos muito abaixo do seu custo de produção, mas ao incumprimento em relação ao teor de chumbo e das regras sociais e ambientais. Depois de nove meses de investigação, a Comissão Europeia considerou que a queixa tinha argumentos e factos sólidos para ser apreciada. Em fins de 2012, entraram em vigor as taxas de importação entre 15,9% e 59,3% impostas pelo Comité Antidumping da União Europeia para as cerâmicas chinesas que entrassem na União Europeia impostas pelo Comité Anti-Dumping da União Europeia.

Marcelo Sousa era vice-presidente da APCER e foi um dos artífices desta ação, até porque sentia na pele — e na da empresa que gere, a Matcerâmica –, os efeitos desta concorrência exacerbada e fora das regras. Como recorda, foi uma ação que teve os seus riscos porque também ia contra os interesses de alguns dos principais clientes da cerâmica portuguesa. No entanto, era fundamental ganhar tempo para mudar.

Do branco ao impresso

No início do processo antidumping cerca de 80% dos pratos que a Matcerâmica fabricava eram brancos: hoje faz pratos com impressão, com relevo. Como diz Marcelo Sousa, “acrescentou valor ao produto”. Começaram por investir em novos equipamentos mas sobretudo em conhecimento e tecnologia, em colaboração com as universidades, politécnicos e centros tecnológicos. De tal forma que, em 2015, registaram uma patente. Hoje produzem mais de um milhão de peças por mês, são o maior exportador no setor e têm a fábrica que mais produz na Europa na área da cerâmica utilitária e decorativa. No ano de 2016 as exportações portuguesas de produtos cerâmicos a 701 milhões de euros.

A indústria de cerâmica está hoje entrelaçada com o capital e os mercados globais e estrutura-se em torno de grupos internacionais e de projetos nacionais. A Roca é uma das principais multinacionais no mercado da cerâmica. Com origem na Catalunha, em 1917, começou por fabricar radiadores, caldeiras e, dois anos depois, banheiras. A porcelana só chegaria depois, em 1936.

Em 1972 iniciou a venda dos seus produtos em Portugal e a produção de louça sanitária no país, depois da compra da antiga Nova Cerâmica da Madalena. Hoje é a marca líder mundial em espaços de banho e, é a partir das 76 fábricas que fornece a rede de distribuição em mais de 135 países. Muito dos produtos são produzidos em Portugal — onde a empresa conta com mais de 600 trabalhadores e fatura mais de 70 milhões de euros. Tem uma capacidade de produção de 2,5 milhões de peças anos e pode fazer mais de 200 referências, fabricando hoje, além de sanitários — de que é o principal fornecedor do grupo — também torneiras (desde 1999, numa fábrica em Cantanhede).

A fabricação e transformação da cerâmica, do vidro e da pedra, bem como o fabrico de produtos metálicos (que inclui a produção de moldes) e setor metalomecânico (fabricação de produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos) têm um peso significativo tanto na região de Leiria como no Oeste, onde se destacam as atividades de extração de calcário e alguma indústria cerâmica como as Faianças Bordallo Pinheiro — hoje detidas pelo grupo Visabeira — ou a SPAL, que tenta ressurgir das cinzas.

Outra das empresas relevantes neste setor é a Sival. Fundada em 1944, arrancou com o fabrico de gessos tradicionais para construção civil e indústria cerâmica. Em 1962, inaugurou a sua Fábrica de Plásticos, para produção de tubos e acessórios em Polietileno de Baixa Densidade e chapa em Policloreto de Vinilo (PVC). Em 1986, criou a Sival-Gessos Especiais, dedicada ao fabrico e comercialização de gessos aditivados. A década de 90 trouxe novas mudanças nas fábricas, com a aquisição de novos fornos de calcinação e modernização do layout, alcançando melhorias significativas na sua estrutura produtiva. Em 2009, a Siva inaugurou uma nova torre de mistura que permite a produção de novos e sofisticados produtos, como massas para gessos cartonados e gessos com adição de fibras. A colaboração com a Faculdade de Engenharia do Porto deu origem, em 2014, ao Sistema Sival Thermo C, que consiste num sistema de revestimento de paredes e tetos interiores, à base de gesso nacional e incorporação de cortiça, uma matéria-prima com excelentes propriedades de isolamento térmico e acústico.

A importância e o peso da indústria cerâmica originaram, a montante, uma indústria de equipamentos. Neste, destacam-se empresas como a Leirimetal: depois de absorver, em 2012, a Teclis, também detém a Estudicer. Entre as mais-valias, constrói máquinas, oferece soluções para a indústria da cerâmica estrutural de barro vermelho — com projetos de chave na mão — e já exporta para Angola, Espanha, Brasil, Argélia e França, tendo iniciado em 2009 atividades na Venezuela.

Também a IPIAC Nery, em Torres Novas, e integrada no Grupo Italo espanhol A. Putin (fundado em 1963) que engloba empresas em Espanha, Portugal, Brasil e Itália, produz equipamentos para o setor da cerâmica estrutural, tijolos e telhas, entre outros. Tem a sua génese na Metalúrgica Costa Nery, fundada em 1885 e que, em 1995, se transformou em Maquiceram – Máquinas para Cerâmica até ser absorvida pelos italianos.

A Barracha, empresa fundada em 1984 e com sede em Leiria, iniciou a sua atividade com o fabrico de fornos para o artesanato, e desenvolve e produz atualmente pequenas muflas, fornos elétricos de laboratórios, fornos industriais a gás de grande dimensão, rodas de oleiro, bancadas de enchimento aquecidas, diluidores, cabines de vidragem, materiais de enforna e outros equipamentos e materiais inerentes à pintura em porcelana e cerâmica.

A Secil do grupo Semapa, liderado por Pedro Queiroz Pereira, dispõe a norte do Tejo de dois centros de produção: um em Maceira Liz, na região de Leiria e fundado por Henrique Sommer, e outro em Pataias (região Oeste) que fabrica cimento branco nas instalações fabris que pertenceram à Cibra do empresário Joaquim Matias. No seu conjunto, estas duas unidades asseguram mais de 35% das necessidades de cimento em Portugal. A Secil, para além de cimento, tem uma oferta diversificada de materiais e produtos para o setor da construção como cal hidráulica, argamassas, fibrocimento e pré-fabricados em betão.

As peles em automóveis de luxo e os plásticos

A Couro Azul voltou a ser, em 2017, uma das empresas portuguesas entre as 1.000 pequenas e médias empresas mais inspiradoras da Europa, de acordo com a London Stock Exchange (LSE). Esta seleção procura distinguir empresas com uma faturação de até 300 milhões de euros e maior velocidade de expansão. Fundada em 1989, a Couro Azul é a mais moderna unidade industrial de curtumes em Portugal. Concretizando a estratégia de diversificação do grupo Carvalhos, a Couro Azul está essencialmente vocacionada para os setores automóvel e aeronáutico. A empresa pertence ao grupo Carvalhos, que começou no negócio das peles em 1939, e que ainda hoje fornece as indústrias do calçado e marroquinaria com as melhores e mais inovadoras soluções a partir do curtume de ovino, caprino e bovino.

Se a Couro Azul fornece entre outras empresas a Porsche, a Inducol – Indústria de Peleteria Cruz Costa, localizada em Santarém fornece ou já forneceu materiais para marcas como Chanel, Prada, Longchamp, Hérmes ou Louis Vuitton. Hoje gerida pela segunda geração da família, tem ainda em António Cruz Costa o grande referente.

As empresas são muito vulneráveis. Hoje estão bem mas amanhã, por uma série de circunstâncias várias, podem cair e morrer. Pode acontecer a qualquer empresário, mesmo aos que têm muito sucesso neste momento. Acredito muito nos empresários que trabalham bem e que são empreendedores sem fazerem alarde disso. A minha filosofia empresarial é ser discreto e estar na sombra”, dizia recentemente o fundador. A empresa emprega cerca de 250 trabalhadores e dedica-se a um setor com forte tradição e vocação exportadora, transacionando para o mercado externo cerca de 90% da sua produção. O produto exportado foi, ao longo do tempo, ganhando posição no mercado mundial numa área atingida por uma imagem de referência internacional. Setor tradicionalmente vocacionado para o calçado, implementou uma estratégia de diversificação da atividade para outros mercados, nomeadamente, o vestuário, a marroquinaria, o automóvel e a aeronáutica.

A indústria dos curtumes tem especial tradição no Ribatejo, onde se situam 80% das empresas de curtumes nacionais, principalmente no concelho de Alcanena, mas também em Amiais de Cima, no norte do concelho de Santarém. Em Alcanena, as 60 empresas existentes empregam cerca de 2600 pessoas, e são responsáveis por um volume de negócios de 280 milhões de euros e 40% de quota exportadora. A requalificação de seis milhões de euros da rede de coletores foi o derradeiro investimento da Câmara de Alcanena pela boa imagem da indústria de curtumes. “Temos aqui um produto de excelência e uma indústria de excelência a nível mundial”, sublinhava ao mediotejo.net o vereador responsável pelo urbanismo, Hugo Santarém, num município que fez os possíveis por se distanciar dos problemas ambientais, prejudiciais à evolução do negócio.

Devido à vocação exportadora específica em alguns concelhos da região de Leiria, como é o caso da Marinha Grande, constata-se também uma elevada dispersão da percentagem de exportações no total de volume de negócios. Ao nível das atividades, refira-se ainda que, e apesar de a indústria ter um peso considerável na região de Leiria, esta influência não era homogénea em todos os concelhos. Por exemplo, na Marinha Grande, 62,5% do valor acrescentado bruto é de natureza industrial enquanto, em Óbidos, o contributo deste setor para a economia local é de apenas 7,8%.

“Na região Centro e, em particular na de Leiria, localizam-se inúmeras fábricas de transformação de matérias plásticas, com produções orientadas para múltiplos segmentos compostos de polímeros – uma empresa intervém neste segmento localizado a montante e fabricando compostos com aplicação em vários setores. (…) Qualidade e custos acabaram por impor um padrão ou de joint venture ou de aquisição dessas empresas por fornecedores estrangeiros dos construtores europeus”, refere-se em Portugal ao Centro, obra dirigida por Félix Ribeiro e João Ferrão, publicada pela Fundação Gulbenkian.

Mas há também grupos que, com um pé no cluster de plásticos e moldes, diversificam para outras atividades como o grupo Mekkin, atual denominação do grupo Meneses. Detém a Cabopol – Polymer Compounds que é um dos players europeus na produção de compostos termoplásticos e reticuláveis, e que com uma capacidade produtiva de 110.000 toneladas e uma enorme diversidade de produtos, da indústria automóvel, hospitalar, embalagem, cablagens, calçado e construção. O grupo tem também negócios na indústria metalomecânica — a Blocotelha — e, na engenharia, com a Poligreen. Com cerca de 430 colaboradores diretos e 500 indiretos, o grupo tem já filiais em Espanha, Marrocos, Argélia, França e Sérvia e uma faturação de quase 150 milhões de euros.

Existe um conjunto alargado de empresas de plásticos, nomeadamente embalagens, como a bem conhecida Tupperware, de origem norte-americana, que está desde 1965 presente na distribuição em Portugal, e dispõe de instalação fabril em Abrantes, no Médio Tejo, sendo das maiores exportadoras de produtos em plástico, neste caso para uso doméstico. A Iberoalpla Portuguesa, empresa localizada na Marinha Grande, é fabricante e exportadora de embalagens em plástico para as indústrias de bebidas, farmacêutica, cosmética, entre outras. A Plastidom, dona da marca Domplex, é uma empresa de Leiria especializada na produção de paletes e contentores-palete em plástico, e embalagens em plástico para vários setores da indústria e agricultura, além de artigos em plástico para uso doméstico ou no escritório.

Na área do habitat, o grupo Matos (Matosgest), localizado na Marinha Grande, partiu dos moldes para integrar verticalmente o fabrico de artigos de matérias plásticas, com as empresas Plimat e Plimex, tornando-se um fornecedor da construção civil (fabrico de componentes sem plástico para canalizações, válvulas de alta qualidade para a condução de água potável e outros). Detém ainda a Matosplás, empresa especializada em injeção de termoplásticos, e a Matos Molde, vocacionada para o fabrico de moldes de alta qualidade para injeção de plásticos.

No que respeita aos plásticos para o setor automóvel referem-se vários exemplos, mas que têm a particularidade de cada vez mais serem empresas de capital estrangeiro a ter um papel relevante. Em 1998, a Key Plastics, hoje detida pelo Mecaplast Group, adquiriu a MAP – Matérias Plásticas, da família Filinto, especializada na engenharia, design e fabrico de componentes para o habitáculo automóvel e para aplicações no seu exterior (vd. faróis). Este grupo norte-americano, que chegou a ser liderado por Rui Filinto — presidente do Conselho Superior da D. Dinis, Business School — dispõe também de unidades no México, na China e Japão.

Por sua vez, a Interplástico, empresa da Marinha Grande que vendia 55% da produção para o setor automóvel, passou a fazer parte da francesa Bourbon Automative, do grupo Plastivaloire. Tal como a CIE Plasfil, por aquisição da Plasfil na Figueira da Foz, passou para o grupo espanhol de Bilbao, CIE, e reorientou a atividade da empresa para os componentes plásticos da indústria automóvel. Também o grupo Iberomoldes produz componentes em plástico para o habitáculo automóvel através da Iber Oleff – Componentes Técnicos em Plástico, começou por ser uma joint venture com um grupo alemão.

A inovação e a engenharia dos moldes

A sede e o coração da Carfi, na Marinha Grande, contam com uma moderna unidade industrial mas é na área logística, que se assemelha a uma loja do “mestre André” robotizada — com equipamentos modernos e áreas bem delimitadas — que o grupo mais surpreende. Com uma patente mundial de um lubrificador automático, a Carfi desenvolveu uma fechadura eletrónica, a C-Lock, para eliminar as chaves e garantir a confidencialidade da documentação nos gabinetes da empresa. A solução dispensa as chaves e os códigos podem ser facilmente modificados.

Com mais de uma dezena de engenheiros de desenvolvimento de produto, o fabrico tanto pode ser em Portugal como na fábrica na Polónia. A empresa tem também uma advogada na área das patentes e da propriedade industrial, que gere a rede de empresas: Inovstep, Carfi Tools, Carfi Portugal, Carfi Polónia e a Grada Europe. Esta fábrica oferece serviços de engenharia de polímeros, engenharia eletrónica e eletromecânica, design, registo de patentes, bem como produção de ferramentas e em série. Exporta 97% da produção, nomeadamente para a Finlândia, a Alemanha, a Suíça, a Dinamarca, mas também a China, a Índia e a Rússia, num total de 19 países.

As exportações de moldes ascenderam, em 2016, a 626 milhões de euros e foi a quinta vez consecutiva que bateu recorde, ultrapassando pela primeira vez na sua história a barreira dos 600 milhões. Face a 2010, o resultado representa um crescimento de 92%. Atualmente, Portugal é o terceiro maior produtor europeu e oitavo a nível mundial. O setor é composto por cerca de 450 empresas, maioritariamente localizadas em duas regiões (Marinha Grande e Oliveira de Azeméis) e que integram aproximadamente nove mil trabalhadores. Mas, como refere Portugal ao Centro, “no que respeita à componente de mecânica de precisão deste cluster, caracteriza-se pela predominância de empresas da indústria dos moldes para plástico e tem na Marinha Grande e, embora em menor escala, em Leiria, a sua principal base no país. É constituído por dezenas de PME que, no conjunto, exportam mais de 80% da sua produção”.

 

O Grupo Socem também foi uma das 12 empresas portuguesas destacadas pela London Stock Exchange entre as 1000 pequenas e médias empresas mais inspiradoras da Europa. Liderado por Luís Febra, surgiu em Leiria em 1985 e é constituído pela Socem Moldes, Socem MS para moldes de grande dimensão, SepTec, Spim — para desenvolvimento de conceitos e processos inovadores –, a Socem Impact e a Maxiplás, dedicada ao fabrico de plásticos técnicos.

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Novo Banco: Processo do BCP não trava venda. Mas como?

  • Rita Atalaia
  • 13 Setembro 2017

O BCP quer travar a garantia na venda do Novo Banco, não a alienação do banco. Mas como se evita a anulação da venda no processo que entrou no tribunal? O BdP pode "escudar-se" na legislação.

“Temos o dever de defender os interesses dos acionistas.” Foi assim que Nuno Amado reagiu quando confrontado com o processo que o BCP colocou em tribunal para travar a garantia concedida pelo Fundo de Resolução na venda do Novo Banco. Mas o presidente do BCP também deixou claro que o objetivo não é travar a alienação do banco de transição aos americanos do Lone Star. Mas esta ação judicial não vai mesmo impedir a venda? Tribunal e Banco de Portugal (BdP) podem garantir que isto não acontece, mesmo que venha ser dada razão jurídica ao BCP.

Foi no início do mês que o BCP avançou com um processo para travar a garantia de 3,9 mil milhões de euros concedida pelo Fundo de Resolução na venda do Novo Banco. Uma ação que deu entrada no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa e que, como avançou o ECO, acusa o Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução, de proceder à alienação do banco de transição de forma “ilegal e injusta”. Mas também sublinha várias vezes que não está contra esta venda, mas sim contra o mecanismo de capitalização contingente que é financiado com contribuições do setor bancário, incluindo naturalmente do próprio BCP. Ou seja, a venda continua.

Como tal, a instituição liderada por Nuno Amado revela que tomou a decisão — “não de ânimo leve” — de pedir “a nulidade ou a anulação do ato administrativo” relatado no comunicado de 31 de março do Banco de Portugal a anunciar a venda do Novo Banco. Resumindo, não é contra a venda, mas está contra a forma como a venda é suportada num ato que classifica de ilegal e que está a impugnar, pretendendo que todo o processo seja declarado nulo. Mas este ato administrativo [ou seja, a venda] não será anulado. Dará lugar a uma indemnização, caso o tribunal dê razão ao BCP.

Tribunal pode invocar “causa legítima de inexecução”

Em primeiro lugar, o tribunal pode recorrer ao Código de Processo nos Tribunais Administrativos, conhecido como CPTA, explicou um especialista na área ao ECO. Nesta situação, caso seja pedida a anulação do ato, o tribunal pode invocar a inexequibilidade desta interrupção do processo. De acordo com o Artigo 166.º do CPTA, é possível saltar diretamente para este passo “quando o tribunal julgue procedente a oposição fundada na existência de causa legítima de inexecução”.

Passa, assim, diretamente para o pagamento de uma indemnização. O tribunal ordena a “notificação da Administração e do exequente para, no prazo de 20 dias, acordarem no montante da indemnização”. Para além disso, “se a Administração não ordenar o pagamento devido no prazo de 30 dias contado da data do acordo ou da notificação da decisão judicial que tenha fixado a indemnização devida, seguem-se os termos do processo executivo para pagamento de quantia certa”.

Quando o tribunal julgue procedente a oposição fundada na existência de causa legítima de inexecução, ordena a notificação da Administração e do exequente para, no prazo de 20 dias, acordarem no montante da indemnização devida pelo facto da inexecução, podendo o prazo ser prorrogado se for previsível que o acordo se possa vir a concretizar em momento próximo.

Código de Processo nos Tribunais Administrativos

BdP pode invocar “garantia de estabilidade em processos de resolução”

Mas há uma segunda forma de a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano não ser anulada. Caso o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa dê razão ao BCP, será iniciado um processo executivo. Mas, aqui, o BdP pode invocar o número 4 do artigo 145-N. Ou seja, “escudar-se” na garantia de estabilidade em processos de resolução que está contemplado no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, mais conhecido como RGIC.

Ao usar este artigo para que a venda não seja anulada, o processo passa igualmente para o pagamento de uma indemnização. De acordo com a legislação, “o Banco de Portugal pode, em execução de sentenças anulatórias de quaisquer atos praticados no âmbito do presente capítulo, invocar causa legítima de inexecução”, iniciando de imediato o procedimento para fixar um pagamento.

O RGIC explica ainda que o “pagamento das indemnizações a que se refere o presente artigo é suportado pelo Fundo de Resolução, salvo nos casos em que o Banco de Portugal responda civilmente por facto ilícito”.

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UGT quer aumento médio dos salários entre 3% e 4% para 2018

  • Lusa
  • 13 Setembro 2017

A UGT defendeu esta quarta-feira um aumento médio dos salários entre 3% e 4% para 2018 e a subida do salário mínimo para para 585 euros.

A UGT defendeu esta quarta-feira um aumento médio dos salários entre 3% e 4%, a subida do salário mínimo para 585 euros e a reposição dos escalões do IRS no próximo ano. As linhas gerais da política reivindicativa da UGT para 2017/2018 foram apresentadas em conferência de imprensa esta tarde pelo secretário-geral da central sindical, Carlos Silva, no final da reunião do secretariado nacional.

“O Governo tem de continuar a fazer um esforço maior em função do ritmo do crescimento económico”, defendeu o líder da UGT. Carlos Silva lembrou que, apesar da reversão de algumas medidas de austeridade, “há cerca de dois milhões de portugueses que estão no limiar da pobreza e há muita gente que trabalha e continua a ser pobre”.

Daí que a UGT reivindique que, até 2019, o salário mínimo atinja os 600 euros e que, para o próximo ano, o patamar mínimo para a negociação sejam os 585 euros. Quanto à atualização salarial para 2018, a central sindical volta a propor, tal como para 2017, um aumento médio dos salários entre 3% e 4%, que deverá ter em conta a situação específica de cada empresa e setor.

Carlos Silva criticou ainda a atual “carga fiscal elevadíssima” e defendeu a reposição dos oito escalões do IRS bem como a revisão das taxas de imposto: “Deve ser dado este benefício a quem ganha menos, mas a classe média foi altamente castigada nestes últimos anos”. O aumento de todas as pensões e a atualização do Indexante de Apoios Sociais (IAS) em 4,4% é outra das reivindicações da UGT para o Orçamento do Estado para 2018.

No âmbito do combate à precariedade, Carlos Silva sublinhou que as empresas que “de forma abusiva, ano após ano, continuam a fazer rotação de contratos” têm de ser penalizadas e que deve ser o Estado a impor essa penalização.

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Volkswagen garante ter os melhores motores ao nível das emissões

  • Lusa
  • 13 Setembro 2017

Depois do escândalo da manipulação das emissões poluentes pela Volkswagen, o presidente da marca disse que tem agora os melhores motores da indústria a este nível.

O presidente executivo da Volkswagen (VW), Herbet Deiss, garantiu que a marca tem os melhores motores a gasóleo em termos de emissões poluentes, cerca de dois anos depois do dieselgate. “Estamos a trabalhar na próxima geração de carros a gasóleo e os nossos motores são os melhores na indústria no que respeita a emissões”, garantiu Herbert Deiss esta quarta-feira, que antecipou um “longo futuro” na utilização do gasóleo.

Num encontro com jornalistas portugueses no salão automóvel de Frankfurt, o dirigente informou que na Alemanha a reparação de carros, ao abrigo do denominado dieselgate, como ficou conhecido o caso de manipulação das emissões poluentes, chegou aos 80% e que os dados para a Europa ultrapassam os 60%.

Herbet Deiss descreveu ainda o programa de incentivos na Alemanha e na Áustria para a entrega de automóveis a gasóleo usados na compra de novos veículos da marca alemã. Esses automóveis são depois abatidos, informou o responsável, explicando que a adoção deste programa depende das gestões da marca em cada país. O salão automóvel de Frankfurt foi considerado pela marca alemã como uma oportunidade para “mostrar onde está e por onde vai”, quando passam cerca de dois anos do escândalo de manipulação de emissões poluentes.

Em Frankfurt, a marca destacou produtos como o T-Roc, fabricado na Autoeuropa, em Palmela, assim como três das cinco viaturas elétricas, com início da produção prevista para 2020. Aos jornalistas, Deiss apontou como objetivo da VW colocar os preços dos veículos eléctricos no mesmo patamar das viaturas atuais com motor a diesel.

O CEO afirmou-se como um “grande crente” na eletrificação de carros, nas notou que nem tudo deve seguir esse caminho, até porque a energia elétrica nem sempre é produzida através de fontes renováveis. “Acho que se devem promover os veículos elétricos de passageiros, mas provavelmente não para as distâncias mais longas, mas para médias distâncias e promover o uso de fontes renováveis. Deve-se promover a forma mais limpa de conduzir”, argumentou.

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Propostas de Juncker vão “simplificar a Europa”, diz Carlos Moedas (em vídeo)

O comissário europeu Carlos Moedas gravou um vídeo com a reação ao discurso do Estado da União, proferido por Jean-Claude Juncker na manhã desta quarta-feira.

O comissário europeu Carlos Moedas reagiu ao discurso do Estado da União, proferido pelo presidente da Comissão Europeia esta manhã, dizendo que “foi um discurso excelente” porque teve “visão e propostas concretas” para os cidadãos europeus. As declarações fazem parte de um curto vídeo que o comissário português, que tutela as pastas da Ciência, da Investigação e da Inovação, gravou no final do discurso.

Para Carlos Moedas, o discurso de Jean-Claude Juncker teve “visão de igualdade, visão de liberdade e visão da força da lei para o sonho europeu”. “O presidente Juncker teve a coragem de ter propostas que foram muito concretas para os cidadãos europeus, como ter um ministro das Finanças e da Economia europeu e mudar algumas das decisões que fazemos por recurso à unanimidade para maiorias e maiorias qualificadas, agilizando as coisas e permitindo melhores formas de decidir no futuro”, disse o comissário.

Moedas enalteceu ainda a proposta de fundir as figuras do presidente da Comissão Europeia e do presidente do Conselho Europeu, que dará origem à “cara da União”, isto é, uma pessoa que represente a União Europeia. E concluiu: “Foi um discurso extremamente bem recebido. Foi otimista e muito concreto para os cidadãos. Vai simplificar a Europa.”

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Pirelli procura avaliação de 9 mil milhões de euros em IPO

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

O fabricante de pneus está prestes a reentrar na bolsa de Milão. Caso o valor da oferta inicial se confirme, esta poderá ser a maior alguma vez realizada na Europa este ano.

A italiana Pirelli pretende voltar a negociar na bolsa de Milão a partir da primeira semana de outubro, com a venda de 40% do seu capital. Enquanto se espera que sejam divulgados detalhes sobre a sua oferta pública inicial (IPO) esta semana, fonte próxima da empresa citada pela Bloomberg avança para uma possível avaliação inicial de 9 mil milhões de euros.

Se a oferta se concretizar a este valor, a Pirelli colocar-se-á em linha com a avaliação da concorrente finlandesa Nokian Renkaat Oyj e a sua OPA poderá ser a maior na Europa este ano, refere a mesma fonte; ultrapassando assim a venda de 3 mil milhões de euros em ações da Allied Irish Banks Plc no passado mês de maio. O fabricante de pneus italiano tem vindo a receber ofertas dos investidores e encontra-se atualmente em conversações com fundos interessados em tornarem-se investidores âncora.

A Bloomberg recorda a aquisição da Pirelli pela empresa estatal chinesa China National Chemical, negócio que foi firmado em 2015 e que permitiu juntar a área de camiões industriais com a unidade de pneus da empresa chinesa, de forma a desenvolver pneus topo de gama e consequentemente alargar as margens de lucro. A compra por 7,4 mil milhões de euros ditou a retirada da Pirelli da Bolsa de Milão, após uma presença que se estendia por 90 anos. A companhia chinesa e os seus parceiros pretendem reduzir a sua participação de 65% para abaixo dos 50%.

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Prejuízos da Cimpor caem para 199 milhões de euros

A cimenteira nacional cortou as perdas em mais de 62%, tendo registado um resultado líquido negativo de 199 milhões de euros no primeiro semestre.

A Cimpor continua a dar prejuízo, mas está a melhorar as contas. A cimenteira portuguesa apresentou esta quarta-feira um prejuízo de 199 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, valor que representa uma redução das perdas de 62,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, a contribuir para o resultado negativo esteve o registo de uma imparidade no mercado brasileiro.

Num relatório enviado à CMVM, a empresa reportou um crescimento homólogo de 2,6% do volume de negócios entre janeiro e junho, para 920,9 milhões de euros. “A procura de cimento em Portugal deverá ter subido cerca de 20% e as exportações da Cimpor recuperaram 15%. Na África do Sul, registou-se um aumento de 35% no volume de negócios e de dois dígitos no EBITDA”, justificou a empresa.

Em termos gerais, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 2,6%, em termos homólogos, para 165,7 milhões de euros. Ainda assim, a Cimpor sublinhou o “crescimento de EBITDA na Argentina, Paraguai e África do Sul” que “permitiu mitigar adversidades noutras geografias”. “O EBITDA excluindo efeitos não recorrentes manteve-se estável face ao” primeiro semestre do ano passado, acrescentou.

“A unidade de negócios Brasil, ainda afetada pelo contexto local, respondeu à contração de EBITDA com novas iniciativas para aumento de eficiência. Ainda assim, o atraso na recuperação do mercado brasileiro forçou o registo de uma imparidade de ativos de 192 milhões de euros, determinante para o resultado líquido negativo”, explicou a empresa.

Do ponto de vista do trimestre, a Cimpor registou um resultado líquido negativo atribuível aos acionistas de 164,2 milhões de euros entre abril e junho, uma queda de 66,2% em relação ao trimestre homólogo. Nestes três meses, a empresa gerou um volume de negócios de 468 milhões de euros.

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Melhores mestrados em Gestão em Portugal dão salário até 46 mil euros

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

Estão entre os 95 melhores mestrados em Gestão do mundo. A Universidade Nova, a Católica e o ISCTE garantem salários anuais entre os 33 mil euros e os 46 mil euros.

Portugal está nas bocas do mundo. Ou melhor, nos rankings do Financial Times. Mais um ano, mais posições acima e, este ano, mais uma escola portuguesa incluída no top. A Nova SBE, a Católica Lisbon e o ISCTE Business School estão no ranking das melhores do mundo e são as três escolas portuguesas com os melhores mestrados em Gestão.

A Nova School of Business and Economics manteve este ano o registo de 17.ª melhor no mestrado em Gestão do mundo e os alunos que de lá saem conseguem um salário anual, em média, de 46 mil euros, de acordo com o FT (acesso pago/conteúdo em inglês). Atrás, surge o mestrado em gestão na Católica Lisbon com uma média de salários de 38,8 mil euros anuais e, por fim, o grau de mestre em gestão de empresas no ISCTE garante, em teoria, cerca de 33 mil euros. O cálculo é feito a partir da média dos salários dos alunos que frequentaram esses mestrados nos três anos após a conclusão do curso, mas este não é um critério usado na elaboração do ranking, a questão salarial é ponderada de outra forma.

As melhores universidades e os salários médios

O mestrado da Nova SBE é o melhor em território nacional, segundo o FT, e isso percebe-se pelo número de inscrições que aumentou 30% este ano, com mais candidaturas internacionais do que nacionais, pela primeira vez. Chama-se “International Masters in Management” e é lecionado totalmente em inglês. Ao ECO, a faculdade esclarece que 99% dos estudantes conseguem emprego três meses após a conclusão do curso. Quanto às oportunidades, a taxa de empregabilidade no estrangeiro é alta, correspondendo a 60%. Estes valores vêm justificar ainda mais o porquê de a escola estar nas vinte melhores do mundo.

No que diz respeito às saídas profissionais, essas são variadas. A vantagem de um mestrado em Gestão é a diversidade de áreas em que os graduados conseguem inserir-se no mercado de trabalho. Desde a consultoria, à tecnologia, passando pela área financeira e pela banca de investimento, o aluno fica preparado para várias vertentes.

As parcerias com várias empresas no mercado possibilitam os processos de recrutamento, que permitem cargos em entidades como Deloitte, KPMG, BNP Paribas, Ernst & Young ou PwC – as cinco empresas com mais profissionais recrutados neste mestrado.

Uns lugares abaixo, a ocupar a 38.ª posição, está a Católica Lisbon, que subiu 14 lugares face ao ano passado. Criado em 2007, o “Master in Management” é o segundo melhor a nível nacional e garante um salário anual médio de cerca de 38,8 mil euros. A Católica Lisbon surge ainda como a terceira melhor escola do mundo e a segunda melhor da Europa no que diz respeito à evolução do percurso profissional dos alunos, entre a conclusão do mestrado e os três anos seguintes.

Contrariamente ao verificado na Nova SBE, na Católica a taxa de empregabilidade fora do país é bastante mais baixa, correspondendo a 31%, sendo que 69% dos graduados estão empregados em Portugal. De um modo geral, estão distribuídos pelas áreas de consultoria (25%), grande consumo e retalho (21%), banca e serviços financeiros (13%) e auditoria (8%).

Por último, mas com um destaque especial, está o ISCTE Business School que se estreia este ano no ranking do Financial Times. O programa “Msc in Business Administration”, criado em 2008, ocupa a 84.ª posição e conta já com algumas carreiras de destaque.

A garantir um salário médio anual de cerca de 33 mil euros, o mestrado em gestão de empresas do ISCTE contempla duas turmas — uma onde os conteúdos são dados em português e outra em inglês, e oferece um prémio ao melhor aluno, patrocinado pela PwC Portugal, uma empresa de auditoria e consultoria.

Pedro Manuel Viana, coordenador executivo do ISCTE, explica que “a maior parte dos graduados do mestrado em Gestão de Empresas mantém-se por Portugal, embora em empresas multinacionais com uma forte presença no estrangeiro”.

Os mestrados em Gestão têm vindo a ganhar cada vez mais prestígio, facto que é suportado pelo aumento exponencial do número de candidaturas e prémios. Ser mestre num dos melhores cursos de gestão do mundo tem os seus custos, mas que, a longo prazo, podem ser recompensados pelos salários que oferecem. Obter o grau de mestre na Nova SBE tem um custo que ronda os dez mil euros, enquanto na Católica e no ISCTE fica à volta dos sete mil euros.

Top do ranking não garante os melhores salários

Há três anos consecutivos que não se verificam quaisquer alterações nas primeiras posições a nível mundial, ocupadas pela University of Gallen, na Suíça, em primeiro lugar, seguida da HEC em Paris e da IE Business School em Espanha, que subiu quatro lugares desde o ano passado. Portugal é o sexto país com mais escolas de gestão contempladas no ranking.

Mas estar no topo do ranking não significa ter o melhor salário. O mestrado que, em teoria, garante o valor mais alto em termos de salário anual não fica na Europa. O “Post Graduate Programme in Management” é lecionado na Índia, no Indian Institute of Management Ahmedabad onde o alunos recebem, em média, 116,5 mil euros anuais. No extremo oposto da lista surge o Reino Unido. O mestrado em gestão, na Nottingham Business School at NTU, oferece o salário mais baixo de todos três anos após a conclusão — 32,3 mil euros por ano.

O melhor de todos, o mestrado da University of Gallen, na Suíça, dá aos alunos a possibilidade de ter um salário médio anual de 95,45 mil euros.

Metodologia

O ranking do Financial Times é feito com base em 17 indicadores: sete dos quais com base em respostas dadas por ex-alunos, que têm um peso de 58%. Os restantes dez são calculados a partir de dados das escolas e têm um peso de 42%.

A taxa de empregabilidade, a progressão na carreira após o curso, a evolução salarial e a mobilidade internacional foram alguns dos critérios tidos em conta. A evolução salarial tem um peso de 10% e é calculado pela diferença média dos salários dos ex-alunos após a conclusão do mestrado e o salário três anos depois. O salário médio atual dos ex-alunos tem um peso de 20%, sendo removido o salário mais alto e o mais baixo.

As propinas dos cursos e a sua duração, o número de estudantes matriculados, a percentagem de estudantes que realizam estágios e a necessidade de um curso anterior relevante não são tidos em conta no ranking.

Pode consultar aqui o ranking (conteúdo pago).

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iPhone X vai ser 300 euros mais caro em Portugal

O preço dos novos telemóveis da Apple será bem superior ao preço estipulado para o mercado norte-americano. Preço do iPhone X poderá superar os 1.300 euros. iPhone 8 começa nos 829 euros.

iPhone X é cerca de 330 euros mais caro em Portugal do que nos Estados Unidos

Já se esperava que o novo iPhone topo de gama fosse mais caro do que o habitual. Mas se já achava que 1.000 euros era um preço esticado para o telemóvel da Apple, fique a saber que duas notas roxas não chegam: em Portugal, o novo iPhone X custa 1.359 euros na versão de 256 GB e 1.179 euros na versão de 64 GB. O preço base está acima dos 999 dólares (cerca de 840 euros) que custará, por exemplo, nos Estados Unidos. O telemóvel está ainda disponível em preto ou cinzento.

A Apple apresentou três novos iPhones no evento anual, esta terça-feira. O iPhone X é uma versão premium do telemóvel, lançada pela marca para assinalar os dez anos da chegada do produto ao mercado. A par deste modelo, a empresa apresentou também os novos iPhone 8 e iPhone 8 Plus, que são versões melhoradas dos modelos lançados no ano passado. Em Portugal, o iPhone 8 começa nos 829 euros e o iPhone 8 Plus tem um preço base de 939 euros, segundo os preços indicados no site da Apple.

Enquanto o 8 e o 8 Plus chegam ao mercado esta sexta-feira, dia 15 de setembro, o iPhone X só estará disponível a partir do dia 27 de outubro. Estima-se, no entanto, que a oferta seja muito limitada em comparação com a procura: à velocidade atual, de 10.000 iPhones que a Apple estará a fabricar por dia, a marca só conseguirá ter um milhão de unidades para venda por trimestre, de acordo com a Business Insider.

O iPhone X destaca-se pelo ecrã de 5,8 polegadas, quase sem margens e com tecnologia OLED (cores mais naturais e brilhantes). É ainda um telemóvel que traz para o universo da Apple as mais recentes tecnologias de reconhecimento facial para desbloqueio e aprovação de pagamentos. O modelo, apesar de não introduzir nenhuma novidade no mercado global de smartphones, está a ter boa aceitação por parte da generalidade do público, ainfa que o preço possa ser uma condicionante.

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BCP empurra PSI-20 para o verde

O principal índice português fecha com nota positiva pela quarta sessão consecutiva, embora a subida seja tímida. É o BCP que mais ajuda na subida, e a Galp a cotada que mais pesa no sentido oposto.

O PSI-20, que após a saída do banco Montepio da bolsa conta com apenas 18 cotadas, terminou esta quarta-feira no verde, em sintonia com as principais praças europeias. É a quarta sessão consecutiva de ganhos, um ciclo que já não se repetia desde meados de julho. O BCP impulsiona, a Galp trava.

O mercado português fechou em alta. O PSI-20 registou uma subida de 0,6% para os 5168,88 pontos. A impulsionar o principal índice português esteve o BCP, que prolonga a tendência de ganhos verificada desde esta terça-feira — dia em que foi anunciado o reforço na participação da chinesa Fosun. As ações do banco de Nuno Amado recuperam após um longo ciclo de quebras, fechando a cotar nos 21,38 cêntimos, uma subida de 1,81%. Esta quarta-feira foram emitidos 850 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a dez anos com um juro de 2,785%, o mais baixo do ano e o mais baixo desde novembro de 2015, que vem reforçar a confiança dos investidores.

No dia em que foram conhecidas as intenções da Gas Natural de se fundir com a EDP, a empresa de António Mexia sobe 0,81% para os 7,080 euros. A Pharol consegue a maior subida do dia, de 3,58% para os 31,8 cêntimos. Nota positiva também para a Sonae, que valorizou 1,69% para os 0,78 cêntimos, e para as papeleiras. O valor dos títulos da Altri subiram 1,30% para os 3,81 euros, aumento semelhante aos 1,39% da Navigator para os 3,73 euros.

A Galp é a cotada que regista a maior quebra do dia, de 1,12%. As ações caíram para os 14,10 euros na hora do fecho. A energética portuguesa trava os ganhos do índice num dia em que o barril de petróleo sobe mais de 1% tanto em Londres, a referência para a Europa, como em Nova Iorque. Esta quarta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em alta ligeira a estimativa da procura mundial de petróleo para 2017 e 2018, apontando para uma subidas no preço do barril.

A Europa terminou o dia com o principal índice, o Stoxx 600 a valorizar, ainda que também timidamente: 0,4% para os 381,67 pontos. Entre as bolsas europeias, destaque para a praça espanhola que subia 0,47% à hora do fecho da bolsa portuguesa.

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