Ataque em Barcelona faz segunda vítima portuguesa

A jovem que estava desaparecida é a segunda vítima mortal portuguesa nos ataques terroristas em Espanha.

Há mais uma vítima portuguesa nos ataques terroristas em Barcelona. A jovem de 20 anos que estava desaparecida é a 14ª vítima mortal, confirmou o primeiro-ministro português, António Costa.

A morte desta portuguesa de 20 anos no atentado de quinta-feira em Barcelona, nas Ramblas, foi confirmada pelo responsável pelo Executivo português que recebeu a informação através do secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.

“Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da confirmação da segunda vítima mortal portuguesa no ignóbil atentado de Barcelona. Renovo as minhas sentidas condolências à família tão duramente atingida, em meu nome próprio e da Nação portuguesa”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta jovem era neta da portuguesa de 74 anos que também faleceu no ataque reivindicado pelo Daesh que conta já com 14 vítimas mortais e mais de uma centena de feridos de um total de 35 nacionalidades.

Uma carrinha banca atropelou na quinta-feira centenas de pessoas na Rambla de Barcelona, uma das zonas mais movimentadas da cidade.

Para além do ataques em Barcelona, houve outro em Cambrils na quinta-feira, bem como uma explosão na véspera, em Alcanar em que houve uma tentativa de usar botijas de gás como bomba para pôr nos veículos. Duas pessoas morreram nessa explosão.

A investigação dos atentados que fizeram 14 mortos na Catalunha está a avançar, com a descoberta de uma célula de 12 pessoas que passou precipitadamente à ação após o fracasso de um primeiro plano ainda mais mortífero.

Esta célula poderá ter estado envolvida nos ataques com viaturas que abalroaram a multidão de turistas e veraneantes em Barcelona e depois na estância balnear de Cambrils, mais a sul, explicou hoje o porta-voz da polícia regional catalã, Josep Lluís Trapero.

Dessa dúzia de suspeitos, quatro foram detidos na quinta e na sexta-feira e um está em fuga, tendo a sua identidade e a respetiva fotografia sido publicadas: trata-se de Younès Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos.

Outros cinco foram abatidos a tiro na madrugada de sexta-feira em Cambrils, enquanto levavam a cabo o ataque.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Costa quer “novo ciclo político”. Desafia PSD para os fundos europeus

"Passadas as eleições autárquicas, o tempo político será distinto", diz o primeiro-ministro que conta com o PSD para aprovar grandes investimentos que contarão com fundos europeus.

Após “virar da página da austeridade”, António Costa aponta agora a um “novo ciclo político”, mas apenas depois das autárquicas. O primeiro-ministro defende, em entrevista ao Expresso (acesso pago), que é preciso aumentar o investimento público sendo, para isso, fundamental contar com o apoio do PSD para captar fundos europeus.

“Até às autárquicas, cada um vai tratar de fazer o melhor resultado possível. Este não é o tempo dos acordos, é o tempo das disputas. Passadas as autárquicas, outro tempo virá, certamente com melhores condições para consensos”, refere António Costa. “Passadas as eleições autárquicas, o tempo político será distinto”, nota.

Depois das autárquicas, Costa aponta para um novo ciclo. “A esquerda e a direita não se distinguem, em nenhum país do mundo, por decidir se fazem um aeroporto ou não, uma linha férrea e se ela tem este ou aquele traçado. São objetivos que têm de ser consensuais porque são compromissos que ficam para séculos”, diz.

Se queremos ser competitivos temos de ter boas infraestruturas e para isso é necessário consolidar conceitos. É extraordinário ver hoje notícias sobre o esgotamento do aeroporto de Lisboa quando há quatro anos havia quase uma guerra civil no país sobre a necessidade da construção de um novo aeroporto”, acrescenta.

Questionado pelo Expresso se conta com o PSD para ter a maioria de dois terços necessária na Assembleia da República para aprovar estes investimentos, que estão assentes num novo acordo com a União Europeia para fundos comunitários, Costa diz que “é fundamental [contar com o PSD]. Esse consenso não deve ser construído a partir do nada, mas a partir da análise das necessidades concretas do país e deve estar alicerçado em boa informação”, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

1.400 observadores vão controlar as eleições em Angola

  • Lusa
  • 19 Agosto 2017

A Comissão Nacional Eleitoral angolana já credenciou 1.200 observadores nacionais e 200 internacionais para as eleições.

A Comissão Nacional Eleitoral angolana já credenciou 1.200 observadores nacionais e 200 internacionais para as eleições gerais de quarta-feira, anunciou hoje em Luanda a porta-voz daquela entidade.

“Estão neste momento credenciados 1.200 observadores nacionais e 200 observadores internacionais. A Comissão Nacional Eleitoral pretende dar continuidade a este processo, recordando que alguns observadores internacionais apenas chegarão ao país no dia 19 (sábado)”, disse Júlia Ferreira, após uma reunião plenária da entidade.

A mesma responsável disse que já foram credenciados elementos de várias entidades e organizações internacionais convidadas pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, nomeadamente da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e da CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central).

“No sábado, a CNE conta fazer o credenciamento dos elementos da União Africana (UA). Vamos aguardar pela chegada desses elementos, para permitir que também eles sejam credenciados”, disse Júlia Ferreira.

No entanto, a porta-voz da CNE não especificou com quantos elementos contaria cada missão de observação internacional, nem em que províncias estariam colocados.

De acordo com a chefe de missão da SADC, a vice-MNE tanzaniana Suzan Kolimba, a sua delegação conta com 70 elementos, de 10 Estados africanos, que estarão colocadas em assembleias de voto de 15 das 18 províncias angolanas.

Já a missão de observação da União Africana será chefiada pelo ex-primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria das Neves e contará com um total de 40 elementos.

Paralelamente a estas missões de observação eleitoral, já se encontram em Angola quatro peritos enviados pela União Europeia que, no entanto, não farão um relatório oficial nem prestarão declarações políticas no final do ato eleitoral.

“A CNE vai fazer um encontro na segunda-feira para prestar informações aos observadores credenciados e, ao mesmo tempo, transmitir também conhecimentos legais sobre o sistema eleitoral angolano”, disse Júlia Ferreira.

A responsável da CNE adiantou ainda que antigos e atuais chefes de Estado de países lusófonos estarão também em Angola durante o processo eleitoral, nomeadamente o ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano (1986 a 2005), o ex-presidente cabo-verdiano Pedro Pires (2001 a 2011) e Manuel Pinto da Costa, presidente de São Tomé e Príncipe desde 2011.

Quanto aos observadores eleitorais nacionais, estes provêm de ONG legalmente reconhecidas, associações, igrejas e autoridades nacionais. As entidades que contribuem com mais elementos, com quotas fixadas, são o Observatório Eleitoral Angolano (OBEA) e o Conselho Nacional da Juventude (CNJ).

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.

Notícia corrigida a 21 de agosto de 2017, às 09:10, para referir que Manuel Pinto da Costa é Presidente de São Tomé e Príncipe.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Clientes da Nos têm até hoje para rescindir contratos sem custos

  • Lusa
  • 19 Agosto 2017

Se é cliente da Nos e quer rescindir o contrato sem custos, o prazo termina hoje. A Meo dá até dia 25 de agosto.

O prazo dado pela Nos para que os seus clientes rescindam os contratos sem custos termina hoje, no seguimento da determinação às operadoras de medidas corretivas feita em julho pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

a Meo estipulou o dia 25 de agosto como a data limite para a rescisão de contratos sem custos, conforme a Lusa confirmou junto de fonte oficial da operadora.

Quanto à Nowo, apesar das tentativas da Lusa, não foi possível até agora obter o prazo fixado para o mesmo efeito.

Por seu turno, a Vodafone garantiu na altura em que foi conhecida a decisão da Anacom que não procedeu a aumentos de preços em contratos com períodos de fidelização a decorrer, pelo que não é abrangida pela decisão do regulador das comunicações.

Em 24 de julho, a Anacom anunciou “medidas corretivas” às operadoras de telecomunicações Meo, Nos, Nowo e Vodafone para baixarem preços aos consumidores ou permitirem a rescisão de contratos sem custos adicionais.

Segundo comunicado da entidade reguladora, em causa estão práticas daquelas empresas, que alteraram condições contratuais após a entrada em vigor da lei 15/2016, que introduziu maior transparência na fidelização de clientes e facilidade na rescisão de acordos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Que Angola deixa José Eduardo dos Santos ao seu sucessor?

  • Margarida Peixoto
  • 19 Agosto 2017

Um país com debilidades estruturais, muito dependente do petróleo, com perspetivas de crescimento fraco para os próximos anos.

A 23 de agosto, Angola vai a eleições. Depois de mais de três décadas sob o comando de José Eduardo dos Santos, que economia vai encontrar o seu sucessor? Um país com um crescimento fraco, níveis de inflação elevadíssimos, uma dependência excessiva do petróleo e onde ainda é muito difícil fazer negócio.

“A economia angolana gira em torno da exploração mineira e de hidrocarbonetos, o que a torna numa das mais concentradas do mundo. O petróleo representa 30% do PIB, 95% das exportações totais e 50% das receitas públicas,” lê-se no outlook de maio de 2017, da OCDE, sobre Angola.

Em 2016, Angola deverá ter crescido 1,1%, estima a OCDE. O número ainda não é definitivo e representa uma melhoria face às primeiras projeções que tinham sido avançadas por outras organizações internacionais, como é o caso do FMI, que esperava uma estagnação completa.

[Há] deficiências de infraestruturas, dificuldades no acesso a crédito, fracas competências de gestão e falta de estratégias integradas que promovam o empreendedorismo.

OCDE

Angola - African Economic Outlook, maio 2017

Ainda assim, este é o ritmo de crescimento mais baixo desde, pelo menos, 2008. A OCDE explica que nesse ano, o PIB per capita angolano recuou para 3.514 dólares — o menor valor da década. Em 2017, a expectativa é que o crescimento melhore ligeiramente para 2,3% mas, a verificar-se, continuará a ser um desempenho pior do que o dos últimos anos.

Quanto cresce Angola?

2016 estimativa; 2017 e 2018 projeções. Fonte: OCDE

Porquê? Porque o preço do petróleo afundou e a economia é demasiado dependente desta matéria-prima. O crescimento rápido registado no passado, quando o petróleo estava mais caro no mercado internacional, não ajudou propriamente a economia a desenvolver-se. Aliás, os economistas identificam um efeito perverso: as receitas do petróleo sustentam a apreciação da moeda e esta valorização prejudica os restantes setores transacionáveis, que perdem competitividade. Além disso, os setores do petróleo, gás e minerais geraram poucos empregos e os ganhos não são distribuídos pelo resto da economia.

Por isso, quando o próximo Governo chegar ao poder, continuará a encontrar uma Angola cheia de debilidades, estrangulamentos estruturais ao crescimento, desequilíbrios e ineficiências.

Por exemplo: o consumo privado em Angola, em 2015, representava 75,8% do PIB. Mas as as exportações não iam além dos 33,9% e o investimento privado pesava 1,7% do PIB.

Consumo privado pesa mais do dobro das exportações

Dados de 2015. Fonte: OCDE

Em 2016, as exportações deverão ter recuado 10,9%, enquanto o consumo (público e privado) deverá ter aumentado 6,2%. Para este ano a OCDE antecipa uma nova queda nas exportações (de 18,1%) acompanhada por um aumento de 14,3% do consumo. O investimento poderá crescer 7%.

Como serão os próximos anos?

2016 estimativa; 2017 e 2018 projeções. Fonte: OCDE

Quando o petróleo baixa de preço, a entrada de receitas em Angola cai e como consequência o consumo público e privado fica refreado. Com a queda do consumo, os restantes setores da economia — indústria, construção e serviços — diminuem a sua atividade para se ajustarem tanto a essa diminuição de procura, como à menor disponibilidade de dólares em circulação.

O efeito da queda do petróleo também se reflete na capacidade de pagar a dívida e, subsequentemente, no próprio nível de endividamento da economia. Do lado das contas públicas, a relação é direta: por exemplo, em 2013 as receitas do petróleo chegaram a valer 32,3% do PIB (que nesse ano cresceu 6,8%). A estimativa para 2016 é que o peso não vá além dos 14,3%, devendo cair para 12,1% este ano.

Para reagir a esta quebra de receita o Governo teve já de ajustar a política orçamental. Em 2016 cortou a dotação orçamental para bens, serviços e investimentos em 45% e os subsídios aos combustíveis foram reduzidos para cerca de 1% do PIB (pesavam 5,4% em 2014). Mesmo assim, a estimativa do défice para 2016 é de 5,5%. Este ano será de 4%.

Como estão as contas públicas angolanas?

Fonte: OCDE

Do lado do setor privado, uma taxa de inflação em torno dos 30% consome rendimento disponível. Além disso, com a depreciação do kuanza (perdeu 40% do seu valor contra o dólar entre setembro de 2014 e abril de 2016) quem tem dívidas em dólares tem cada vez mais dificuldades em pagá-las.

A somar a todas as dificuldades conjunturais, há debilidades estruturais difíceis de ultrapassar. Angola ocupava o 182º lugar do ranking Doing Business 2017, do Banco Mundial. O ranking é composto por 189 economias.

O valor acrescentado da indústria angolana permanece fraco, nos 8,6%. Há “deficiências de infraestruturas, dificuldades no acesso a crédito, fracas competências de gestão e falta de estratégias integradas que promovam o empreendedorismo,” lê-se no outlook da OCDE.

No índice de corrupção Transparência Internacional ocupava a 164.ª posição, num total de 167 países. Em 2008, o último ano para o qual há dados, 36,6% da população vivia abaixo da linha de pobreza, com quase 60% da população rural nesta condição. Quase 30% da população acima dos 15 anos ainda não sabia ler, nem escrever, segundo dados compilados pela OCDE, para o período entre 2010 e 2015.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fitch sobe rating da Grécia. Deixa a porta aberta a nova subida

A Fitch acredita que os compromissos assumidos pelo governo grego vão permitir melhorar a perspetiva quanto à sustentabilidade da dívida. O outlook continua positivo.

A Fitch subiu o rating da Grécia em dois níveis. Elevou a notação do país liderado por Alexis Tsipras de “CCC” para “B-“, por acreditar que as medidas levadas a cabo pelo executivo vão permitir melhorar a perspetiva quanto à sustentabilidade da dívida. E deixou a porta aberta a uma nova revisão em alta.

A agência de notação financeira defende a subida do rating em dois níveis por acreditar que “a sustentabilidade da dívida vai melhorar gradualmente, suportada pelo cumprimento das regras acordadas com o programa do Mecanismo de Estabilidade Europeu”, bem como a “redução do risco político, o crescimento sustentado do PIB e mais medidas orçamentais que devem entrar em vigor até ao final de 2020“.

“A conclusão bem-sucedida da segunda revisão do programa de assistência financeira da Grécia diminui os riscos de a recuperação económica ser penalizada por uma diminuição da confiança”, diz a agência num comunicado citado pela Bloomberg em que além de rever o rating manteve o outlook positivo.

Ao manter a perspetiva da notação positiva, a Fitch deixa a porta aberta a, em breve, voltar a aumentar o rating do país. Na base dessa perspetiva está a “expectativa de que a terceira revisão do programa de ajustamento será concluída sem que haja instabilidade e o Eurogrupo venha a conceder um alívio significativo no custo da ajuda ao país já em 2018”.

Esta avaliação positiva da Fitch surge numa altura em que a Grécia está de volta aos mercados. O país concluiu com sucesso a primeira emissão de dívida em três anos no final de julho, conseguindo colocar três mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a cinco anos, tendo pago uma taxa de juro de 4,625%.

(Notícia atualizada às 21h34 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Forte subida do petróleo trava perdas em Wall Street

  • Rita Atalaia
  • 18 Agosto 2017

Foi mais um dia de perdas para as principais praças norte-americanas. Uma queda que só não foi mais expressiva devido à subida de mais de 3% do petróleo nos mercados internacionais.

As bolsas norte-americanas voltaram a encerrar no vermelho. Wall Street recuou depois de um ataque terrorista em Barcelona ter tirado a vida a 14 pessoas e provocado mais de 100 feridos. Os investidores acabam por procurar ativos de refúgio, como é o caso das obrigações e do ouro, colocando os índices sob pressão. Mas a queda acabou por ser travada pelos preços do petróleo, que subiram mais de 3% nos mercados internacionais.

O Dow Jones encerrou a cair 0,36% para 21.672,78 pontos. Já o S&P 500 cedeu 0,18% para 2.425,54 pontos. Nem o tecnológico Nasdaq conseguiu escapar a esta tendência negativo, recuando 0,09% para 6.216,53 pontos. Estas perdas podiam ter sido mais acentuadas caso as cotações do petróleo não tivessem brilhado durante a sessão. O Brent, negociado em Londres, sobe 3,55% para 52,84 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, avança 3,27% para 48,63 dólares.

“Numa semana que arrancou com os receios em torno de uma guerra nuclear, os mercados rapidamente esqueceram isto”, afirma Jim Reid, estratega do Deutsche Bank, numa nota aos clientes citada pela Reuters. O estratega explica que a sessão de quinta-feira foi dominada pelos receios em torno da estratégia de Donald Trump para a economia e pelo “terrível ataque terrorista em Barcelona”.

Na quinta-feira, uma carrinha banca atropelou centenas de pessoas na Rambla de Barcelona, uma das zonas mais movimentadas da cidade. A polícia catalã confirmou que se tratou de um atentado terrorista e o Daesh reivindicou entretanto o ataque que resultou na morte de 14 pessoas, segundo o último balanço. Há ainda mais de uma centena de feridos.

A marcar o dia esteve também a demissão de Steve Bannon, o arquiteto da vitória de Donald Trump nas presidenciais dos EUA. Esta sexta-feira, 18 de agosto, foi o último dia de trabalho do principal conselheiro estratégico do presidente norte-americano que foi despedido pelo magnata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Anacom quer “cessação imediata” de campanha de internet da Meo

  • Lusa
  • 18 Agosto 2017

O regulador das comunicações defende a cessação imediata da campanha "2 GB adicionais de internet" da Meo. A Anacom considera-a "lesiva dos interesses dos assinantes".

A Anacom defende a cessação imediata da campanha “2 GB adicionais de internet” da Meo, considerando-a “lesiva dos interesses dos assinantes e incompatível com diversas disposições legais”, anunciou hoje o regulador das comunicações.

“A Anacom recebeu nos últimos dias um número significativo de reclamações relacionadas com uma campanha da Meo que atribui aos seus assinantes 2 GB [gigabytes] adicionais de internet móvel para utilização até 31 de agosto, sem custos. A partir dessa data, o tráfego extra atribuído passará a ser pago. De acordo com as condições anunciadas, os assinantes que não queiram suportar esses custos adicionais a partir de 1 de setembro deverão contactar a Meo nesse sentido”, lê-se no comunicado da entidade.

"A ANACOM recebeu nos últimos dias um número significativo de reclamações relacionadas com uma campanha da Meo que atribui aos seus assinantes 2 GB [gigabytes] adicionais de internet móvel para utilização até 31 de agosto, sem custos. A partir dessa data, o tráfego extra atribuído passará a ser pago. De acordo com as condições anunciadas, os assinantes que não queiram suportar esses custos adicionais a partir de 1 de setembro deverão contactar a Meo nesse sentido.”

Anacom

A Anacom “considera que a prática seguida pela Meo nesta campanha, de fazer equivaler o silêncio dos assinantes a uma declaração de aceitação, é lesiva dos interesses dos assinantes e incompatível com diversas disposições legais, nomeadamente, a Lei das Comunicações Eletrónicas”, realçou o regulador, que aprovou um projeto de decisão que determina várias condições à Meo, que só vão ter efeito depois de terminar o período de audiência prévia do operador.

Desde logo, o regulador prevê “a cessação imediata da campanha nos termos em que está a ter lugar e a adoção das medidas necessárias para corrigir a situação”. Depois, a ANACOM exige “a comunicação, aos assinantes que já tenham sido contactados, de que aquelas propostas de alteração contratual só se efetivam se estes manifestarem expressamente o seu acordo por escrito”.

Finalmente, é decretada “a proibição de cobrança de quaisquer quantias associadas ao tráfego adicional sem que os assinantes tenham dado o seu acordo expresso”. A Anacom vai tomar a decisão final sobre esta matéria após a audição da Meo.

Na semana passada, a Anacom já tinha revelado que estava a analisar a campanha da Meo que oferece internet aos clientes em agosto, mas obriga a pagar após essa data se não cancelarem o serviço não solicitado. A Lusa tentou obter hoje uma reação da Meo, mas tal não foi possível até ao momento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Costa: “Responsabilidades de Pedrógão não ficarão solteiras”

  • ECO
  • 18 Agosto 2017

O primeiro-ministro não quer tirar conclusões precipitadas sobre o que aconteceu em Pedrógão Grande. António Costa garante que vai receber os relatórios em outubro e que a culpa não ficará "solteira".

António Costa não quer antecipar conclusões sobre o que aconteceu no incêndio em Pedrógão Grande, que tirou a vida a 64 pessoas. O primeiro-ministro garante que os relatórios elaborados pela comissão técnica independente vão chegar em outubro e que “não será seguramente tarde” para se adotar medidas. Costa diz que as culpas “não ficarão solteiras”.

“Não há ninguém mais interessado do que o Governo em que as conclusões surjam o mais depressa possível”, afirma o primeiro-ministro, de acordo com o excerto de uma entrevista ao Expresso. António Costa nota que quanto mais depressa chegarem as conclusões, menor será o “grau de especulação”. Mas não quer antecipar-se à comissão criada para investigar este caso. “Acho que não vale a pena, quando estamos a meio da época de incêndios e quando não está concluído o relatório das entidades independentes, antecipar conclusões sobre responsabilidades”, defende.

“Teremos estes relatórios em outubro”, garante, “e não será seguramente tarde” para adotar medidas. Esta será a “forma de não fazermos nada que possa ser injusto nem deixar de fazer aquilo que tem de ser feito”. O primeiro-ministro afirma que “as responsabilidades apuram-se de forma própria. Aguardaremos serenamente que sejam apuradas e não ficarão solteiras”.

Estas declarações são feitas depois de o Presidente da República ter lamentado que haja “tanta diversidade de posições” quanto à reforma florestal. A votação muda de “diploma a diploma”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, sendo necessária uma maior convergência entre os políticos e parceiros económicos e sociais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump despede Steve Bannon. Foi o último dia na Casa Branca

  • ECO
  • 18 Agosto 2017

O principal conselheiro estratégico de Donald Trump está de saída da Casa Branca. Trump demitiu Steve Bannon

É mais uma baixa na equipa de Donald Trump: Steve Bannon, o arquiteto da vitória de Trump nas presidenciais dos EUA, está de saída da Casa Branca. Esta sexta-feira, 18 de agosto, foi o último dia de trabalho do principal conselheiro estratégico do presidente norte-americano.

“John Kelly e Steve Bannon concordaram mutuamente que este seria o último dia de Steve” na Casa Branca, afirmou Sarah Sanders, a porta-voz da administração Trump, em comunicado citado pela Bloomberg. “Estamos agradecidos pelo seu serviço e desejamos-lhe o melhor”, refere esse mesmo documento.

Steve Bannon, antigo editor do Breitbart News, um site noticioso associado à extrema-direita, sai da equipa de Trump numa altura em que o presidente dos EUA está a ser alvo de várias críticas pelas suas declarações no seguimento da violência registada em Charlottesville, na Virginia, que pareceram legitimar os atos da extrema-direita.

Bannon entrou na equipa de Trump já numa fase adiantada da campanha presidencial. Apesar disso, é visto como o grande responsável pela vitória do magnata. Estava na equipa de Trump há cerca de sete meses, tendo sido agora afastado pelo próprio Donald Trump.

(Notícia atualizada às 18h39 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupos de cidadãos vão gastar quatro milhões nas autárquicas

  • Lusa
  • 18 Agosto 2017

Os orçamentos de campanha dos grupos de cidadãos para as eleições autárquicas de outubro totalizam cerca de quatro milhões de euros.

Os orçamentos de campanha dos grupos de cidadãos para as eleições autárquicas de outubro totalizam cerca de quatro milhões de euros, sendo os movimentos de Isaltino Morais, Oeiras, e de Rui Moreira, Porto, aqueles que preveem gastar mais dinheiro.

Os quatro milhões de euros orçamentados pelos grupos de cidadãos para as eleições autárquicas de 1 de outubro juntam-se assim aos quase 35 milhões de euros estimados pelos partidos, custando a campanha eleitoral cerca de 39 milhões de euros.

De acordo com os orçamentos entregues pelos grupos de cidadãos, hoje disponibilizados na página da Internet da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o movimento “Isaltino Inovar – Oeiras de Volta” estima gastar cerca de 283 mil euros, enquanto “Rui Moreira: Porto o Nosso Partido 2017” prevê despesas de 281 mil euros.

Dos 308 concelhos, apenas 69 contam com candidaturas de grupos de cidadãos, segundo a análise feita pela agência Lusa à informação disponibilizada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PR angolano multiplica-se em inaugurações antes da saída

  • Lusa
  • 18 Agosto 2017

Desde o início deste mês, José Eduardo dos Santos já inaugurou dez novas infraestruturas públicas.

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, inaugurou hoje várias infraestruturas públicas na província de Luanda, à semelhança do que já vem acontecendo desde o início do mês, antecedendo as eleições gerais de quarta-feira.

Igualmente líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde 1975, José Eduardo dos Santos não concorre às eleições gerais de 23 de agosto, não fazendo igualmente parte da lista de candidatos a deputados à Assembleia Nacional.

No início deste mês, o chefe de Estado angolano, em funções há 38 anos, inaugurou a central hidroelétrica de Laúca, na província de Malanje, bem como lançou a primeira pedra para a construção do projeto hidroelétrico de Caculo Cabaça, na província do Cuanza Norte.

Já esta terça-feira, José Eduardo dos Santos inaugurou o viaduto da avenida Deolinda Rodrigues, eixo viário que liga o centro de Luanda e o município de Viana, visando a melhoria do acesso ao futuro novo aeroporto internacional da capital e a mobilidade rodoviária.

Nesse mesmo dia, o Presidente angolano procedeu ao ato simbólico de lançamento da construção da Escola Nacional D. Alexandre do Nascimento, a ser erguida na zona do Morro Bento, arredores de Luanda.

Na jornada de hoje, o chefe de Estado cessante, que completa este mês 75 anos, inaugurou o Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC), os sistemas viários Boavista/Sambizanga, do Camama e da Aveniza Fidel Castro, todos com novos viadutos para melhoria do trânsito nessas zonas da capital angolana.

José Eduardo dos Santos fez também hoje a entrega das chaves de apartamentos a 12 famílias beneficiárias do Projeto de Reconversão Habitacional da Marconi, que deverá acolher 2.800 famílias, que vão ocupar 468 apartamentos, de um total de 74 edifícios, dos quais 30 já estão construídos, no distrito urbano do Sambizanga.

O novo edifício sede do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social foi igualmente hoje inaugurado pelo Presidente angolano, uma infraestrutura com 18 pisos, construída numa área de 18.400 metros quadrados, que vai albergar os serviços centrais daquele departamento ministerial e o Instituto Nacional de Segurança Social.

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.