Abrir contas bancárias à distância deverá ser possível já este ano

  • Lusa
  • 4 Junho 2017

Banco de Portugal vai permitir assinatura eletrónica, utilização de dados biométricos e videoconferência para permitir a abertura de uma conta bancária à distância.

O Banco de Portugal está a trabalhar na certificação de abertura de contas bancárias através de canais digitais, para que seja possível abrir uma conta totalmente à distância, uma possibilidade reivindicada pelos bancos que operam em Portugal.

Já são cada vez mais as instituições que permitem subscrever produtos ou serviços bancários online ou mobile, mas ainda não é possível a um cliente abrir uma conta totalmente distância. Ou seja, há uma parte do processo de abertura de uma conta bancária que já é possível ser feito por canal digital, como o preenchimento de documentação com identificação do titular da conta, o tipo de depósito contratado e as condições de movimentação. Mas, para concluir a operação, é sempre necessária a presença física do cliente titular da conta ou de um representante. Nomeadamente, há a necessidade de comprovar a identificação do cliente mediante a apresentação de documentos originais ou de cópias certificadas.

Isso poderá vir a mudar em breve. No último Relatório de Supervisão Comportamental, o Banco de Portugal já anunciava que está a preparar alterações para permitir que a abertura de conta à ordem e a contratação de crédito sejam feitos por via digital. Agora, fontes do setor contactadas pela Lusa referem que o regulador está a trabalhar com as associações do setor na certificação dos mecanismos confirmatórios da identidade do cliente bancário para que os bancos passem a facilitar a abertura de conta por canais digitais.

Em causa está a assinatura eletrónica, a utilização de dados biométricos e a videoconferência para identificação e autenticação digital. A certificação destes mecanismos serve para garantir que o cliente em causa é efetivamente quem diz ser, inclusivamente prevenir o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

No Relatório de Supervisão Comportamental, divulgado em maio, o Banco de Portugal dá conta dos resultados de um inquérito aos bancos sobre este tema, no qual estes referem precisamente que querem oferecer cada vez mais serviços por meios digitais e indicam que ainda há processos que não podem acontecer desse modo por impedimentos regulamentares. Em específico, os bancos esperam uma evolução “muito significativa na digitalização da abertura de conta”.

Atualmente, em bancos estrangeiros, mas que operam de forma transnacional, já é possível abrir uma conta à distância usando algumas destas funcionalidades. Por exemplo, o banco alemão N26, uma fintech, que já tem autorização do Banco de Portugal para operar, anuncia a abertura de uma conta em apenas oito minutos e totalmente à distância.

Quanto a outros serviços bancários, já há alguns, mesmo dos mais complexos, que se processam apenas por canais digitais.

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Theresa May diz “enough is enough” ao extremismo

Depois dos novos ataques em Londres, o Governo britânico vai assegurar que as forças de segurança têm mais poder e vai endurecer as sentenças para crimes relacionados com terrorismo.

Theresa May reagiu, esta manhã, ao ataque terrorista que ocorreu na noite de sábado em Londres e que resultou na morte de sete pessoas. A primeira-ministra britânica garantiu que o Reino Unido vai continuar a viver de acordo com os seus valores democráticos, mas, no que toca a lidar com extremismo, “as coisas têm de mudar” e, por isso, as forças de segurança vão ter mais poder. As eleições marcadas para quinta-feira “vão acontecer como planeado”, adianta ainda May.

“Quero agradecer o profissionalismo dos serviços de emergência e a coragem de membros do público que se defenderam a si próprios e a outros dos ataques”, começou por dizer Theresa May, no final da reunião do comité de emergência do Governo britânico (COBRA, na sigla em inglês), à porta do número 10 de Downing Street.

A primeira-ministra lembrou que este é o terceiro ataque terrorista ocorrido em Inglaterra nos últimos três meses: em março, um ataque na ponte de Westminster resultou na morte de cinco pessoas (incluindo o atacante); no mês passado, um ataque no Manchester Arena, durante um concerto de Ariana Grande, fez 22 mortos; este fim de semana, Londres volta a ser atacado, havendo, para já, sete mortos e 48 feridos.

Estes três ataques, disse May, “não estão ligados em termos de planeamento e execução”. Contudo, existe “uma nova tendência na ameaça” que o país enfrenta. “Os três ataques estão ligados pela mesma ideologia cruel do extremismo islâmico. Não podemos fingir que as coisas podem continuar como estão”, declarou a primeira-ministra britânica. “Há demasiada tolerância para com o extremismo no nosso país”, acrescentou.

Assim, o governo britânico vai atuar em quatro frentes:

  1. Derrotar a ideologia islâmica radical. “Esta é uma ideologia que ameaça a liberdade e a democracia. É uma perversão do Islão e uma perversão da verdade. Derrotar esta ideologia é um dos grandes desafios do nosso tempo, mas não conseguimos derrotá-la apenas com força militar. Esta ideologia só pode ser derrotada quando afastarmos as mentes das pessoas desta violência e as fizermos perceber que os nossos valores pluralistas são superiores”.
  2. Acordos internacionais para regular o ciberespaço. “Não podemos dar o espaço de que esta ideologia precisa para crescer. Para isso, temos de atingir acordos internacionais para evitar a proliferação desta ideologia através das redes sociais”.
  3. Mais ações militares. “Temos de acabar com os espaços seguros online dos extremistas, mas não podemos esquecer que os seus espaços seguros continuam a existir no mundo real. Isso significa avançar com ações militares para destruir Estado Islâmico no Iraque e na Síria, mas também significa mais ação militar em casa. Isso vai exigir conversas difíceis, mas o nosso país tem de se unir para derrotar este extremismo”.
  4. Mais poder para as forças de segurança. “Temos uma estratégia robusta de combate ao terrorismo, mas, conforme a natureza do extremismo se torna mais complexa, sobretudo online, a nossa estratégia também tem de evoluir e de ser revista, para garantir que a polícia e as forças de segurança têm todo o poder de que precisam. E, se tivermos de aumentar as penas de prisão para crimes relacionais com terrorismo, mesmo em crimes aparentemente menos sérios, é o que faremos”.

Para Theresa May, “é tempo de dizer chega”. A primeira-ministra garante, assim, que “toda a gente vai seguir as suas vidas normalmente e a sociedade britânica vai seguir a sua vida de acordo com os seus valores, mas, no que toca a lidar com extremismo, as coisas têm de mudar.

A primeira-ministra referiu ainda que, “como sinal de respeito”, os principais partidos suspenderam a campanha durante o dia de hoje, mas esta continuará amanhã. “As eleições gerais vão acontecer, como planeado, na quinta-feira”.

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Ataques na London Bridge e Borough Market fazem sete mortos e 48 feridos

Uma carrinha atropelou peões na London Bridge. Também há relatos de pessoas esfaqueadas. Polícia classifica ocorrências na ponte e no Borough Market como "incidentes terroristas".

Polícias na London Bridge, no coração de Londres, onde uma carrinha branca atropelou várias pessoas.

O ataque ocorrido na noite de sábado na London Bridge e no Borough Market, em Londres, resultou na morte de sete pessoas e, pelo menos, 48 feridos, segundo as informações adiantadas pela comissária da Polícia Metropolitana de Londres. Três suspeitos foram abatidos pela polícia, que classifica as ocorrências de “atos terroristas”.

Segundo o relato da BBC, o ataque foi levado a cabo pelos ocupantes de uma carrinha branca. Os atacantes subiram o passeio na London Bridge e atropelaram vários peões que lá se encontravam. Depois, conduziram em direção ao Borough Market, saíram da carrinha e esfaquearam várias pessoas. Testemunhas presentes no local relatam que os atacantes procuraram sobretudo pessoas presentes em pubs. Uma outra testemunha refere que os atacantes gritavam “Isto é por Alá”.

A polícia afirma, para já, que houve três atacantes envolvidos — já abatidos. Contudo, Cressida Dick, a comissária da polícia londrina, ressalva que ainda é preciso garantir que não houve mais ninguém envolvido neste ataque. “Temos de ter a certeza absoluta disso”, sublinhou.

Este incidente no coração de Londres acontece a poucos dias das eleições britânicas, que vão realizar-se na próxima quinta-feira. Theresa May revelou que “o terrível incidente” em Londres está a ser tratado como “um potencial ato de terrorismo”. A primeira-ministra britânica avançou ainda que convocou para este domingo de manhã o comité de emergência do Governo, designado COBRA.

Segundo a Reuters e a BBC, vários carros da polícia e ambulâncias estão no local e, para além da London Bridge, também a vizinha Southwark Bridge foi encerrada.

A polícia anunciou, através de uma mensagem no Twitter, que as duas ocorrências “na London Bridge e no Borough Market foram declaradas como incidentes terroristas”. Já o incidente que ocorreu na zona de Vauxhall, um esfaqueamento, não está relacionado com os acontecimentos na ponte e no mercado londrino.

Uma repórter da BBC estava na London Bridge na altura dos atropelamentos e relatou que a carrinha branca “estaria a viajar a cerca de 50 milhas por hora”, o que corresponde a cerca de 80 quilómetros por hora.

Ele desviou mesma à minha frente e atingiu cinco ou seis pessoas”, relatou a repórter Holly Jones à estação de televisão.

Segundo o mesmo relato, algumas das pessoas no local do acidente também terão sido esfaqueadas (alegadamente por terroristas que saíram da carrinha) e a Polícia dos Transportes em Londres fala num caso “envolvendo um veículo e uma faca na London Bridge”. A agência Reuters também refere relatos de testemunhas que dão conta de pelo menos três pessoas com ferimentos provocados por uma faca, possivelmente no pescoço.

Dois polícias a patrulhar a London Bridge depois do incidente terrorista que envolveu uma carrinha branca.

Recorde-se que, no passado dia 22 de maio, um bombista suicida matou 22 pessoas num concerto da cantora norte-americana Ariana Grande em Manchester, naquele que foi o pior ataque terrorista em Inglaterra desde julho de 2005, quando quatro bombistas suicidas mataram 52 pessoas num ataque coordenado na rede de transportes de Londres.

O ataque no Borough Market, um mercado perto da London Bridge, também está relacionado com um ato terrorista. A BBC chegou a noticiar que a Scotland Yard estava a responder a um terceiro incidente em Vauxhall, no sul de Londres, mas a polícia já veio dizer que se tratava de um esfaqueamento sem relação com os atos terroristas da London Bridge e do Borough Market.

Várias estações de Metro junto da zona do incidente também já foram encerradas. No Borough Market, um jornalista do Daily Telegraph veio anunciar, através de uma mensagem no Twitter, que ouviu “três explosões no espaço de cinco minutos”. Entretanto, as autoridades policiais já vieram anunciar a ocorrência de explosões controladas feitas pela própria polícia.

 

As autoridades vão deixando avisos à população através das redes sociais.

Do outro lado do Atlântico, o Departamento de Estado norte-americano está a acompanhar de perto a situação em Londres e o presidente Donald Trump deixou mensagens no Twitter, uma delas a insistir na sua proposta de bloqueio à entrada de imigrantes de alguns países muçulmanos.

À medida que a noite vai avançando, vão sucedendo reações nas redes sociais ao que está a acontecer na capital do Reino Unido. Ariana Grande, que há menos de duas semanas deu um concerto em Manchester onde morreram 22 pessoas, colocou no Twitter a seguinte mensagem:

Nicola Sturgeon, a primeira-ministra escocesa, também já tweetou:

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, também:

A mensagem de Sadiq Khan, Mayor de Londres que fala de um “ataque cobarde”:

Alex Butler, editor de desporto do jornal The Sunday Times, já partilhou a capa do jornal que vai para as bancas e uma história dramática que aconteceu na London Bridge:

A capa do The Sun também já está disponível:

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“Baixar o IRS em 600 milhões implica cortes na despesa”

  • ECO
  • 3 Junho 2017

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais descarta a proposta avançada pelo Bloco de Esquerda, a não ser que se corte na despesa.

O valor de 600 milhões de euros tinha sido avançado por Catarina Martins em entrevista à SIC Noticias, numa proposta do Bloco de Esquerda para o Orçamento do Estado de 2018.

“Estamos a estudar com o Governo. Achamos que é preciso uma despesa fiscal em criação de escalões próxima dos 600 milhões de euros, no mínimo, para este Orçamento, outro tanto no próximo, para podermos desfazer aquilo que foi a enorme injustiça criada por Vítor Gaspar”, dizia a líder do Bloco de Esquerda.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, vem agora dizer que baixar além dos 200 milhões previstos pelo Governo, “vai ter consequências noutras áreas do orçamento nomeadamente na despesa”.

O próprio primeiro-ministro já admitiu que os escalões do IRS vão começar a ser repostos no próximo ano, mas avisando que essa reposição será feita “de forma equilibrada”.

O PCP, que tal como o Bloco apoia o Governo no Parlamento, já veio dizer que queria duplicar o número de escalões de IRS, de cinco para dez. Vítor Gaspar em 2013, o ano do “enorme aumento de impostos” reduziu os escalões de IRS de oito para cinco.

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Real de Ronaldo ganha a milionária Liga dos Campeões

  • ECO e Lusa
  • 3 Junho 2017

O Real Madrid onde joga o português Cristiano Ronaldo venceu a Juventus por 4 a 1 e e ganhou a Liga dos Campeões.

epa06008834 Real Madrid’s Cristiano Ronaldo (C) celebrates after the UEFA Champions League final between Juventus FC and Real Madrid at the National Stadium of Wales in Cardiff, Britain, 03 June 2017. Real Madrid won 4-1. EPA/FACUNDO ARRIZABALAGAEPA/FACUNDO ARRIZABALAGA

O Real Madrid conquistou hoje a sua 12.ª Liga dos Campeões de futebol, ao vencer a Juventus, por 4-1, num encontro disputado em Cardiff e no qual Cristiano Ronaldo marcou dois golos.

O português bisou aos 20 e 64 minutos, com o croata Mario Mandzukic ainda a empatar para a Juventus, aos 27, antes de o brasileiro Casemiro a colocar os ‘merengues’ em vantagem, aos 61, com Asensio a aumentar aos 90, numa altura em que os italianos já jogavam com menos um, por expulsão do colombiano Cuadrado, aos 84.

Com este triunfo, o Real Madrid tornou-se na primeira equipa a conquistar a prova em dois anos consecutivos desde que a prova se passou a chamar Liga dos Campeões, em 1992/93.

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Quanto cobram os artistas portugueses por concerto?

Mariza, Anselmo Ralph e Tony Carreira são dos artistas mais bem pagos por concerto. Quim Barreiros é o mais requisitado pelas autarquias. Salvador Sobral foi dos que mais valorizou recentemente.

Da esquerda à direita: Gisela João, Luísa Sobral, Salvador Sobral e Ana Bacalhau.Raquel Sá Martins

Numa pesquisa pelos nomes dos principais artistas portugueses no Portal Base — onde estão os contratos públicos — concluiu-se que os preços divergem bastante. O caso de Salvador Sobral no passado sábado é sui generis: marcado antes da vitória da Eurovisão, o concerto estava pensado para ter um dimensão, mas passou a ser cinco vezes maior, multiplicando os custos mas também as receitas. As comparações são difíceis de fazer — um só artista pratica diferentes valores –, mas é possível traçar o cenário dos preços atualmente praticados na indústria musical de Portugal.

O ECO fez um levantamento dos valores contratados entre os artistas e as autarquias para a realização de concertos. Só foram considerados contratos que incidam sobre concertos realizados em 2017. Além disso, foram só considerados concertos unipessoais e não em conjunto com outros artistas, o que dificultaria comparações.

Luísa Sobral

A irmã de Salvador Sobral deu um concerto a 20 de maio, já depois da vitória na Eurovisão enquanto compositora e letrista de “Amar Pelos Dois”. O concerto aconteceu no Convento São Francisco, num auditório com 1125 lugares. Para esse evento, em que os bilhetes variavam entre os 10 e os 12,5 euros, a Câmara Municipal de Coimbra pagou sete mil euros pelo concerto de Luísa Sobral.

Os irmãos Luísa e Salvador Sobral, no momento da vitória de Portugal no festival da Eurovisão.Sergey Dolzhenko / EPA

No início deste ano, a 27 de janeiro, Sobral deu um concerto em Aveiro que custou 9.500 euros à autarquia local. O espetáculo ocorreu no Teatro Aveirense cuja sala principal tem capacidade para 659 pessoas. O preço por bilhete foi de 10 euros. Dias depois, a 11 de fevereiro, o Município de Alcobaça pagou 6.500 euros para um concerto da artista no Centro Cultural Gonçalves Sapinho, cujo auditório tem capacidade para 360 pessoas.

Anselmo Ralph

Um concerto com Anselmo Ralph é dos mais bem pagos em Portugal. Mesmo com a vitória na Eurovisão — um concurso internacional –, os preços dos irmãos Sobral nem se aproximam do cantor angolano. Um concerto com o artista custou 40 mil euros à Câmara Municipal de Vila Real, tal como indica um contrato publicado em maio. Em fevereiro, o Município de Pinhel (Guarda) pagou 36 mil euros. Uma análise a anos anteriores revela que o valor mais elevado foi pago pelo Município de Sertã num total de 48.500 euros.

Fadistas

Um concerto com Mariza, artista que já tem uma carreira internacional consolidada, é dos mais caros. Em abril deste ano, o Município de Vila Real pagou 40.000 euros. Em fevereiro, o Município de Castro Marim pagou 35.000 euros.

Já um concerto com a barcelense Gisela João custou 8.750 euros ao Município de Loulé, em maio, e 7.750 euros ao Município de Castro Verde, em abril. Duas apresentações em Lisboa custaram 13.200 euros à EGEAC. Um espetáculo com o fadista Camané varia entre os 9.000 euros e os 10.000 euros.

Em abril, o Município da Guarda pagou 17.500 euros por dois concertos de Ana Moura. Também em 2017, nos contratos disponíveis no Portal Base, um concerto com a fadista Carminho ficou por 10 mil euros em duas ocasiões e 12 mil euros noutras duas ocasiões. Já um concerto com a fadista Cuca Roseta custou 8.500 euros ao Município de Montemor-o-Novo.

Família Carreira

Os três membros do clã Carreira são dos artistas portugueses que mais cobram por concertos. Nos quatro contratos públicos publicados no Portal Base relacionados com Tony Carreira, o cantor cobra entre 30 mil euros e 39 mil euros. Contudo, em ocasiões de anos anteriores é possível ver valores mais elevados.

O filho mais velho, Mickael Carreira, ainda não tem nenhuma entrada relativa a 2017, mas no ano passado cobrou entre 15 mil euros e 18 mil euros. Já o irmão mais novo, David Carreira, tem quatro entradas este ano, mas com uma variação considerável em termos de valores. Um concerto na Mealhada vai custar 14 mil euros — um contrato de abril –, mas um contrato de maio, em Amarante, ascende quase aos 25 mil euros.

Eis outros exemplos:

  • Os GNR entram também no top dos que mais cobram por um concerto. O espetáculo que a banda vai dar em agosto na Freguesia de Corroios custou 13.370 euros. Já um concerto contratado pelo Município de Oliveira de Azeméis atingiu os 17.600 euros.
  • Quim Barreiros não é dos artistas que mais cobra por um concerto, mas é um dos mais requisitados. Só em 2017 já se contam 11 espetáculos requisitados por instituições públicas. Os preços variam entre os seis mil euros e os 10 mil euros.
  • Já um concerto com os Amor Electro variou entre os 8.500 euros pagos pelo Município de Oliveira de Azeméis em fevereiro e os 13.500 euros pela Câmara Municipal de Almada em abril.
  • Na passagem de ano, a Câmara do Porto pagou 21.250 euros por um concerto dos Azeitonas.
  • Um concerto de Dengaz e a Ahya Band custou 14.200 euros ao Município de Odemira em abril deste ano.
  • Já um concerto com a banda The Gift custou 17.500 euros ao Município de Alcobaça em março e 10 mil euros ao Município de Vila Nova de Famalicão em abril.
  • Um concerto com os Deolinda custou 16 mil euros ao Município de Silves em fevereiro.
  • Já um concerto com o ex-Da Weasel, agora Carlão, custou 12.500 euros ao Município de Ourém em abril.
  • Um espetáculo com o artista Miguel Araújo vai dos 7.750 euros em Olhão até aos 19.500 euros em Santiago do Cacém.
  • Um concerto com António Zambujo varia entre os 8.750 euros e os 12 mil euros.
  • Um espetáculo do artista David Fonseca varia entre os 5.800 euros em Sever do Vouga e os 16 mil euros em Penafiel.
  • Um concerto da banda HMB custou seis mil euros ao Município de Castro Verde.
  • Um espetáculo com Pedro Abrunhosa varia entre os 11.500 euros e os 26.500 euros.
  • Um concerto da artista Aurea varia entre os 7.500 euros e os 15.500 euros.
  • Um concerto de Rui Veloso vai custar 35.000 euros ao Município de Viana do Castelo.
  • Um espetáculo de Rita Guerra varia entre os 8.750 euros e os 10.500 euros.

De ressalvar que, através destes contratos, não é possível saber o enquadramento à volta do concerto, nomeadamente a logística ou o número real de bilhetes vendidos. Além disso, é preciso esclarecer que este também não é o valor dos cachets dos artistas, mas o montante global pago pelos serviços.

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SATA admite entrar no capital da companhia aérea de Cabo Verde

  • Lusa
  • 3 Junho 2017

A SATA deverá ter, em breve, reuniões com as autoridades cabo-verdianas para avaliar uma possível parceria com a TACV. Entrada no capital não está posta de parte.

O presidente do Conselho de Administração da SATA, Paulo Menezes, manifestou este sábado interesse numa parceria com a Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), admitindo avaliar “todas as hipóteses”, incluindo a entrada no capital da companhia aérea cabo-verdiana.

“A SATA está interessada em avaliar com a TACV, com o Governo de Cabo Verde e com o Governo dos Açores todas as hipóteses”, disse Paulo de Menezes, quando questionado sobre a possibilidade de entrada no capital da empresa africana. O presidente do conselho de administração da SATA falava aos jornalistas na cidade da Praia, à chegada do voo inaugural que passará a ligar Cabo Verde e os Açores, com extensão a Boston, nos Estados Unidos, e a outros destinos europeus e norte-americanos para onde voa atualmente a SATA.

"Vamos estudar com o Governo e com os TACV. Temos condições para avaliarmos uma parceria estratégica desde logo pela via da nossa operação, mas essa parceria pode ser estendida a outras áreas.”

Paulo Menezes

Presidente da SATA

Paulo Menezes, que foi recebido no aeroporto Nelson Mandela, na cidade da Praia, pelo ministro das Finanças cabo verdiano, Olavo Correia, em representação do Governo cabo-verdiano, deverá manter em breve reuniões com as autoridades cabo-verdianas para analisar o assunto. “É um assunto que temos que estudar. Vamos estudar com o Governo e com os TACV. Temos condições para avaliarmos uma parceria estratégica desde logo pela via da nossa operação, mas essa parceria pode ser estendida a outras áreas. Vamos ver”, disse Paulo Menezes.

Por seu lado, o ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, reafirmou que o Governo está a avaliar várias opções relativamente ao futuro da TACV, onde está a ser implementado um plano de reestruturação para privatização da operação internacional da companhia aérea. “Registamos o interesse da SATA para abordar o assunto da TACV. É uma questão que futuramente estará na agenda”, disse Olavo Correia.

Questionado sobre o eventual interesse de outras empresas portuguesas, nomeadamente a Euroatlantic, do grupo Pestana, na privatização da TACV, Olavo Correia escusou-se a responder. “O segredo é a alma do negócio. Temos vários interessados, estamos a analisar, estamos focados na construção de uma solução e brevemente teremos a solução para comunicar aos cabo-verdianos”, disse.

Em declarações à agência Lusa, fonte da Euroatlantic, apontada pela imprensa local como uma das empresas na corrida à compra da TACV, adiantou que a empresa não está a negociar nenhum dossiê relacionado com a privatização da companhia aérea cabo-verdiana. A mesma fonte lembrou, no entanto, e sem avançar detalhes, que a administração da Euroatlantic apresentou uma proposta de parceria à anterior administração da TACV, tendo ambas as entidades chegado a assinar um memorando.

Olavo Correia assinalou ainda “o enorme potencial turístico e económico” da nova rota aérea com os Açores e o contributo para o reforço das relações “no quadro da Macaronésia”, assegurando o apoio do Governo à companhia açoriana. “Estamos a melhorar a oferta para Cabo Verde. Vai ser mais fácil ligar Cabo Verde aos Estados Unidos através deste voo e é muito importante para Cabo Verde aumentarmos a escala e termos ligações com a nossa diáspora e com o mundo com uma oferta competitiva ao nível dos preços”, disse.

Paulo Menezes sublinhou, por seu lado, que a ligação com Cabo Verde faz parte da estratégia da SATA de “criar uma porta de entrada entre os Açores, a Macaronésia (Açores, Madeira, Canárias e Cabo verde) e os dois lados do Atlântico”.

A Azores Airlines, do grupo açoriano SATA, prevê efetuar um total de 104 voos por ano entre Ponta Delgada (ilha de São Miguel) e a cidade da Praia, em Cabo Verde, com duas frequências semanais no verão e uma no inverno, disponibilizando no total 16.640 lugares.

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Google negoceia regalias para nova sede em Londres

  • Bloomberg
  • 3 Junho 2017

Funcionários que trabalhem no novo escritório londrino não terão nenhuma desculpa para ficar fora de forma.

Os funcionários que trabalharem na nova sede que o Google planeia inaugurar no Reino Unido, cujo comprimento será maior do que a altura do edifício mais alto da União Europeia, não terão nenhuma desculpa para ficar fora de forma.

As propostas, enviadas pela Google U.K. e pelos parceiros ao Conselho de Camden nesta semana, incluem uma “pista de obstáculos” de 200 metros no terraço, uma piscina com três pistas, salas de massagem, diversas academias e um campo desportivo para basquete, futebol e badminton. Os funcionários menos enérgicos poderão assistir às atividades de uma escada diagonal que atravessa os 11 andares do edifício até chegar ao jardim do telhado e que funcionará também como um espaço para descansar.

O edifício de 93.000 metros quadrados vai fazer parte de um campus construído perto dos escritórios pré-existentes da empresa de tecnologia, na zona de King’s Cross.

As novas plantas dos escritórios substituem um projeto anterior, aprovado em 2013 para o sítio perto da estação de comboios de King’s Cross. A Google, que pertence à Alphabet, emprega atualmente cerca de 4.000 funcionários no Reino Unido, a maioria num escritório que fica perto da nova sede. A construção vai começar no próximo ano.

O edifício ocupará a maior parte de um terreno de 330 metros e será um pouco mais alto do que o arranha-céu Shard, de 310 metros de altura, em Londres. O Google convocou vários arquitetos e designers, incluindo Thomas Heatherwick — que também está envolvido na nova sede da empresa na Califórnia e é famoso por ter recriado o emblemático “autocarro” de dois andares de Londres.

A cobertura terá um jardim de 300 metros que, além da pista de corrida e das áreas de lazer, também contará com flores silvestres. O Google está entre uma série de grandes empresas de tecnologia, como o Snap e Apple, que têm planos para ampliar os escritórios em Londres, apesar das incertezas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.

“Aqui no Reino Unido para mim está claro que a ciência da computação terá um ótimo futuro, com os profissionais, as instituições académicas e a paixão pela inovação que vemos ao nosso redor”, disse o CEO do Google, Sundar Pichai, em novembro.

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O país está melhor, a luta continua. “É o momento de trocar a bicicleta pela mota”

Os sindicatos protestam este sábado, naquela que será a maior manifestação da era António Costa.

O país está melhor do que esteve durante a última legislatura, mas ainda há muito a fazer. É esta a perceção dos sindicatos que protestam este sábado, naquela que será a maior manifestação desde que o Governo de António Costa tomou posse. Se, como diz o primeiro-ministro, a economia é como uma bicicleta e é “necessário continuar a pedalar” para que não pare de crescer, então é altura de “trocar a bicicleta pela mota”, para se andar mais depressa.

Estamos cá para responder aos problemas dos trabalhadores“, justificou, em declarações transmitidas pela SIC Notícias, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, a central sindical que convocou a manifestação. Em cima da mesa estão reivindicações como o descongelamento de carreiras e aumentos salariais na função pública, a subida do salário mínimo, a reposição da idade da reforma nos 65 anos ou o fim da precariedade laboral.

O dirigente sindical reconhece que o país vive “uma situação mais tolerável do que aquela que vivemos durante quatro anos”, mas “isso não dispensa a participação dos trabalhadores em manifestações”, para não se correr “o risco de o Governo ficar à sombra das sondagens”.

“Este é o momento para trocar a bicicleta pela mota, para andar mais rapidamente” em direção à melhoria das condições laborais, reforçou Arménio Carlos.

Também Ana Avoila, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS), afirma que “há muito a fazer e já se podia ter feito mais”. A representante dos funcionários públicos marcou presença na manifestação para “exigir salários, direitos, carreiras, que as reformas se concretizem de uma outra forma”. São “objetivos justos, necessários, que o Governo pode e deve rapidamente resolver”.

Os líderes do PCP e do Bloco de Esquerda também estiveram presentes na manifestação. Jerónimo de Sousa disse “valorizar muito os avanços alcançados nesta nova fase da vida política nacional”, mas ressalvou que “a luta não é dispensável”. O líder do PCP sublinha que é “fundamental alcançar novos avanços, para que se mantenha a recuperação de rendimentos e direitos dos trabalhadores“.

Catarina Martins exigiu que o Governo avance com as medidas que constam do programa e que ainda não foram cumpridas. “O Governo tem compromissos que ainda não passou a lei, como desfazer medidas do anterior governo e recuperar direitos de trabalho. O Governo tem de cumprir com os seus compromissos”, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda.

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O supercarro de 156.000 dólares do qual ninguém fala

  • Bloomberg
  • 3 Junho 2017

O Acura NSX 2017 está na rua há um ano, mas há grandes hipóteses de nunca ter visto nenhum por aí.

Após vários atrasos no lançamento, o carro foi ignorado. Além disso, conta com uma imagem pública frágil devido à associação com os vários Acuras dignos de esquecer por aí.

Que pena. Porque depois de testar uma versão que vale cerca de 204 mil dólares, pode dizer-se que merece mais do que ser considerado uma ostentação do Audi R8, do Mercedes AMG GT e até do McLaren 570S.

O supercarro esquecido

Este é um resumo da vida atribulada deste carro nos últimos anos: a Honda anunciou o plano de lançar um novo NSX — sucessor de uma muito elogiada primeira geração do NSX — em 2007, mas cancelou a produção devido à crise económica de 2008. Em 2011, a fabricante avisou que tinha voltado a trabalhar numa segunda geração do modelo, atualizada. Um ano depois, a empresa levou o modelo ao Salão Automóvel de Detroit, mas foram necessários mais três anos para que o modelo de produção chegasse ao mesmo salão automóvel. O NSX modernizado foi — finalmente — posto à venda no ano passado, quase uma década depois dos primeiros rumores que davam conta do carro.

Desenhado por Michelle Christensen e fabricado em Ohio, o NSX 2017 segue o mesmo estilo de ângulos calculados e agressividade moderada do NSX original, concebido no Japão em 1990. Comparado com supercarros de designs tão característicos como o Chevrolet Corvette, a calipígia Ferrari California, o robótico Nissan GT-R e o discreto Porsche 911, o NSX defende-se com elegância discreta.

E como é conduzi-lo?

Sabia que o NSX é um híbrido com tração às quatro rodas? Sem essa informação antes de pegar no volante, é difícil notar. E também não dá para perceber se vir o carro passar. Há poucos indícios do motor elétrico escondido, exceção feita a um pequeno indicador no painel e ao facto de o motor arrancar quando se para o carro fora do modo Track. Além disso, o carro é incrivelmente silencioso — conta até com um modo “Quiet” que permite uma discrição absoluta.

O NSX tem três motores elétricos: dois no eixo dianteiro e um terceiro no meio do carro, entre o motor V6 twin-turbo. Isso ajuda a alcançar 573 cavalos de potência e a fazer 9,35 quilómetros por litro na estrada, um dos melhores resultados de eficiência de combustível do segmento. (O guia para o grupo de supercarros híbridos seria o Porsche 918 Spyder, que custa 850.000 dólares e gasta 38 km/litro).

Há quem considere a tecnologia de direção usada pelo NSX um “tédio” para melhorar a aceleração e a direção. Os amortecedores “magnetoreológicos” controlam o balanço de forma independente nas quatro pontas; no modo Track, por exemplo, o carro corrige-se nas curvas para que não escorregue, nem se quiser. Chega a 60 milhas por hora (96 km/h) em 2,7 segundos; a velocidade máxima é de 307 km/h. Ou seja, as pessoas estão erradas. É um prazer conduzir este carro.

Com aceleração rápida, direção ágil e travões supervelozes, o modelo pode ser facilmente comparado com o Audi R8 e o McLaren 570S. E esse tipo de precisão, não é entediante. É emocionante.

Aliás, faça um teste por 30 minutos com o NSX e volte para contar se se divertiu.

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Ministério Público brasileiro pede prisão efetiva para Lula da Silva

  • Lusa
  • 3 Junho 2017

O antigo Presidente do Brasil é acusado de ter ocultado património. A sentença deverá ser conhecida no início de julho.

O Ministério Público pediu prisão efetiva para Luiz Inácio Lula da Silva, antigo Presidente do Brasil, pelo crime de corrupção passiva qualificada, no âmbito do “caso triplex”, segundo documentos do processo citados pela imprensa brasileira.

O pedido de prisão efetiva consta em documentos apresentados pelo juiz federal Sergio Moro e corresponde a um processo penal em que Lula da Silva é acusado de ocultar património e outros delitos relacionados com um apartamento que seria sua propriedade, mas que aparece registado em nome de empresários que teria servido como ‘teste de ferro’. O apartamento, um triplex situado na zona balnear de Guarujá, no litoral de São Paulo, está registado em nome da empresa OAS, uma das construtoras envolvidas no caso da petrolífera estatal brasileira Petrobras.

Lula da Silva, Presidente do Brasil entre 2003 e 2011, é ainda acusado em quatro outros casos, mas o processo do apartamento em Guarujá é o mais avançado e a sentença deverá ser anunciada no início do mês de julho.

Por seu lado, Lula recusa as acusações, sublinhando que não é proprietário do apartamento, e alega ser vítima de uma “perseguição judicial” para evitar que não concorra às eleições presidências marcadas para outubro de 2018.

Contudo, o Ministério Público argumenta que há “provas robustas” contra Lula da Silva e pede também a prisão efetiva para o presidente da empresa de construção OEA, Leo Pinheiro, e cinco ex-diretores da empresa. Em causa está o alegado recebimento de subornos por Luiz Inácio Lula da Silva no valor global de um milhão de euros.

Neste processo, o primeiro em que Lula da Silva é arguido entre as ações penais baseadas nas investigações dos crimes cometidos na petrolífera estatal Petrobras e outros órgãos públicos, o antigo Presidente é acusado de corrupção e prática de branqueamento de capitais.

O Ministério Público diz que Lula da Silva cometeu os crimes ao receber um apartamento de luxo na cidade do Guarujá, litoral de São Paulo, e o pagamento de despesas de armazenamento de objetos que ganhou quando era presidente da construtora OAS para, em troca, favorecer contratos desta empresa com a Petrobras.

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Bloco leva contratação a termo e banco de horas ao Parlamento

O Bloco apresentou duas propostas para alterar a legislação laboral, que serão discutidas no dia 7 de junho.

O Bloco de Esquerda vai levar ao Parlamento, na próxima semana, a discussão de dois projetos de lei para alterar a legislação laboral. As duas propostas procuram “acabar com o abuso” nos contratos a prazo e eliminar o regime do banco de horas individual.

No encerramento das jornadas parlamentares do Bloco de Esquerda, que decorreram no Algarve, Pedro Filipe Soares classificou a contratação a termo como o “flagelo do nosso país”. O líder parlamentar do partido recordou que, neste campo, Portugal tem “uma taxa muito acima da média europeia, particularmente entre os jovens”, com quem há “um verdadeiro abuso”: 67% dos novos contratos celebrados com jovens são a prazo, lembrou Pedro Filipe Soares.

No projeto entregue à Assembleia da República, os bloquistas explicam que o documento “concretiza as alterações ao regime da contratação a termo nos termos em que foram consensualizados no âmbito do Grupo de Trabalho para preparação de um Plano Nacional contra a Precariedade” constituído com o Partido Socialista.

Entre as alterações propostas ao regime jurídico da contratação a termo, incluem-se a clarificação do “critério para afastamento do regime por instrumento de regulamentação coletiva” e a limitação das “situações em que é admissível a sua situação”.

O Bloco apresentou ainda um projeto para eliminar o regime do banco de horas individual, bem como o regime da adaptabilidade individual. “Qualquer negociação de flexibilidade de horário de trabalho deve ser feita de forma coletiva”, disse Pedro Filipe Soares.

O programa do Governo prevê a revogação do banco horas individual, mas o Executivo tem evitado discutir esta matéria. No final do ano passado, Vieira da Silva, ministro do Trabalho, admitiu que a criação do banco de horas individual foi uma “má iniciativa”, mas não se compromete com a revogação deste instrumento.

Os dois projetos vão ser discutidos no Parlamento no dia 7 de junho, quarta-feira.

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