Revista de imprensa internacional

Na Europa, o Popular está prestes a concluir a reavaliação de ativos imobiliários, numa altura em que procura comprador. Lá fora, o Brasil continua na crise política.

O Popular prepara-se para constituir novas provisões, numa altura em que procura um comprador. A Snap traz os óculos Spectacles para a Europa e a British Airways já sabe o que causou a falha informática do último fim de semana. Fora da Europa, Dilma Rousseff está pronta para apoiar Lula da Silva como candidato à presidência e um casino nas Filipinas foi alvo de um ataque que resultou na morte de 36 pessoas.

Expansión

Popular pode ter de constituir 2 mil milhões em provisões

O Banco Popular poderá ter de constituir até 2 mil milhões de euros em provisões para cobrir os ativos imobiliários que tem em carteira. O processo de reavaliação de ativos que o Popular está a levar a cabo está perto de estar concluído e, para já, o valor das provisões que terão de ser constituídas para cobrir eventuais desvalorizações fica muito abaixo do que tinha sido antecipado pelos analistas. Por isso mesmo, as ações do banco, que na quinta-feira afundaram para mínimos históricos, estão agora a recuperar e sobem 5,6%, para os 52,8 cêntimos.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso gratuito / conteúdo em castelhano)

The Guardian

Óculos da Snap chegam à Europa

A Snap, empresa que detém a aplicação Snapchat, vai trazer os Spectacles para a Europa. Os óculos com câmara incorporada que reencaminham as fotografias capturadas diretamente para a aplicação, vão estar disponíveis em vending machines em Londres, Paris, Berlim, Barcelona e Veneza, por 150 euros. É a primeira vez que os óculos estarão disponíveis fora dos Estados Unidos.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso gratuito / conteúdo em inglês)

O Globo

Dilma: “Meu candidato é Lula para presidente”

Dilma Rousseff está pronta para apoiar Lula da Silva como candidato à presidência do Brasil. No 6.º Congresso do PT, que decorreu na quinta-feira à noite, a antiga presidente, que foi destituída, apela às eleições antecipadas e lançou a candidatura do também antigo presidente, que é investigado pela justiça brasileira no âmbito da Operação Lava Jato. “A única alternativa viável é eleições diretas. Não porque tenhamos o melhor candidato. Perder eleição não é vergonha. Vergonha é ganhar no tapetão, sem voto. É tentar eleger candidato biónico”, disse Dilma. “Meu candidato é Lula para presidente”, acrescentou.

Leia a notícia completa n’O Globo (acesso gratuito)

The Times

Falha informática na British Airways foi erro humano

Os problemas informáticos que afetaram mil voos da British Airways durante o último fim de semana resultaram de erro humano. A unidade de fornecimento de energia em causa estava a funcionar em perfeitas condições, mas terá sido afetada por falha de um funcionário. Isto depois de a British Airways ter dispensado 600 funcionários do setor de tecnologias da informação, para recorrer a serviços de outsourcing.

Leia a notícia completa no The Times (acesso pago / conteúdo em inglês)

Reuters

Ataque nas Filipinas faz 36 mortes

Um ataque num casino em Manila, nas Filipinas, resultou na morte de 36 pessoas. O ataque, no Resorts World Manila, foi levado a cabo por um homem “aparentemente perturbado emocionalmente” e não estará ligado ao Estado Islâmico, segundo as informações transmitidas pelo presidente Rodrigo Duterte. Isto apesar de o auto-proclamado Estado ter reclamado o ataque.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso gratuito / conteúdo em inglês)

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Portugal é o país onde menos se valoriza tarefas domésticas

  • Lusa
  • 2 Junho 2017

Em Portugal, as mulheres dedicam 15 horas por semana aos trabalhos domésticos e os homens dez horas, mas é o país onde elas são menos valorizadas relativamente à vida profissional.

Portugal é o país onde a valorização da carreira profissional é mais importante do que a dedicação às tarefas domésticas, de acordo com um estudo feito em 20 países que será divulgado hoje em Lisboa.

O estudo Global Home Index, desenvolvido com o apoio das Nações Unidas, visou perceber com que frequência os inquiridos se dedicam às tarefas da casa, como é feita a divisão dessas tarefas e “como se valoriza e se vive nos vários países a realidade diária do trabalho necessário para construir uma casa de família”. Segundo o estudo, realizado pela Home Renaissance Foundation do Reino Unido, Portugal foi o país que obteve a percentagem mais elevada de valorização da carreira profissional (79% das mulheres e 67% dos homens) versus as tarefas da casa, seguido de Itália (67% dos homens e 50% das mulheres).

Os valores mais baixos encontram-se no Quénia (36% das mulheres e 28% dos homens), adiantam as conclusões do estudo, que pretende “sensibilizar as pessoas para o valor do seu próprio trabalho como contribuição para o desenvolvimento humano”.

Os resultados do estudo, que serão apresentados pela investigadora Patricia Debeljuh, diretora do Centro de Conciliação Família e Empresa em Buenos Aires, apontam que mais de 80% de homens e mulheres entendem ser importante realizar as tarefas domésticas.

Em todos os países envolvidos no estudo são as mulheres quem gasta mais tempo nas lides domésticas, entre 14 a 23 horas semanais, enquanto os homens gastam entre seis a 17 horas. Os argentinos são os que dedicam mais tempo a estas tarefas, com as mulheres a empregar 23 horas semanais e os homens 16 horas. Mais de metade (53%) das mulheres e 60% dos homens inquiridos entende que não dedica tempo suficiente às tarefas da casa e apenas 20% disseram distribuir as tarefas da casa pelos restantes membros da família.

Em Portugal, as mulheres dedicam 15 horas por semana a estas tarefas e os homens dez horas, refere o estudo, que aponta os italianos com os que aplicam menos horas aos trabalhos domésticos (nove horas as mulheres e seis horas os homens).

As conclusões do estudo mostram que as mulheres dos 20 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Guatemala, Itália, Quénia, México, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido e Uruguai) são quem mais se ocupa diretamente da arrumação de casa, com valores entre os 20% a 49%, contra 1% a 44% dos homens.

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Trump pede ao Supremo Tribunal dos EUA para repor decreto sobre imigração

  • Lusa
  • 2 Junho 2017

Donald Trump pediu ao Supremo Tribunal do país para repor o decreto de lei para impedir a entrada de pessoas de seis países de maioria muçulmana.

A administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Supremo Tribunal do país para repor o decreto de lei para impedir a entrada de pessoas de seis países de maioria muçulmana.

O Departamento de Justiça argumenta que o tribunal de recurso em Richmond, baseado no Estado da Virgínia, cometeu vários erros na sua decisão contra o veto migratório de Trump.

O tribunal de recurso do 4.º circuito sustentou, no final de maio, uma decisão de um tribunal de nível inferior que bloqueou a decisão da administração republicana que pretendia bloquear temporariamente a emissão de vistos para nacionais do Irão, da Líbia, Somália, do Sudão, da Síria e do Iémen.

O tribunal de Richmond foi o primeiro dos tribunais de recurso a emitir uma decisão sobre a segunda versão da proibição daquelas entradas, que a administração Trump esperava que não tivesse os problemas legais apresentados pela primeira.

“O congresso atribuiu ao Presidente um poder alargado para negar a entrada a estrangeiros, mas esse poder não é absoluto. Não pode ficar sem controlo quando, como aqui, o Presidente o exerce através de uma ordem executiva que cria prejuízos irreparáveis a pessoas em toda a nação”, escreveu o juiz chefe do circuito, Roger L. Gregory.

Um ponto central no caso é se os tribunais devem considerar as declarações feitas por Trump sobre a sua intenção de impedir a entrada de muçulmanos nos EUA.

O juiz federal do Estado do Maryland que bloqueou a interdição citou comentários feitos por Trump e os seus colaboradores, durante e depois da campanha eleitoral, como prova de que esta política era motivada basicamente pela religião.

A administração Trump argumentou que o tribunal não deveria considerar outros fatores para além do texto da ordem executiva, que não menciona a religião.

Os países em causa não foram escolhidos porque são predominantemente muçulmanos, mas porque apresentam riscos de terrorismo, argumentou a Casa Branca. Alguns dos 13 juízes do tribunal de recurso que ouviram estes argumentos no início do mês pareceram céticos quanto ao raciocínio da Casa Branca.

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Petróleo em queda traz descida nos combustíveis

O petróleo continua a perder fôlego. Está abaixo dos 50 dólares nos mercados, levando à queda das cotações tanto da gasolina como do gasóleo. Há, por isso, boas notícias para os condutores nacionais.

Se tem de atestar o depósito do automóvel, prepare-se… para pagar menos. É que os preços de venda dos combustíveis vão descer no arranque da semana, com o gasóleo, o preferido dos consumidores nacionais, a registar a descida mais pronunciada em resultado da queda das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O barril está abaixo dos 50 dólares.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegou a acordo para manter o corte na produção, mas os investidores ignoraram o impacto, até porque os inventários dos EUA continuam elevados. O desequilíbrio no mercado mantém as cotações sob pressão, levando a que tanto o West Texas Intermediate como o Brent recuem. O WTI está nos 47,55 dólares e o Brent nos 49,82 dólares. Caem ambos mais de 1,5%.

A descida acentuada das cotações do petróleo ditou uma desvalorização também nas cotações da gasolina e do gasóleo nos mercados internacionais. Enquanto a cotação média semanal da gasolina desceu 2,19%, já em euros, no caso do gasóleo, o combustível mais vendido em Portugal, assiste-se a uma queda de mais de 5% para 402 euros por tonelada métrica. Resultados? Vêm aí descidas nos preços.

Depois da subida de um cêntimo, o diesel deverá baixar cerca de dois cêntimos no arranque da semana, de acordo com os cálculos do ECO com base nos dados da Bloomberg. E mesmo a gasolina tem margem para apresentar uma redução de um cêntimo por litro nos postos de abastecimento nacionais.

Com estas descidas, o gasóleo simples deverá passar a ser comercializado a um valor de 1,205 euros por litro, abaixo dos 1,225 euros atuais, segundo os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia. No caso da gasolina simples de 95 octanas, que está a ser comercializada a 1,454 euros, deverá assistir-se a uma descida para 1,444 euros.

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Pizarro: Moreira não é “partidofóbico” mas “está numa cruzada”

  • ECO
  • 2 Junho 2017

O movimento de Rui Moreira no Porto já tem "tiques dos partidos", diz o candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Lisboa.

Manuel Pizarro desmentiu que Rui Moreira, atual presidente da Câmara do Porto, fosse “partidofóbico”, mas diz que está numa “cruzada anti-partidos” nas últimas semanas. O candidato do Partido Socialista ao Porto, que foi braço direito do independente no último mandato, reconhece como conjuntos os sucessos da parceria entre o PS e o independente Rui Moreira nos últimos anos, e apresenta propostas de continuidade em relação aos projetos até agora desenvolvido.

“Impressiona ver agora Rui Moreira interpretar um discurso anti-partidos”, afirmou Manuel Pizarro em entrevista ao Observador. “Impressiona-me ainda mais ver cristalizar num movimento os mesmos tiques que às vezes acusamos os partidos políticos de terem”, acrescentou.

No entanto, afirma que não hesitou em candidatar-se contra Rui Moreira quando se apercebeu de que o independente não tinha intenções de prolongar a sua aliança com o Partido Socialista. Tenho bem noção das minhas responsabilidades. O PS tinha a obrigação de apresentar uma candidatura, porque tem uma longa história na cidade do Porto”, afirmou o candidato. “Também não tive dúvidas de que tinha de protagonizar essa candidatura. Não seria aceitável que gerássemos um caso sobre a escolha de quem era o candidato”.

Manuel Pizarro destacou ainda a importância do papel do Partido Socialista na execução do programa dos últimos anos. “Tínhamos 111 medidas no programa eleitoral do PS e chegámos ao fim dos três anos e tínhamos executado ou em fase de execução mais de 87% dessas medidas”, acrescentou.

Sobre a proposta de lei do PS sobre o alojamento local, Manuel Pizarro chamou-lhe uma “belíssima base de discussão” e afirmou não ter uma opinião específica sobre o tema. “Mas este problema tem de ser tratado”, reconheceu. “Preferia que o quadro legal fosse mais generalista e que deixasse espaço para a governação local. Até porque este problema do alojamento local é muito importante, apesar de tudo, em meia dúzia de municípios do país”.

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Mulheres têm mais habilitações, mas ganham menos que os homens

  • Lusa
  • 2 Junho 2017

Quase metade dos homens com ensino superior completo integram quadros superiores nos seus empregos. Só 29% das mulheres licenciadas são quadros superiores.

As mulheres trabalhadoras portuguesas têm habilitações superiores aos homens, mas ocupam sistematicamente níveis de qualificação mais baixos e têm um salário base médio inferior em 16,7%, segundo um estudo da CGTP-IN que será divulgado esta sexta-feira.

Intitulado “Caracterização e dados sobre a situação atual das mulheres em Portugal”, o estudo integra o plano de ação daquela central sindical para os próximos quatro anos, a aprovar esta sexta-feira, em Lisboa, durante a 7.ª Conferência Nacional da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens, durante a qual será ainda eleita a nova direção nacional daquela comissão.

Segundo as conclusões do trabalho, “as mulheres trabalhadoras têm hoje, em média, níveis de habilitação superiores aos dos seus companheiros de trabalho homens sem que exista, no entanto, correspondência em termos salariais”. Assim, “60% do emprego total com o ensino superior é composto por mulheres e cerca de 49% com o ensino secundário ou pós-secundário também”, mas “até ao 9.º ano os homens são maioritários (57% do total)”, refere.

"41% dos homens trabalhadores licenciados estão classificados como quadros superiores, enquanto entre as mulheres a percentagem desce para os 29%.”

CGTP-IN

No que diz respeito aos salários, contudo, verifica-se que as trabalhadoras portuguesas não só “auferem salários base mais baixos do que os seus companheiros de trabalho do sexo masculino”, como “ocupam sistematicamente níveis de qualificação mais baixos” do que os homens com as mesmas qualificações. “Por exemplo, 41% dos homens trabalhadores licenciados estão classificados como quadros superiores, enquanto entre as mulheres a percentagem desce para os 29%”, sendo que “o mesmo sucede relativamente aos bacharelatos (30% face a 19%), mestrados (45,5% face a 26,9%) ou doutoramentos (73% face a 67%)”, conclui o estudo.

Segundo a CGTP, “este padrão de diferenças salariais reproduz-se e até aumenta quando considerados os ganhos mensais, ou seja, considerando também o pagamento por horas suplementares ou extraordinárias, prémios e subsídios regulares, uma vez que os homens tendem a fazer mais trabalho extraordinário e a alcançar mais prémios”. Neste caso, “o diferencial em termos do ganho mensal é de 20% em desfavor das mulheres trabalhadoras do setor privado”.

Para a central sindical, na base desta situação estão “diversos tipos de discriminação, quer relativamente às atividades e profissões que desempenham — habitualmente associadas a baixos salários –, quer no acesso e ascensão na carreira, discriminações com origem em estereótipos de diversa ordem que são usados pelo patronato para as sujeitar a uma maior exploração”.

A este propósito, a CGTP defende que o aumento do salário mínimo nacional “é também importante do ponto de vista da promoção da igualdade salarial entre mulheres e homens”, estimando que “se o salário mínimo fosse 600 euros em 2016 o diferencial entre mulheres e homens em desfavor daquelas baixaria de 16,7% para 15%”.

No ano passado, as mulheres representavam praticamente metade (49%) da população ativa e do emprego total e mais de metade (51,3%) do emprego assalariado e, apesar da retoma do crescimento do emprego verificado desde 2014, “no caso das mulheres a desaceleração é mais evidente (+1,8% em 2014, +1,6% em 2015 e +1,3% em 2016)”.

As mulheres trabalham maioritariamente nos serviços (80%), seguindo-se a indústria, construção, energia e água (com 24,5%) e a agricultura (4,8%), destacando-se nos serviços a administração pública, educação, saúde e ação social (com 33,6%), o comércio (22,3%) e outras atividades de serviços (cerca de 18%). Ao contrário da indústria, construção, energia e água e também da agricultura, em que as mulheres representam apenas um terço dos trabalhadores, nos serviços passa-se o inverso, ocupando as mulheres cerca de 57% dos postos de trabalho, considerando o conjunto do setor.

Ainda mais elevado é o peso das mulheres na administração pública, educação, saúde e ação social (69%) e nas outras atividades de serviços (63%).

No que se refere à precariedade, a incidência por sexo sofreu alterações nos últimos anos, sendo atualmente os homens os mais atingidos (22,5% face a 22,1% entre as mulheres), “apesar de em números absolutos o peso das mulheres ser superior em virtude de serem a maioria dos trabalhadores por conta de outrem”.

Contudo, destaca, “nas faixas etárias mais jovens, sobretudo entre os menores de 35 anos, as mulheres têm maior probabilidade de terem vínculos precários dos que os jovens do sexo masculino (67,1% face a 65,6% na faixa dos 15 aos 24 anos e 35,3% face a 32,9% na faixa dos 25 aos 34 anos)”.

Analisando os horários de trabalho e a conciliação com a vida familiar e pessoal, o estudo nota que, apesar de os homens “trabalharem habitualmente, em média, mais tempo do que as mulheres na sua atividade remunerada, no trabalho não pago acontece o inverso”: se as mulheres trabalham oito horas e 35 minutos por dia no seu emprego remunerado e os homens nove horas e 22 minutos, no trabalho não pago (tarefas e responsabilidades no quadro doméstico e familiar) as mulheres com atividade profissional despendem mais uma hora e quarenta minutos por dia útil do que os homens.

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Proposta do PS para alojamento local desenhada por deputada ligada à hotelaria

  • ECO
  • 2 Junho 2017

Hortense Martins é acionista da Investel - Investimentos Hoteleiros e integrou a Associação da Hotelaria de Portugal quando a associação apresentou, em 2014, a mesma proposta que agora é apresentada.

O projeto de lei do Partido Socialista (PS) para a alteração da lei do alojamento local, que propõe que os proprietários deste tipo de empreendimento fiquem sujeitos à autorização dos restantes condóminos, terá sido desenhado por uma deputada que detém uma participação numa empresa do setor hoteleiro. A informação é avançada, esta sexta-feira, pelo Jornal Económico.

A proposta entregue no mês passado à Assembleia da República é assinada pelos deputados socialistas Carlos Pereira e Filipe Neto Brandão. Contudo, terá sido desenhada por Maria Hortense Martins, deputada socialista que é coordenadora do Grupo de Trabalho sobre o Turismo e que detém uma participação acionista na Investel – Investimentos Hoteleiros, empresa de investimento e exploração do setor da hotelaria.

Além disso, Hortense Martins já integrou, entre 2010 e 2015, o Conselho Geral da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a maior associação nacional do setor hoteleiro. Enquanto desempenhou este cargo, a associação avançou com uma proposta semelhante à que agora é apresentada pelo PS.

Tal como o ECO já explicou, a AHP propôs ao Governo de Passos Coelho, ainda em 2014, quando o diploma que agora regula o alojamento local estava prestes a ser aprovado em Conselho de Ministros, que os condóminos tivessem uma palavra a dizer antes de um proprietário poder explorar a sua casa como alojamento local.

Já em novembro do ano passado, a maior associação de hotelaria do país voltou a apresentar a proposta ao público, juntamente com um estudo sobre o fenómeno do alojamento local, que encomendou às faculdades de Direito e de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

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Navigator trava máximos da bolsa de Lisboa

Apesar de os juros da dívida estarem queda, mantendo-se abaixo dos 3%, a bolsa nacional recua. A praça portuguesa está a recuar. A culpa é dos dividendos da Navigator.

A bolsa portuguesa regressou às quedas. Está a desvalorizar, corrigindo de máximos de ano e meio numa altura em que a perceção de risco sobre o país afunda — os juros da dívida pública estão abaixo dos 3%. Apesar do bom desempenho de várias cotadas, Lisboa contraria a tendência positiva das restantes praças da Europa à custa dos dividendos da Navigator.

Em mais um dia de ganhos nas bolsas europeias, depois do Nikkei, do Japão, ter superado a fasquia dos 20.000 pontos, o PSI-20 segue a desvalorizar 0,2% para os 5.302,79 pontos. Interrompe um ciclo de três sessões consecutivas de ganhos que levaram o índice a atingir máximos desde o final de 2015. Apesar da queda, acumula uma subida de 1,5% na semana.

A pesar no desempenho da bolsa nacional está a Navigator. A papeleira apresenta uma desvalorização de quase 5%, sendo este desempenho explicado essencialmente pelo destaque da remuneração acionista que vai ser paga pela empresa liderada por Diogo da Silveira. São 250 milhões de euros a distribuir pelos investidores, o equivalente a 34,868 cêntimos por ação.

A EDP e a EDP Renováveis também apresentam tendência negativa. A elétrica liderada por António Mexia cai 0,24% para 3,27 euros já a EDP Renováveis cede ligeiros 0,14%, enquanto a Galp Energia recua 0,07%. A petrolífera, que anunciou a decisão de investimento de 6,2 mil milhões de euros na exploração de gás natural em Moçambique, está a ser penalizada pela queda de mais de 1% do petróleo.

A impedir uma descida mais expressiva da bolsa nacional está o BCP, o título que maior peso tem no desempenho do PSI-20. As ações do banco liderado por Nuno Amado seguem a valorizar 0,61% para 23,26 cêntimos, isto num dia que está a ser novamente negativo para as unidades de participação do Montepio.

No dia em que o Público revela que os responsáveis da Santa Casa e do Montepio estiveram reunidos com o Banco de Portugal para discutir os termos desta parceria, isto ao mesmo tempo, o regulador está a avaliar as contas do Montepio, antes de decidir se o banco terá de fazer um aumento de capital, as unidades recuam 2,28% para 73 cêntimos. Ainda assim, o saldo na semana é expressivo fruto de duas sessões de fortes ganhos.

(Notícia atualizada às 8h16 com mais informação)

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Santa Casa discute parceria com Montepio. Regulador avalia contas do banco

  • ECO
  • 2 Junho 2017

O regulador está a avaliar os rácios da Caixa Económica e poderá vir a exigir um aumento de capital. Enquanto isso, discute-se uma possível entrada da Santa Casa no grupo Montepio.

A possível parceria entre a Santa Casa e o Montepio está a conhecer novos desenvolvimentos. O Público (acesso condicionado) escreve, esta sexta-feira, que os responsáveis de ambos os lados estiveram reunidos com o Banco de Portugal para discutir os termos desta parceria. Ao mesmo tempo, o regulador está a avaliar as contas do Montepio, antes de decidir se o banco terá de fazer um aumento de capital.

Os encontros decorreram na semana passada. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, reuniu-se, na sexta-feira, com responsáveis do Banco de Portugal para discutir os termos da possível parceria. Conforme explicou o Público no mês passado, o plano passa pela criação de uma sociedade veículo, participada pelas Santas Casas de Lisboa e do Porto e por uma entidade não bancária, mas também pela criação de instrumentos financeiros que permitiriam à Santa Casa não entrar já no capital do Montepio.

Na véspera do encontro com o Banco de Portugal, Santana Lopes esteve com o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia. Por seu lado, Tomás Correia e Félix Morgado, presidente da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), também se reuniram com responsáveis do regulador da banca, no âmbito do processo de reestruturação do grupo Montepio.

Segundo o mesmo jornal, as reuniões terão abordado três temas: o envolvimento da Santa Casa no grupo Montepio; a redefinição do modelo de negócio da Caixa Económica, mais orientado para servir as entidades da economia social; e a avaliação do perfil de risco e os exames à solidez do banco.

Ao Público, o Banco de Portugal afirma que “foram pedidas explicações à CEMG sobre os rácios de capital apresentados nos primeiros três meses do ano”. O regulador acrescenta que “ainda não foram tomadas decisões, o que a acontecer só se verificará depois de a instituição dar os esclarecimentos” pedidos. Significa isto que o Banco de Portugal ainda pode vir a exigir ao Montepio que faça um aumento capital.

Recorde-se que, ainda que esteja a ser discutida esta possível parceria entre as misericórdias e o Montepio, a preferência do Banco de Portugal é, precisamente, que seja feito um aumento de capital na Caixa Económica, com a entrada de um acionista estratégico. Há ainda uma terceira opção, que seria a Santa Casa de Lisboa comprar as unidades de participação do fundo CEMG que são detidas pela Associação Mutualista; a liquidez conseguida com esta operação permitiria um aumento de capital do banco, se necessário.

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BES entrou em liquidação com buraco de 5,6 mil milhões

  • ECO
  • 2 Junho 2017

Mesmo após a venda de todos os ativos do banco mau, ainda vão ficar a faltar 5.600 milhões para as responsabilidades do banco ficarem saldadas.

O buraco do Banco Espírito Santo (BES) é de cerca de 5,6 mil milhões de euros, segundo escreve esta sexta-feira o Jornal de Negócios após ter tido acesso ao processo de liquidação que decorre no Tribunal do Comércio da Comarca de Lisboa.

Os dados remontam ao início do processo de liquidação, que começou em julho de 2016 por ordem do Banco de Portugal. Nessa altura, o banco mau valia 152 milhões de euros, mas o seu passivo era de cerca de 5.750 milhões, escreve o jornal. São dados que se coadunam com as últimas contas divulgadas pelo banco, no fim de 2015, quando já estava 5.300 milhões no vermelho.

O passivo agravou-se mais ainda até julho, em parte devido ao montante para os processos judiciais, que nessa altura era de mais de 1,5 mil milhões de euros, para responder aos custos com ações legais em Portugal e lá fora. A dívida subordinada que ficou no banco mau após a criação do Novo Banco e as obrigações seniores representam, no entanto, a maior parte do passivo.

Só quando terminar o período de citação dos credores do banco, incluindo aqueles que residem fora da União Europeia, é que o processo de liquidação do BES poderá avançar para a próxima fase, com todas as reclamações apresentadas.

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Vendas de automóveis aceleram. Há 120 mil carros novos

  • Lusa
  • 2 Junho 2017

O mercado automóvel cresceu 13,5% em maio, na comparação homóloga. Entre janeiro e maio foram colocados em circulação 119.291 novos veículos automóveis.

As vendas de todas as categorias de veículos cresceram 13,5% em maio, consolidando a tendência notada no mês anterior, com destaque para os ligeiros, revelam os dados da Associação do Comércio Automóvel De Portugal (ACAP).

O mercado automóvel cresceu 13,5% em maio, na comparação homóloga, para 27.171 viaturas, enquanto no acumulado dos primeiros cinco meses a subida foi de 7,8%, na comparação com o mesmo período em 2016. Entre janeiro e maio foram colocados em circulação 119.291 novos veículos automóveis.

Nos ligeiros de passageiros houve uma subida de 13,4% (23.652 viaturas), face a maio de 2016 e em termos acumulados de 7,4% (102.351). O líder das vendas foi a Renault, que registou um crescimento de 31,5% (3.494 viaturas), na comparação mensal, e 27,9% (14.599) no acumulado. No segundo posto surge a Peugeot (+14,9 comparação mensal e 11,1% no acumulado) e em terceiro a Volkswagen (com descidas de 0,3% e 2,7%). Os maiores crescimentos foram registados pela Suzuki (233%) e Alfa Romeo (197,7%) e as maiores descidas nas marcas Lancia e Jeep (ambos com -100%).

Em maio, foram vendidos em Portugal 3.118 veículos comerciais ligeiros, o que representou um acréscimo de 15,5%. No período de janeiro a maio o mercado ascendeu a 14.908 veículos, o que representou um aumento de 11,6% face ao período homólogo do ano anterior.

Nos pesados, em maio houve um crescimento de 3,9% (401 veículos) em relação ao mês homólogo do ano anterior. Nos cinco primeiros meses as vendas situaram-se em 2.032 unidades (+0,4%).

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

É o último dia para participar na OPA sobre a SDC Investimentos. Dados oficiais do mercado laboral dos EUA poderão surpreender. E a Navigator entra em ex-dividendo.

O dia nos mercados ficará marcado pelo fim da OPA da Invésteder sobre a SDC Investimentos, mas também pela entrada em ex-dividendo da The Navigator Company. Os dados do mercado laboral dos Estados Unidos também deverão despertar interesse nos investidores.

Fim da OPA sobre a SDC Investimentos

A OPA da Invésteder sobre a SDC Investimentos termina esta sexta-feira. Decorre desde 15 de maio e, a 24 do mesmo mês, a companhia dos empresários António Castro Henriques e Pedro Gonçalo Santos já tinham comprado mais de 3,8 milhões de ações da holding de Manuel Fino, num investimento superior a 100.000 euros e que lhes garante 8,9% da SDC.

Navigator entra em ex-dividendo

A The Navigator Company vai distribuir dividendos a 6 de junho, de 0,2371 euros por ação. Por isso, esta sexta-feira, a empresa entra em ex-dividendo: o valor das ações deverá ser ajustado face ao preço a pagar aos acionistas por cada título. As ações compradas posteriormente não dão direito ao dividendo que a empresa de Setúbal vai distribuir em relação ao exercício do ano de 2016. O ajuste poderá condicionar o arranque da sessão no PSI-20.

Juros da dívida mantém-se abaixo dos 3%?

Na quinta-feira, os juros da dívida portuguesa renovaram mínimos de oito meses. A taxa a dez anos caiu mesmo para abaixo dos 3% quando, há dois meses, estava perto dos 4%. A tendência tem sido de queda desde meados de março e os investidores vão estar atentos às obrigações do Tesouro, no sentido de perceberem se se manterá a tendência de descompressão.

Evolução do emprego nos Estados Unidos

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos vai esta sexta-feira divulgar dados do mercado de trabalho relativos a maio. Estima-se que a economia tenha gerado 180.000 postos de trabalho durante o mês e que a taxa de desemprego se mantenha nos 4,4%. Recorde-se, no entanto, que um relatório sobre o emprego do setor privado aponta para os 253.000, bem acima das estimativas. Poderá haver surpresas.

Moody’s revê rating do Reino Unido

A agência de notação financeira Moody’s vai esta sexta-feira reavaliar o rating soberano da dívida pública britânica que, atualmente, se mantém na categoria Aa1, isto é, de alta qualidade e baixo risco. Acontece numa altura particularmente sensível para o país, que se prepara para arrancar com as diligências para abandonar a União Europeia. Há ainda revisão dos ratings soberanos da Finlândia (Moody’s) e da Irlanda (S&P).

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