5 coisas que precisa saber antes de abrirem os mercados

O regresso de Portugal ao mercado para o primeiro leilão do ano de obrigações a dez anos é um dos temas que irá captar as atenções. O mesmo deve acontecer com os dados do emprego em Portugal.

Esta quarta-feira, são vários os acontecimentos que devem merecer a atenção dos portugueses, desde a realização do primeiro leilão de dívida a dez anos deste ano, aos resultados da Semapa e à assembleia de acionistas do BCP, passando pelos dados do emprego no primeiro trimestre. Lá fora, destaque para Mario Draghi que poderá dar novas pistas sobre o rumo da política monetária da Zona Euro perante os deputados holandeses. O Brexit também volta a estar na agenda.

Portugal faz primeiro leilão de dívida a dez anos deste ano

Esta quarta-feira, o Tesouro português regressa ao mercado para emitir dívida. O IGCP pretende colocar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros junto dos investidores, através de dois leilões de Obrigações do Tesouro (OT) a cinco e dez anos. O regresso ao mercado para a primeira emissão de dívida a dez anos do ano, sem o apoio de um sindicato bancário, acontece numa altura em que os juros nesse prazo se encontram em torno de mínimos de novembro. A taxa a dez anos fechou na última sessão nos 3,437%.

Balanço do emprego no primeiro trimestre

Hoje é conhecido o balanço do emprego, em Portugal, no primeiro trimestre. Segundo o ministro da Economia, o Instituto Nacional de estatísticas deverá dar boas notícias aos portugueses sobre o rumo do emprego nesse período. Caldeira Cabral antecipou nesta terça-feira, que a taxa de desemprego deverá ficar abaixo dos 10% no primeiro trimestre deste ano, continuando assim a tendência de descida graças à forte criação de emprego. No trimestre anterior, a taxa de desemprego situou-se nos 10,5%.

BCP reúne acionistas. Semapa presta contas

Duas cotadas do PSI-20 merecem especial atenção dos investidores no dia de hoje. O BCP reúne os seus acionistas em assembleia geral, depois de no início desta semana ter divulgado lucros de 50 milhões de euros relativos ao primeiro trimestre do ano, um resultado que surpreendeu pela positiva os analistas. Nesta quarta-feira, a Semapa também irá divulgar aos seus resultados relativos ao primeiro trimestre de 2017. De salientar que a holding viu os seus lucros crescerem mais de 40% no ano passado, para perto de 115 milhões de euros. O arranque de 2017 dará continuidade à boa performance da Semapa?

Mario Draghi no parlamento holandês. O que terá a dizer?

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, desloca-se à Holanda onde irá falar perante os deputados do parlamento. Numa altura em que o BCE destaca os sinais positivos dados pela economia da Zona Euro, mas ao mesmo tempo diz que a atual política de estímulos é para manter, ou mesmo estender, será importante perceber se o discurso deDraghi mantém a mesma coerência revelada na última reunião de política monetária.

Brexit sob análise

O Brexit salta para a ribalta para ser discutido por vários altos responsáveis da União Europeia. Os embaixadores dos países da União Europeia encontram-se em Bruxelas, para discutirem o mandato do Brexit. Também Michel Barnier, o líder do lado da União Europeia das negociações com o Reino Unido, vai responder a questões dos legisladores espanhóis sobre o tema do Brexit.

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Sindicatos apelam a precários do Estado “excluídos” que se candidatem

  • Marta Santos Silva
  • 10 Maio 2017

Não está abrangido pelo programa de vinculação do Estado? Os principais sindicatos apelam que se candidate na mesma. A FENPROF discorda: para os professores, "não faz sentido". Só no Ensino Superior.

Esta quinta-feira, o Estado abre as portas: os trabalhadores precários na Administração Pública que assegurem necessidades permanentes dos serviços sem o vínculo laboral correspondente poderão começar a apresentar o seu caso e pedir para serem considerados para integrar os quadros.

Embora a portaria com as instruções para a candidatura exclui certas pessoas, entre elas os professores, de participarem no programa, chamado PREVPAP, os três principais sindicatos da Função Pública têm o mesmo apelo: que todos se candidatem na mesma. A FENPROF discorda no caso dos professores que ficam excluídos, acreditando que deviam ser utilizados outros mecanismos.

O período de candidaturas do Programa de Regulação Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública, ou PREVPAP, começa amanhã, quinta-feira dia 11, e continua até dia 30 de junho. Entretanto, os três sindicatos principais da Função Pública apelam a uma inscrição massiva no programa.

“Todas as pessoas que estão em situação precária devem apresentar o requerimento”, afirmou, ao ECO, Helena Rodrigues, dirigente do STE, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. Uma afirmação reiterada pela dirigente da Frente Comum: “Os trabalhadores devem inscrever-se todos”, disse ao ECO Ana Avoila. “Agora, é só para ser avaliado se têm condições para se candidatarem — toda a gente se deve inscrever”.

Ana Avoila, dirigente da Frente Comum, união de sindicatos da Função Pública afeta à CGTP, recomenda que todos os precários apresentem requerimentos.Paula Nunes/ECO

Nesta primeira fase do programa, os trabalhadores precários do Estado são instados a enviarem um formulário com as funções que desempenham e o seu vínculo laboral. Comissões bipartidas, com representantes dos trabalhadores e dos ministérios, decidirão se o pedido do trabalhador é válido, ou seja, se o trabalho que desempenha é uma necessidade permanente de um serviço à qual devesse estar associado um contrato sem termo.

No entanto, a portaria que define o procedimento de candidatura e avaliação estabelece que há quem não seja incluído no processo. A portaria publicada na semana passada em Diário da República indica que “não abrange” carreiras que já tenham legislação específica para integrar de forma extraordinária pessoal “que exerça funções correspondentes a necessidades permanentes dos órgãos ou serviços”, como é o caso, por exemplo, dos professores, onde já existem concursos extraordinários de acesso aos quadros. Também não abrange “situações de exercício de funções que, por força de legislação específica, só são tituladas por vínculos de duração limitada”.

Todos os trabalhadores têm direito a procurar, por intermédio do documento, a apreciação da sua situação, por isso que ninguém deixe de enviar o seu requerimento para ser avaliado.

José Abraão

Dirigente da FESAP

José Abraão, dirigente da FESAP, insistiu que mesmo os trabalhadores que pensem rever-se nestas restrições façam a sua candidatura ao PREVPAP. “Todos os trabalhadores têm direito a procurar, por intermédio do documento, a apreciação da sua situação, por isso que ninguém deixe de enviar o seu requerimento para ser avaliado”, afirmou ao ECO.

E deu um exemplo: “Existem hoje mais de 500 trabalhadores que trabalham na gestão de fundos comunitários e, por isso, têm um contrato a termo resolutivo enquanto durarem esses fundos”, explicou o sindicalista. “O Governo pode claramente querer dar um contrato permanente a esses trabalhadores”, pelo que se devem candidatar, apesar de estarem aparentemente excluídos na portaria. Ana Avoila deu o mesmo exemplo: “Alguns [desses trabalhadores] têm contratos desde 2000”, sempre a termo certo, sucessivamente renovados.

O apelo, então, é que “qualquer trabalhador faça a sua candidatura”, afirma José Abraão. Mas o caso dos professores é mais complexo.

FENPROF: Professores candidatarem-se “não tem utilidade”

Desde logo, há certos grupos de professores a quem o programa se aplica. Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, sublinha que os formadores do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e os docentes do Ensino Superior, por exemplo, estão abrangidos e devem fazer as suas candidaturas. Mas desincentiva outros professores — do ensino básico ou secundário, ou dos jardins-de-infância — de se candidatarem pelo PREVPAP.

“As pessoas estarem a fazer requerimentos para ser considerada a sua situação quando ela não é abrangida não faz sentido, não tem utilidade”, explicou ao ECO. “O que tem utilidade é pressionar o Ministério da Educação”.

Luís Fábrica, advogado especialista em Administração Pública consultado pelo ECO, afirmou sobre a portaria que, além de ser um mecanismo com um valor hierárquico legal “bastante limitado”, (ou seja, ultrapassado por aquilo que esteja explicitado em decretos-lei, por exemplo), “é mais ou menos óbvia” em afirmar que não se aplica a situações cobertas por outro regime legal. Entre as situações estará “certamente a dos professores”, que já têm outros mecanismos de acesso aos quadros, mas o jurista acrescentou: “Se eles se candidatarem ao abrigo da portaria, o pior que lhes pode acontecer é dizerem-lhes que não se aplica”.

A FENPROF marcou presença na última grande manifestação da Frente Comum e da CGTP.Paula Nunes / ECO

Para Mário Nogueira, a luta dos professores contra a precariedade deve passar mais por pressionar os ministérios da Educação e das Finanças para criar mais momentos de vinculação extraordinária.

“O que nos preocupa é que o Ministério das Finanças diga: ‘Não, não estão neste programa, porque têm mecanismos próprios’, mas quando nós queremos acionar os mecanismos próprios, o Ministério da Educação” diz que não lhe é possível comprometer-se a fazê-lo anualmente. O mecanismo de vinculação extraordinária, na perspetiva do dirigente sindical, deveria ser acionado todos os anos. “Iremos colocar aos professores a necessidade de fazer um requerimento não ao Ministério das Finanças”, para onde são direcionados os pedidos do PREVPAP, “mas sim ao Ministério da Educação, dizendo: ‘Eu não estou no programa, portanto tenho de estar integrado noutro qualquer programa específico'”. Um apelo que, promete, virá ainda esta semana.

Ensino Superior: Docentes e investigadores devem candidatar-se

No caso do Ensino Superior, a questão já é mais inequívoca. Esta semana, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior confirmou ao jornal Público que os docentes universitários e investigadores estão incluídos no programa e podem apresentar as suas situações às comissões bipartidas.

O dirigente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), Gonçalo Velho, disse ao ECO: “Qualquer docente ou investigador deve candidatar-se ao PREVPAP, caso as suas funções se relacionem com prover necessidades permanentes”. Ao mesmo tempo, está a ser discutido e alterado na Comissão de Educação e Ciência do Parlamento um diploma que prevê uma vinculação contratual para os investigadores bolseiros doutorados, mas Gonçalo Velho faz questão de diferenciar o público-alvo desse diploma e deste programa, que é muito mais abrangente. O SNESup estima que haja 16 mil precários no ensino superior e ciência.

Gonçalo Velho tem, no entanto, uma crítica em relação ao processo de seleção dos precários desta área nas comissões bipartidas que vão avaliar as candidaturas: o SNESup não é um dos sindicatos que vai estar presente nas comissões para representar os trabalhadores. “É uma situação muito grave”, afirma. Questionado sobre se outro sindicato presente poderia representar os interesses dos docentes e investigadores do Superior, hesitou antes de dizer: “Da nossa parte esperamos, sabemos que o Ministério da Ciência e Tecnologia tem consciência desta situação e que a procurará resolver”.

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“FIFA não está preparada para uma instituição independente”

Miguel Poiares Maduro foi afastado do Comité de Governação da FIFA. Ao ECO, afirma que sofreu mais pressões do que nunca, mas salvaguarda o presidente da FPF.

Um ano depois de tomar posse, Miguel Poiares Maduro vai deixar o Comité de Governação e Controlo da FIFA. Em declarações ao ECO, o professor do Instituto Universitário Europeu, em Florença, admite que a FIFA “não está preparada para uma instituição independente”, mas salvaguarda um nome: Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

O ex-ministro não especula sobre as razões concretas que levaram à sua exclusão, como de outros membros do comité, para um novo mandato de quatro anos. Mas são públicos os casos de intervenção deste novo comité – criado precisamente para garantir a transparência e governação da FIFA e das confederações dos países -, o último dos quais o pedido de demissão de um alto oficial da FIFA, o Sheikh Ahmad al Fahad al-Sabah (Kuwait) por suspeitas de corrupção.

“Nunca sofri tantas pressões na política ou nos tribunais como as que vivi aqui, nesta função. Mas devo dizer que o presidente da FPF, Fernando Gomes, comportou-se sempre de forma íntegra e com uma cultura de respeito pelas entidades independentes”, afirmou Miguel Poiares Maduro ao ECO.

O professor universitário admite que sabia “as dificuldades que poderia enfrentar um comité genuinamente independente, nomeadamente uma tensão com as confederações de futebol”. Além disso, também porque este primeiro mandato dos membros do Comité de Governação seria de apenas um ano, porque foi eleito no congresso extraordinário da FIFA que elegeu o suíço Gianni Infantino como novo presidente da instituição. “Mas, da parte do presidente da FPF, mesmo em casos mais controversos, nunca fui pressionado e houve sempre uma correção e integridade”.

O Conselho da FIFA anunciado esta terça-feira o indiano Justice Mukul Mudgal como candidato ao cargo, para substituir Miguel Poiares Maduro, que soube esta terça-feira oficialmente que não seria reconduzido.

Reunido em Manama, a preparar o Congresso de 11 de maio, o Conselho da FIFA anunciou os nomes para vários comités, destacando-se, também, as mudanças na liderança das duas secções do Comité de Ética.

Principais figuras da investigação ao caso de corrupção na FIFA, o alemão Hans Joachim Eckert (secção de julgamento) e o suíço Cornel Borbely (instrução) serão substituídos pelo grego Vassilios Skouris e pela colombiana Maria Claudia Rojas, respetivamente.

Em comunicado, Eckert e Borbely já criticaram esta decisão da FIFA, considerando que a não recondução no cargo tem motivações políticas e põe “um fim nos esforços de reforma” do organismo, que poderá mesmo pôr o seu futuro em causa.

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Montepio já pode ter novos acionistas

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

O Montepio já pode passar a ter acionistas. Os mutualistas aprovaram por larga maioria a alteração dos estatutos do banco.

A assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio aprovou esta noite, por larga maioria, os novos estatutos da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), que, assim, permite avançar para a sua transformação em Sociedade Anónima.

No Coliseu de Lisboa, 91,8% dos associados votaram favoravelmente o ponto único da agenda de trabalhos: “deliberar ao abrigo do determinado nas disposições dos estatutos, sobre a ratificação das deliberações que aprovaram a transformação da CEMG em sociedade anónima, e os estatutos por que se passará a reger”.

Citado num comunicado da associação, com mais de 630 mil associados, o presidente do Grupo Montepio, António Tomás Correia, afirmou que este é um “grande dia para o Montepio e para os seus associados”.

“Todos estão de parabéns, atenta a importância do encerramento deste processo, que cria as condições para que a Caixa Económica se afirme como a grande Instituição Financeira da Economia Social”, disse o dirigente, recordando que a Associação Mutualista mantém o estatuto de “Instituição Titular, em conformidade com o Regime Jurídico das Caixas Económicas”.

Detida pela Associação Mutualista Montepio desde a sua fundação, em 1844, a CEMG divulgou hoje um lucro de 11,1 milhões de euros na apresentação dos seus resultados do primeiro trimestre do ano. No mesmo período de 2016, a instituição tinha registado prejuízos de 19,8 milhões de euros.

A margem financeira aumentou 35,6% para 71,1 milhões de euros, que o banco atribui à redução do custo dos depósitos, enquanto as comissões líquidas subiram 23,7% para 26,1 milhões de euros, neste caso, diz o banco, “beneficiando da maior dinâmica de negócio”.

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CGD: BdP está a acelerar aprovação do serviço móvel de balcões

  • Rita Atalaia e Lusa
  • 9 Maio 2017

O gestor mantém a posição de que o banco público vai continuar a servir as populações de todos os concelhos do país, mas não necessariamente através de presença nas suas sedes.

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, revelou que o Banco de Portugal (BdP) lhe comunicou na segunda-feira que está a acelerar a aprovação do serviço móvel de balcões, feito com carrinhas, desenhado pelo banco. O gestor sublinha ainda que os bancos estão agora mais disponíveis para dar crédito às empresas.

“Ontem [segunda-feira], o Banco de Portugal transmitiu-nos que está a acelerar o serviço móvel de balcões“, avançou Paulo Macedo, num ‘jantar debate’ sobre a banca promovido pela associação de antigos alunos do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em Lisboa.

O gestor mantém a posição de que o banco público vai continuar a servir as populações de todos os concelhos do país, mas não necessariamente através de presença nas suas sedes.

O fecho da agência de Almeida tem estado em foco nos últimos dias, fazendo parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e constando da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.

Com o fecho do balcão de Almeida, já efetuado, os habitantes têm de se deslocar a Vilar Formoso, a 15 quilómetros da sede de concelho, o que tem motivado protestos.

De resto, Paulo Macedo fez uma espécie de balanço sobre os primeiros 100 dias da sua gestão à frente do banco estatal, realçando o trabalho efetuado ao nível da reestruturação e da recapitalização da CGD.

Todos os bancos querem dar crédito

Paulo Macedo sublinhou ainda que os bancos passaram por uma fase em que a palavra de ordem era “desalavancagem”. Agora o cenário mudou. “Todos os bancos querem dar crédito”, afirma o presidente da CGD.

“Os bancos apresentam agora rácios de transformação abaixo dos 100%. Por isso, querem dar crédito“, explica Paulo Macedo. É preciso rentabilizar os ativos, diz, todos os bancos têm muita liquidez. Há, por isso, uma “clara aposta da CGD ao financiamento das empresas”, acrescenta.

 

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Trump despede diretor do FBI

Donald Trump decidiu afastar James Comey da direção do Federal Bureau of Investigation, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

James Comey já não é diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI), a unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América. Foi afastado do cargo pelo Presidente, Donald Trump, anunciou a Casa Branca.

“Hoje, o Presidente Donald J. Trump informou o diretor do FBI, James Comey, que ele foi afastado do cargo”, refere o comunicado emitido pela Casa Branca, citado pela Bloomberg.

Trump usou o seu poder para afastar o diretor do FBI “com base em claras recomendações tanto do vice-Procurador Geral Rod Rosenstein e o Procurador Geral Jeff Sessions”.

James Comey, que liderou a investigação à atuação da Rússia nas eleições norte-americanas, é o segundo responsável do FBI a ser despedido por Trump.

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PSD defende exclusividade para todos os cargos políticos

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

O PSD defendeu hoje na comissão para o reforço da transparência o regime de exclusividade para todos os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos com natureza executiva, incluindo autarcas

O PSD defendeu hoje na comissão para o reforço da transparência o regime de exclusividade para todos os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos com natureza executiva, incluindo autarcas.

A proposta do PSD apresentada pelo deputado Marques Guedes exclui todos os autarcas sem função executiva, como os vereadores da oposição sem pelouros e sem remuneração, mas visa impedir que, por exemplo, presidentes de junta de freguesia possam ser deputados, como acontece atualmente.

Na atual legislatura existem deputados que acumulam as funções de deputado com as de presidente de junta, como é, por exemplo, o caso de Pedro Delgado Alves (PS), presidente da Junta do Lumiar, Miguel Coelho (PS), presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, ambas em Lisboa, ou de João Paulo Correia (PS), presidente da Junta de Mafamude e Vilar do Paraíso, em Vila Nova de Gaia.

"A exclusividade deve ser alargada a todos os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos com natureza executiva”

Marques Guedes

Deputado do PSD

“A exclusividade deve ser alargada a todos os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos com natureza executiva”, defendeu Luís Marques Guedes, argumentando que deve haver uma exceção para quem não esteja em “regime de permanência”, como os vereadores da oposição sem pelouros nem remuneração.

Em 2015, o PSD adotou internamente a norma de não incluir nas listas de deputados presidentes de junta e vereadores com pelouros.

Nenhum dos grupos parlamentares se opôs à proposta nesta reunião da Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício das Funções Públicas, após o final da qual o deputado Paulo Trigo Pereira (PS) e o presidente da comissão, Fernando Negrão (PSD) se desentenderam publicamente.

Trigo Pereira disse a Fernando Negrão que este não o podia interromper quando estava no uso da palavra, e o presidente da comissão respondeu que o deputado socialista o estava a “ameaçar em privado”.

Sobre a questão da exclusividade, o bloquista Pedro Filipe Soares reiterou a defesa daquele regime para os deputados, sublinhando que o BE aceita igualmente discutir a possibilidade de limitar os mandatos dos parlamentares mas como projetos autónomos, para que a discussão não seja prejudicada.

O também bloquista José Manuel Pureza defendeu uma clarificação legal para que os advogados e outros profissionais liberais regulados por ordens profissionais estejam excluídos da regra sobre impedimentos, que abarca somente “atividade de comércio e indústria”.

Trata-se do artigo 21.º do Estatuto dos Deputados, que estipula que os deputados estão impedidos de, “em regime de acumulação, sem prejuízo do disposto em lei especial” de, no “exercício de atividade de comércio ou indústria, direta ou indiretamente, com cônjuge não separado de pessoas e bens, por si ou entidade em que detenha participação relevante e designadamente superior a 10% do capital social, celebrar contratos com o Estado”.

O comunista Jorge Machado defendeu igualmente que, independentemente da interpretação que possa ser feita desta norma, ela deve ser clarificada para que passe a incluir os advogados e outras atividades liberais.

“Deve ser apertada a malha”, sublinhou, considerando que há “muitas situações de promiscuidade do poder politico com o poder económico”, e sublinhando que a questão é tão mais premente quanto as ordens profissionais “crescem como cogumelos”.

Esta matéria foi recentemente discutida na subcomissão de Ética a propósito de deputados do PSD e do PS, e o PCP e o BE defenderam a necessidade de ser alterada a lei, apesar de considerarem que a interpretação que tem saído vencedora naquela subcomissão possa estar a ser restritiva.

Marques Guedes e também António Carlos Monteiro, do CDS-PP, refutaram esta ideia, argumentando que foi sempre a intenção do legislador excluir as sociedades de advogados e outras sociedades advogados dessa norma.

Sobre a exclusividade dos deputados, o CDS-PP rejeitou, em geral, “uma lógica proibicionista que vai conduzir inevitavelmente à profissionalização dos cargos políticos”: “Dificilmente, alguém que não seja funcionário público ou partidário poderá assumir um cargo político”.

António Carlos Monteiro insistiu que, em contraponto, deve ser aumentada a transparência, com iniciativas como a regulamentação do ‘lobby’ (representação de interesses), que os centristas propõem.

O PSD argumentou ainda pela necessidade de se terminar “o absurdo da extensão de impedimentos a ascendentes ou descendentes” que constam na lei.

“A opção de se exercer um cargo político é transitória, é uma opção que a pessoa faz, não é uma opção que a família faz”, afirmou, considerando que é até de “constitucionalidade duvidosa” que pais, filhos, netos ou avós estejam abrangidos.

“É um daquelas questões da comissão da transparência na década de 1990 que se pararmos para pensar fazem muito pouco sentido”, afirmou, ressalvado admitir que se justifique relativamente aos cônjuges ou unidos de facto.

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Reavaliação de ativos das empresas custa ao Estado 63 milhões de euros

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais admitiu hoje no parlamento que o regime de reavaliação de ativos a que as empresas podem aderir terá um custo para o Estado de 63 milhões.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais admitiu hoje no parlamento que, com os pressupostos atuais, o regime de reavaliação de ativos facultativo a que as empresas podem aderir irá custar 63 milhões de euros aos cofres do Estado.

Fernando Rocha Andrade, que esteve esta tarde a ser ouvido na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, reconheceu que o regime de reavaliação de ativos das empresas é uma medida que “antecipa receita” e que “cria despesa fiscal”, mas disse que “é da natureza das medidas de incentivo criarem despesa fiscal”, sublinhando que isso também aconteceu com governos anteriores.

 

Questionado pelo CDS sobre quanto custa este regime ao Estado, o governante afirmou que “o valor de algo que acontece ao longo de 11 anos depende de um conjunto de pressupostos”, nomeadamente dos resultados das empresas e da taxa de IRC que estiver em vigor, e ensaiou depois uma estimativa aproximada.

"A diferença entre o valor atualizado líquido da receita encaixada e o valor atualizado líquido da despesa fiscal dá qualquer coisa como 63 milhões de euros”

Rocha Andrade

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Assumindo que as empresas que aderem ao regime têm sempre resultados positivos que lhes permitam fazer amortizações, que a taxa de IRC se mantém e que é aplicada uma taxa de desconto de 4%, Rocha Andrade avançou que “a diferença entre o valor atualizado líquido da receita encaixada e o valor atualizado líquido da despesa fiscal dá qualquer coisa como 63 milhões de euros”.

Ou seja, 63 milhões de euros é a diferença entre o montante de IRC que o Estado vai cobrar antecipadamente entre 2016 e 2018 e a receita de IRC que deixará de cobrar nos oito anos seguintes, sendo este o custo aproximado da medida, ao abrigo daqueles pressupostos.

Na prática, esta reavaliação de ativos permite que as empresas que tenham tesouraria para aderir ao regime antecipem o pagamento do imposto ao Estado, que por sua vez ganha mais nos três primeiros anos (até 2018), mas depois paguem menos nos oito anos seguintes, período em que a receita do IRC será prejudicada.

A oposição lançou novamente críticas à medida, com a deputada do CDS Cecília Meireles a considerar que se trata de “uma PPP fiscal” e a deputada do PSD Rubina Berardo a afirmar que é “um fato à medida das grandes empresas”, tendo ambas dado o caso da EDP.

Segundo dados do Ministério das Finanças, em resposta a um requerimento do PSD, aderiram à reavaliação de ativos 183 empresas, das quais 11 têm lucros tributáveis superiores a 35 milhões de euros e 112 empresas têm lucros tributáveis de até 1.500.000 euros.

No que se refere ao montante da tributação autónoma especial, a tutela indicou que foram pagos 107,4 milhões de euros, dos quais 78,5 milhões foram pagos por empresas do escalão mais alto de rendimentos.

O PSD questionou também o ministério de Mário Centeno sobre qual o montante de tributação autónoma especial apurado para as cinco empresas que apuraram montantes mais elevados e, na resposta, as Finanças indicaram que “o somatório corresponde a 209,1 milhões de euros”.

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Montepio: Gestão quer gerar lucro seja qual for o acionista

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

O presidente da Caixa Económica Montepio, José Félix Morgado, garante que a sua equipa fará tudo para gerar valor para o acionista, seja ele qual for.

O presidente do Caixa Económica Montepio Geral disse hoje que a sua equipa fará tudo para gerar valor para o acionista, seja ele qual for, quando se fala na possível entrada de novos investidores no capital do banco mutualista.

“Do ponto de vista de gestão, a nossa missão é gerar valor para o acionista, seja ele qual for, isso não muda, o gerar o maior valor possível na gestão do ativo”, afirmou Félix Morgado à Lusa, depois de ter sido conhecido que no primeiro trimestre do ano o banco teve lucros de 11,1 milhões de euros.

"Do ponto de vista de gestão, a nossa de missão é gerar valor para acionista seja ele qual for, isso não muda, o gerar o maior valor possível na gestão do ativo”

Félix Morgado

Presidente do Montepio

O responsável não se quis alongar sobre este tema, quando é conhecido que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a avaliar a possibilidade de entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) e que o provedor, Pedro Santana Lopes, disse que será tomada uma decisão até final de junho.

Esta noite está a decorrer a assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio geral, única dona da CEMG, para aprovar a passagem do banco a sociedade anónima, o que permitirá precisamente abrir o capital a novos investidores.

Sobre a mudança de marca do banco, Félix Morgado afirmou que esta foi “suscitada pelo Banco de Portugal” e que está a ser avaliado como será feito, uma vez que requer “uma preparação e ponderação cuidada porque as marcas têm valor”.

Quanto à relação com Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Félix Morgado considerou que é uma “relação profissional e correta” e que “importantes são as instituições e não as pessoas“.

“O importante é que tivemos resultados positivos, tudo o resto não acho que seja importante”, reiterou.

A Caixa Económica Montepio Geral anunciou hoje que teve um lucro de 11,1 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, que compara com os prejuízos de 19,8 milhões de euros do mesmo período de 2016.

A margem financeira aumentou 35,6% para 71,1 milhões de euros, que o banco atribui à redução do custo dos depósitos, enquanto as comissões líquidas subiram 23,7% para 26,1 milhões de euros, neste caso, diz o banco, “beneficiando da maior dinâmica de negócio”.

Para Félix Morgado, estes resultados confirmam o que estava previsto no plano definido para o banco, de “regressar a resultados positivos em 2017 suportados nas variáveis estratégicos, no crescimento do produto bancário, na margem financeira e na redução dos custos, quer operacionais quer o custo do risco”.

O gestor destacou ainda a redução do rácio “cost-to-income” (custos face aos proveitos) para cerca de 60%, mas disse que continuará a trabalhar para aumentar a eficiência do banco e que o objetivo é chegar a um rácio de 55% em 2018.

Félix Morgado disse que em termos de custos o principal do trabalho está feito, depois de em 2016 terem saído centenas de trabalhadores e ajustado a rede comercial, e que agora o que está a ser feito é “recolher benefício dessas sinergias” e o que será feito agora é a nível do negócio, depois de o banco ter mudado o seu posicionamento, preferindo investir no crédito a famílias e pequenas e médias empresas, em vez de grandes empresas.

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Tribunal de Contas dá aval a empréstimo do BEI a Lisboa

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

O Tribunal de Contas deu luz verde ao empréstimo contraído pela autarquia de Lisboa junto do BEI. Aval surgiu após Câmara ter reduzido a primeira tranche de 100 milhões para 51 milhões.

A Câmara de Lisboa informou hoje que o Tribunal de Contas deu aval ao empréstimo contraído ao Banco Europeu de Investimento (BEI), após a autarquia ter baixado a primeira tranche de 100 para 51 milhões de euros.

“Recebemos, no final de abril, aval do Tribunal de Contas ao empréstimo de 51 milhões de euros” ao BEI, disse o vereador das Finanças da autarquia, João Paulo Saraiva, que falava aos jornalistas à margem da reunião da Assembleia Municipal de Lisboa.

Em meados de março passado, este órgão deliberativo aprovou uma alteração ao empréstimo a médio e longo prazo ao BEI, que surgiu na sequência de dúvidas por parte do Tribunal de Contas (TdC).

A contratação de um empréstimo de 100 milhões de euros junto do BEI, o primeiro de um total de 250 milhões de euros, foi aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa em meados de novembro do ano passado, visando investimentos na reabilitação urbana, drenagem e habitação social.

Dias depois, foi solicitado um visto prévio ao TdC.

Este organismo levantou dúvidas quanto ao financiamento e, por essa razão, a maioria PS na Câmara de Lisboa resolveu adaptar o valor do empréstimo à sua capacidade de endividamento, que a 01 de janeiro de 2017 rondava os 57 milhões de euros.

Em causa está o Plano de Investimentos da Cidade de Lisboa 2016-2020 (LX XXI), apresentado em outubro passado e orçado em cerca de 520 milhões de euros, dos quais 250 milhões de euros financiados pelo BEI.

João Paulo Saraiva explicou que já “estão comprometidos cerca de 170 milhões de euros” no âmbito deste plano, nas suas diversas áreas.

“Começámos por alocar mais capitais próprios no arranque do processo”, indicou o vereador, notando que a autarquia tinha “condições financeiras” para tal.

Com o aval dado pelo TdC, “começámos agora a executar os 51 milhões”.

“Estimo que consigamos rapidamente, até ao final do ano, chegar aos 200 milhões de euros, se não os ultrapassarmos”, apontou o vereador, indicando que a componente do plano dedicada ao Plano Geral de Drenagem terá “maior expressão no próximo ano”.

Só em 2018 será adjudicado o concurso para a construção de dois túneis entre Santa Apolónia e Monsanto e entre Chelas e o Beato, que visam reduzir as inundações, no âmbito desse plano. Essa proposta irá a reunião camarária em junho.

João Paulo Saraiva aprovou a ocasião para vincar que o TdC nunca “negou nada” à autarquia.

“Houve perguntas, mas este é um processo complexo. Nunca houve montante igual vindo de um município”, referiu.

De acordo com o responsável, a “consequência prática” das alterações introduzidas ao empréstimo obriga o município a fazer mais ‘tranches’ do que as inicialmente previstas, até perfazer um total de 250 milhões de euros.

“Já estamos a preparar aquele que vai vigorar no próximo ano. Vamos ter de realizar um processo deste género no início do ano de 2018”, adiantou João Paulo Saraiva.

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Wall Street no vermelho. Volatilidade em mínimos

  • Rita Atalaia
  • 9 Maio 2017

As bolsas norte-americanas oscilaram entre ganhos e perdas, mas Wall Street acabou por encerrar abaixo da linha de água. Isto numa altura em que a volatilidade está em mínimos de quase duas décadas.

As bolsas norte-americanas tiveram uma sessão morna. Os principais índices registaram poucas alterações, encerrando abaixo da linha de água penalizadas pela queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Neste contexto, o índice S&P 500 desceu 0,11% para 2.396,84 pontos e o índice industrial Dow Jones recuou 0,17%, com as empresas petrolíferas em queda. A Exxon Mobil, por exemplo, encerrou a perder 0,68% numa sessão em que o petróleo perdeu mais de 1% tanto em Londres como em Nova Iorque.

Apenas o tecnológico Nasdaq conseguiu escapar a esta tendência, subindo 0,29% e mantendo-se em máximos históricos. A Apple voltou a valorizar, tocando um novo máximo histórico. Está a valer quase 802 mil milhões de dólares.

Depois de a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas no passado fim de semana ter dissipado um dos principais receios dos investidores no plano político em 2017, a tranquilidade tomou conta do mercado de ações, o que ficou patente nas ligeiras variações registadas na sessão. Em Wall Street, o índice que mede a volatilidade das cotações das empresas do S&P 500 caiu para o nível mais baixo desde 1993.

“Será que a falta de medo reflete um mercado cansado e exausto que acredita que a ausência de volatilidade é normal ou isto é um exemplo de uma enorme complacência?”, questiona o estratega Bill Blain, da Mint Partners, à Bloomberg.

O VIX caiu mais de 7% na sessão desta segunda-feira. Trata-se do nível mais baixo desde que este índice que mede o medo dos investidores foi criado, há mais de duas décadas. Na Europa, o índice que calcula a volatilidade do Stoxx 50, o Vstoxx, acompanhou a queda mas para o valor mais baixo desde meados de março deste ano.

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Banco de Portugal mais generoso? PCP defende que é uma “boa ideia”

A proposta do grupo de trabalho do BE e PS colhe apoio dos comunistas, mas a alteração legislativa será trabalhada no grupo de trabalho proposto pelo PCP na Comissão de Orçamento e Finanças.

Menos provisões, mais dividendos. Apesar do aviso do Presidente da República, Governo, PS e BE mostraram estar alinhados para continuar uma política já introduzida no Orçamento do Estado para 2017. Os socialistas vão mesmo avançar com uma alteração legislativa — “uma boa ideia” para os comunistas –, mas o desenho final da proposta só depois de ouvir os interessados. A questão vai agora passar pelo grupo de trabalho sobre a dívida, proposto pelo PCP com o apoio do PS, na Comissão de Orçamento e Finanças.

“Vamos marcar um conjunto de audições no âmbito do grupo de trabalho [proposto pelo PCP] e a alteração seria sobretudo garantir que a constituição de provisões é feita de forma objetiva e devidamente fundamentada“, explica João Galamba ao ECO. Já na semana passada, na apresentação do relatório, o deputado socialista tinha referido que seriam ouvidas as partes interessadas quando se equacionasse uma mexida legislativa, nomeadamente, o governador do Banco de Portugal.

Em princípio, parece uma boa ideia a clarificação desta situação“, considera Paulo Sá, ao ECO, apesar de ressalvar que falta conhecer a proposta legislativa. O deputado comunista argumenta que o aumento dos dividendos não é uma “medida nova ou inovadora porque já foi aplicada de uma forma não explícita” no OE2017. “Esta medida mereceu, na altura do OE, o nosso apoio porque representa maior disponibilidade orçamental e, portanto, nem se coloca a questão de se apoiámos para o futuro”, conclui.

Esta medida mereceu, na altura do OE, o nosso apoio porque representa maior disponibilidade orçamental e, portanto, nem se coloca a questão de se apoiámos para o futuro.

Paulo Sá

Deputado do PCP

Galamba rejeita que esta alteração constará no pacote de medidas que o Governo está a preparar para alterar a supervisão financeira. “São matérias independentes”, explica ao ECO, referindo que a alteração legislativa relativa à política de provisões e dividendos do Banco de Portugal será agora debatida no âmbito deste grupo de trabalho. Este novo âmbito de discussão sobre a dívida proposto pelo PCP — depois da rejeição do PS em criar uma comissão eventual — contará com a participação de todos os partidos com assento parlamentar, dado que vai ser criado dentro da Comissão de Orçamento e Finanças.

As estimativas do grupo de trabalho do BE/PS relativamente a esta medida apontam para um efeito favorável de cerca de 900 milhões de euros por ano a partir de 2018. Essa foi uma das três propostas sobre as quais o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, revelou haver consenso com o Governo. O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, disse estar disponível para fazer uma alteração legislativa. Entre as alterações estava a possibilidade de o ministro das Finanças passar a ter de dar uma autorização explícita (e não tácita) sobre a política de provisões do Banco de Portugal.

Também Marcelo Rebelo de Sousa pronunciou-se sobre o tema, em declarações às televisões no fim de semana, defendendo ser positivo que o Banco de Portugal tenha “uma almofada”. Nessa ocasião o Presidente da República alertou que a previsão de uma situação de crescimento da economia europeia e de aumento de juros deve “levar o Banco de Portugal a ter uma almofada financeira que proteja [Portugal] contra esse aumento de juros”.

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