Dez mil que aderiram ao PERES tinham dívidas incobráveis

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

Fernando Rocha Andrade revelou que houve dez mil contribuintes com dívidas consideradas incobráveis a aderir ao programa de regularização de dívidas fiscais e contributivas.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais revelou que houve dez mil contribuintes com dívidas consideradas incobráveis a aderir ao programa de regularização de dívidas fiscais e contributivas lançado no final de 2016, o chamado “perdão fiscal”.

Fernando Rocha Andrade, que esteve esta tarde ao parlamento a responder às perguntas dos deputados sobre este regime excecional, afirmou que, “dos mais 90 mil sujeitos passivos que aderiram ao PERES, cerca de dez mil tinham as suas dívidas classificadas como incobráveis”.

Isto significa que estes contribuintes “não tinham património conhecido que permitisse prosseguir com execuções fiscais relativamente às suas dívidas fiscais”, explicou ainda o secretário de Estado, sem, no entanto, revelar qual o valor global da dívida destes contribuintes.

O Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES) – o chamado “perdão fiscal” – custou ao Estado quase 170 milhões de euros, o montante perdoado aos contribuintes que aderiram em juros, custas e coimas, segundo dados indicados pelo Ministério das Finanças numa resposta remetida ao PSD.

Em causa está um regime de pagamento de dívidas ao Fisco e à Segurança Social que prevê a dispensa total dos juros de mora, dos juros compensatórios e das custas do processo de execução fiscal, se a dívida for paga na totalidade, ou a sua dispensa parcial, caso o pagamento da dívida ocorra em prestações (até 150 parcelas).

Em resposta a um requerimento apresentado pelo PSD, o Ministério das Finanças refere que este programa permitiu um benefício aos contribuintes aderentes de 168,4 milhões de euros em 2016 e de mais 1,4 milhões de euros em 2017, num total de 169,8 milhões de euros, que foi o montante que deixou de ser cobrado em juros de mora, juros compensatórios, custas e coimas aos contribuintes que aderiram ao regime.

Deste montante global, 107,8 milhões de euros são relativos a juros de mora, 37 milhões dizem respeito a juros compensatórios, 12,4 milhões são de custas e outros 10 milhões referem-se a coimas.

O ministério de Mário Centeno indica ainda, na resposta ao PSD, que aderiram ao PERES oito empresas com lucro tributável superior a 35 milhões de euros, o que corresponde a “apenas cerca de 0,009% das adesões”, e que o montante de dívidas fiscais abrangidas naquelas oito empresas foi de 40,3 milhões de euros, “isto é, apenas cerca de 3% das adesões”.

Considerando apenas o ano de 2016, as Finanças referem que o montante de receita obtido e liquidado por estas grandes empresas foi de cerca de 38 milhões de euros, “isto é, cerca de 7% da receita total do PERES naquele período”.

Já em resposta a um outro requerimento, apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE) em que questionou a tutela sobre a adesão das empresas do PSI-20 ao PERES, as Finanças responderam que foram cinco as empresas cotadas que aderiram ao “perdão fiscal” e que “foram cobrados 72 milhões de euros, com um valor de juros e custas associado de 35,5 milhões de euros”.

O gabinete de Mário Centeno dá ainda conta, na resposta ao Bloco, que “o número de empresas registadas no PSI20 que aderiram ao PERES corresponde a apenas 6% do montante total de adesões”, recordando que o regime abrangeu ao todo 92.898 contribuintes e que o valor médio do imposto em dívida no universo total dos contribuintes aderentes é de cerca de 12.000 euros.

Lançado no final de 2016, o PERES aplicou-se aos contribuintes com dívidas fiscais e contributivas que não tenham sido pagas nos prazos normais.

Na análise à conta das administrações públicas de 2016, o Conselho de Finanças Públicas (CFP) cita dados fornecidos pelo Ministério das Finanças e indica que o PERES rendeu ao todo 588 milhões de euros: cerca de 512 milhões relativos a dívidas fiscais e cerca de 75 milhões relativos a dívidas contributivas.

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Turismo de Portugal investe 10 milhões em campanha

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

O Turismo de Portugal lançou uma campanha que decorre, exclusivamente, nos meios digitais de 20 países. Veja aqui os vídeos de promoção do país.

O Turismo de Portugal deu hoje início à Campanha Internacional do Turismo 2017/2018 para a promoção de Portugal, que implicou um investimento de dez milhões de euros.

A campanha decorre, exclusivamente, nos meios digitais de 20 países e tem por base quatro filmes que convidam os turistas a visitarem Portugal, sob o mote ‘Can’t Skip Portugal’ (não é possível ignorar Portugal).

Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Brasil, EUA, China, Holanda, Itália, Irlanda, Rússia, Canadá, Índia, Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Áustria, Bélgica e Polónia são os mercados em que a campanha aposta.

“Esta é uma campanha marcante, pela forma como equilibra o discurso mais emocional e o associa ao nosso país com a mensagem promocional que identifica, claramente, alguns dos nossos melhores atrativos”, afirma, em comunicado, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.

Luís Araújo acrescenta que “o facto de a campanha privilegiar os meios digitais, nomeadamente as redes sociais, significa também uma grande aposta no envolvimento direto das pessoas”.

A sessão que marcou o inicio da campanha foi presidida pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, do presidente do Turismo de Portugal, do realizador Pedro Varela e do diretor executivo Tomás Froes, entre outros.

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Número de famílias em incumprimento volta a aumentar

No primeiro trimestre deste ano, 8.695 pessoas entraram em incumprimento com os seus créditos, indicam dados do Banco de Portugal. É o valor mais elevado dos últimos dois anos.

O arranque deste ano foi marcado por um agravamento do número de situações de incumprimento entre as famílias portuguesas. Dados do Banco de Portugal indicam que nos primeiros três meses do ano o número de particulares que deixaram de cumprir com os seus compromissos com créditos engrossou pela primeira vez no último ano, para atingir o valor mais elevado dos últimos dois anos. Números que provam que as famílias portuguesas continuam com dificuldade em fazer face aos seus compromissos financeiros apesar da melhora da situação económica do país.

De acordo com os dados da central de responsabilidades de crédito do Banco de Portugal, nos três primeiros meses do ano, houve 8.695 novas famílias a deixarem de cumprir com o pagamento dos seus créditos, engrossando para 579.850 o total de agregados em falta com os seus empréstimos. Estes números revelam uma inversão de tendência, após um ciclo de três trimestres consecutivos de quedas no número de famílias com créditos vencidos, com as novas entradas a crescerem para máximos de dois anos. Ou seja, para o patamar mais elevado desde o primeiro trimestre de 2015, período em que houve 10.266 novas famílias a entrarem para a lista de devedores faltosos.

Número de pessoas que falham créditos aumenta

O aumento do número de situações de incumprimento não surpreende Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Apoio ao Sobreendividado (GAS) da Deco. “Aquilo que temos verificado, e daí não me surpreenderem esse números, é que apesar da maior parte das pessoas até já estar a trabalhar, os rendimentos que recebem não lhes permite honrar os compromissos. Estes dados são justificados pela precariedade e redução dos rendimentos das famílias”, explicou a jurista ao ECO.

"Aquilo que temos verificado, e daí não me surpreenderem esse números, é que apesar da maior parte das pessoas até já estar a trabalhar, os rendimentos que recebem não lhes permite honrar os compromissos. Estes dados são justificados pela precariedade e redução dos rendimentos das famílias.”

Natália Nunes, Deco

De acordo com Natália Nunes, o facto de haver muitas pessoas que negociaram períodos de carência nos seus créditos que agora estão a terminar, também ajuda a engrossar os números das situações de incumprimento. A jurista revela ainda a sua preocupação relativamente às situações de incumprimento relacionadas com créditos celebrados recentemente. “Ainda não é uma realidade com grande dimensão, mas há pessoas que contrataram créditos junto da banca tradicional, em 2015 e 2016, que nos estão a contactar. Ou seja, houve um aumento da concessão de algum crédito que não foi acompanhado por um aumento dos rendimentos, que está a dar também algum contributo. Este é um dado preocupante”, salienta Natália Nunes.

Novos incumprimentos agravam sobretudo na habitação

O aumento do número de novas situações de incumprimento registou-se tanto no crédito ao consumo como na habitação. Mas foi particularmente intensa nesse último caso. Nos primeiros três meses deste ano, 128.301 agregados estavam em falta com o pagamento das prestações dos seus créditos à habitação. Isto significa que houve 4.331 novas famílias a deixarem de cumprir com o pagamento do crédito à habitação face ao total de 123.970 situações que se verificavam no final do ano passado.

Há um ano que não era identificado um aumento dos casos de incumprimento no crédito à habitação, sendo que as novas entradas verificadas no primeiro trimestre deste ano, já são as mais elevadas dos últimos dois anos. Seria necessário recuar até ao primeiro trimestre de 2015, para observar um número mais alto: 6.408. “Este é um dado preocupante, sobretudo tendo em conta que as famílias só deixam de pagar o crédito à habitação quando tal já não é mesmo possível. Começam por deixar de pagar os créditos pessoais e os cartões de crédito, e só em última instância deixam de pagar o crédito à habitação”, repara a coordenadora do GAS. “Isto é claramente demonstrativo de que a situação financeira das famílias não está boa”, acrescenta.

No que diz respeito ao crédito ao consumo, os números da central de responsabilidades de crédito também apontam para um aumento do número de novas situações de incumprimento, mas ainda assim mais curto face ao verificado há um ano, a última ocasião em que tinha ocorrido um agravamento desse número. No total, 6.025 devedores deixaram de cumprir com o pagamento dos seus créditos, nos primeiros três meses do ano, elevando para 519.753 o total de incumpridores neste segmento. Há um ano, o total de novas situações de devedores com créditos vencidos na finalidade consumo tinha sido de 7.097.

Neste âmbito, Natália Nunes reforça o papel do crédito concedido entre 2015 e 2016, sobretudo automóvel, nas situações de incumprimento que mais recentemente chegam à Deco. “Basta olhar para a publicidade e para a prática da banca na concessão nomeadamente de crédito à habitação, e mesmo de crédito automóvel, para vermos que estamos a cometer os mesmos erros que antes da crise”, remata a especialista da Deco.

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Montepio corta custos e passa de prejuízos a lucros

  • Rita Atalaia
  • 9 Maio 2017

O banco liderado por Félix Morgado revelou lucros de mais de 11 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano. Uma recuperação face aos prejuízos de quase 20 milhões no período homólogo.

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) regressou aos lucros no primeiro trimestre deste ano. O banco liderado por Félix Morgado registou um lucro de mais de 11 milhões de euros, depois de ter apresentado um resultado negativo no mesmo período do ano passado. Esta recuperação deve-se, sobretudo, à redução dos custos e ao aumento da margem financeira.

“O resultado líquido melhorou em 30,9 milhões de euros, para 11,1 milhões de euros, assente na recuperação dos resultados do negócio core e na melhoria da eficiência da estrutura operacional”, lê-se no comunicado enviado pelo Montepio .No primeiro trimestre de 2016, o banco registou um prejuízo de 19,8 milhões.

O banco apresenta três motivos fundamentais para este regresso aos lucros: aumento das poupanças de custos, melhoria da margem financeira e crescimento dos proveitos complementares de crédito, designadamente nas comissões líquidas. Desde dezembro do ano passado, o Montepio duplicou as comissões associadas ao crédito à habitação. Os encargos dos clientes estão agora perto dos quatro euros por mês. Neste sentido, as comissões líquidas subiram 23,7% para 26,1 milhões de euros, “beneficiando da maior dinâmica de negócio”.

"O resultado líquido melhorou em 30,9 milhões de euros, para 11,1 milhões de euros, assente na recuperação dos resultados do negócio core e na melhoria da eficiência da estrutura operativa.”

Montepio

A margem financeira aumentou 35,6% para 18,7 milhões. “Para este desempenho contribuiu a redução dos custos de financiamento”, refere o banco. Mas a redução dos custos também contribuiu para este resultado. “Os custos operacionais do primeiro trimestre de 2017 evidenciam uma redução homóloga de 19,3%, tendo atingido 67 milhões de euros, para o qual contribuiu a conclusão” da reestruturação, refere o Montepio. Excluindo os impactos associados ao programa de reestruturação no primeiro trimestre de 2016, a diminuição seria de 9,3%.

Os resultados de operações financeiras também se destacaram pela positiva. Esta rubrica regressou igualmente para o verde, com ganhos de 7,5 milhões de euros, em comparação com uma perda de 4,8 milhões de euros, “os quais incorporaram a realização de mais-valias na carteira de dívida soberana e ganhos na carteira de negociação”, explica a instituição liderada por Félix Morgado. Por outro lado, o produto bancário cresceu 22,7% nos primeiros três meses do ano, “sustentado pelo desempenho positivo da margem financeira comercial”.

Olhando para os rácios de capital, houve um agravamento da posição de capital. O rácio CET1, faseado, situou-se nos 10,2%. No primeiro trimestre de 2016, este rácio era de 10,4%. Esta diminuição traduz “o efeito agrupado da descida dos ativos ponderados pelo risco”. O banco realça que os rácios de capital não incluem os efeitos positivos associados à adesão ao regime dos Ativos por Impostos Diferidos.

Os resultados são apresentados no mesmo dia em que os associados da Associação Mutualista Montepio Geral decidem sobre a passagem do banco Montepio a sociedade anónima. Na prática, quem detém unidades de participação passará a ter em carteira ações do banco liderado por Félix Morgado, caso esta mudança seja aprovada. Esta alteração já teve luz verde na assembleia-geral do banco, assim como os novos estatutos, e falta agora a ratificação dos associados da casa-mãe para concluir o processo.

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Jovem quebra recorde de retweets: ele só queria nuggets

  • ECO
  • 9 Maio 2017

Um jovem americano ultrapassou os 3,42 milhões de retweets e a detentora do último recorde, Ellen Degeneres. Porquê? Precisava de 18 milhões de retweets para ganhar um ano de nuggets grátis.

Carter Wilkerson (@carterjwm) perguntou à marca Wendy’s quantos retweets precisaria para obter um ano de nuggets grátis. A resposta foi 18 milhões. O adolescente americano ainda não atingiu o objetivo, mas já tem vários apoiantesincluindo Ellen Degeneres, a detentora do antigo recorde que Carter acabou de ultrapassar.

O tweet mais partilhado de sempre era uma foto da noite dos Óscares, que Ellen Degeneres publicou entre várias celebridades do mundo do cinema.

Mas Carter Wilkerson ultrapassou hoje os 3.430.242 retweets de Ellen em quase uma dezena. Eis o tweet em questão:

Após a grande exposição, Carter decidiu tornar o seu objetivo mais solidário. A Wendy’s já se comprometeu a doar 100.000 dólares à fundação Dave Thomas, que se dedica ao trabalho social na área da adoção. Para além disso, o adolescente terá direito aos seus nuggets, apesar de ainda não ser certa a quantidade.

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Sonae Indústria duplica lucros no trimestre

A Sonae Indústria fechou os três primeiros meses com um resultado líquido positivo de 6,4 milhões de euros. A empresa aprovou a diminuição de capital. Reagrupamento de ações avança a 28 de julho.

A Sonae Indústria fechou o primeiro trimestre de 2017, com lucros de 6,4 milhões de euros, mais 3,2 milhões do que em igual período do ano anterior, informa a empresa em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O volume de negócios da Sonae Indústria, incluindo apenas as atividades detidas integralmente pela empresa, atingiu os 59,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 3,6% face aos 57,4 milhões de euros registados no período homólogo. Já o volume de negócios proporcional, considerando a participação de 50% na Sonae Arauco (resultados da parceria estratégica entre a Sonae Indústria e a Arauco), é de 164 milhões de euros.

A empresa imputa o desempenho registado nos três primeiros meses do ano à apreciação do dólar canadiano face ao euro e ao aumento dos preços médios de venda face ao ano anterior no negócio da América do Norte.

Em termos de EBITDA consolidado da Sonae Indústria, para o primeiro trimestre do ano, é de 9,7 milhões de euros, mais 2,6 milhões face ao mesmo período do ano. Já o EBITDA recorrente proporcional dos últimos 12 meses aumentou para os 92,5 milhões de euros.

A dívida líquida proporcional nos primeiros três meses do ano atingiu os 325 milhões de euros, com a dívida líquida para o EBITDA recorrente proporcional a situar-se em 3,5 vezes, o mesmo valor registado em dezembro de 2016 “dado que a maior dívida líquida foi compensada pelo maior nível de EBITDA recorrente”.

Já a dívida líquida da Sonae Indústria atingiu os 220 milhões de euros, no final dos três primeiros meses do ano, o que representa um aumento de 6,5 milhões de euros face a dezembro de 2016.

Paulo Azevedo, presidente do conselho de administração da Sonae Indústria diz em comunicado que “é com agrado que comunico outro trimestre de melhoria do desempenho operacional e de resultados líquidos positivos para a Sonae Indústria”.

Apesar do aumento do custo das matérias-primas dos químicos registados no final de 2016 e início de 2017, os “três principais negócios tiveram um desempenho melhor, quando comparado com o mesmo período do ano anterior”.

Excluindo a Sonae Arauco, o número de colaboradores da Sonae Indústria, era no final de março de 2017, de 488.

Reagrupamento das ações avança a 28 de Julho

Também esta terça-feira foram conhecidas as deliberações da assembleia geral de acionistas da Sonae Indústria. A empresa, tal como era esperado aprovou a redução de capital social dos atuais 812 milhões de euros para 253 milhões de euros, para cobertura de prejuízos no montante de 558,7 milhões de euros.

O comunicado informa ainda que nesta fase não haverá alteração do número de ações existentes. Das ações representativas do capital social, 167 serão alvo de doação e extintas, enquanto as restantes 11,35 mil milhões de ações são reagrupadas num rácio de 250, correspondendo a cada 250 ações um nova ação.

O comunicado informa ainda que o capital social é dividido em 45, 4 milhões de euros. Este reagrupamento de ações deverá produzir efeitos a partir de 28 de julho de 2017.

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CEO nos EUA ganham 347 vezes mais que trabalhadores

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

É um aumento do fosso que separa os salários dos executivos do S&P 500 dos dos empregados, em relação ao ano passado. Os salários dos executivos aumentaram, enquanto os dos funcionários estagnaram.

Os patrões de grandes empresas norte-americanas ganharam em média 13,1 milhões de dólares em 2016, ou seja, 347 vezes mais do que os seus trabalhadores, indica um estudo do sindicato AFL-CIO divulgado hoje. Em 2015, os vencimentos dos empresários tinham sido 335 vezes mais elevados do que os dos trabalhadores.

Os administradores das empresas que integram o índice S&P 500 da bolsa de Nova Iorque receberam em média 13,1 milhões de dólares (11,9 milhões de euros) no ano passado, enquanto o rendimento médio de um trabalhador ficou em 37.620 dólares (cerca de 34.300 euros).

A retribuição dos executivos registou um aumento de 5,9% em comparação com o ano anterior, enquanto os salários dos trabalhadores ficaram estagnados.

O presidente do sindicato AFL-CIO, Richard Trumka, afirmou que o relatório deste ano torna evidente que “a ganância dos gestores agrava a crise da desigualdade nos salários” norte-americanos.

“As grandes empresas continuam a encontrar maneira de modelar a economia a seu favor e em linha com os bolsos dos seus chefes à custa dos trabalhadores que fazem os negócios prosperar”, apontou.

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Morreu Baptista-Bastos

  • ECO e Lusa
  • 9 Maio 2017

O jornalista e escritor Baptista-Bastos, que se mantinha como colaborador do Correio da Manhã, morreu esta terça-feira. A notícia foi avançada pelo jornal.

O jornalista e escritor Baptista-Bastos morreu esta terça-feira, aos 83 anos. A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada pela sua mulher à agência Lusa.

O escritor estava hospitalizado já há várias semanas, num hospital em Lisboa, adiantou o Correio da Manhã.

Baptista-Bastos publicou mais de uma dezena de títulos de ficção, entre os quais “O Secreto Adeus” (1963), “Cão Velho entre Flores” (1974), “O Cavalo a Tinta da China” (1995), “A Colina de Cristal” (2000) e “No Interior da Tua Ausência” (2002).

Foi Baptista-Bastos quem celebrizou a pergunta “Onde é que você estava no 25 de abril?”, no programa da SIC Conversas Secretas com Baptista-Bastos. Depois fez uma série de entrevistas com o mesmo nome para o jornal Público.

Entre outros meios de comunicação social, trabalhou nos jornais A República, O Século e Diário Popular, e na Rádio e Televisão Portuguesa.

Em 2005, venceu o Prémio de Crónica João Carreira Bom.

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Procura dos trabalhadores por ações da TAP deverá superar largamente a oferta

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

O prazo para os trabalhadores da TAP aderirem à OPV de 5% das ações representativas do capital social do grupo termina na quarta-feira.

A adesão dos trabalhadores da TAP à oferta pública de venda das ações do grupo deverá superar “largamente” a oferta de 75 mil ações que lhes estão reservadas, antecipam os principais sindicatos, que apelaram aos associados para participarem na operação.

Os 12 sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP apelaram para a compra de ações, com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) a propor — além da representação — a posterior compra desses títulos com juros, após um período de indisponibilidade dos títulos.

Contactados pela Lusa, vários dirigentes sindicais são unânimes em considerar que “a procura irá superar largamente a oferta disponível”, referindo a existência de mais de 1.000 pedidos, um dos quais para a totalidade de ações disponíveis (75.000), o que obrigará a rateio.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) incentivou todos os trabalhadores a comprarem ações da TAP, prometendo, nos 60 dias seguintes, comprar os títulos — através de uma empresa que detém o parque de campismo de Vila Nova de Milfontes — e ressarcir o trabalhador de todos os custos comprovadamente suportados até essa data, mesmo aos que não pertencem ao sindicato nem a outra “qualquer organização sindical”.

"O mais importante neste momento é evitar que os privados reforcem a participação, isto é, trata-se de defender o interesse da TAP, porque o Governo pode mudar e os planos também.”

Fernando Henriques

Coordenador do SITAVA

Em declarações à Lusa, o coordenador do SITAVA, Fernando Henriques, explicou que a adesão dos trabalhadores é importante para “evitar o reforço do capital dos privados”, salientando que as ações que não forem adquiridas passam para o consórcio Atlantic Gateway (de Humberto Pedrosa e David Neeleman), dono de 45% do capital da TAP. “O mais importante neste momento é evitar que os privados reforcem a participação, isto é, trata-se de defender o interesse da TAP, porque o Governo pode mudar e os planos também”, declarou.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) também quer que os trabalhadores tenham uma palavra a dizer no futuro da TAP: “A ideia é poder ter acesso à informação e poder convocar e participar nas assembleias”, adiantou à Lusa Nuno Fonseca. Recorde-se que quem comprar estas ações terá direito a convocar assembleias-gerais, desde que, isolada ou conjuntamente com outros acionistas, seja titular de ações representativas de pelo menos 5% do capital da TAP, valor total que está agora a ser disponibilizado aos trabalhadores.

"A ideia é poder ter acesso à informação e poder convocar e participar nas assembleias.”

Nuno Fonseca

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil

Também o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) criou um veículo para participar na oferta pública de venda (OPV) destinada aos trabalhadores, aberto “a todos os trabalhadores da TAP” que queiram participar na OPV e propõe aos associados a compra de ações adquiridas na oferta, com pagamento de juros.

Os outros nove sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP aliaram-se e estão a estudar qual o melhor modelo — fundação, cooperativa ou associativa — para agregar a posição adquirida pelos seus cerca de 5.000 associados, porque “o todo é maior do que a soma das partes”, disse à Lusa o sindicalista André Teives.

O prazo para os trabalhadores da TAP aderirem à OPV de 5% das ações representativas do capital social do grupo que lhes foi reservada no processo de privatização termina na quarta-feira. Se a quantidade de ações pretendida pelos trabalhadores for superior à oferta, e a partir do momento em que já não seja possível a atribuição de mais uma ação a todas as ordens ainda não satisfeitas, haverá rateio de ações.

De acordo com as regras constantes do anúncio publicado em abril na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os trabalhadores têm até às 15:00 de dia 10 de maio para transmitir as ordens de compra de ações da TAP, ao preço nominal de 10,38 euros, o que representa um desconto de 5% sobre o preço oferecido (10,93 euros) pela Atlantic Gateway no processo de privatização.

Segundo o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, que liderou o processo, podem adquirir ações os trabalhadores da TAP – SGPS, S.A. com vínculo laboral superior a três anos, assim como os trabalhadores nas mesmas condições das empresas do grupo, bem como antigos funcionários que tenham mantido vínculo laboral durante mais de três anos (desde que a saída não tenha resultado de processo disciplinar).

A OPV é um dos compromissos assumidos no memorando de entendimento entre o Estado e a Atlantic Gateway com vista à reconfiguração do capital social da TAP, passando o Estado a deter 50% do capital (em vez dos 39% que haviam sido negociados pelo governo anterior).

Após a conclusão da OPV, esse processo de reconfiguração será concluído, ficando o Estado com 50% do capital social da empresa e a Atlantic Gateway com 45% do capital, caso não sejam adquiridas ações pelos trabalhadores. Para a conclusão da privatização fica depois a faltar o parecer da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

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PSI-20 fecha verde, BCP arrefece no fim da sessão

  • Marta Santos Silva
  • 9 Maio 2017

Chegou a ganhar mais de 5%, mas os títulos do BCP acabaram por perder gás. A bolsa lisboeta fechou em terreno positivo, juntamente com as principais praças europeias.

A bolsa de Lisboa fechou em alta esta terça-feira, graças a ganhos nas energéticas e também em empresas mais pequenas como a Semapa e a Ibersol. O principal destaque vai para o BCP, que disparou durante o dia mas foi perdendo gás perto do final da sessão, acabando por fechar verde, valorizando 0,85%, para os 23 cêntimos.

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Marcelo recebeu presidentes da CGD por causa de Almeida

  • Lusa
  • 9 Maio 2017

O Presidente da República recebeu Rui Vilar e Paulo Macedo por causa do encerramento do balcão de Almeida.

O Presidente da República recebeu hoje os presidentes executivo e do conselho de administração da CGD numa reunião em que foi discutido o encerramento do balcão de Almeida e a solução encontrada para responder aos apelos da população.

A informação foi avançada pela presidência, numa nota em que dá conta de que Marcelo Rebelo de Sousa recebeu os presidentes do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Rui Vilar e Paulo Macedo, respetivamente, para um encontro em que “lhe deram conhecimento do acordo ajustado, no passado mês de abril, entre aquela instituição e o Presidente da Câmara Municipal de Almeida”.

O Presidente da República diz que “tomou conhecimento destas informações” e acrescentou que a 16 de maio será a vez de receber o presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro.

Na sequência da polémica do fecho da agência do banco público na sede do concelho de Almeida, o que motivou manifestações da população e dos autarcas locais, a CGD disponibilizou-se para instalar uma área automática na sede da Câmara de Almeida, com o apoio temporário de trabalhadores do banco.

Segundo a informação divulgada no início deste mês pela Lusa, o administrador executivo da CGD, José João Guilherme, enviou uma carta ao presidente da Câmara de Almeida a dar conta de que a CGD tem o “maior interesse em manter os serviços bancários na localidade de Almeida”.

O banco público manifestou nessa carta a disponibilidade de avançar com a instalação de uma área automática na sede da Câmara Municipal (uma caixa multibanco da CGD, que permite a utilização de cadernetas), ou noutro local a acordar com as partes, tal como já tinha proposto ao presidente do município em 18 de abril, e ainda a possibilidade de trabalhadores do banco prestarem apoio à população “em determinados dias e horário previamente estabelecido”.

O administrador da CGD salientou que foi acordado com o autarca de Almeida a “deslocação diária, por um período transitório (entre três a seis meses), de colaboradores da Caixa, com o objetivo de esclarecer dúvidas, apoiar os clientes na utilização do parque de máquinas, apoiar os clientes na adesão a produtos de movimentação e de contacto com o banco, nomeadamente cartões de débito e ‘homebanking’ (‘Caixadirecta’)”.

Ainda na carta, o administrador da CGD admitiu a manutenção temporária “da área automática da Agência de Almeida” (nas atuais instalações da CGD) e acrescentou que a solução do ‘Banco Móvel’ (uma carrinha) está “em desenvolvimento”.

Depois de ter sido conhecida a carta, no mesmo dia, o vice-presidente da Câmara de Almeida disse à Lusa que a autarquia está disponível para dialogar com a administração da CGD, mas desde que “na sede do concelho de Almeida fiquem todos os serviços da CGD, incluindo os serviços de tesouraria”.

O fecho da agência de Almeida faz parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e consta da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.

Com o fecho do balcão de Almeida, já efetuado, os habitantes têm de se deslocar a Vilar Formoso, que dista cerca de 15 quilómetros da sede de concelho, o que tem motivado protestos.

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Para onde vão os consumidores? Para as promoções

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Maio 2017

O estudo levado a cabo pela agência Nielsen mostra que cerca de metade das compras de supermercado são feitas em promoção. Mas o preço não é tudo, avisa.

“Para onde vai o consumidor?” A pergunta foi proposta e respondida pela Nielsen através do cruzamento de vários dados relativos às rotinas de consumo dos portugueses, desde preferências de produtos, até preferências de lojas.

As conclusões? 45% das vendas a retalho são em promoção, um valor que atingiu máximos este ano. As lojas de pequeno formato são as preferidas dos portugueses, as lojas online estão a ganhar terreno e os produtos biológicos e dietéticos já fazem parte do quotidiano, dados que mostram que há mais para além do preço.

“É importante compreender que, apesar de o consumidor português procurar preços baixos, existem outras variáveis que serão valorizadas e nas quais os retalhistas e as marcas devem apostar”, explica Ana Paula Barbosa, diretora da secção de retalho da agência. “O consumidor atual mostra novos interesses e está disposto a pagar mais para os satisfazer.”

Conveniência é preferência

Embora a oferta de grandes superfícies seja extensa, os consumidores preferem as lojas mais pequenas, com os pequenos formatos a crescerem a um ritmo mais elevado. As lojas online também estão a conquistar o coração dos portugueses, contabilizando-se um taxa de penetração de 8% e com 35% dos consumidores com perspetivas de virem a utilizar um dia.

Nas categorias de produtos de conveniência destaca-se o crescimento de 30% da venda de frutos congelados, de 19% dos componentes refrigerados e de 18% das opções de take away. A agência atribui estes números ao ritmo de vida mais intenso.

A febre do fit

Se o preço se estabelece como o fator que exerce mais peso no momento da compra, a mudança nos hábitos de consumo dos portugueses também desempenha um papel decisivo. Estes escolhem cada vez mais produtos relacionados com a saúde, quer sejam eles dietéticos, frescos ou biológicos. Verificou-se um aumento do consumo de 136% de iogurtes biológicos, de 84% de muesli e granola e de 72% de cereais diet. De acordo com outro estudo da mesma agência, 66% dos portugueses estão dispostos a pagar mais por produtos sem ingredientes indesejáveis.

“Há que começar por entender quais são as verdadeiras tendências de consumo, aquelas que não estão ligadas a fatores conjunturais externos e que refletem as características que vão continuar a ser decisivas para a compra nos próximos anos. É esta a diferença entre Tendência e Turbulência”, argumenta a responsável pela área de retalho da agência.

A Nielsen aponta como causas não só a consciencialização da população no que toca às consequências da má alimentação, como também a caracterização demográfica. Uma população mais envelhecida e com mais diagnósticos de doenças crónicas contribui igualmente para esta manifestação de preferências.

Uma nova geração de consumidores

A Nielsen alerta também para grandes diferenças que se estabelecem entre os consumidores mais velhos e os mais novos. Enquanto os seniores se destacam por comprarem com maior frequência, os jovens vão menos aos supermercados, mas gastam mais dinheiro quando vão. A fatura média dos millennials localiza-se nos 21,10 euros, comparativamente aos 17,10 euros dos mais velhos.

As diferenças geracionais estendem-se também ao tipo de produtos comprados e à utilização das promoções. Os millennials compram mais produtos de mercearia, lácteos e de higiene, enquanto os seniores têm preferência pelos produtos frescos. Relativamente às promoções, são os mais novos que mais as aproveitam.

E a resposta é…

“A resposta é simples. O consumidor português procura, não só o preço, mas sim o melhor equilíbrio entre o preço, a oferta e a conveniência, tornando-se essencial um equilíbrio entre estas três variáveis que vá ao encontro das reais tendências de consumo e daquilo que o shopper procura e necessita”, finaliza Ana Paula Barbosa.

Assim, se as promoções são uma fatia bastante significativa das vendas a retalho, a agência chama também à atenção para a necessidade de fidelização do cliente, que está cada vez mais conectado e menos paciente. A diversificação e segmentação da oferta e a inovação nas promoções serão detalhes a ter em conta pelos retalhistas.

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