Vieira da Silva admite novas medidas para financiar a Segurança Social no próximo ano

  • Lusa
  • 8 Maio 2017

O Governo está a preparar novas formas de financiamento da Segurança Social para garantir a sustentabilidade do sistema. As medidas devem chegar no próximo ano.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, admitiu esta segunda-feira a definição de novas formas de financiamento da Segurança Social no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), adiantando apenas que essas medidas ainda estão em fase de preparação.

À margem da apresentação da nova estratégia de modernização da Segurança Social, e questionado pelos jornalistas, Vieira da Silva afirmou que o Governo “está disponível” para discutir algumas ideias de diversificação de fontes de financiamento, conforme previsto no Programa de Governo.

“Não estão ainda concretizadas outras propostas, é provável que ainda durante este ano possamos dar passos em frente nessa discussão. Está ainda numa fase de preparação”, disse o governante, acrescentando que essas medidas possam entrar “eventualmente” na proposta de OE2018.

Ainda assim, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reiterou que, para “dar mais sustentabilidade” à Segurança Social, “o essencial ainda continua a ser o desempenho da economia”.

Nesse sentido, Vieira da Silva considerou que o país “vive num momento de recuperação económica, com uma fortíssima relação à recuperação de emprego”, recordando que nos últimos 12 meses foram criados 150.000 novos postos de trabalho.

“Isso permitiu que as receitas da Segurança Social estejam a crescer nestes quatro meses de 2017 a 5,5%. Claramente, acima do objetivo orçamental e é o crescimento mais alto desde há, praticamente, uma década”, afirmou o ministro.

O governante insistiu que esse é “o maior instrumento para melhorar os desafios financeiros que se colocam à sustentabilidade da Segurança Social é a capacidade que a economia tenha de criar emprego”.

Governo quer implementar 34 medidas para modernizar Segurança Social até fim de 2018

O Governo apresentou esta segunda-feira a nova estratégia de modernização da Segurança Social, que prevê implementar 34 medidas até ao final de 2018, com o ministro Vieira da Silva a admitir que gostaria que todas estivessem já em prática. O novo ‘Portal Consigo’, que pode ser consultado em www.consigo.seg-social.pt, é, segundo o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, um “exercício de transparência” do executivo, onde foram colocadas as 43 medidas de modernização da Segurança Social, das quais nove já foram implementadas e as restantes 34 que pretende por em prática até ao final de 2018.

“O que eu gostaria é que estivessem já todas concretizadas; que fosse já mais simples para os cidadãos e para as empresas relacionarem-se com a Segurança Social, quando se trata de uma prestação, do acesso à reforma, de uma dimensão contributiva… Eu gostaria que [a implementação de] todas elas fosse mais rápida”, afirmou Vieira da Silva aos jornalistas.

Na apresentação da estratégia, que decorreu no Instituto de Informática da Segurança Social, em Oeiras, a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, disse que os objetivos destas medidas são a “simplificação e desmaterialização dos processos”, tornando os processos “mais simples e mais ágeis para que os cidadãos e as empresas de uma forma mais rápida consigam aceder” à Segurança Social.

Além disso, Cláudia Joaquim destacou a importância de reduzir os custos de contexto para as empresas, “reforçar a eficiência dos serviços, a relação dos cidadãos e com as empresas e com tudo isto controlar melhor a despesa pública”.

Entre as principais medidas que serão implementadas está o novo portal da Segurança Social (a lançar até ao segundo trimestre de 2018), a definição da senha de acesso à Segurança Social Direta na hora, quando atualmente é enviada para casa (até ao terceiro trimestre de 2018), sendo que o pedido e consulta das prestações familiares também está previsto que fique mais simples até ao final de 2018.

Até ao final deste ano, o Governo quer permitir a gestão ‘online’ dos agregados familiares (para a atribuição do abono de família, por exemplo), bem como o pedido e consulta ‘online’ da prestação social ou familiar.

Os governantes também inauguraram hoje, igualmente no Instituto de Informática, o novo centro de monitorização e operações da Segurança Social.

(Notícia atualizada com as medidas de modernização da Segurança Social às 15h35)

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Combinou jogar à bola com os amigos? A Uber leva-o

  • ECO
  • 8 Maio 2017

A Uber juntou-se à AirCourts para facilitar a vida aos desportistas. A app da startup portuguesa já permitia escolher e reservar o campo; agora, portuenses e lisboetas podem ir à boleia da Uber.

Há menos uma desculpa para deixar de participar numa partida entre amigos. A startup portuguesa AirCourts já se dedicava a simplificar encontros desportivos com a sua app, através da qual se pode escolher e reservar campos desportivos por todo o país. Agora, no Porto e Lisboa, a Uber quer assegurar que todos chegam a horas.

A aplicação funciona em quatro passos, tendo em conta a nova opção de boleia. Primeiro, pode escolher um campo de acordo com as suas preferências de localização, horário e características. A aplicação inclui várias modalidades, desde futebol, padel, ténis, futsal, rugby a basquetebol e uma descrição dos vários campos disponíveis.

Assim que está decidido, ainda falta chegar às quatro linhas. É aqui que entra a Uber, a tempo de salvar o jogo: incorporada na aplicação AirCourts, está agora a opção “Ir de Uber”, que funciona como a própria aplicação da Uber. Os jogadores podem selecionar o campo e acelerar para o pontapé de partida à boleia, como está ilustrado nas imagens que se seguem.

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Ufa, França. Quais são as próximas eleições decisivas?

Este domingo foi mais um alívio para o Ocidente, com a vitória de Emmanuel Macron. Contudo, 2017 e 2018 são anos recheados de eleições: do Brasil aos Estados Unidos, da Alemanha ao Reino Unido...

Superadas as eleições holandesas e francesas, os próximos meses do ano continuam a ser determinantes para o futuro do mundo. Os olhos estavam postos nas eleições alemãs no final de setembro, mas uma reviravolta no Reino Unido vai levar Theresa May às urnas mais cedo. No próximo ano, é vez de mais um país do Sul da Europa ir a votos, desta vez a Itália, depois da derrota de Renzi no referendo.

Do outro lado do globo, em outubro de 2018, é a vez de os brasileiros tirarem as teimas depois do impeachment de Dilma e a ascensão de Temer. A terminar o ano, as eleições para o Congresso norte-americano vão ser uma prova de fogo da administração de Donald Trump. Mas não só: esta será a oportunidade dos democratas contrabalançarem o domínio total dos republicanos com o Congresso, Senado e Casa Branca. Eis as principais eleições que se avizinham, segundo o guia da Bloomberg:

  • Coreia do Sul – Eleições presidenciais a 9 de maio

A ex-primeira-ministra Park Geun-hye demitiu-se depois de um escândalo de corrupção que a envolveu com as principais empresas do país. A importância das eleições reside na política futura dos sul-coreanos face a ameaça de armas nucleares por parte da Coreia do Norte. Um dos candidatos, Ahn Cheol-soo, apoia a instalação de uma proteção míssil dos Estados Unidos na Coreia do Sul. O ex-líder da oposição Moon Jae-in também concorre.

  • Malta – Eleições legislativas a 3 de junho

Mais uma baixa provocada pelo escândalo dos Panama Papers: desta vez é o primeiro-ministro maltês demissionário e a sua mulher a serem acusados de serem proprietários de uma conta offshore no Panamá. O Ministério Público de Malta está a investigar o caso, mas Joseph Muscat rejeita qualquer envolvimento. A eleição ganha importância por duas razões: primeiro porque Malta está a assumir, até final de junho, a presidência rotativa da União Europeia; e porque o caso vai chegar em breve à comissão de inquérito aos Panama Papers que decorre no Parlamento Europeu.

  • Reino Unido – Eleições gerais a 8 de junho

Os políticos britânicos têm feito jogadas arriscadas: depois de o referendo prometido por Cameron resultar no Brexit, é a vez de Theresa May querer a legitimação das urnas para negociar os termos de saída do Reino Unido da União Europeia. O Partido Conservador, liderado por May, quer a maioria absoluta e as sondagens estão a dar-lhe razão para já, uma vez que a oposição (Partido dos Trabalhistas) está com percentagens tímidas. As eleições vão ser decisivas para as negociações que irão decorrer durante os próximos dois anos com a União Europeia.

  • França – Eleições legislativas a 11 e a 18 de junho

Esta é a primeira prova decisiva que Emmanuel Macron, o recém-eleito Presidente de França, vai ter de enfrentar enquanto líder do país. Sem partido — apenas com o movimento En Marche! –, Macron vai ter de pensar numa estratégia que lhe permita governar sem forças de bloqueio no Parlamento francês. Ao contrário do que aconteceu nas eleições presidenciais, prevê-se que os partidos já estabelecidos consigam melhores votações pela sua capacidade de mobilização local e regional, depois de serem eliminados da segunda volta das presidenciais. O mais provável é que Macron tenha de acertar alianças com os socialistas e republicanos.

  • Angola – Eleições presidenciais a 23 de agosto

João Lourenço, candidato do partido no poder à sucessão de José Eduardo dos Santos, vai a votos. No verão os olhos estarão postos na decisão dos angolanos, mas não só: existem receios sobre a fiabilidade dos resultados e a oposição já pediu maior controlo e transparência. A UNITA tem insistido na necessidade de uma auditoria independente à base de dados dos mais de 9,4 milhões de eleitores registados no processo de atualização, concluído a 31 de março.

  • Alemanha – Eleições gerais a 24 de setembro

Angela Merkel quer continuar a liderar a principal economia europeia, depois de 12 anos no poder. O seu oponente é Martin Schulz, o ex-presidente do Parlamento Europeu que foi eleito como candidato dos sociais-democratas alemães (SPD). Os democratas cristãos de Merkel continuam em primeiro nas sondagens, mas ainda faltam vários meses até ao momento de ir às urnas. Consoante a linguagem usada na campanha, poderá ser expectável uma grande coligação entre os dois principais partidos alemães, mas há uma certeza: o chanceler alemão será crucial para a reforma que Macron quer fazer na União Europeia.

  • Itália – Eleições legislativas em maio de 2018

Depois da derrota no referendo constitucional, Matteo Renzi ganhou as eleições internas no seu partido e voltará a concorrer para formar Governo em Itália. Um dos seus principais oponentes será Luigi Di Maio, aquele que tem sido indicado como o candidato mais provável do movimento extremista Cinco Estrelas. Este movimento quer fazer um referendo sobre a manutenção de Itália na Zona Euro, mas — tal como Marine Le Pen — não tem um plano claro sobre como seria a substituição do euro. Consoante os desenvolvimentos dos próximos meses, esta será mais uma prova de fogo para a Europa.

  • Brasil – Eleições presidenciais em outubro de 2018

Depois do impeachment de Dilma Roussef, o seu vice-presidente Michel Temer tomou posse, mas diz que não se vai recandidatar. Quem poderá regressar é uma figura já bem conhecida dos brasileiros: Lula da Silva, o ex-presidente do Brasil que esteve no poder de 2003 a 2010. Os eleitores parecem gostar dessa ideia uma vez que Lula da Silva domina as sondagens com 30%, seguido por Marina Silva, uma ativista ambiental. O tema dominante das eleições será certamente o desenvolvimento económico: mesmo com a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil está em recessão e em 2017 espera crescer… 0%.

  • Estados Unidos – Eleições para o Congresso a 6 de novembro de 2018

A data está marcada, tal como acontece nas eleições presidenciais. Os 453 lugares do Congresso norte-americano vão a votos, assim como um terço dos 100 lugares no Senado. Dada a complexidade do sistema eleitoral norte-americano, ainda é cedo para se perceber quem terá vantagem. Um dos pontos cruciais será o desempenho da administração Trump, nomeadamente no cumprimento das suas promessas eleitorais.

O Partido Democrata precisa de ganhar vantagem no Congresso ou no Senado para voltar a ter influência na vida política norte-americana e fazer oposição a Donald Trump. Contudo, no Senado, são mais os lugares detidos por democratas a ir eleições do que republicanos, o que torna difícil essa tarefa.

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5 coisas que vão mudar no Metro de Lisboa

Quatro novas estações, remodelação de algumas das já existentes, menos tempo de espera nas horas de ponta. Estas são algumas das mudanças previstas, no Metro de Lisboa, para os próximos anos.

O Metropolitano de Lisboa anunciou os planos para os próximos anos. Entre novas estações, remodelação de estações já existentes e aquisição de novas carruagens, a rede metropolitana da capital vai ter cara nova até 2021 — e para lá disso, se os fundos comunitários chegarem. Conheça as cinco principais mudanças do Metro de Lisboa.

1. Novas estações

Fonte: Metropolitano de LisboaRaquel Sá Martins

Santos e Estrela em 2021…

Santos e Estrela vão passar a ter estações de metro, permitindo ligar o Rato ao Cais do Sodré e transformando, assim, a linha verde numa linha circular. A ligação da Estrela a Santos será feita através de um túnel com cerca de dois quilómetros. Já a ligação entre Santos e o Cais do Sodré será feita a céu aberto.

A estação da Estrela ficará localizada na Calçada da Estrela, junto ao antigo Hospital Militar e em frente à Basílica da Estrela. Já a estação de Santos deverá localizar-se junto ao edifício do Batalhão dos Sapadores de Lisboa.

Data prevista para a conclusão: 2021

Investimento previsto: 216 milhões de euros, com recurso a fundos do Banco Europeu de Investimento

… Campo de Ourique e Amoreiras quando Bruxelas quiser

O Metro também pretende construir estações em Campo de Ourique e nas Amoreiras, mas não tem ainda uma data prevista para que isto aconteça. Isto porque não há “garantias do seu financiamento”. A ser aprovado, este financiamento só deverá chegar “durante o próximo ciclo de fundos comunitários”, isto é, para lá de 2020.

Seja como for, o objetivo é prolongar a linha vermelha em mais de dois quilómetros, em túnel. A estação das Amoreiras está prevista para a Avenida Conselheiro Fernando Sousa, junto ao cruzamento com a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, e a de Campo de Ourique ficará junto à Escola de Saúde Pública Militar, no cruzamento com a Rua Ferreira Borges.

Data prevista para a conclusão: Sem data

Investimento previsto: 186,7 milhões de euros

2. Mais carruagens, menos tempo de espera

Fonte: Metropolitano de LisboaRaquel Sá Martins

A renovação da linha verde prevê, também, a aquisição de 33 novas carruagens, para que a circulação nesta linha, atualmente com três carruagens, passe a ser feita com seis. Já o tempo de espera em hora de ponta passará a ser de 3 minutos e 40 segundos.

Data prevista para a conclusão: 2021

Investimento previsto: 50 milhões de euros

3. Ligação pedonal entre Rato e Amoreiras

Ligação pedonal: entre estação do Rato e Praça Santa Isabel (Amoreiras).
Fonte: Metropolitano de Lisboa
Raquel Sá Martins

O plano de desenvolvimento da rede do Metro de Lisboa inclui um estudo de viabilidade para a construção de uma ligação pedonal subterrânea entre o Rato e as Amoreiras. Com uma extensão de cerca de 300 metros, a ligação será feita desde a estação do Rato até à Praça Santa Isabel, permitindo o acesso às Amoreiras, através de escadas e passadeiras mecânicas.

Data prevista para a conclusão: Final de 2018

Investimento previsto: 15,6 milhões de euros

4. Estações remodeladas

Fonte: Metropolitano de LisboaRaquel Sá Martins

A empresa vai remodelar cinco estações: Arroios (que será encerrada a julho deste ano, por 18 meses), Areeiro, Colégio Militar, Olivais e Baixa-Chiado. A remodelação visa permitir a circulação de seis carruagens em toda a linha verde e garantir melhores acessibilidades, com a melhoria do “funcionamento dos equipamentos mecânicos de mobilidade” e o “refrescamento de instalações”.

Data prevista para a conclusão: janeiro de 2019

Investimento previsto: 16,2 milhões de euros

5. Estações mudam de cor

Fonte: Metropolitano de LisboaRaquel Sá Martins

A renovação da rede metropolitana vai implicar alterações ao nível da cor das linhas. As estações de Cidade Universitária, Entre Campos, Campo Pequeno, Saldanha, Picoas e Marquês de Pombal, até aqui parte da linha amarela, vão passar a fazer parte da linha verde. Já Telheiras, atualmente estação terminal da linha verde, passa para a linha amarela.

As estações do Campo Grande, Saldanha, Marquês de Pombal, Alameda, Baixa-Chiado e São Sebastião mantêm-se como estações de ligação entre linhas.

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Costa quer atrair árabes para compra de dívida portuguesa

  • Lusa
  • 8 Maio 2017

Depois de Mário Centeno ter admitido uma emissão de dívida em moeda chinesa, agora foi o primeiro-ministro a sublinhar necessidade de diversificar origem geográfica dos credores de Portugal.

António Costa está esta segunda-feira de visita oficial ao Qatar.

O primeiro-ministro considerou esta segunda-feira que a diversificação dos credores da dívida portuguesa é essencial para reduzir os encargos com juros e colocou os investidores árabes na primeira linha dos objetivos de “gestão ativa” da dívida soberana nacional.

António Costa falava aos jornalistas em Doha, a meio da sua visita oficial de 24 horas ao Qatar, depois de um almoço oferecido pelo seu homólogo, Abdullah bin Nasser bin Khalifa Al Thani, que teve como entrada salada de lagosta, seguida de carne de camelo.

Questionado sobre a presença da presidente do IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública), Cristina Casalinho, em Doha (que não tinha sido antes divulgada), o líder do executivo português referiu que o Governo “está a fazer uma forte aposta na redução dos encargos com a dívida”, sendo uma das vias a procura de novos investidores.

“Estamos aqui [no Qatar] a trabalhar com investidores do mundo árabe nessa perspetiva”, completou.

No que respeita à gestão da dívida, o primeiro-ministro referiu que, em particular, Portugal está a fazer “um esforço da redução da dívida contraída junto do FMI [Fundo Monetário Internacional], que tem taxas juro muito elevadas”.

“Portanto, temos procurado diversificar os nossos credores, de forma a obtermos melhores condições de mercado”, justificou.

De acordo com António Costa, a melhor forma de Portugal “reduzir os custos da dívida para o dia-a-dia dos portugueses e de se libertarem recursos para onde é necessário investir passa pela existência de uma gestão ativa da dívida”.

Também neste objetivo do Governo de diversificar os credores, Costa apontou que o ministro das Finanças, Mário Centeno, esteve recentemente na China, “apresentando aos investidores chineses o quadro de oportunidades” a este nível.

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PS: Manuel Pizarro devolve pelouro na Câmara do Porto

  • Lusa
  • 8 Maio 2017

Depois da polémica com Ana Catarina Mendes, Rui Moreira rejeitou o apoio do PS e Manuel Pizarro avançou com a candidatura pelo partido. O socialista deixou o executivo portuense esta segunda-feira.

Os socialistas Manuel Pizarro e Manuel Correia Fernandes devolveram esta segunda-feira ao independente Rui Moreira os pelouros que detinham na Câmara do Porto – Habitação e Ação Social e Urbanismo, respetivamente, anunciou o Partido Socialista (PS).

Em comunicado, o PS, que no sábado anunciou que Manuel Pizarro vai ser o candidato socialista à Câmara do Porto, justifica a entrega dos pelouros com a “decisão tomada pelo presidente da Câmara do Porto, que rejeitou o apoio do PS para o próximo ciclo autárquico”.

O executivo da Câmara do Porto é composto por 13 elementos: seis da lista independente de Rui Moreira, três eleitos pelo PSD (um deles tem o pelouro da Economia), três do PS (dois detinham pelouros desde o início do mandato na sequência de um acordo pós-eleitoral com Moreira) e um da CDU.

Rui Moreira fica com Habitação e entrega Urbanismo a Rui Loza na Câmara do Porto

O presidente da Câmara do Porto decidiu esta segunda-feira assumir o pelouro da Habitação e Ação Social e atribuir o do Urbanismo a Rui Loza, eleito independente que até agora não tinha pelouro, disse à Lusa o adjunto do autarca. A decisão do autarca independente surge depois de os socialistas Manuel Pizarro e Manuel Correia Fernandes terem, esta manhã, devolvido os pelouros que detinham na Câmara do Porto – da Habitação e Ação Social e do Urbanismo, respetivamente.

O presidente da Câmara do Porto passa, assim, a deter os pelouros da Habitação e Ação Social, da Cultura, da Proteção Civil e do Desporto e Lazer, ao passo que Rui Loza, representante da autarquia na Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), fica a tutelar o Urbanismo.

O executivo da Câmara do Porto é composto por 13 elementos: seis da lista independente de Rui Moreira, três eleitos pelo PSD (um deles tem o pelouro da Economia), três do PS (dois detinham pelouros desde o início do mandato na sequência de um acordo pós-eleitoral com Moreira) e um da CDU.

Com a reorganização feita hoje, o executivo fica os seguintes vereadores com pelouro: Rui Moreira (presidente e pelouros da Cultura, Habitação e Ação Social, Proteção Civil, Desporto e Lazer), Guilhermina Rego (vice-presidente e pelouro da Educação, Organização e Planeamento); Filipe Araújo (Inovação e Ambiente), Cristina Pimentel (Mobilidade); Manuel Aranha (Comércio, Turismo e Fiscalização) , Rui Loza (Urbanismo) e Ricardo Valente (eleito pelo PSD, tem o pelouro da Economia).

Sem pelouro ficam os três vereadores do PS, Manuel Pizarro, Manuel Correia Fernandes e Carla Miranda, dois dos vereadores eleitos pelo PSD (Amorim Pereira e Ricardo Almeida) e o vereador eleito pela CDU (Pedro Carvalho).

(Notícia atualizada com a decisão de Rui Moreira às 15h33)

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Rendas sobem 10% na cidade das sete colinas

  • ECO
  • 8 Maio 2017

Cresce a procura, crescem os valores. As rendas disparam 10% em Lisboa, enquanto a cidade do Porto se mantém invicta nos preços mais baixos, com um aumento de somente 3%.

Tal como os preços das casas, também os das rendas continuam a aumentar. Os dados da Uniplaces confirmam essa tendência, especialmente na capital do país. Os preços de arrendamento para estudantes em Lisboa registaram um aumento de 10%, bem superior ao apresentado pelos imóveis no Porto. A culpa? A procura. Cresceu 70%. A oferta é “insuficiente”, nota André Rodrigues Pereira, Country Manager da Uniplaces em Portugal.

Em alguns bairros de Lisboa, os aumentos são superiores a 30% ao ano. O aumento de 10% do preço de arrendamento em Lisboa, consideravelmente acima dos 3% que se registam mais a norte, reflete-se na bolsa dos estudantes. Na invicta, onde os preços subiram 3%, em média, os estudantes gastam em média entre 150 a 250 euros por mês. Na capital, os 250 euros são uma base: o orçamento mensal estende-se até aos 400 euros.

Em Lisboa, a zona mais procurada é Arroios: onde os quartos custam em média 329 euros. O centro histórico também é um grande foco, assim como as zonas perto das universidades. Marquês de Pombal, Intendente e Alvalade ganham o estatuto de mais caras, com médias de 414, 420 e 434 euros respetivamente.

No Porto, um quarto tem o valor médio de 268 euros por mês. Os valores na zona de preferência, Paranhos, fica abaixo da média da da cidade, com 264 euros por quarto. Cedofeita, é a segunda predileta mas também mais cara, com uma média de 294 euros por quarto — colocando-se contudo em segundo lugar entre as preferidas. A mais barata é Lordelo de Ouro, onde um quarto ronda os 230 euros mensais. Ainda assim, tem uma procura mais baixa, de apenas 4,6%.

A influenciar os preços está a sazonalidade: os preços aumentam geralmente até março, mês ao qual se segue uma queda que inverte a partir de julho.

André Rodrigues observa que os investidores estão atentos ao mercado e portanto “as residências de estudantes estão agora a emergir como classe de ativos de investimento com retornos atrativos”.

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Banco de Portugal aplica multas de 230 mil euros

  • Lusa
  • 8 Maio 2017

Banco central liderado por Carlos Costa instaurou 54 processos de contraordenação e decidiu 84 no primeiro trimestre do ano, durante o qual aplicou coimas que ascenderam a 230 mil euros.

O Banco de Portugal (BdP) anunciou esta segunda-feira que no primeiro trimestre deste ano instaurou 54 processos de contraordenação e decidiu 84, aplicando coimas que totalizaram os 230 mil euros.

“Dos 84 processos decididos, 55 versam sobre infrações de natureza comportamental, 17 respeitam a infrações de natureza prudencial, 11 versam sobre infrações a deveres respeitantes à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e um processo versa sobre infrações às regras em matéria de recirculação de numerário”, indica o BdP.

No contexto das referidas decisões, acrescenta, foram proferidas pelo Banco de Portugal 18 admoestações e aplicadas coimas que totalizaram os 230 mil euros.

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Carlos Costa: BCE foi o grande responsável pela estabilização dos rendimentos em Portugal

  • ECO
  • 8 Maio 2017

O governador do Banco de Portugal diz que foi o BCE e a sua política monetária quem mais ajudaram a estabilizar os rendimentos das famílias portuguesas durante a crise. Como? Com juros mais baixos.

Para Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, foi a política monetária seguida pelo Banco Central Europeu (BCE) quem mais contribuiu para o equilibrar do rendimento das famílias portuguesas na sequência da crise da dívida que culminou com o programa de assistência da troika.

“No caso da economia portuguesa, o grande estabilizador do rendimento disponível foi a política monetária. Com as taxas de juro indexadas às taxas Euribor, as famílias portuguesas beneficiaram durante a crie de uma redução significativa das prestações mensais da casa, que correspondiam a uma parte importante do rendimento”, referiu Costa esta segunda-feira numa intervenção na Faculdade de Direito na Universidade de Lisboa, citado pela Bloomberg.

"O grande estabilizador do rendimento disponível foi a política monetária. Com as taxas de juro indexadas às taxas Euribor, as famílias portuguesas beneficiaram durante a crie de uma redução significativa das prestações mensais da casa, que correspondiam a uma parte importante do rendimento.”

Carlos Costa

Governador do Banco de Portugal

O governador considerou mesmo que o BCE foi crítico e decisivo na garantia da estabilização da economia da união monetária. “Substitui os mercados financeiros ao fornecer liquidez aos sistemas bancários dos países que dependiam dos mercados de capitais e, de um momento para o outro, perderam acesso a esses mercados”, declarou.

Modelos de supervisão são prioridade para Banco de Portugal

Na mesma intervenção, Carlos Costa optou por destacar ainda como o Banco de Portugal está “profundamente empenhado” na discussão de modelos de regulação e supervisão do setor financeiro, tanto a nível europeu como nacional, numa altura em que o Ministério das Finanças antevê criar uma nova autoridade para gerir certas funções. “Os próprios modelos de regulação e supervisão nacionais precisam de ajustamentos que corrijam deficiências e os adequem às novas realidades”, afirmou Carlos Costa.

Em linha com o que escrevia o ECO na semana passada a partir de um documento do Banco de Portugal que tinha sido já transmitido ao Ministério das Finanças, Carlos Costa sublinhou a reflexão acerca deste tema como uma prioridade. Fazendo a comparação entre os vários modelos de supervisão e regulação europeus, Carlos Costa conclui que as possibilidades são muitas tanto na supervisão microprudencial (das instituições financeiras individuais) como na macroprudencial (do sistema financeiro como um todo) assim como no caso da resolução.

 

De acordo com a recomendação do banco central que chegou ao ministro das Finanças, sabe o ECO, o Banco de Portugal pretende manter consigo a supervisão microprudencial e macroprudencial, embora esteja disposto a abdicar da resolução bancária, que poderia ser gerida por outra entidade, especialmente numa fase posterior à tomada da decisão de que a instituição precisa de entrar em processo de resolução.

 

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Macron vence com 66,1%. Novo presidente toma posse domingo

  • Lusa
  • 8 Maio 2017

O ex-ministro da Economia recebeu o apoio de 20,75 milhões de eleitores, enquanto a líder da Frente Nacional foi apoiada por 10,64 milhões. A tomada de posse é no domingo.

O centrista Emmanuel Macron foi eleito com 66,10% dos votos, contra 33,90% da candidata de extrema-direita Marine Le Pen, segundo os resultados definitivos da segunda volta das eleições presidenciais francesas, revelados esta segunda-feira. A abstenção atingiu 25,44% dos inscritos, um nível recorde. Também hoje o presidente francês, François Hollande, anunciou que a tomada de posse do presidente eleito, Emmanuel Macron, se realiza no domingo.

Hollande e Macron apareceram esta segunda-feira juntos em público pela primeira vez desde que Emmanuel Macron se demitiu do cargo de ministro da Economia do Governo de Hollande, em agosto, para lançar a sua candidatura presidencial.

O candidato independente centrista venceu a segunda volta das presidenciais, no domingo, com 66,1% dos votos, derrotando a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, que obteve 33,9%, segundo resultados totais divulgados esta segunda-feira pelo Ministério do Interior.

O ex-ministro da Economia recebeu o apoio de 20,75 milhões de eleitores, enquanto a líder da Frente Nacional foi apoiada por 10,64 milhões. A abstenção atingiu 25,44% dos inscritos, a mais alta desde 1969, e os votos brancos e nulos registaram um recorde de 11,47% dos sufrágios.

Macron, que será o Presidente mais jovem da República francesa, ao ser eleito com 39 anos, alcançou os seus melhores resultados em Paris, com uma percentagem próxima de 90%, e nos departamentos próximos de Hauts-de-Seine e Val-de-Marne, nos quais superou os 80%.

Os dois únicos departamentos de França onde a líder da extrema-direita foi a mais votada foram os de Aisne e de Pas-de-Calais, ambos no norte de França, com percentagens superiores a 52%.

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Metro prolonga rede até Santos e Estrela. Veja o mapa

Ao todo, o Metropolitano de Lisboa prevê investir 484,5 milhões de euros, com o apoio de fundos comunitários, na construção de novas estações, remodelação das existentes e aquisição de carruagens.

O Metropolitano de Lisboa vai prolongar a rede até Santos e Estrela e criar uma ligação pedonal do Rato às Amoreiras. Estas são duas das principais novidades do Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metro, que prevê, ainda, a construção de estações em Campo de Ourique e nas Amoreiras, ainda que não haja previsão de data para esta construção.

O novo plano, apresentado esta segunda-feira pelo ministro do Ambiente, implica um investimento de 484,5 milhões de euros (um valor bastante aquém dos 700 milhões inicialmente anunciados), entre construção de novas estações, remodelação das já existentes e aquisição de novas carruagens. No fim, a nova rede transforma a linha verde numa linha circular e grande parte da linha amarela passa a fazer parte da linha verde, como pode ver no mapa:

Fonte: Metropolitano de LisboaRaquel Sá Martins

1. Ligação do Cais do Sodré ao Rato, via Santos e Estrela

A linha verde vai transformar-se numa linha circular, ligando o Cais do Sodré ao Rato, e acrescentando as estações de Santos e Estrela. Nesta linha, onde os comboios circulam atualmente com três carruagens, as circulações passarão a ser com seis carruagens, com intervalos nas horas de ponta de três minutos e 40 segundos.

No âmbito deste prolongamento, será construído um túnel, com cerca de dois quilómetros, entre as estações da Estrela e de Santos. Na última fase da ligação entre Santos e o Cais do Sodré, recorrer-se-á a construção a céu aberto.

A estação da Estrela ficará localizada na Calçada da Estrela, junto ao antigo Hospital Militar e em frente à Basílica da Estrela. Já a estação de Santos deverá localizar-se junto ao edifício do Batalhão dos Sapadores de Lisboa.

Os concursos das empreitadas deverão avançar no segundo semestre de 2018 e os trabalhos arrancam em 2019. O Metropolitano de Lisboa estima, assim, que a nova linha verde esteja concluída em 2021.

O custo previsto desta obra é de 216 milhões de euros (incluindo o nó do Campo Grande), um investimento que será feito com recurso a fundos do Banco Europeu de Investimento. Serão ainda adquiridas 33 novas composições, o que custará 50 milhões de euros.

2. Ligação pedonal do Rato às Amoreiras

A segunda mudança será na zona do Rato e Amoreiras. O Metro desenvolveu um “estudo de viabilidade” para avançar com uma ligação pedonal subterrânea, com uma extensão de cerca de 300 metros, que ligará a estação do Rato à Praça Santa Isabel, permitindo o acesso às Amoreiras, através de escadas e passadeiras mecânicas. Esta construção implica um investimento previsto de cerca de 15,6 milhões de euros.

3. Linha vermelha até Campo de Ourique. Sem data

Uma terceira construção será o prolongamento da linha vermelha de São Sebastião até Campo de Ourique, mas ainda não há data prevista para que isto aconteça. Para já, há um estudo de viabilidade que prevê a construção de mais de dois quilómetros de linha, em túnel, e a construção de mais de duas estações: Amoreiras, na avenida Conselheiro Fernando de Sousa, junto ao cruzamento com a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, e Campo de Ourique, junto à Escola de Saúde Pública Militar, no cruzamento com a Rua Ferreira Borges.

Contudo, no comunicado enviado às redações, o Metro refere-se a este apenas como um “possível prolongamento”. A acontecer, as estimativas apontam para um custo de 186,7 milhões. Não está prevista uma data para a respetiva execução “por ausência de garantias do seu financiamento”, justifica a empresa, acrescentando que esta obra “deverá vir a ser financiada durante o próximo ciclo de fundos comunitários”.

4. Remodelação de estações

Por fim, a empresa vai avançar com a remodelação de estações. “A remodelação, ampliação e modernização de equipamentos das estações de Arroios, Areeiro, Colégio Militar, Olivais e Baixa-Chiado irá permitir a circulação de seis carruagens em toda a linha verde e a garantia de melhores acessibilidades, através do bom funcionamento de equipamentos mecânicos de mobilidade, como do refrescamento de instalações, correspondendo a um investimento total a curto prazo de 16,2 milhões de euros”.

Empresa vai contratar

Ainda no âmbito desta renovação, a Metropolitano de Lisboa planeia reforçar os quadros de trabalhadores. A empresa prevê reforçar as equipas de manutenção com 22 trabalhadores. Planeia ainda contratar dez maquinistas, “através do desenvolvimento interno de carreiras e acesso à função de maquinistas”. Por fim, serão admitidos 30 novos agentes de tráfego.

No primeiro trimestre deste ano, refere ainda a empresa, o Metropolitano de Lisboa registou um aumento de 10,8% da procura, bem como um aumento de 9% nas receitas, face ao período homólogo.

Notícia atualizada pela última vez às 11h50 com mais informação.

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Seedrs cria mercado secundário para as startups

Seedrs vai criar um mercado secundário para as ações de empresas que se financiaram através da sua plataforma. Com isto, dá liquidez aos investidores, para que possam trocar títulos entre si.

Como será o mercado secundário da SeedrsSeedrs

A Seedrs vai criar um mercado secundário que permitirá que os investidores possam comprar e vender de ações de empresas, na grande maioria startups, que foram financiadas através da sua plataforma de crowdfunding, a maior a nível europeu.

A ferramenta é pioneira, estará disponível já a partir deste verão e tem como objetivo gerar liquidez necessária para que se possa negociar ações de empresas que obtiveram financiamento do mercado através da Seedrs.

“Até agora, os investidores tinham muita dificuldade em negociar as ações de empresas financiadas através de campanhas na Seedrs, tendo que esperar por um possível IPO (entrada em bolsa) ou venda da empresa”, refere a Seedrs. “Para responder a esta necessidade, a Seedrs cria um mercado secundário que dará oportunidade aos investidores de venderem ações (…) e, desta forma, fazer mais-valias”, acrescenta.

Da mesma forma, os investidores passam a ter a possibilidade de reforçar as suas participações através da compra de títulos neste mercado, numa negociação que dependerá da procura e da oferta disponível.

"Até agora, os investidores tinham muita dificuldade em negociar as ações de empresas financiadas através de campanhas na Seedrs, tendo que esperar por um possível IPO (entrada em bolsa) ou venda da empresa. Para responder a esta necessidade, a Seedrs cria um mercado secundário que dará oportunidade aos investidores de venderem ações (…) e, desta forma, fazer mais-valias.”

Seedrs

Comunicado

Para as empresas, após a captação de financiamento, deixam de estar pressionadas para dar uma porta de saída para os investidores, que passam a contar com uma alternativa de liquidez neste mercado. Adicionalmente, sublinha a plataforma, esta nova ferramenta abre a porta a mais capital para as “recém-cotadas” com maior interesse dos investidores.

Em 2016, a Seedrs gerou investimentos superiores a 85 milhões de libras (cerca de 100 milhões de euros) em mais de 160 campanhas que contaram com a participação de investidores de 65 países. Desde o arranque da sua atividade, em julho de 2012, foram financiados mais de 500 negócios através da Seedrs num montante total superior a 210 milhões de libras (cerca de 250 milhões de euros).

Como funcionará?

O mercado secundário será lançado originalmente numa versão beta (de testes). Nesta primeira fase, o mercado vai estar aberto durante uma semana por mês, arrancando na primeira terça-feira de cada mês. Entre outras regras:

  • As ações serão negociadas por um “valor justo”, que é o preço que a Seedrs atribui com base na sua política de avaliação, validada pela EY;
  • Apenas os investidores atuais de uma determinada empresa poderão comprar ações da mesma;
  • Algumas empresas poderão ser inelegíveis para negociar em determinadas alturas.

A Seedrs adianta que vai acompanhar de muito perto o comportamento deste mercado, admitindo alargar o período de negociação, o preço e a elegibilidade após o lançamento da versão beta. Ainda assim, a companhia deixa o alerta aos investidores relativamente à pouca liquidez que historicamente o mercado secundário para ações de empresas privadas regista.

“Poderá ser difícil encontrar um comprador ou um vendedor e os investidores não devem assumir que haverá uma porta de saída para as empresas só porque existe um mercado secundário”, salienta a Seedrs.

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