CTT acima do IPO com quebra menos acentuada nos correios

Os resultados da empresa de serviços postais surpreenderam pela positiva, levando as ações acima dos 5,52 euros a que entraram em bolsa. Disparam agora mais de 7%.

Os CTT estão a dar cartas. As ações estão a negociar acima do valor do IPO, em dezembro de 2013. Apesar de a empresa de serviços postais ter reportado uma quebra de 50% do lucro no primeiro trimestre deste ano, as receitas de correio acabaram por cair menos do que o previsto. Os títulos estão, por isso, a disparar mais de 7%.

As ações da empresa liderada por Francisco Lacerda valorizam 7,65% para 5,64 euros. Os títulos estão assim acima dos 5,52 euros a que começaram a ser negociados na estreia na bolsa portuguesa, no início de dezembro de 2013.

Ações dos CTT disparam mais de 5%

Fonte: Bloomberg

Na sexta-feira, depois do fecho do mercado, os CTT apresentaram os resultados referentes aos primeiros três meses deste ano. A empresa reportou lucros de 10,3 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma quebra de 50% face aos resultados do mesmo período do ano passado. As contas da empresa de serviços postais foram penalizadas pelas perdas com o contrato com a Altice e pelo impacto negativo do “período de crescimento do Banco CTT”, justificou a empresa.

Mas as receitas do correio caíram menos do que era projetado. Os analistas do CaixaBI referem que os resultados “ficaram acima” das suas expectativas, nomeadamente a nível do resultado líquido e do Ebitda. Numa nota de research, destacam as receitas do correio, que atingiram os 137 milhões, o que representa uma descida de apenas 1,4%. Previa-se que a queda fosse superior, depois de a empresa de serviços postais ter anunciado que o negócio da distribuição de cartas quebrou no último trimestre de 2016 — os analistas estimavam lucros de 133,2 milhões.

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Caixa quer ser “porto seguro para poupanças dos portugueses”

É uma mensagem assinada por Paulo Macedo e Rui Vilar que classifica a recente recapitalização do banco “como a maior já levada a cabo em Portugal”.

Paulo Macedo, presidente executivo da CGD, e o chairman do banco Rui Vilar.Paula Nunes/ECO

Na proposta do relatório e contas que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai levar para ser aprovada em assembleia geral, Paulo Macedo e Rui Vilar, presidente executivo e chairman do banco público, elegem os dois principais acontecimentos que marcaram o vida do banco em 2016:

  1. “A instituição completou 140 anos de existência e deu passos muito importantes na preparação do seu futuro.”
  2. “Tiveram lugar a preparação e a negociação com as autoridades europeias, dos planos de recapitalização e estratégico, que culminaram em agosto de 2016 no acordo de princípio entre a Comissão Europeia e o Estado Português.”

Sobre esta recapitalização, já concretizada num montante de 4.444 milhões de euros, Macedo e Vilar dizem que é “a maior já levada a cabo em Portugal”, e que vai permitir ao banco cumprir os rácios legais de capital.

E para os próximos anos?

Paulo Macedo e Rui Vilar dizem que se vão dedicar “à execução do seu plano estratégico, focando decididamente a sua atividade no suporte à economia nacional, ajustando a sua proposta de valor à satisfação das necessidades financeiras das famílias e empresas portuguesas, sem esquecer a necessidade de simplificação de processos e otimização de estrutura que foram acordados” com Bruxelas.

O presidente executivo e o chairman confirmam ainda que “a presença internacional da Caixa será racionalizada e o modelo de governo melhorado, concentrando os seus esforços nos principais mercados de afinidade portuguesa”.

Os dois responsáveis do banco prometem gerar “rentabilidade adequada à remuneração do acionista”, ou seja, o Estado que detém 100% do capital do banco, e dizem querer “manter-se como um porto seguro para as poupanças dos portugueses”.

É com uma mensagem para os trabalhadores que Macedo e Vilar terminam a missiva: “assumimos de forma inequívoca o comprometimento no reforço da liderança da CGD, que é uma oportunidade e uma responsabilidade de todos nós. Existem na nossa organização a capacidade e a competência necessárias — não só o saber mas sobretudo o saber fazer — a que deve somar-se o indispensável compromisso de cada uma das pessoas da Caixa.”

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Airbnb é porta para mais de mil milhões de euros em Portugal

  • ECO
  • 2 Maio 2017

Entre entradas e saídas, os hóspedes do Airbnb geraram um impacto de 1,07 mil milhões de euros em Portugal. Cada anfitrião arrecadou em média 3.600 euros com o negócio

O Airbnb fez as contas e concluiu: em 2016, o impacto económico em Portugal rondou os 1,07 mil milhões de euros. Quase metade do impacto foi gerado na capital. Os turistas, os anfitriões, até a Câmara Municipal de Lisboa: todos encontraram um lugar ao sol com a ajuda do Airbnb.

Comecemos por quem tem as chaves de ouro: os anfitriões. No total, foram 166 milhões de euros recebidos de 1,6 milhões de hóspedes. Em média, um anfitrião ganha cerca de 3.600 euros por ano com esta atividade. Lisboa está na moda e estes números também o comprovam: 72 milhões de euros aterraram nos bolsos dos arrendatários da capital.

A Câmara Municipal de Lisboa usufruiu da taxa de um euro por pernoita, ganhando 1,74 milhões de euros. A atividade económica gerada no país dobrou em relação a 2015, atingindo os 476 milhões de euros, um crescimento expressivo de 78% face ao ano anterior. Cerca de 70% destes benefícios viajaram para além dos bairros mais turísticos para os bolsos de novas famílias, comunidades e negócios locais.

Estes dados estão em consonância com o aumento da utilização do Airbnb, na ordem dos 66%. Os turistas procuram a experiência de “viver como um local” e a satisfação situa-se perto do máximo, com uma média de 4,6 estrelas em 5.

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Juros gregos afundam após acordo com credores

A Grécia conseguiu chegar a um acordo preliminar com os credores. Progresso que deve abrir caminho para discussões sobre a redução da dívida, o que está a levar a um alívio dos juros gregos.

Os juros gregos estão a afundar. A taxa a dez anos está a aliviar depois de a Grécia ter conseguido chegar a um acordo preliminar com os credores, o qual deverá abrir caminho para discussões sobre a redução da dívida. Mas esta tendência de alívio não é transversal aos países da periferia do euro. Os juros em Portugal, Espanha e Itália estão a agravar-se.

“As negociações foram concluídas”, disse, aos jornalistas, Euclide Tsakalotos, de acordo com a agência noticiosa grega ANA. Uma declaração que está a levar a taxa a dez anos da Grécia a cair 26,4 pontos base para 6,079% — os juros não aliviavam tanto desde fevereiro. Após discussões durante a noite, Tsakalotos disse que um “acordo técnico preliminar” tinha sido alcançado, que deverá ser aprovado numa reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, prevista para 22 de maio.

Juros gregos afundam após acordo com credores

Fonte: Bloomberg

Segundo agência Lusa, os credores — Comissão Europeia, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional — confirmaram hoje o acordo preliminar alcançado com as autoridades gregas, a que se seguirão discussões sobre o alívio da dívida. Numa declaração conjunta divulgada em Bruxelas, as instituições apontam que o pacote de medidas que Atenas se comprometeu a “implementar rapidamente” constitui a base para a conclusão da segunda revisão do programa de assistência em curso.

Mas esta tendência de alívio dos juros não se está a sentir noutros países. Em Portugal, por exemplo, as taxas a cinco e dez anos estão a agravar 3,6 e 6,2 pontos base para 2,054% e 3,607%, respetivamente. O mesmo está a acontecer em Itália e Espanha, onde os juros também estão a subir nas várias maturidades.

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Portugal com segunda maior descida homóloga do desemprego na UE

  • Lusa
  • 2 Maio 2017

A taxa de desemprego na Zona Euro caiu para 9,5% em março. Em Portugal assistiu-se a uma redução para 9,8%, o que compara com os 12% há um ano.

Portugal teve a segunda maior descida homóloga da taxa de desemprego (2,2 pontos) em março, tendo esta recuado tanto na Zona Euro quanto no conjunto dos 28 Estados-membros da União Europeia (UE), divulga o Eurostat.

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE, a taxa de desemprego, em março, foi de 9,5% na Zona Euro, estável face ao mês anterior, mas abaixo dos 10,2% do período homólogo. Na UE, o indicador fixou-se nos 8,0%, abaixo dos 8,1% de fevereiro e dos 8,7% de março de 2016.

Na comparação homóloga, a taxa de desemprego recuou em 23 Estados-membros, manteve-se estável em França e na Áustria e aumentou na Dinamarca (de 6,0% para 6,2%), na Itália (de 11,5% para 11,7%) e na Lituânia (de 8,0% para 8,1%).

Os recuos mais significativos foram registados na Croácia (de 14,0% para 11,3%), em Portugal (de 12,0% para 9,8%), em Espanha (de 20,3% para 18,2%) e na Irlanda (de 8,3% para 6,4%).

As menores taxas de desemprego observaram-se na República Checa (3,2%), na Alemanha (3,9%) e em Malta (4,1%), enquanto as mais elevadas se registaram na Grécia (23,5% em janeiro) e em Espanha (18,2%).

No que respeita ao desemprego juvenil, em março este recuou para os 19,4% na zona euro e para 17,2% na UE face, respetivamente, aos 21,3% e aos 19,1% homólogos.

A Alemanha (6,7%) registou o desemprego jovem mais baixo e a Grécia (48,0% em janeiro), a Espanha (40,5%) e a Itália (34,1%) mais elevado.

Em Portugal, a taxa de jovens com menos de 25 anos desempregados era, em março, de 9,8%, abaixo dos 12,0% homólogos e dos 9,9% de fevereiro.

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ANAREC pede explicações ao Governo sobre regulação do setor

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis quer que o Governo decida urgentemente o futuro da entidade que regula o setor. Falta de informação está a criar instabilidade.

A Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) quer que o Governo decida com urgência o futuro da entidade que regula o setor. A ANAREC fala mesmo em alguma instabilidade na medida em que os revendedores não sabem a quem se dirigir depois de o parlamento ter aprovado a extinção da Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis (ENMC), avança a TSF.

O presidente da ANAREC, Francisco Albuquerque adianta que a informação que tem sido dado aos sócios é a que está tudo como no passado, uma vez que ainda não são conhecidas as competências que passarão para a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e para a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Para a ANAREC é urgente que o governo esclareça o que se passa uma vez que quase meio ano para extinguir a entidade reguladora de combustíveis é demasiado tempo.

A TSF falou ainda com Paulo Carmona, ex-presidente da ENMC que adianta que é praticamente impossível extinguir esta entidade devido aos enormes custos com um empréstimo contraído (360 milhões de euros) para pagar as reservas nacionais de petróleo.

Paulo Carmona adianta ainda que devido à indefinição à volta da ENMC há projetos de investimento de empresas que estavam em andamento em 2016 e que agora estão parados. O antigo presidente da ENMC refere que ninguém investe sem saber como fica a regulação do setor dos combustíveis.

Contactada pela TSF, fonte da secretaria de Estado da Energia garante que a ENMC será extinta, como aprovado no Parlamento, não referindo porém qualquer prazo. A mesma fonte diz ainda que estes processos demoram tempo.

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Gestores das cotadas ganham até cem vezes mais que os trabalhadores

  • ECO
  • 2 Maio 2017

Os gestores das empresas nacionais cotadas em bolsa ganham, em média, 876 mil euros. Jerónimo Martins, EDP e Sonae apresentam as maiores disparidades entre os administradores e trabalhadores.

Quase 12,3 milhões de euros. Foi quanto amealharam em salários, os CEO das 14 cotadas do PSI-20 que já apresentaram os seus relatórios de Governo das Sociedades de 2016. Isto significa que cada presidente executivo do universo de empresas consideradas arrecadou, em média, 876 mil euros de salário no ano passado, de acordo com os cálculos feitos pelo Diário de Notícias (acesso pago) com base na informação disponibilizada pelas empresas.

António Mexia, CEO da EDP, mantém-se na liderança do ranking salarial, tendo ganho no ano passado mais de dois milhões de euros em remuneração fixa e variável, 11% acima do valor que recebeu em 2015. A remuneração do presidente da elétrica foi 41,5 vezes superior face aos 49.100 euros de salário recebido, em média, por cada um dos quase 12 mil funcionários da EDP. Uma discrepância que ainda assim não é das maiores entre as cotadas analisadas pelo jornal diário.

Das 14 companhias que já publicaram os relatórios de Governo das Sociedades de 2016, cabe à Jerónimo Martins apresentar a maior distância entre o topo e os trabalhadores. Pedro Soares dos Santos, CEO da dona dos supermercados Pingo Doce, arrecadou 1,269 milhões de euros no ano passado, mais 46% face à remuneração recebida em 2015. Já a média salarial do grupo foi de 12.500 euros anuais por trabalhador. Na prática, Soares dos Santos ganhou mais 101 vezes que um colaborador da retalhista.

O retalho é, aliás, o setor que apresenta em termos globais a maior discrepância de salários entre a administração e a base de funcionários. No ano passado, Paulo Azevedo, co-CEO da Sonae, recebeu 38 vezes mais do que a média dos salários dos trabalhadores de holding. Galp e CTT são as outras das empresas do PSI-20 em que a diferença salarial entre o CEO e os trabalhadores ultrapassa as 30 vezes.

Por cada dez gestores, só 3,3 são mulheres

As mulheres representam cerca de metade da força de trabalho da União Europeia (UE), mas continuam a ter pouca expressão em cargos de topo. Segundo estatísticas do Eurostat, citadas pelo Dinheiro Vivo, do total de 7,3 milhões de gestores na UE, 4,7 milhões são homens, e os restantes 2,6 milhões são mulheres. Ou seja, apenas um terço do total dos cargos são ocupados por gestores do sexo feminino. Ao nível das remunerações, a divergência também acontece, com as mulheres a receberem salários inferiores aos homens. Nas posições de topo, a diferença é de 23,4%.

Mas há exceções. A Letónia, é o único país da UE, onde as mulheres ocupam mais cargos de chefia do que os homens. Neste país, existem 5,3 mulheres por cada dez cargos de gestão. Em Portugal, o rácio é de 3,3 mulheres por cada dez cargos de gestão. No total, existem 71.837 cargos de topo: 23.763 são mulheres. A média está assim abaixo dos 35% registados no total da UE. Em termos salariais, as mulheres também estão abaixo da média europeia. Cada mulher gestora recebe menos 25,9% do que um homem que ocupa a mesma função, também menos do que acontece na UE.

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Sócrates: Ministério Público é “departamento estatal da caça ao homem”

  • Lusa
  • 2 Maio 2017

O ex-primeiro-ministro criticou o prorrogamento do prazo de inquérito da Operação Marquês. Acusa o Ministério Público de "promover campanhas de difamação" e de "perseguição a um alvo”.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates criticou hoje o prorrogamento pelo Ministério Público, “pela sexta vez”, do prazo de inquérito da Operação Marquês, considerando tratar-se de uma “perseguição” de “um departamento estatal da caça ao homem”.

Num texto de opinião publicado hoje no Diário de Notícias, José Sócrates critica os prazos do Ministério Público, que acusa de “promover campanhas de difamação” e de “perseguição a um alvo”.

“Ele [processo Marquês] tem 45 meses de inquérito e, dizem 32 funcionários a trabalhar, entre polícias e procuradores. Há muito que deixou de ser um inquérito para se transformar num departamento estatal de caça ao homem”, escreve José Sócrates.

“Prazos de novo. Mas, afinal, porque é que estamos a discutir prazos? A resposta sabem-na todos, porque tudo isto tem decorrido à frente de todos: só estamos a discutir prazos, porque o Ministério Público deteve, prendeu, promoveu ele próprio uma formidável campanha de difamação e, ao fim de quatro anos de inquérito não apresentou nem as provas nem a acusação”, disse.

No entender do ex-primeiro-ministro, “neste processo, o Ministério Público exibiu despudoradamente uma das especialidades que vem cultivando há décadas: promover covardemente – e criminosamente – campanhas de difamação nos jornais, por forma a transformar a presunção de inocência em presunção pública de culpabilidade”.

“(…) Ao pretender que no inquérito penal não haja, na prática, prazos obrigatórios, o Ministério Público não está a interpretar a lei, mas a mudar a lei. Acontece que essa é uma competência da Assembleia da República, não é dos senhores procuradores; esse poder não é legítimo, é usurpado”, sublinhou.

Na semana passada, a procuradora-geral da República (PGR) decidiu prorrogar por três meses o prazo para conclusão do inquérito da Operação Marquês, a contar da data de junção aos autos da última carta rogatória a ser devolvida, o que torna o prazo para o fim da investigação dependente do tempo de resposta de Angola e Suíça aos pedidos de colaboração judiciária.

Numa reação à prorrogação, os advogados do ex-primeiro-ministro José Sócrates consideraram que a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, fixou “agora, mais uma vez, prazo nenhum”.

José Sócrates está indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, num processo que investiga crimes económico-financeiros e que tem 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas.

Entre os arguidos estão Armando Vara, ex-administrador da CGD e antigo ministro socialista, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, João Perna, antigo motorista de Sócrates, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos administradores da PT, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia.

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Consumo de marcas brancas volta a crescer

  • ECO
  • 2 Maio 2017

As marcas brancas valem 34,5% do talão de compras dos portugueses. Valor volta a crescer o que não acontecia desde 2012. Produtos de higiene pessoal são os que mais crescem.

Os portugueses voltam a comprar mais produtos de marcas brancas. Os dados da Nielsen, citados pelo Dinheiro Vivo, referentes ao primeiro trimestre deste ano, demonstram que as marcas brancas estão de novo a crescer, o que não acontecia deste 2012, altura em que valiam 37%.

Os números demonstram que as marcas brancas valem 34,5% do talão de compras. Os artigos de higiene pessoal são os que mais crescem.

Este crescimento pode significar que os operadores estão a antecipar a entrada da cadeia espanhola Mercadona, prevista para 2019, segundo adianta Pedro Pimentel, citado pelo Dinheiro Vivo.

Ainda segundo a Nielsen, as vendas de bens de grande consumo terão atingido os 1.841 milhões de euros, um crescimento de 1,6% face a igual período do ano anterior. Mas esta comparação não é “fidedigna” uma vez que o ano passado o efeito Páscoa se fez sentir no primeiro trimestre, enquanto que este ano ocorreu no segundo trimestre do ano.

Os dados permitem ainda ver que o consumo cresce em todas as categorias, excetuando mercearia e laticínios que se mantém estável. O maior crescimento foi para as bebidas com 4,7% e higiene do lar com 4,3%, logo seguidas pelos artigos de higiene pessoal que aumentou 3,1%.

De referir que é no segmento da higiene pessoal que o crescimento das marcas brancas é mais notório, com um aumento de 8,1%.

 

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Partir os bancos de Wall Street? Trump está a estudar

O Presidente dos EUA pretende reavivar a Lei Glass-Steagall que visa a separação entre os bancos de investimento e os de retalho. Diz que está "a olhar para isso neste momento".

Partir os grandes bancos norte-americanos? Sim. Donald Trump diz que está “a olhar para isso neste momento”. O Presidente dos EUA pondera reavivar a Lei Glass-Steagall que visa a separação entre os bancos de investimento e os de retalho.

“Estou a olhar para isso nesse momento”, disse Trump numa entrevista à Bloomberg. “Há algumas pessoas que querem voltar ao sistema antigo, certo? Por isso, vamos olhar para isso”, acrescentou o presidente norte-americano.

Durante a campanha eleitoral, Trump já tinha falado numa versão atualizada da Lei Glass-Steagall, criada em 1933 durante a Grande Depressão. Steven Mnuchin, o secretário do Tesouro e Gary Cohn, conselheiro económico da Casa Branca, que vieram do Goldman Sachs, apoiam a nova versão da lei.

A Lei Glass-Steagall passa pela divisão dos bancos em duas categorias: bancos que apenas recebem depósitos e fazem empréstimos a empresas e famílias, ou seja, bancos de retalho tradicional, e bancos de investimento que assumem maiores riscos. Wall Street está contra a separação.

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Jerónimo Martins sem dividendo castiga PSI-20

O PSI-20 segue no vermelho pela terceira sessão, no dia em que a entrada em ex-dividendo da Jerónimo Martins arrasta as suas ações.

A bolsa nacional entrou em maio com o pé esquerdo. O PSI-20 abriu em queda pela terceira sessão consecutiva, pressionado por um deslize de mais de 3% das ações da Jerónimo Martins.

O PSI-20 abriu a desvalorizar 0,2%, para os 5.023,38 pontos, apesar de a maioria das suas cotadas apresentarem ganhos. A queda de 3,41%, para os 16,27 euros, da Jerónimo Martins é a principal pressão no índice bolsista nacional, isto no dia em que as suas ações começaram negociar sem direito a dividendo. No mesmo sentido, seguem ainda as ações da Semapa e da Ibersol, com recuos de 0,9% e 1,31%, respetivamente, para os 14,27 e 14,29 euros.

Já em alta, destaque para o avanço de 5,08%, para os 25 cêntimos, da Pharol. Contudo, é a subida de 0,43% das ações da EDP que ajuda a trava perdas mais acentuadas das ações da elétrica.

No mesmo sentido abriu a Galp Energia que abriu a somar 0,21%, para os 14,30 euros, apesar de antes da abertura do mercado a petrolífera ter apresentado uma quebra dos lucros. Já os títulos da Nos avançam 0,86%, para os 5,30 euros, ajudando também a travar a queda do índice nacional.

Referência ainda para os CTT, cujas ações avançam 0,4%, para os 5,26 euros, apesar de na passada sexta-feira a empresa de serviço postal ter apresentado uma quebra de 50% nos seus lucros relativos ao primeiro trimestre deste ano. Resultados que foram penalizados pelas perdas com o contrato com a Altice.

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Precários do Estado podem pedir avaliação a partir de 11 de maio

  • ECO
  • 2 Maio 2017

A portaria para a regularização dos precários de Estado já foi assinada. Precários do Estado podem pedir avaliação da sua situação a partir de 11 de maio.

A partir de 11 de maio os precários do Estado podem pedir às comissões de avaliação — a serem criadas dentro de cada ministério — para analisarem a sua situação. O Público (acesso condicionado) escreve na edição desta terça-feira que a portaria que a portaria para a regularização de precários já foi assinada e será publicada esta semana.

Ainda segundo aquela publicação independentemente da data da publicação da portaria, está assumido que no dia 11 de maio os trabalhadores podem começar a enviar os requerimentos. Cabe depois a cada comissão avaliar se os trabalhadores reúnem as condições para acederem à segunda fase do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP).

A portaria prevê a criação de uma comissão de avaliação bipartida, da qual farão parte quatro representantes do Governo e dos serviços em causa e um representante por cada um dos três sindicatos da função pública. A constituição destas comissões opôs sindicatos e Governo devendo a versão final trazer alterações quanto à designação do presidente, que será escolhido pelos membros da comissão e não terá voto de qualidade. A decisão final para saber se os trabalhadores podem aceder ao PREVPAP cabe ao Governo.

O relatório que fez o levantamento das situações de precaridade no Estado dá conta da existência de mais de 100 mil trabalhadores nesta situação.

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