Os portugueses que podem ir para a bolsa

João Pereira, Ana Silva, João Félix e Diogo Anjos foram sondados pela Euronext para, um dia, entrarem em bolsa. Estas são as suas histórias.

Quatro portugueses fazem as malas com destino a Bruxelas. Um criou um detetor de ADN, uma está à frente de uma empresa de marketing digital, outro fundou uma plataforma de partilha e aluguer de carros e outro lidera uma biofarmacêutica que desenvolve tratamentos médicos personalizados. O que têm em comum? Foram todos sondados pela Euronext para, um dia, entrarem em bolsa.

Falamos de João Pereira, fundador da Magnomics, Ana Silva, diretora financeira da Impacting Group, João Félix, CEO da Mobiag, e Diogo Anjos, fundador da Lymphact. Encontrámo-los na segunda edição do TechShare, o programa desenvolvido pela dona da bolsa portuguesa para atrair pequenas e médias empresas (PME) da área tecnológica.

Estes são os portugueses que podem, um dia, levar as suas empresas para a bolsa.

João Pereira, Magnomics

João Pereira, CEO da Magnomics.D.R.

João Pereira fundou a Magnomics em 2013. O objetivo era criar um detetor portátil de ADN e, desde então, já recebeu investimento de três fundos: a Portugal Ventures, a Busy Angels e a Beta Capital. Hoje, o produto está em fase de desenvolvimento, a Magnomics emprega oito pessoas e está em contacto com outras empresas para possíveis parcerias.

No meio do pequeno mundo do empreendedorismo português, João Pereira encontrou Pedro Wilton, o responsável pela área de listings da Euronext Lisboa, que o desafiou a participar no TechShare. “Francamente, nunca tinha pensado em ir para a bolsa, e foi isso que foi interessante”, conta ao ECO.

Se o fizesse, a bolsa de Lisboa seria “a que faria mais sentido”, mas “só daqui a alguns anos”.

Os próximos passos? Começar uma parceria até ao início do próximo ano para conseguir entrar no mercado com “um produto mínimo”.

Ana Silva, Impacting Group

Ana Silva, diretora financeira da Impacting Group.D.R.

Ana Silva é a diretora financeira da empresa que está no estado de maturidade mais avançado entre as portuguesas que participaram no TechShare. Fundada em 2007, a Impacting Group agrega um conjunto de empresas da área do marketing digital, incluindo a Adclick. Desde que nasceu, já captou 1,5 milhões de euros de investimento. Hoje, está pronta para a “evolução natural”.

“Começámos com os venture capitalists, os parceiros que nos permitiram alavancar o negócio na fase inicial, e percebemos que, para uma empresa continuar a crescer e a dar frutos, precisa de continuar a investir e a ter mais financiamento”, conta Ana Silva. Esse financiamento virá da bolsa.

A empresa “ainda tem de crescer” e a equipa está a preparar-se, mas o objetivo é estar cotada em 2022. Mas não na bolsa portuguesa. “Seria muito mais indicado na bolsa francesa. Temos uma grande parte do nosso mercado em França”, explica a diretora financeira do grupo.

João Félix, Mobiag

João Félix, fundador e CEO da Mobiag.André Kosters / Lusa

João Félix trabalhava em Londres, no Goldman Sachs, quando teve a ideia. “Porque é que tenho de ser membro de várias organizações para poder usar o mesmo serviço”? Em 2011, tinha reunidas as condições para começar a montar a Mobiag, a plataforma que agrega serviços de partilha e aluguer de carros e que, hoje, já tem presença em 15 países, com mais de 20 clientes por todo o mundo.

Com cerca de 1,5 milhões de investimento levantado em várias rondas, João Félix está agora à procura da próxima fase da expansão. “Queremos fazer uma série A com venture capitalists profissionais, provavelmente na Alemanha ou no Reino Unido. Todas as alternativas estão em cima da mesa, desde uma parceria com um grupo grande até continuar o percurso normal de uma startup, ou seja, continuar a crescer e continuar a levantar capital para alimentar esse crescimento”, detalha.

Ou uma terceira hipótese. “Eventualmente, nunca daqui a menos do que seis anos, entrar em bolsa”, admite. As vantagens seriam “as mesmas que há para todos”: “mais dinheiro, mais rápido e com melhores condições”.

A acontecer, a Europa é o limite. “Nunca estamos fechados na bolsa portuguesa, temos França, Bélgica, Holanda. Também poderia fazer sentido o Reino Unido ou a Alemanha, mas temos de contar com o Brexit e com o facto de que a praça de Frankfurt não é muito virada para tecnologia”.

Diogo Anjos, Lymphact

Diogo Anjos juntou-se a Daniel Correia em 2013, quando este descobriu uma terapia para a leucemia linfática crónica, uma doença rara que afeta duas mil pessoas na Europa e que ainda não tem cura.

Começaram por desenvolver o medicamento para esta doença no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA) e, hoje, já com a patente registada e com investimento da Portugal Ventures, esperam obter aprovação para comercializar o medicamento em 2020.

Para já, a Lymphact procura investimento para fazer os testes necessários e obter a aprovação para o medicamento, inovador por não atacar células saudáveis, o que faz com que tenha menos efeitos secundários.

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Entrar em bolsa, passo a passo

É um processo longo, caro e que obriga a cumprir muitos requisitos. Entrar em bolsa é difícil, mas não impossível.

Entrar em bolsa é solução para vários problemas. É uma forma de obter financiamento ou liquidez para os acionistas. É uma forma de ganhar visibilidade ou de valorizar a empresa a preços de mercado. Mas uma entrada em bolsa não é tarefa fácil. Requer meses de preparação, custa dinheiro e obriga a cumprir uma série de requisitos.

É difícil, não é impossível. Passo a passo, aqui fica um guia resumido para quem quer entrar em bolsa.

Quais os requisitos?

Os requisitos para se entrar em bolsa dependem do mercado onde a empresa quer ser admitida. Na Euronext, da qual faz parte a bolsa de Lisboa, juntamente com as bolsas de França, Holanda e Bélgica, há três tipos de mercado:

  1. Euronext, o índice principal, onde estão cotadas as maiores empresas. Quem queira cotar-se aqui tem de dispersar um mínimo de 25% do capital, ou 5% equivalentes a cinco milhões de euros. Além disso, a empresa terá de apresentar os relatórios e contas auditados dos últimos três exercícios, respeitar as normas internacionais de contabilidade e desenhar um prospeto de admissão.
  2. Enternext, dirigido a pequenas e médias empresas. Uma entrada no Alternext pode ser feita de duas formas: com uma oferta pública, à qual têm acesso investidores qualificados e particulares, ou com uma colocação privada, à qual só têm acesso investidores qualificados. No primeiro caso, a empresa terá de dispersar um mínimo de 2,5 milhões de euros. No segundo, tem de ter angariado um mínimo de 2,5 milhões de euros nos 12 meses anteriores à operação, junto de, pelo menos, três novos investidores. Em ambos os casos, a empresa terá de apresentar os relatórios e contas auditados dos últimos dois exercícios, além de terem de respeitar as normas contabilísticas do país em que estão a cotar-se.
  3. Easynext, o mercado dirigido a pequenas empresas. Aqui, só é preciso apresentar os relatórios e contas, com certificação legal de contas, dos últimos dois exercícios, além de uma offering circular (um prospeto abreviado).

O que fazer antes, durante e depois?

O processo de entrada em bolsa é longo e deve começar a ser preparado, pelo menos, dois anos antes de a operação se concretizar. Se a entrada for feita através de uma oferta pública inicial, há três momentos a ter em conta:

  • Preparação, 12 a 24 meses antes da entrada. A primeira coisa a fazer é preparar o percurso da operação. Este é o momento para desenhar a história da empresa que será apresentada aos investidores, explica Pedro Wilton, responsável pela área de listings da Euronext Lisboa. Qual é a proposta de valor da empresa? Que perspetivas de crescimento há, quem são os mercados-alvo, quem são os clientes tipo? Depois, define-se o tipo de entrada a fazer: a empresa tem visibilidade suficiente para apostar no retalho, ou deve dirigir-se apenas a investidores qualificados? Por fim, prepara-se a estrutura da empresa para uma maior abertura ao exterior, mantendo o enfoque no negócio mas pensando em novas valências.
  • Execução, um a 12 meses antes da entrada. Concluída a fase inicial, é preciso construir uma nova equipa, concentrada apenas na entrada em bolsa, criar uma estrutura de governance, bem como as funções de relações com investidores e de comunicação, e iniciar um roadshow para captar investidores.
  • Conclusão, um a 24 meses após o lançamento da oferta pública inicial. O último passo é atrair os investidores e analistas, depois de iniciada oferta pública inicial, e determinar o preço da oferta.

Em alternativa, pode ser feita uma colocação particular, mais barata, mais rápida, mais flexível na escolha dos investidores, mas com menor potencial de liquidez e resultando num maior poder de voto dos investidores. É a solução indicada para as empresas que procuram transações mais pequenas e que não precisem de muita liquidez inicial. Neste caso, é exigida uma due dilligence e a preparação de uma offering circular. Em alguns casos, pode ser necessária uma avaliação externa para angariação de novos investidores, sendo ainda necessária a intervenção de um listing sponsor — esta é uma entidade responsável por preparar a entrada de uma empresa em bolsa, ajudá-la com os deveres de informação e, no fundo, guiar a empresa ao longo da sua negociação em bolsa.

Quanto custa?

Entrar em bolsa implica custos de admissão e custos de manutenção, que variam consoante a dimensão da empresa e a forma de entrada (oferta pública ou colocação privada). No caso de uma oferta pública inicial, há várias comissões a ter em conta:

  • Imaginando que uma empresa quer entrar no mercado principal da Euronext, a comissão de admissão vai desde os 10 mil euros, se a empresa tiver uma capitalização bolsista de 10 milhões de euros, aos dois milhões de euros, se a capitalização bolsista for superior 2,5 mil milhões de euros.
  • Após a admissão inicial, se a cotada quiser emitir novos títulos, está sujeita a comissões de admissão subsequente, que vão dos dez mil a um milhão de euros.
  • Depois, há as comissões anuais, que vão dos 2.940 euros aos 24.150 euros, consoante o número de ações em negociação. Há ainda a comissão variável, de dez euros por cada milhão de capitalização bolsista que exceda os 150 milhões de capitalização (até uma comissão máxima de 55 mil euros anuais).

Uma oferta pública inicial implica, ainda, “um apoio jurídico significativo (incluindo para desenhar o prospeto) e um esforço de colocação das redes bancárias“, acrescenta Pedro Wilton. Leia-se: é preciso levar a cabo “ações de divulgação para colocação das ações da empresa”. Para além destes, há também que contar com os custos com os vários intervenientes, desde o listing sponsor aos gabinetes de auditoria, passando pela agência de comunicação financeira.

Aqui, pode consultar o preçário completo dos mercados da Euronext.

Que deveres de informação?

Quando se está cotado no mercado regulamentado, os deveres de informação são muitos. Três são comuns a qualquer país:

  • Informação financeira: as cotadas têm de divulgar relatórios financeiros anuais e semestrais, bem como demonstrações financeiras intercalares ou relatórios financeiros trimestrais;
  • Transações dos principais acionistas: quando a participação de um acionista individual num determinado valor mobiliário atingir, superar ou descer abaixo de alguns limiares, o acionista deve informar o emitente e a autoridade nacional de mercado competente;
  • Informações regulamentadas: nos mercados da Euronext, as cotadas têm de difundir a informação regulamentar de forma rápida e não discriminatória, numa base pan-europeia. Todas as informações regulamentadas devem também ser armazenadas de modo seguro pelo emitente e ter acesso fácil. Além disso, devem ser publicadas no site do emitente e divulgadas pelo Mecanismo Oficialmente Designado aplicável — no caso de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Há também que ter em conta que a legislação europeia permite que os Estados membros imponham aos emitentes requisitos adicionais.

Nos mercados não regulamentados, as exigências são menores, mas também existem. As empresas cotadas nos mercados alternativos têm de:

  • Recorrer aos serviços de um listing sponsor ao longo da sua cotação;
  • Publicar imediatamente todas as informações suscetíveis de influenciar a negociação dos seus valores mobiliários;
  • Publicar qualquer ultrapassagem dos limiares participação no capital de 50% e de 95%;
  • Divulgar as transações dos iniciados (membros da administração ou outros).

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Em março retorna a primavera da produção automóvel portuguesa

  • ECO
  • 17 Abril 2017

As quebra na produção automóvel registada em fevereiro não teve continuidade no mês de março. A produção cresceu 10,7%. A quase totalidade destina-se a exportação.

A produção em todas as categorias de veículos aumentou em março de 2017, registando-se um acréscimo de 10,7% em relação ao período homólogo, diz a Associação Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). Foram produzidas 14.293 novas viaturas no mercado nacional, das quais 96,6% serão exportadas, ajudando a puxar pela economia portuguesa.

O acréscimo de 10,7% na produção automóvel do mês de março, equivalente a 14.293 novas viaturas, destaca-se da média do primeiro trimestre, cujo crescimento acumulado se situa nos 7%. A soma dos valores de produção deste primeiro trimestre revelam que somente a produção de veículos comerciais ligeiros caiu 2,6 pontos percentuais. Tanto os ligeiros de passageiros como os veículos pesados registaram subidas, de 9% e 69,7%, respetivamente.

Em março lança-se ainda a estatística de que 96,6% dos veículos produzidos são exportados, influenciando significativamente a economia portuguesa. Cerca de 79% das viaturas exportadas têm como destino mercados europeus, liderados pela Alemanha, que importa 19,2% da produção nacional, seguida pela Espanha com 15,4%, França (10,4%) e Reino Unido (8,7%).

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Velocidade Furiosa 8 bate recorde nas bilheteiras

  • ECO
  • 17 Abril 2017

O oitavo filme da saga “Velocidade Furiosa” ultrapassou novas metas: rendeu 532 milhões de dólares só no fim de semana de estreia, um recorde internacional. A Guerra das Estrelas perde esta batalha.

“Velocidade Furiosa 8” arranca a fundo na estreia e atinge novos máximos. Só no fim de semana de Páscoa reuniu 532 milhões de dólares. Uma marca que ultrapassa o anterior recordista, “A Guerra das Estrelas — O Despertar da Força”, cujo vigor apenas permitiu os 529 milhões de dólares.

A saga “Velocidade Furiosa” tem-se imposto como um sucesso de bilheteira inabalável. O mais recente filme da saga, “Velocidade Furiosa 8”, não abrandou o ritmo apesar de marcado pela baixa de Paul Walker no elenco principal, após a morte do ator em 2015.

Até este fim de semana, o filme “A Guerra das Estrelas- O Despertar da Força” detinha o recorde dos lucros de bilheteira, com 529 milhões de dólares arrecadados na estreia. Estes números do outro mundo são empurrados para a periferia com a ascensão a todo o gás de “Velocidade Furiosa 8”, ao faturar 532,5 milhões de dólares durante o último fim de semana de Páscoa, no qual se estreou. O facto da estreia na China ter coincidido com a dos restantes mercados principais foi chave para destronar o rival Guerra das Estrelas.

Contudo, nos EUA, o filme atingiu números inferiores aos do antecessor “Velocidade Furiosa 7”, cujos 147,2 milhões de dólares em 2015 se encontram claramente acima dos 100,2 milhões colecionados com o filme deste ano.

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Tarifas transitórias de gás natural deverão descer em julho

Os consumidores de gás natural que ainda estejam no mercado regulado deverão ter as tarifas de gás natural reduzidas em até 2,4%.

As faturas de gás natural dos consumidores que ainda não transitaram para o mercado liberalizado de energia deverão descer a partir de julho deste ano. A proposta foi submetida pelo conselho de administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e está sujeita a aprovação por parte do Conselho Tributário.

As novas tarifas transitórias aplicam-se ao período entre julho de 2017 e junho de 2018. A proposta sugere uma descida de 1,1% para consumos iguais ou inferiores a dez mil metros cúbicos (consumidores domésticos e serviços); 1,3% para consumos acima de dez mil metros cúbicos (pequena indústria) e 2,4% para consumos de média pressão, cima de um milhão de metros cúbicos (setor industrial).

Por outras palavras, em média, uma fatura mensal de 13 euros, que corresponde a um agregado familiar composto por um casal sem filhos, terá uma descida na ordem os 15 cêntimos. No caso de uma fatura média mensal de 24 euros, que corresponde a um casal com filhos, a descida deverá ser de 28 cêntimos. De resto, como já era conhecido, a tarifa social, aplicada a consumidores economicamente vulneráveis, integra um desconto e 31,2%.

Portugal caminha assim em direção à convergência com os preços praticados em Espanha e no conjunto da União Europeia. A avançar, será, aliás, o terceiro ano consecutivo de descida destas tarifas de gás natural. Estas caem, assim, 25,4% no acumulado dos últimos três anos para consumidores domésticos.

A ERSE justifica esta proposta com vários motivos. Entre eles, a descida do custo com o acesso às infraestruturas reguladas, a moderação ao nível do investimento nas redes, o alívio dos encargos com o sistema nacional de gás natural proporcionado pela contribuição extraordinária sobre o setor energético e, por fim, o aumento da procura. O Conselho Tributário terá de emitir um parecer sobre a proposta até 15 de maio.

(Notícia atualizada às 16h59 com mais informação)

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Crédito ao consumo cai pelo terceiro mês consecutivo

A travagem no crédito automóvel e na utilização dos cartões de crédito ditou a quebra na disponibilização de crédito para o consumo, em fevereiro, mostram os dados do Banco de Portugal.

O mês de fevereiro foi marcado por um novo recuo dos níveis de concessão de crédito ao consumo. Nesse mês, de acordo com dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, os bancos e as instituições de crédito a operar em Portugal concederam um total de 488,7 milhões de euros em novos empréstimos. Este montante representa uma quebra de 1,17% face aos valores disponibilizados no mês anterior, e é também o mais baixo dos últimos sete meses.

Tratou-se do terceiro mês consecutivo em que o crédito as consumidores recuou, com a quebra a resultar sobretudo da diminuição da disponibilização de crédito para a compra de carro, mas também da finalidade de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto. Neste último caso, a nova concessão baixou mais de 5%, entre janeiro e fevereiro deste ano, para se fixar nos 82,3 milhões de euros. No caso do crédito automóvel, a diminuição foi de 2,37%, para os 182,4 milhões de euros. Conjuntamente, estas duas finalidades de financiamento encolheram em perto de nove milhões de euros (8,99 milhões de euros), em fevereiro.

Crédito aos consumidores em queda

Fonte: Banco de Portugal

A diminuição da concessão de crédito para a compra de carro registada, em fevereiro, surge quase em sintonia com a inversão de marcha nas vendas de automóveis registada em março. Em termos homólogos, a venda de carros caiu 2,2% em março, invertendo pela primeira vez de sentido após quatro anos consecutivos de subidas.

No que respeita às restantes categorias de crédito aos consumidores, o rumo da concessão continuou a ser de subida, em fevereiro. No caso da finalidade de outros créditos pessoais — que engloba o financiamento sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades — a nova concessão aumentou 1,35%, para 220,4 milhões de euros, ajudando a travar a quebra no bolo global dos empréstimos.

Já o crédito pessoal com finalidade de educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos foi a categoria que registou o maior aumento da concessão: 8,73%. Contudo, esta finalidade é a menos representativa no total do crédito aos consumidores. Em fevereiro, os bancos e as instituições de crédito disponibilizaram um total de 3,6 milhões de euros em empréstimos com esse fim.

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Investimento na internet das coisas vai chegar aos 4,8 biliões de dólares

Até 2021, as empresas vão investir 4,8 biliões de dólares em internet das coisas (IoT). Até lá, vão existir qualquer coisa como 22,5 mil milhões de dispositivos conectados.

A internet das coisas é uma tendência que vai valer muito, muito dinheiro.Pixabay

Em 2021 vão existir 22,5 mil milhões de dispositivos da chamada internet das coisas (IoT, de Internet of Things), contra os 6,6 mil milhões existentes em 2016. A previsão faz parte de um relatório da unidade de pesquisa e análise da Business Insider, que acrescenta que o investimento neste segmento deverá chegar, no total, aos 4,8 biliões de dólares no período entre 2016 e 2021.

Nos destaques do relatório faz-se referência à “proliferação de dispositivos” e ao “aumento massivo de dados” que espoletou uma “revolução analítica”. A internet das coisas é o nome dado à nova geração de dispositivos eletrónicos comuns que podem agora ser ligados à internet, desde sensores a eletrodomésticos, passando pelas televisões, candeeiros, automóveis e por aí em diante.

A IoT é um mercado em rápido crescimento. No entanto, essa evolução é condicionada por fatores como a largura de banda atualmente existente. Esta é uma das razões pela qual a Comissão Europeia espera acelerar o desenvolvimento e proliferação das redes móveis de quinta geração, uma tecnologia também conhecida por 5G e que vai abrir espaço para um desenvolvimento ainda maior do setor. O prazo é o ano de 2020.

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Fundo de Resolução: PSD quer que Costa renegoceie empréstimo relativo ao Novo Banco

O PSD quer que o Governo renegoceie novamente as condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução. Os social-democratas querem que os 3,9 mil milhões sejam pagos na totalidade, pelo menos.

Depois de criticar a renegociação levado a cabo pelo Governo, o PSD quer que António Costa volte a renegociar as condições do empréstimo ao Fundo de Resolução no âmbito do processo do Novo Banco. Esta segunda-feira deu entrada na Assembleia da República um projeto de resolução onde faz essa recomendação ao Executivo. Em causa estão “o prazo do empréstimo, o escalonamento dos reembolsos de capital e a taxa de juro”, explicam os sociais-democratas, pedindo que os bancos paguem pelo menos os 3,9 mil milhões de euros que o anterior Governo emprestou ao Fundo de Resolução no verão de 2014 para a resolução do então BES.

Para o PSD tem de haver uma garantia: “O valor atualizado dos pagamentos de capital e juros do empréstimo que o Estado recebe” tem de ser “pelo menos igual ao valor emprestado pelo Estado (3.900 milhões de euros), evitando que haja valor atualizado liquido negativo”. Esta é a recomendação do principal partido da oposição que já tinha criticado a renegociação feita pelo Governo, argumentando que levará a prejuízos para o Estado. A questão reúne várias opiniões, mas é quase certo de que o novo acordo resulte num perdão parcial da dívida.

O PSD argumenta que, “se é importante atender à estabilidade do sistema financeiro, tal não poderá traduzir-se em condições de empréstimo que venham agora a impor um custo elevado aos contribuintes por emprestarem ao Fundo de Resolução em condições mais desvantajosas do que aquelas a que o Estado se financia”. A 21 de março, o Ministério das Finanças comunicou a alteração das condições com um prolongamento do prazo até 2046. Para os deputados da direita é preciso encontrar “vias alternativas que assegurem que os contribuintes não são penalizados”.

O documento não evidencia, no entanto, quais deveriam ser essas vias alternativas. “A questão não é renegociar-se o empréstimo – o que o PSD admite que se tivesse de fazer – mas as condições e termos concretos que neste caso o Governo decidiu acordar e que são prejudiciais aos contribuintes”, referem ainda os social-democratas. Esta recomendação é assinada pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e outros deputados do PSD.

O custo desta operação será avaliada pela UTAO a pedido do PCP. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) vai avaliar se o Governo concedeu um perdão de juros à banca quando decidiu alargar o prazo de pagamento dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução. O requerimento, submetido pelo PCP, foi aprovado na passada quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças.

No acordo de venda do Novo Banco ao Lone Star, o Fundo de Resolução ficou com 25% da estrutura acionista. As “eventuais necessidades futuras”, segundo disse António Costa na conferência de imprensa em que anunciou a venda, serão asseguradas pelos bancos do Fundo de Resolução. E estes só entram em cena se os rácios de capital do Novo Banco caírem de 12,5%.

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PSD tem “visão crítica” sobre o PE e PNR. Não pede votação

Pedro Passos Coelho diz que não vai requerer a votação nem do Plano de Estabilidade nem do Programa Nacional de Reformas. Ainda assim, critica os dois documentos.

O PSD não vai requerer a votação do Plano de Estabilidade (PE) nem do Programa Nacional de Reformas (PNR). A garantia foi dada por Pedro Passos Coelho, o líder do partido, depois da audiência com o Presidente da República. Não pede votação, nem comenta o pedido já avançado pelo CDS-PP. Passos apenas diz ter uma “visão crítica” sobre ambos os documentos.

Tal como “não fez no ano passado”, o PSD vai voltar a não requerer a votação do PE e do PNR no Parlamento. “São dois documentos que vinculam o Governo… Não sei é se os partidos que o suportam estão confortáveis…”, disse o líder do PSD, em declarações transmitidas pela RTP3. “Nós não tencionamos apresentar nenhum pedido de votação“, afirmando que não conhece o pedido do CDS. “Quando conhecermos vamos pronunciar-nos”, disse.

“No ano passado, o Governo quis ouvir o PSD e os restantes partidos sobre os dois documentos. Isso não aconteceu agora. No ano passado apresentámos variadíssimas propostas de alteração no Parlamento para o PNR. A maioria mantém-se válida“, notou Passos Coelho, aproveitando para criticar tanto o PNR como o PE.

“O PNR não tem nenhuma reforma importante do Estado e da economia que possa sustentar uma retoma do investimento. A perspetiva continua a ser de crescer menos do que os nossos parceiros”, disse. Sobre o PE, Passos afirmou apenas que o documento “não tem um cenário macro tão irrealista. A base de partida é mais realista”.

César acusa Passos Coelho de ter reduzido PSD a “partido dos contras”

O presidente do PS, Carlos César, acusou Pedro Passos Coelho de ter reduzido o PSD a um “partido dos contras” e saudou o Governo por conjugar, nos Programas de Estabilidade e de Reformas, “responsabilidade social e responsabilidade financeira”.

No final da sua reunião com o Presidente da República, que demorou cerca de uma hora, Carlos César sublinhou que os documentos aprovados na semana passada provaram que “é possível ter ao mesmo tempo responsabilidade financeira e responsabilidade social”, algo que era negado pela direita.

Questionado sobre a posição crítica do PSD em relação aos dois documentos, transmitida um pouco antes pelo líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, em Belém, Carlos César disse desejar que o PSD possa ser “útil a Portugal”.

“Reduzir o PSD, como faz o doutor Pedro Passos Coelho, a um partido de contestação permanente, a um partido de contras é muito pouco para a ambição que o PSD devia ter no contexto português”, criticou.

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Bruxelas analisa programas de Estabilidade e de Reformas quando os “receber oficialmente”

  • Lusa
  • 17 Abril 2017

A Comissão Europeia está à espera de "receber oficialmente" os programas de Estabilidade e de Reformas. Só depois Bruxelas se pronunciará sobre os documentos.

A Comissão Europeia só vai pronunciar-se sobre o Programa de Estabilidade e sobre o Programa Nacional de Reformas depois de os “receber oficialmente”, disse hoje um porta-voz do executivo comunitário à Lusa.

“Assim que tivermos recebido oficialmente os documentos, iremos analisá-los cuidadosamente no âmbito dos procedimentos do Semestre Europeu e do Pacto de Estabilidade e Crescimento [PEC]”, disse à Lusa um porta-voz da Comissão Europeia.

Na quinta-feira, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, que serão discutidos esta quarta-feira na Assembleia da República e que têm que ser aprovados por Bruxelas.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, salientou, em conferência de imprensa após a reunião do executivo, acreditar que o Programa de Estabilidade “não terá nenhuma dificuldade em ser acolhido por Bruxelas e que cumpre “todos os critérios” exigidos a Portugal.

“A minha expectativa é de que este programa, com o grau de rigor que foi desenhado, não terá nenhuma dificuldade em ser acolhido pela Comissão Europeia [uma vez que] cumpre todas as regras e todos os critérios”, afirmou. Ambos os documentos terão que ser entregues em Bruxelas até final do mês.

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Com o resto do mundo de folga, Wall Street sobe

Num dia em que a generalidade dos mercados acionistas mundiais estão encerrados, as praças norte-americanas estão a negociar. Abriram com ganhos, mas as subidas são ligeiras.

Wall Street abriu em alta. Depois das quedas registadas no final da semana passada, as praças norte-americanas voltaram aos ganhos numa sessão marcada por muito fraca liquidez nos mercados. É que a generalidade dos índices acionistas mundiais estão encerrados, ainda devido às celebrações da Páscoa.

Após três sessões consecutivas de quedas, o S&P 500 segue a valorizar 0,21% para 2.333,85 pontos, isto quando o Dow Jones apresenta uma valorização de 0,34% para negociar nos 20.523,80 pontos. O Nasdaq não foge à regra: soma 0,3%, com a MoneyGram a ser o grande destaque da sessão bolsista em Nova Iorque.

As ações da MoneyGram International chegaram a subir um máximo de 8% depois de a Ant Financial ter decidido subir a proposta de compra para 18 dólares por ação. É um aumento de 36% num acordo de compra que avalia a MoneyGram em 1,2 mil milhões de dólares. Os títulos chegaram a cotar nos 17,85 dólares.

A impedir maiores ganhos nas praças norte-americanas estão as empresas do setor petrolífero, num dia de queda dos preços nos mercados nacionais. A cotação do “ouro negro” está a ser pressionada pelo aumento da produção de crude nos EUA. Uma subida que contraria os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir o excesso de petróleo que se regista nos mercados internacionais.

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Quem vai ficar com a MoneyGram?

Ant Financial e Euronet estão na corrida para comprar a MoneyGram. A primeira acaba de subir a proposta em 36% e pode vir a pagar 1,2 mil milhões de dólares pela empresa de transferências de dinheiro.

A Ant Financial quer comprar a MoneyGram International — mas quer mesmo. E depois de ter oferecido 13,25 dólares por cada ação da empresa de pagamentos, decidiu agora subir a proposta para 18 dólares por ação. É um aumento de 36% num acordo de compra que avalia a MoneyGram em 1,2 mil milhões de dólares, avançaram as empresas num comunicado conjunto.

A Ant Financial, detida por Jack Ma, o multimilionário dono da Alibaba, é só uma das empresas a querer ficar com o negócio de pagamentos da MoneyGram. A outra é a Euronet Worldwide, que ofereceu, no mês passado, 15,20 dólares por cada ação da MoneyGram, de acordo com a Bloomberg. O conselho de administração da MoneyGram já demonstrou apoio à proposta chinesa, mas são os acionistas quem tem a última palavra a dar.

Em contrapartida, a Euronet garante ter a proposta que mais facilmente é aprovada pelos reguladores, embora o aumento de 36% na proposta de compra da Ant Financial deixa claro que a Ant Financial quer mesmo fechar o negócio, garantiu um alto responsável da firma à Bloomberg. Mas a Ant Financial poderá ter de enfrentar um escrutínio apertado pelo comité norte-americano do investimento estrangeiro, face a uma Administração Trump bastante incisiva em tudo o que tenha a ver com a China.

As ações da MoneyGram fecharam na quinta-feira nos 16,51 dólares, acima da proposta da Euronet, mas abaixo da proposta da Ant Financial. A compra da MoneyGram arrasta-se praticamente desde janeiro. A Ant Financial quer que o negócio seja concluído na segunda metade deste ano.

Com 600 milhões de utilizadores na China e avaliada em 75 mil milhões de dólares, a Ant Financial espera incorporar a MoneyGram para alavancar a sua expansão fora do país. Já a Euronet é responsável por 35.000 caixas ATM e 800.000 terminais, indica a Bloomberg, que recorda que a Euronet já tentou comprar aquela empresa de pagamentos em 2007 e em 2013. A Euronet está presente em Portugal com algumas centenas de caixa automáticas concorrentes do Multibanco, da SIBS.

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