Fotogaleria: Estes 14 automóveis vão ser os clássicos do futuro

São modelos da Ferrari, da Porsche, da Chevrolet e da Dodge, mas também da Ford, da Toyota, da Fiat e da Pagani. Têm versões de 2017 e potencial para serem peças de museu dentro de 30 anos.

Em meados de março, o ECO deu-lhe a conhecer os automóveis dos antigos gestores da Caixa Geral de Depósitos. Entre eles, os dois clássicos que António Domingues tem na garagem: um Porsche 911 de 1995 que vale cerca de 70.000 euros e, mais antigo ainda, um Porsche 911 de 1972, com um valor de mercado na ordem dos 75.000. Para quem gosta de carros, estes dois automóveis são autênticas pérolas. E mesmo que acumulem já décadas e mais décadas de curvas e contracurvas, o seu valor mantém-se inalterado ao longo do tempo — ou, nalguns casos, até aumenta.

Por isso, impõe-se a questão: quais serão os clássicos do futuro? Que automóveis lançados este ano têm mais hipótese de acumular valor com o tempo? A Bloomberg foi à procura deles e reuniu os 14 clássicos modernos com mais potencial para manterem o valor por um período de, aproximadamente, 30 anos. Que é como quem diz, algures em 2047, serão como peças de museu. Há modelos da Ferrari, da Porsche, da Chevrolet e da Dodge, mas também da Ford, da Toyota, da Fiat e da Pagani. Descubra-os na fotogaleria:

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É Pascoa: ASAE apreende 600 quilos de carne de cabrito e borrego

  • Lusa
  • 15 Abril 2017

A ASAE apreendeu cerca de 600 quilos de carne de cabrito e borrego, no valor de 3.000 euros, na sequência de várias ações de combate ao abate clandestino, anunciou hoje aquele organismo.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu cerca de 600 quilos de carne de cabrito e borrego, no valor de 3.000 euros, na sequência de várias ações de combate ao abate clandestino, anunciou hoje aquele organismo.

Como resultado destas ações, que decorreram em Torres Vedras, Barcelos, Ponte de Lima e São Pedro do Sul, foi detetado um armazém a ser utilizado como sala de desmancha ilegal de animais para consumo público sem a competente inspeção sanitária, adianta a ASAE em comunicado.

Foram ainda detetados três talhos que procediam à venda ilegal de carne proveniente de abate clandestino e um talho que vendia borrego como se fosse cabrito.

Na sequência das ações de fiscalização, foram instaurados quatro processos-crime por abate clandestino, tendo em consideração “o abate de animais fora das instalações licenciadas para o efeito suscetíveis de afetar a saúde dos seus consumidores”.

Segundo a autoridade de segurança alimentar, foi ainda instaurado um processo-crime por fraude sobre mercadorias, tendo sido apreendidos cerca de 60 carcaças de animais (cabritos e borregos) num valor total aproximado de 3.000 mil euros.

No comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica garante que “manterá particular atenção ao fenómeno, face ao acréscimo de procura das carnes de caprino e ovino que se verifica no período pascal” e procurará “reprimir práticas suscetíveis de colocar em risco a saúde dos consumidores”.

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Lei do tabaco que revolucionou hábitos dos portugueses tem 10 anos

  • Lusa
  • 15 Abril 2017

Há uma década foi aprovada a lei que proibia que se fumasse em espaços públicos fechados. Especialistas falam numa das "maiores revoluções" de hábitos dos portugueses.

A proposta de alteração à lei do tabaco, em discussão no Parlamento, está a provocar polémica mas há dez anos outra proposta também polémica suscitou uma das maiores revoluções nos hábitos dos portugueses e é hoje consensual.

Há uma década foi aprovada a lei que proibia que se fumasse em espaços públicos fechados e a mudança, de acordo com especialistas, representou uma das maiores “revoluções” de hábitos e é hoje consensual na sociedade.

Susana Henriques, investigadora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa, disse que essa foi uma revolução com “benefícios significativos para todos“, com reduções de consumo nomeadamente, e que o tema merecia um estudo aprofundado, que dez anos passados ainda está por fazer.

Até há dez anos podia fumar-se por exemplo nos locais de trabalho, em restaurantes, em diversos locais de diversão, em centros comerciais, algo que hoje é assumido como naturalmente proibido, até por fumadores.

E se hoje são estranhas imagens do passado como as de fumadores a apresentarem os noticiários televisivos, são estranhas também imagens do Portugal de antes da lei de agosto de 2007 (que entrou em vigor a 01 de janeiro de 2008), quando praticamente se fumava em todos os lugares.

Susana Henriques explica a aceitação da mudança com “o facto de se tratar de uma questão de saúde pública e de respeito pelos outros, os não fumadores”. A implementação da medida em outros países também poderá ter contribuído.

Além disso, acrescentou, a mudança não aconteceu de um dia para o outro mas foi sendo construída, com outras medidas tomadas antes e a publicidade da lei muito tempo antes também. “Houve todo um clima de preparação que teve responsabilidade na forma como a lei foi aceite”.

A investigadora salientou que a tendência na sociedade é haver sempre alguma resistência à mudança mas que no caso das restrições ao tabaco houve além do “clima de preparação” a questão da “desejabilidade social”, o que explica que as pessoas continuem a fumar nas suas casas e automóveis.

Hilson Cunha Filho, conselheiro científico em adições que há décadas estuda a matéria lembrou também que desde o ano 2000 que se começou a falar da proibição e que a mesma só não foi aprovada em 2005 por mudança do Governo.

“A lei foi aceite pela maior parte da população porque havia dois anos que estávamos sensibilizados. Mas ainda assim é uma grande mudança porque apesar de ser pequena a percentagem de fumadores o convívio com não fumadores era intenso”, nos restaurantes, nos teatros e em muitos outros locais.

"A lei foi aceite pela maior parte da população porque havia dois anos que estávamos sensibilizados. Mas ainda assim é uma grande mudança porque apesar de ser pequena a percentagem de fumadores o convívio com não fumadores era intenso.”

Hilson Cunha e Filho

Investigador

E depois, diz ainda o investigador, “faz parte da cultura portuguesa a civilidade, a grande capacidade de adaptação e assimilação”.

Hilson Cunha e Filho está satisfeito com a situação, assim como está satisfeito Emanuel Esteves, o presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, que reúne dezenas de associações da área da Saúde, da Educação e Ambiente.

Sentado numa esplanada de um café de Lisboa sem um único cinzeiro nas mesas José Pedro Boléo-Tomé, pneumologista no Hospital Fernando Fonseca e dirigente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, apelida a mudança também de “grande revolução” e lembra que hoje a população “acha inconcebível como há 10 anos se fumava em determinados locais”.

Eram praticamente todos os locais públicos fechados. Hoje, os que “sobreviveram” à lei de 2007, com salas para fumadores, também têm os dias contados, os dias que faltam até 2020, quando for totalmente proibido o tabaco em locais públicos fechados, sem exceção.

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Uber teve prejuízos de 2,8 mil milhões em 2016

Uber tem passado maus momentos. Acusações de assédio sexual, CEO em discussões com condutor por causa das baixas tarifas e agora prejuízos. Cerca de 2,8 mil milhões de dólares no ano passado.

A empresa norte-americana de transporte de passageiros Uber revelou esta sexta-feira prejuízos de 2,8 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) em 2016, tendo apresentado um volume de negócios de 6,5 mil milhões de dólares.

O grupo de San Francisco, que opera em vários países incluindo em Portugal, adiantou que o número de viagens realizadas mais do que duplicou no ano passado, totalizando os 20 mil milhões de dólares, excluindo as operações na China, onde a Uber vendeu a sua atividade.

“Estamos felizes por ter uma atividade sã e em expansão que nos dá a larga margem de manobra que é precisa para realizar as mudanças que sabemos que são necessárias”, afirmou a responsável pelas operações da Uber na América do Norte, Rachel Holt.

A Uber está avaliada em 68 mil milhões de dólares. E, porque não está cotada em bolsa, não está obrigada a apresentar as suas contas publicamente.

 

"Estamos felizes por ter uma atividade sã e em expansão que nos dá a larga margem de manobra que é precisa para realizar as mudanças que sabemos que são necessárias.”

Rachel Holt

Diretor regional da Uber

A empresa tem estado debaixo de fogo nas últimas semanas, incluindo acusações de assédio sexual e um vídeo mostrando o presidente executivo Travis Kalanick a discutir com um condutor da Uber acerca das tarifas que estavam a ser cobradas.

Neste momento, a Uber está à procura de um diretor operacional para ajudar na gestão de Kalanick, reparar a imagem da companhia e melhorar a sua cultura interna.

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Estado aceita pagar swaps com juros acima de 100% no acordo com Santander

  • Margarida Peixoto
  • 15 Abril 2017

No acordo fechado com o Santander para resolver o problema dos swaps tóxicos, o Estado compromete-se a honrar até ao fim contratos com juros que já vão acima de 100%.

Mário Centeno no Parlamento esta semana.Paula Nunes / ECO

Mário Centeno, ministro das Finanças, fechou o acordo com o Santander sobre os swaps tóxicos com um desconto estimado de 36,8%.O acordo que foi fechado entre o Governo e o Santander sobre os swaps tóxicos comprados pelas empresas públicas inclui três operações com juros acima de 100%, apurou o ECO. Mas o Estado português comprometeu-se, mesmo assim, a pagar estes contratos até ao fim. A perda potencial está avaliada em 1,1 mil milhões de euros, mas este valor ainda pode mudar.

O pior swap do pacote de nove operações vendidas pelo Santander à Metro do Porto, Metro de Lisboa, STCP e Carris está a pagar um cupão de 106% por trimestre. Segundo o acordo de confirmação deste derivado, a que o ECO teve acesso, este swap só acaba a 13 de dezembro de 2022 e, às atuais condições de mercado, vê a taxa de juro agravar-se entre 5 e 6% a cada três meses. Contas feitas, no final do ano este swap pode atingir um juro de 130%, se as atuais condições de mercado se mantiverem. No final da maturidade pode estar perto dos 200%.

É certo que a fórmula deste derivado permite, teoricamente, que o juro ainda venha a descer. Caso a Euribor a três meses regresse para um valor entre 2% e 6%, a taxa reduz-se 0,5%, por cada trimestre em que este intervalo seja respeitado. Mas daqui até à maturidade do swap já só restam 23 trimestres — mesmo que a Euribor regressasse de imediato para aquele intervalo, no máximo a taxa poderia descer 11,5 pontos percentuais. Este foi o pior swap que alguma vez uma empresa pública comprou e, como o ECO já contou, até poderia ter sido evitado.

Seja como for, o Governo chegou a um acordo com o Santander e aceitou cumprir esta obrigação — bem como as obrigações que decorrem dos restantes oito derivados financeiros — para com o banco, desistindo do apelo que tinha feito ao Supremo Tribunal inglês. Em troca, o Santander aceitou financiar o Estado em 2,3 mil milhões de euros, a uma taxa de juro mais baixa do que a verificada no mercado.

Foi um bom acordo?

A resposta é complexa. Em abril de 2013, o Santander propôs ao Ministério das Finanças um acordo semelhante: os swaps seriam cumpridos e, em troca, o banco dava ao Estado um empréstimo a uma taxa reduzida. Uma notícia do Público desse ano dava conta de um desconto ligeiramente acima de 50% que, tendo em conta as perdas potenciais avaliadas naquela altura (cerca de 1,2 mil milhões de euros), representava uma poupança de cerca de 600 milhões de euros.

Esta proposta foi considerada insuficiente e, por isso, Maria Luís Albuquerque, a então ministra das Finanças, recusou-a e avançou para tribunal.

Agora o Estado negociou em condições mais frágeis: já tinha perdido duas vezes nos tribunais ingleses e havia uma probabilidade baixa de o Supremo aceitar, sequer, reavaliar o caso. Mas estava livre de outras condicionantes, como por exemplo dos impactos no défice. De 2013 para cá as regras do Eurostat mudaram e os impactos dos derivados financeiros deixaram de ser registados no saldo orçamental.

Segundo as explicações do Ministério das Finanças, e assumindo as atuais condições de mercado, a taxa a que o Santander se comprometeu a financiar 2,3 mil milhões de euros ao Estado, a 15 anos, rondará os 3%, contra os cerca de 4,3% de juros que o Estado consegue no mercado. O desconto de cerca de 1,3 pontos percentuais representa uma poupança em torno de 450 milhões de euros. A este valor soma-se um perdão de juros de mora nos pagamentos que as empresas deixaram em atraso, desde 2013, e uma partilha de custas judiciais. Tudo junto, são quase 500 milhões de euros poupados.

Se as perdas potenciais se concretizarem, isto significa que, em vez de custos de 1,6 mil milhões de euros, o acordo permitiu baixar este custo para 1,1 mil milhões de euros. Mas este valor ainda pode mudar.

Porque é que o custo dos swaps ainda pode mudar?

Porque os derivados continuam vivos, isto é, a cada trimestre o juro do cupão é atualizado, de acordo com os mercados. Ao que o ECO apurou, o risco é de cerca de 150 milhões de euros a mais, ou a menos, nas perdas. Congelar os swaps ao seu atual valor de mercado teria permitido estancar as perdas, mas a contrapartida tinha um custo elevado: as regras do Eurostat ditam que esse montante teria de ser registado, desde já, na dívida pública.

Enquanto as perdas são potenciais, são consideradas uma responsabilidade contingente e, por isso mesmo, não entram na estatística da dívida, na ótica de Maastricht. Mas se o swap ficar cristalizado, a perda passa a ser certa e, por isso, entra nas contas.

Colocar a dívida numa trajetória descendente é um objetivo fundamental para o Executivo, de modo a melhorar a credibilidade de Portugal nos mercados e controlar o risco do acesso a financiamento, por parte da República. Ainda esta quinta-feira o ministro das Finanças sublinhou este objetivo, quando apresentou o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas.

Com este acordo, Mário Centeno tem apenas de se preocupar com a materialização dos custos a cada ano, em vez de ser tudo de uma só vez.

O ECO contactou o Ministério das Finanças, mas até ao momento ainda não foi possível obter resposta. Também ainda não foi possível obter esclarecimentos por parte do Santander.

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Facebook deteta e anula operação fraudulenta internacional

  • Lusa
  • 14 Abril 2017

O Facebook anunciou que anulou uma operação internacional cujos membros divulgavam a palavra “gosto” e falsos comentários nas contas de utilizadores para garantir contactos e inundá-los de seguida com

O Facebook anunciou esta sexta-feira que anulou uma operação internacional cujos membros divulgavam a palavra “gosto” e falsos comentários nas contas de utilizadores para garantir contactos e inundá-los de seguida com mensagens indesejáveis.

Diversas contas, designadamente no Bangladesh, Indonésia e Arábia Saudita foram utilizadas pelos autores desta operação, referiu a rede social, precisando que as suas equipas de segurança trabalharam durante seis meses para neutralizar o que qualificaram de campanha coordenada.

“Os nossos sistemas conseguiram identificar uma grande parte desta atividade ilegítima e retirar um número importante de ‘gosto’ não autênticos”, indicou em comunicado Shabnam Shaik, responsável do programa de proteção técnica do Facebook.

O Facebook considera que o objetivo consistia em enganar os seus utilizadores para que se tornassem “amigos” com estas falsas contas e de seguida enviar-lhes ‘spams’.

A rede social afirma ter impedido atempadamente este projeto, evitando que os seus utilizadores fossem afetados.

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Angola deixa de importar cerveja e corta nos carros

  • Lusa
  • 14 Abril 2017

São os reflexos da crise no país de José Eduardo dos Santos. Angola está a importar menos 330 carros por dia e deixou de comprar cerveja ao exterior.

Angola importou 17 veículos por dia, em média, no terceiro trimestre do ano passado, contra os 351 que comprou diariamente no mesmo período de 2014, antes da crise no país ter afetado a economia nacional e nomeadamente as importações.

Segundo o mais recente relatório do Conselho Nacional de Carregadores (CNC) — tutelado pelo Ministério dos Transportes e que coordena as operações de comércio e transporte marítimo internacionais –, entre julho e setembro de 2016 o país comprou apenas 1.634 veículos, um quarto dos quais a Itália.

No terceiro trimestre de 2014, antes do início da crise provocada pela quebra abrupta na cotação do barril de crude, Angola importou 32.309 veículos, passando por isso de uma média diária, em iguais períodos, de 351 para 17 viaturas importadas.

Além das implicações económicas e financeiras, com o Estado a perder metade das receitas petrolíferas entre 2015 e 2016, a crise levou à restrição no acesso a divisas, necessárias à importação de todos os produtos cuja produção é feita no estrangeiro.

Neste cenário, passou a ser visível em Angola concessionários sem viaturas novas para venda e as poucas existentes a subir de preço todos os meses, em função de uma inflação que chegou a ultrapassar os 40% entre janeiro e dezembro de 2016, perante o alerta dos empresários do setor para o momento crítico vivido.

Entre julho e setembro últimos, Angola comprou a Portugal apenas 64 viaturas novas (8.ª origem nas importações de veículos), atrás de países como a África do Sul (79), China (84), Índia (93), Bélgica (112), Emirados Árabes Unidos (170), Turquia (274) e Itália (417), que lidera a tabela.

O porto de Luanda concentrou as descargas de viaturas em Angola naquele período, recebendo 1.563 das 1.634 viaturas que o país conseguiu importar no mesmo trimestre, ficando os restantes para os portos de Cabinda, Namibe e Lobito.

E corta na cerveja estrangeira

A cerveja estrangeira foi outra das mais afetadas pela crise em Angola e, no terceiro trimestre de 2016, praticamente deixou de ser importada, não figurando entre os produtos mais comprados ao exterior.

Segundo o mesmo relatório do CNC, entre julho e setembro de 2016, a quantidade de cerveja importada por Angola não foi suficiente para integrar a lista dos 100 tipos de produtos mais importados.

Só no terceiro trimestre de 2014, antes da crise gerada pela quebra na cotação do barril de crude, Angola importou, segundo o CNC, 63.727 toneladas de cerveja, sobretudo de Portugal. Desta forma, a importação de cerveja representou 2,24% de todas as compras feitas por Angola no exterior, naquele período de 2014, figurando na nona posição da lista dos produtos mais importados pelo país.

No primeiro trimestre de 2016, a importação de cervejas de malte já tinha descido para 8.101 toneladas (em três meses), acentuando as quebras nos meses seguintes, devido às dificuldades na obtenção de divisas pelos importadores.

Dificuldades compensadas pelo aumento na produção interna de cerveja, nomeadamente com novas marcas produzidas em Angola. É o caso da cerveja da marca Bela, produzida pela Lowenda Brewery Company, do grupo China International Fund (CIF), que aumentou em 2015 a produção nacional, reforçada já em 2016 com a marca Tigra, do grupo angolano Refriango, líder nacional no setor das bebidas.

No final de 2016, foi a vez de a portuguesa Sagres passar a ser produzida em Luanda, através da Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola (SODIBA), da empresária angolana Isabel dos Santos.

A importação de bebidas, segundo dados do executivo angolano, cifrava-se anualmente em cerca de 400 milhões de dólares (377 milhões de euros) antes da crise, mais de metade proveniente de exportações de empresas portuguesas, nomeadamente cerveja.

Contudo, tendo em conta a capacidade instalada das fábricas nacionais, que já então não estava a ser utilizada, e como forma de dinamizar a produção local, o Governo angolano anunciou para 2015 um sistema de quotas à importação de bebidas, o qual não chegou a ser implementado.

Entretanto, a crise generalizada e a falta de divisas acabaram por reduzir fortemente, e de forma natural, as compras ao exterior. No caso das cervejeiras portuguesas, ainda com as promessas de construção de fábricas próprias em Angola por concretizar.

No terceiro trimestre de 2016, Angola comprou 5.797 toneladas de vinho (38.º produto mais importado) ao exterior — em que Portugal é o maior fornecedor nacional –, o que compara com as 30.609 toneladas (16.ª posição) do terceiro trimestre de 2014, antes do início da crise petrolífera, também afetada nomeadamente pela dificuldade na obtenção de divisas.

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Marcelo recebe partidos na segunda após Governo apresentar Programa de Estabilidade

O Presidente da República vai receber partidos com representação parlamentar na próxima segunda-feira, em audiências que surgem depois de o Governo ter apresentado o Programa de Estabilidade.

O Presidente da República vai receber na próxima segunda-feira o PSD, PS e Bloco de Esquerda, audiências que depois se alargarão aos restantes partidos com representação parlamentar, “no quadro dos contactos que Marcelo Rebelo de Sousa tem promovido com os responsáveis políticos regularmente”, explicou fonte oficial de Belém ao ECO.

Marcelo vai receber os dirigentes dos partidos com assento parlamentar depois de o Governo ter apresentado no Parlamento dois importantes documentos quanto ao futuro do país: o Programa de Estabilidade para o período de 2017 a 2021 e o Plano Nacional de Reformas.

O primeiro partido a ser recebido no Palácio de Belém será o PSD, cujo grupo parlamentar é liderado por Luís Montenegro. O encontro está marcado para as 14h00. Uma hora depois, o Presidente recebe a delegação do PS, que tem como presidente do grupo parlamentar Carlos César. Pelas 16h00, será a vez da audiência ao Bloco de Esquerda.

Na terça-feira, serão recebidos o PCP (14h00), Os Verdes (15h00), o PAN (16h00) e o CDS (17h00).

Ainda de acordo com a agenda para segunda-feira, Marcelo tem agendada para as 19h00 uma reunião de trabalho alargada sobre a estratégia para a integração das pessoas sem-abrigo, também no Palácio de Belém.

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Coreia do Norte promete “resposta sem piedade” a qualquer provocação dos EUA

  • Lusa
  • 14 Abril 2017

A Coreia do Norte promete uma “resposta sem piedade” a qualquer provocação dos Estados Unidos, anunciou hoje a agência oficial norte-coreana, KCNA, citada por agências internacionais.

Evocando o recente ataque de forças norte-americanas na Síria, a KCNA afirmou que a administração do presidente Donald Trump “entrou numa fase de ameaças abertas e chantagens” à Coreia do Norte.

A tensão em relação à Coreia do Norte acentuou-se nos últimos dias e a comunidade internacional admite que pode estar iminente um novo ensaio nuclear, possivelmente este fim de semana.

Na quinta-feira, depois de anunciar um bombardeamento no Afeganistão, Trump afirmou que “a Coreia do Norte é um problema” e que “o problema será tratado”.

A China, que advertiu que um conflito pode “estalar a qualquer momento”, anunciou esta sexta-feira suspensão das ligações aéreas para a Coreia do Norte a partir de segunda-feira.

A suspensão dos voos da companhia aérea estatal Air China foi anunciada pela televisão oficial chinesa, CCTV, nas redes sociais.

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Há uma crise de batatas fritas no Japão. E os preços disparam

Chamam-lhe a Crise da Batata e já atingiu o mercado das chips. No Japão, os pacotes de batata frita dispararam perante prateleiras praticamente vazias. Más colheitas estão a afetar negócio.

A lei da oferta e da procura afeta qualquer produto no mercado. Desde a onça de ouro nos mercados financeiros, até a um simples pacote de batatas fritas. Como está a acontecer no Japão. A procura por este “petisco” disparou na última semana naquele país com os preços a subirem seis vezes depois de uma empresa que produz batatas fritas bastante popular ter parado a produção depois de más colheitas.

A empresa em causa é a Calbee. Fabrica batatas fritas com sabor a piza que faz as delícias de muitos japoneses. É tão popular que na página de leilões do Yahoo! no Japão chegaram a ser colocadas com o preço de 1.250 ienes (cerca de 10 euros), quando um pacote custa normalmente menos de 200 ienes (1,75 euros).

Rapidamente se tornaram virais nas redes sociais fotos de prateleiras de lojas locais praticamente vazias. O que aconteceu?

A mini crise surgiu depois de a Calbee ter anunciado na passada segunda-feira que vai suspender temporariamente a venda de 15 tipos de batatas fritas que produz na sequência de más colheitas em Hoakkaido, uma região a norte do Japão e onde é cultivada grande parte das batatas. Esta zona foi particularmente atingida por tufões em 2016, que atingiram as áreas de cultivo, afetando a produção.

A Calbee detém 73% do mercado de batatas fritas naquele mercado asiático. A empresa está avaliada em 507,9 mil milhões de ienes (mais ou menos 4,4 mil milhões de euros), sendo detida em 20% pela multinacional PepsiCo.

“Estamos a fazer o que podemos para voltar às vendas”, referiu Rie Makuuchi, porta-voz da Calbee, citado pela Bloomberg (acesso livre/conteúdo em inglês). Adiantou que a empresa está a considerar a importação de batatas dos EUA e que pediu aos produtores do sul da ilha de Kyushu para proceder às colheitas mais cedo do que está previsto.

Para já, o foco desta “Crise da Batata“, como já lhe chamou o jornal nipónico Nikkei, tem sido a Calbee. Ainda assim, a escassez deste bem alimentar deverá espalhar-se por cadeias de restaurantes fast-food e outros restaurantes.

Não é a primeira vez que o Japão enfrenta este tipo de problemas com bens alimentares. As elevadas taxas alfandegárias que condicionam a importação, mas também o menor número de produtores (como acontece no leite), tem provocado algumas ruturas no mercado.

Além da Calbee, também a rival Koike-ya parou a venda de nove produtos. Ambas as empresas não sabem quando voltarão a vender.

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Presidente promulga simplificação para candidaturas independentes às autárquicas

  • Lusa
  • 14 Abril 2017

O Presidente da República promulgou o diploma do parlamento que simplifica a apresentação de candidaturas por grupos de cidadãos às eleições autárquicas.

O Presidente da República promulgou o diploma do parlamento que simplifica a apresentação de candidaturas por grupos de cidadãos às eleições autárquicas, apesar de considerar que não se foi “tão longe quanto seria desejável”.

Numa nota publicada hoje na página oficial da Presidência da República é anunciado que, “não obstante não se ter ido tão longe quanto seria desejável”, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma da Assembleia da República que procede à sexta alteração à Lei Orgânica n.º 1/2001, de 14 de agosto, que regula a eleição dos titulares dos órgãos das autarquias locais.

As alterações promulgadas simplificam e clarificam as condições de apresentação de candidaturas por grupos de cidadãos e permitem o alargamento do âmbito de aplicação da Lei da Paridade.

Na página oficial da Presidência da República foi também anunciado que Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma da Assembleia da República que procede à sétima alteração à mesma Lei Orgânica, no sentido de a adaptar à nova organização do sistema judiciário no que toca à intervenção dos tribunais e magistrados judiciais.

O parlamento aprovou a 10 de março uma alteração à lei eleitoral autárquica no que respeita às candidaturas independentes, mas que não foi tão longe como inicialmente previsto.

As listas de candidatos propostas por cidadãos eleitores “podem ser alteradas, por substituição de candidato quando se verifique a morte, desistência ou inelegibilidade dos candidatos”, até um terço dos candidatos efetivos, sem que precisem de voltar a ser apresentadas.

As candidaturas independentes passam também a poder utilizar sigla e símbolo, que não pode confundir-se com a simbologia de partidos, coligações ou outros grupos de cidadãos, deixando de ser identificada apenas pela atual numeração romana.

Para o presidente da Associação Nacional dos Movimentos Autárquicos Independentes (AMAI), estas alterações representam “uma solução minimalista”.

“Podíamos ter ido muito mais além ao fazer esta alteração da lei. Acho que quem fez esta alteração continua a pensar em não trazer grandes benefícios às candidaturas dos grupos de cidadãos nos grandes centros, nos municípios mais populosos”, afirmou Aurélio Ferreira, em declarações à Lusa.

No mesmo dia, o parlamento aprovou também uma alteração à lei eleitoral autárquica que prevê quotas para a igualdade de género na elaboração de listas para as autarquias de menor dimensão que, apesar dos votos contra do PCP e CDS-PP, foi viabilizada na especialidade pelos deputados do PS, BE e PSD.

A alteração à lei da paridade, que estabelece uma “representação mínima de 33,3% de cada um dos sexos nas listas” para as legislativas, europeias e autárquicas vai passar também a ser adotada nos “órgãos das freguesias com 750 ou menos eleitores e para os órgãos dos municípios com 7500 ou menos eleitores”, mas entra em vigor apenas “em 01 de janeiro de 2018”, não se aplicando, por isso, nas eleições autárquicas deste ano.

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Administradores do Credit Suisse cortam bónus em 40%

Banco registou prejuízos superiores a cinco mil milhões nos últimos anos e os acionistas opuseram-se à subida dos prémios dos administradores. Gestores cederam à pressão e abdicam de parte dos bónus.

Os administradores do Credit Suisse, incluindo o presidente executivo Tidjane Thiam, não resistiram à pressão dos acionistas e ofereceram-se para cortar os seus bónus em 40% depois de várias manifestações contra a política de remuneração do banco que tem registado prejuízos avultados.

De forma voluntária, Thiam e a comissão executiva disponibilizaram-se para reduzir os prémios de incentivo de longo prazo referentes ao ano de 2017 e os prémios de incentivo de curto prazo relativos a 2016, segundo adiantou o Credit Suisse num comunicado divulgado esta sexta-feira. Assim, as compensações aos gestores vão permanecer aos níveis de 2015 e 2016, sem que haja aumentos nas remunerações tal como estava previsto inicialmente, segundo o documento divulgado no site do banco suíço.

Isto acontece depois da forte pressão da parte da Institutional Shareholder Services, que se juntou a outros representantes dos acionistas, que se manifestou contra os bónus de 26 milhões de francos suíços (24,5 milhões de euros) a curto prazo e de 52 milhões de francos (49 milhões de euros) a longo prazo que estavam previstos para o board do Credit Suisse, liderado por Tidjiane Thiam. Justificação: os prémios para os administradores eram demasiado elevados face ao desempenho desastroso do banco nos últimos dois anos.

“Espero que esta decisão ajude a aliviar alguns dos receios expressados por alguns acionistas e permita que a equipa executiva continue a focar-se nas suas tarefas”, referiu Thiam numa carta aos acionistas publicada no site do Credit Suisse. “A minha prioridade continua a reviravolta que está em curso no Credit Suisse”.

"Espero que esta decisão ajude a aliviar alguns dos receios expressados por alguns acionistas e permita que a equipa executiva continue a focar-se nas suas tarefas. A minha prioridade continua a reviravolta que está em curso no Credit Suisse,”

Tidjane Thiam

Presidente executivo do Credit Suisse

As ações do Credit Suisse tombaram 33% em 2016. Nos últimos dois anos, os prejuízos do banco ascenderam a 5,65 mil milhões de francos suíços (5,3 mil milhões de euros).

Sob a liderança de Thiam, o Credit Suisse implementou medidas de reorganização que implicaram a eliminação de 7.200 postos de trabalho no último ano e deverá atingir outros milhares de empregos em 2017.

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