Jerónimo Martins paga dividendo a 4 de maio

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

Os acionistas da Jerónimo Martins, reunidos em assembleia-geral anual, aprovaram hoje a distribuição de um dividendo bruto de 60,5 cêntimos por ação. O pagamento será feito a 4 de maio.

Os acionistas da Jerónimo Martins, reunidos em assembleia-geral anual, aprovaram hoje a distribuição de um dividendo bruto de 60,5 cêntimos por ação, excluindo as ações próprias em carteira, divulgou a dona do Pingo Doce.

O pagamento do dividendo ocorrerá no próximo dia 4 de maio de 2017, sendo que as ações passarão a ser transacionadas sem direito ao mesmo dois dias úteis antes dessa data”, refere a Jerónimo Martins, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As propostas relativas aos pontos de ordem de trabalhos foram aprovadas, o que inclui o relatório de gestão e as contas do exercício do ano passado, bem como a proposta de aplicação de resultados.

No ano passado, a Jerónimo Martins registou um lucro consolidado de 593.218.203,38 euros e um lucro nas contas individuais de 350.645.129,42 euros.

Na reunião foi ainda aprovado um “voto de apreço, reconhecimento e confiança ao Conselho de Administração e a todos e a cada um dos seus membros e, muito em particular, ao seu presidente, bem como à comissão de auditoria e a todos e cada um dos seus membros”, refere a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos, no comunicado.

Foi ainda designado o novo Revisor Oficial de Contas até ao final do triénio em curso (2016-2018).

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BE aberto a viabilizar projetos de outros partidos sobre supervisão bancária

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

O Bloco admite aprovar projetos de outros partidos, apesar de não se comprometer. Já o Partido Socialista quer que as propostas baixem à comissão. Esta sexta-feira há discussão no Parlamento.

O Bloco de Esquerda (BE) admitiu esta quinta-feira viabilizar alguns projetos de lei de outros partidos sobre a supervisão bancária, em debate na sexta-feira, no parlamento, mas não se comprometeu em definitivo. “Não iremos inviabilizar nenhum projeto que possa trazer melhorias quer para funcionamento do Banco de Portugal (BdP) quer para o sistema financeiro”, afirmou a deputada do BE Mariana Mortágua, que não se compromete com o sentido de voto dos bloquistas.

Na sexta-feira, os deputados vão discutir seis projetos do CDS-PP, três do Bloco de Esquerda e um do PCP, todos sobre revisão do modelo de supervisão financeira, aos quais ainda se junta uma resolução dos bloquistas a exigir a exoneração do governador do BdP, Carlos Costa, que tem garantido o voto contra do PS. “Por mais pequeno que seja” a melhoria, sublinhou, os bloquistas estão “disponíveis para viabilizar”, até dando o sim a que os diplomas baixam à comissão sem votação.

“Se é para fazer um trabalho construtivo de melhoria dos projetos”, o BE dirá que sim, se é “para adiar” e ficar “muito tempo” na Assembleia, então “mais vale não adiar mais”, justificou. Um dos três projetos de lei do BE visa limitar a comercialização de produtos financeiros complexos nos balcões de bancos, criando balcões especializados para a venda desses produtos complexos.

Uma forma de evitar a repetição de situações como as que aconteceram com os lesados do Banif e do BES, afirmou. Mais uma vez com processos dos bancos em pano de fundo, neste caso do BES e da emissão de papel comercial do grupo, os bloquistas propõem que se proíbam os bancos de realizarem operações sobre valores emitidos por si ou por entidades com ele relacionadas.

Por último, e para proteger os pequenos investidores, o BE pretende impor a classificação de Oferta Pública todas as colocações que envolvam investidores não qualificados. A quarta iniciativa dos bloquistas é um projeto de resolução, que é votado na sexta-feira e em que propõem a exoneração de Carlos Costa de governador do Banco de Portugal.

No que respeita ao conjunto de diplomas de outras bancadas em debate na sexta-feira, o PS apenas definiu o seu voto contra no que toca à resolução do Bloco de Esquerda que exige a demissão do governador do BdP. Em relação aos restantes dez diplomas, particularmente os seis provenientes do CDS, fonte socialista disse à agência Lusa que o PS defende que deverão baixar a comissão de especialidade sem votação na generalidade, caso contrário alguns deles terão logo a oposição da bancada socialista.

Do grupo de projetos do CDS, o PS, para já, apenas não manifesta dúvidas em relação ao que se refere à revisão da Lei Orgânica do Banco de Portugal, “introduzindo a regra de que o preenchimento dos cargos de direção seja efetuado mediante processo concursal”.

PS quer conclusões das comissões de inquérito na reforma da supervisão financeira

O PS leva na sexta-feira a discussão e a votos uma resolução para que o Governo integre na sua reforma do modelo de supervisão financeira conclusões saídas das comissões de inquérito ao BPN, BES e Banif. Este projeto de resolução da bancada socialista será discutido em conjunto com seis projetos do CDS-PP, três do Bloco de Esquerda e um do PCP, todos sobre revisão do modelo de supervisão financeira, aos quais ainda se junta uma resolução dos bloquistas a requerer a exoneração do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Em primeira linha, o PS entende (tal como se refere na sua resolução) que, no quadro da transposição da diretiva europeia dos mercados e instrumentos financeiros (DMIF II) e da futura proposta do Governo para a reforma do modelo de supervisão do setor financeiro, o executivo socialista deverá introduzir um conjunto de princípios e de garantias em defesa dos consumidores de produtos financeiros.

Como princípio geral, o PS sustenta que o executivo “pondere as conclusões e as recomendações das comissões parlamentares de inquérito já realizadas à nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), bem como às resoluções do Banco Espírito Santo (BES) e do Banif”. Segundo o PS, o Governo também deverá incluir nos próximos processos legislativos “novos instrumentos de salvaguarda dos investidores, em particular no que diz respeito à adequada perceção de risco, dispondo nomeadamente que no prospeto, bem como em todos os dispositivos publicitários, seja explícita a posição dos títulos transacionados (ou subscritos) na hierarquia em processos de recapitalização interna”.

Outro ponto que a bancada socialista considera de “elevada importância” relaciona-se com a necessidade de novas disposições que reforcem a regulação de conflitos de interesses na colocação de títulos de dívida e capital de partes interessadas. Entre as situações mais graves ocorridas com instituições financeiras nacionais, de acordo com o PS, “abundaram casos de conflitos de interesses, não só quanto à exposição das entidades bancárias a partes interessadas, mas também na colocação (nem sempre adequadamente sinalizada) de títulos de dívida e de capital dessas mesmas partes”.

Ainda no que concerne especificamente ao novo modelo de supervisão, além do objetivo de se “retirar do espetro do Banco de Portugal o fundo de resolução”, os socialistas entendem que o Governo deve proceder igualmente à “revisão dos limites de exposição creditícia das entidades bancárias a partes relacionadas”.

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Reformas antecipadas vão ter menos cortes

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Abril 2017

A partir dos 41 anos de descontos, idade de reforma encolhe a um ritmo progressivo, indo mais longe do que o atual: aos 48 anos de contribuições e 60 de idade, pensões não têm cortes.

A idade de reforma vai baixar à medida que aumentam os anos de descontos, num regime mais progressivo do que o atual. O fator de sustentabilidade — que retira 13,88% às pensões antecipadas iniciadas em 2017 — desaparece, e, afinal, o corte de 0,5% por cada mês de antecipação não será ajustado.

Atualmente, a idade de reforma baixa quatro meses por cada ano de descontos acima dos 40, mas com o limite de 65 anos. Ou seja, no máximo, a idade de reforma — 66 anos e três meses em 2017 — recua até aos 65 anos no caso de um trabalhador com 44 ou mais anos de contribuições. Com o novo regime, este limiar poderá baixar dos 65 anos. Mas as reformas antecipadas continuarão acessíveis, na Segurança Social, apenas a quem tem mais de 60 anos de idade e 40 de descontos — uma regra que era transitória e que passará a definitiva,

O fator de sustentabilidade (13,88% em 2017) cai mas, ao mesmo tempo, também desaparece uma outra norma que permitia suavizar os cortes nas pensões de quem já tem mais de 40 anos de carreira.

Questionado sobre as implicações do novo regime e se nenhum trabalhador sairia a perder com as novas regras, Vieira da Silva explicou que o objetivo é “que as penalizações sejam menos pesadas”, já que estas “eram, em muitos casos, impeditivas do direito à reforma antecipada”. À margem da reunião de concertação social, o ministro do Trabalho acrescentou ainda que o novo regime vai “permitir que mais pessoas tenham capacidade de acesso à reforma sem ter penalizações algumas”.

O quadro seguinte, apresentado aos parceiros sociais, explica o ajuste individual da idade de reforma pensado pelo Governo, ainda sujeito a alterações. Tal como agora, a redução é de quatro meses por cada ano de descontos entre 41 e 43. A partir dos 44 anos de contribuições, a redução começa a ser mais significativa — atualmente, não é possível sequer baixar do limiar dos 65 anos. Quando o trabalhador atingir 48 anos de descontos, sabe que não terá qualquer corte no valor da sua pensão, desde que atinja o patamar mínimo dos 60 anos de idade.

Nota: A idade mínima de acesso à reforma antecipada acompanhará anualmente a evolução da idade normal de acesso à pensão. Fonte: MTSSS

Para quem abandonar o mercado de trabalho antes da idade referente ao seu caso concreto, verá a penalização calculada face a este referencial. O corte é de 0,5% por cada mês, o mesmo que já vigora e que o ministro Vieira da Silva chegou a admitir que seria ajustado.

É preciso não esquecer que a idade normal de reforma continuará a aumentar ano após ano, acompanhando a esperança de vida — em 2017, fixa-se em 66 anos e três meses, em 2018 aumentará um mês. Quer isto dizer que os valores apresentados no quadro terão de ser ajustados todos os anos.

“Para aqueles que não tenham os 48 anos [de contribuições], por cada ano que trabalham acima dos 40 anos há um fator de redução da sua idade de reforma”, que “é progressivo”, explicou o ministro do Trabalho. “O modelo beneficia mais à medida que a carreira contributiva vai crescendo”, acrescentou.

Quem começou a trabalhar antes dos 16 anos pode vir a ser exceção

O corte de 0,5% por mês de antecipação mantém-se, mas “com eventual exceção” para “os trabalhadores que começaram a sua carreira contributiva antes dos 16 anos”, indicou ainda Vieira da Silva. No documento distribuído aos parceiros, o Governo explica que, neste caso concreto, quem tem entre 45 e 47 anos de descontos verá aplicado “um menor fator de penalização mensal por antecipação”. Mas Vieira da Silva ainda não adiantou o valor em causa.

Para já, o Governo ainda não divulgou estimativas quanto ao número de pessoas que podem vir a ser afetadas pelo novo regime. O ministro do Trabalho garante que “são muitos milhares as pessoas que são abrangidas” pelas mudanças, mesmo no caso de carreiras de 48 anos.

O novo regime deverá entrar em vigor de forma faseada, afirmou ainda Vieira da Silva.

Regras não mudam para já nos regimes de desemprego e Função Pública

Estas regras aplicam-se apenas ao regime contributivo da Segurança Social. Para já, nem o regime de reforma por desemprego de longa duração nem as regras aplicáveis aos funcionários públicos terão alterações, embora o ministro não rejeite a hipótese de ajustamentos no futuro. Quer isto dizer que, para já, estes regimes continuam a ter regras próprias, sendo afetados nomeadamente pelo fator de sustentabilidade.

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Tribunal de Contas diz que Fundos de Estabilização desrespeitam princípios orçamentais

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

O Tribunal de Contas detetou que os Fundos acumularam "disponibilidades manifestamente excessivas" e frisa que as obrigações dos contribuintes aumentaram mas o montante das coimas não baixou.

As conclusões da auditoria do Tribunal de Contas à atividade dos Fundos de Estabilização Tributário e Aduaneiro apontam para falta de conformidade e de transparência das suas contas face aos princípios orçamentais, segundo o relatório divulgado esta quinta-feira.

“As contas dos Fundos não são conformes aos princípios orçamentais nem transparentes pois deveriam mostrar que os Fundos veiculam, apenas, a consignação de receitas do Estado para pagamento de despesas do Estado com os trabalhadores da AT [Autoridade Tributária e Aduaneira]”, considerou o Tribunal de Contas que examinou as contas de 2015.

“Além disso, as operações subjacentes estão materialmente afetadas por erros em 2015 devido aos quais o relatório expressa uma opinião de auditoria desfavorável sobre a respetiva legalidade e regularidade“, acrescentou.

Os Fundos de Estabilização Tributário e Aduaneiro (FET e FEA) do Ministério das Finanças destinam-se a financiar os suplementos remuneratórios atribuídos aos trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

“Sublinha-se que os Fundos acumularam disponibilidades manifestamente excessivas (1.163 milhões de euros no final de 2015) face às necessidades, ao arrepio das boas práticas de gestão financeira”, realçou o Tribunal de Contas.

E acrescentou: “O pagamento de remunerações financiado por coimas e outras penalidades deveria ter sido permanentemente monitorizado e incluir a sistemática simplificação dos procedimentos de cobrança na perspetiva do contribuinte. Ao invés, assistiu-se ao aumento das obrigações dos contribuintes sem contrapartida na redução do montante das coimas“.

Perante estas conclusões, o Tribunal de Contas recomendou que se promovam “as iniciativas pertinentes para reapreciar a utilidade dos Fundos de Estabilização Tributário e Aduaneiro”.

E que se seja feita “a tomada das decisões de reforma que se mostram necessárias à luz das atuais restrições orçamentais” de modo a “assegurar a contabilização verdadeira, apropriada e transparente da parte das receitas do Estado consignada aos Fundos (uma prática excecional e transitória nos termos da própria lei), bem como das despesas do Estado que estes financiam”.

Os outro objetivos são “uniformizar o regime de pessoal, carreiras e estatuto remuneratório (incluindo suplementos) dos trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira” e “ponderar a afetação de recursos financeiros do Estado face às necessidades”.

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Energia anima a bolsa, mas a estrela é o BCP

A bolsa soma e segue. Voltou a valorizar, acompanhando a tendência das restantes praças europeias, ficando à porta da fasquia dos 5.000 pontos. A energia animou, mas o destaque foi para o BCP.

Foi mais uma sessão de ganhos na bolsa nacional, patrocinada pelo desempenho positivo das empresas do setor energético. O PSI-20 valorizou 0,39%, com a EDP a ganhar 0,2%, enquanto a EDP Renováveis ficou inalterada, ainda 19 cêntimos acima da OPA. A Galp Energia também subiu, apoiada na valorização do petróleo, sendo que o grande destaque da sessão foi para o setor financeiro. O BCP subiu quase 1,5% apoiado no reforço da posição da BlackRock.

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Ryanair vai começar a fazer pontes aéreas

A companhia área low cost decidiu mudar de estratégia. A experiência vai começar no aeroporto Leonardo Da Vinci, em Roma, e depois será replicada nos restantes locais onde a companhia irlandesa opera.

A Ryanair ficou conhecida por ser uma companhia aérea pouco convencional: além de ter preços low cost, a empresa irlandesa ditou que a sua estratégia seria “ponto-a-ponto”. Ou seja, os passageiros não seriam transferidos, entre voos, operados pela própria Ryanair ou por outras companhias aéreas. Segundo a Bloomberg, esta política vai mudar: a companhia vai passar a oferecer aos seus passageiros a ligação entre um voo e o seguinte pela primeira vez na sua história.

Esta mudança de estratégia torna a Ryanair mais próxima das restantes companhias aéreas que já dispõem deste serviço. O aeroporto de Roma, em Itália, vai ser utilizado como um teste, no final deste mês, para que depois a companhia aérea possa ser replicada nos outros aeroportos. As malas vão poder seguir o percurso todo até ao destino final apenas com um check-in, mas com a ressalva de que entre os voos tem de passar um período de três horas, escreve a Bloomberg.

A nova estratégia foi anunciada pelo diretor de vendas, Kenny Jacobs, esta quinta-feira, em Londres, numa conferência de imprensa. O quadro da Ryanair classificou o passo de decisivo, tendo a expectativa de o concretizar de forma célere.

Atualmente, caso um passageiro que viaje através da empresa sediada em Dublin queira fazer essa ligação entre os voos da própria companhia ou ligar a outra companhia não o consegue fazer. Para isso tem de comprar um voo numa companhia diferente, através de sistemas de marcação diferentes, para fazer essa ligação dentro do horário necessário.

Segundo Kenny Jacobs, a mudança não chegou mais cedo porque a Ryanair estava “muito focada em ser a mestre do tráfego ‘ponto-a-ponto'”. “Não queríamos estar distraídos com demasiadas coisas”, justificou o diretor de venda da empresa irlandesa.

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Empresas islandesas vão ter de pagar o mesmo a homens e mulheres

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Abril 2017

O Governo do país com menor diferença salarial entre homens e mulheres anunciou uma lei que obriga as empresas a pagarem o mesmo a funcionários com a mesma função, independentemente do sexo.

A Islândia lidera a lista de países com menor diferença salarial entre homens e mulheres, contudo, isto não é suficiente. O Governo islandês anunciou uma nova lei que obriga as empresas públicas e privadas a pagarem de forma igual a funcionários que desempenham a mesma função, independentemente do género, etnicidade, sexualidade ou nacionalidade.

Para cumprir o objetivo final, que será acabar a diferença salarial baseada no género até 2022, as empresas com 25 ou mais funcionários terão de entregar provas de que oferecem a mesma remuneração a trabalhadores com a mesma função.

“Igualdade de direitos faz parte dos direitos humanos”, afirmou Thornsteinn Viglundsson, ministro da Igualdade e dos Assuntos Sociais. “Precisamos de ter a certeza que homens e mulheres dispõem de oportunidades iguais no sítio onde trabalham. É nossa responsabilidade tomar qualquer medida para atingir isto.”

Em média, as mulheres islandesas ganham 14 a 18% menos que os homens. Existem já leis em vigor para que este número deixe de ser uma realidade, como a imposição de quotas mínimas nas administrações empresariais e nos gabinetes do Governo.

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Governo altera lei para que subsídio de desemprego não seja inferior a 421 euros

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

O Governo aprovou a medida esta quinta-feira no Conselho de Ministros. Todos os partidos já tinham aprovado a resolução do PS que recomendava ao Executivo socialista esta alteração.

O Governo aprovou esta quinta-feira a introdução de um ‘travão’ à redução do subsídio de desemprego, impedindo que este possa ser inferior ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS), atualmente em 421,32 euros.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, que hoje decorreu, no encontro foi “alterado o regime jurídico de proteção social da eventualidade de desemprego dos trabalhadores por conta de outrem, através da introdução de um travão na redução aplicada, desde 2012, sobre o valor do subsídio de desemprego após 180 dias”.

Até agora, ao fim de 180 dias de recebimento desta prestação social, o seu montante reduz-se em 10%.

Segundo a alteração legislativa hoje aprovada, esse corte do montante atribuído pelo Estado só pode acontecer quando o valor do subsídio é superior ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e dessa redução não pode “resultar a atribuição de um montante mensal de valor inferior àquele indexante”.

O IAS é o montante pecuniário que serve de referência à Segurança Social para calcular as diversas prestações sociais e fixou-se em 421,32 euros em 2017.

O Governo justifica ainda, no comunicado, esta alteração como sendo “indispensável para assegurar o mínimo de subsistência” dos que recebem subsídio de desemprego por perda involuntária do emprego.

Todos os partidos políticos representados no parlamento já tinham aprovado, em março, a resolução do PS que recomendava ao Executivo socialista esta mexida, eliminando assim uma medida introduzida pelo Governo PSD/CDS-PP.

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CDS quer saber se há funcionários do Estado a falsificar avaliações

  • Marta Santos Silva
  • 6 Abril 2017

O partido vai apresentar um requerimento ainda esta semana para perceber se há casos de falsificações nos serviços da Administração Pública e quais seriam as repercussões para os serviços.

Afinal houve funcionários públicos a serem chamados para falsificar avaliações de anos anteriores que não foram realizadas atempadamente, ou não? O que começou por denúncias que chegaram aos sindicatos vai ser agora objeto de um requerimento do CDS-PP, movido pelo deputado Filipe Anacoreta Correia, para perceber se houve de facto casos deste género e, se sim, quais serão as consequências, e para quem.

O requerimento surge na sequência de declarações, na comissão do Trabalho que se realizou ontem, quarta-feira, no Parlamento, da secretária de Estado da Administração Pública Carolina Ferra que, confrontada com as denúncias dos sindicatos, disse não ter conhecimento de situações deste tipo, e alertou para o facto de que seria “ilegal” falsificar a avaliação de anos anteriores.

“A secretária de Estado afirmou que nenhum trabalhador pode ser prejudicado por não haver avaliações”, relembra o deputado centrista Filipe Anacoreta Correia ao ECO. “Mas se assim é, não deveria haver lugar a simulações”. O CDS quer saber se houve de facto falsificação de avaliações e, se sim, quais as consequências para os serviços que o fizeram, já que é ilegal. Para tal, Filipe Anacoreta Correia afirmou estar a preparar um requerimento que tenciona entregar ainda esta quinta-feira, já que a secretária de Estado “negou ter conhecimento e, por outro lado, não manifestou curiosidade” sobre o assunto, afirma.

"O que estamos a dizer a estas pessoas é que se assinarem os objetivos estão a incorrer num crime.”

Helena Rodrigues

Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado

Os sindicatos da Função Pública tinham registado a chegada de denúncias por parte de funcionários públicos que tinham sido chamados para assinarem objetivos e simularem a avaliação de desempenho, que é feita de acordo com o Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública (SIADAP). Os dirigentes da FESAP e do STE disseram ao Público que “em serviços de diversos setores” estavam a surgir pedidos deste género. “O que estamos a dizer a estas pessoas é que se assinarem os objetivos estão a incorrer num crime”, disse Helena Rodrigues, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

Na comissão do Trabalho, o ministro das Finanças, Mário Centeno, também assumiu não conhecer qualquer caso desde tipo, até porque a avaliação dos trabalhadores segundo o SIADAP é da responsabilidade de cada serviço, sendo por isso difícil saber, de forma centralizada, se todos os funcionários estavam a ser avaliados atempadamente. No entanto, o ministro manifestou abertura para “criar mecanismos” caso existam “eventuais casos” de trabalhadores que não foram avaliados, de forma a não serem impedidos de progredir nas carreiras. Não se pronunciou, porém, sobre possíveis consequências para os serviços que tentem que os trabalhadores simulem a avaliação, ou para os que não tenham realizado avaliações atempadamente. A avaliação de desempenho é essencial para os funcionários públicos poderem progredir na carreira, já que só o podem fazer se tiverem um certo número de avaliações positivas.

“Quando tivermos a resposta ao questionário que vamos submeter a cada um dos dirigentes” dos serviços, vai ser conhecido se existiram de facto funcionários que não foram avaliados, acrescentou o ministro. Contactado pelo ECO, o Ministério das Finanças esclarece que está a ser ultimado um questionário a enviar aos serviços para preparar o descongelamento das carreiras da Função Pública, mas não precisou para já que questões específicas lá constarão.

(Notícia atualizada às 18h04 com a resposta do Ministério das Finanças)

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Galp e Jerónimo Martins deixam bolsa à porta dos 5.000 pontos

Duas sessões de ganhos deixam PSI-20 mais perto da fasquia dos 5.000 pontos. BCP avançou mais de 1% depois da gestora de fundos internacional BlackRock ter reforçado presença no banco.

A bolsa nacional está novamente à porta da barreira psicológica dos 5.000 pontos, depois de ter baixado dessa fasquia no início da semana. Ajudaram os bons desempenhos da Galp e da Jerónimo Martins, dois dos pesos pesados em Lisboa, numa sessão europeia positiva.

O PSI-20, o principal índice português, registou uma subida de 0,39% para 4.999,52 pontos. Dez cotadas encerraram em terreno positivo, com os títulos da petrolífera e da retalhista em destaque: valorizaram 0,73% e 0,81%, respetivamente. No caso da Galp, a evolução positiva acompanhou a subida dos preços do petróleo. O Brent, que serve de referência para as importações nacionais, ganha 0,64% para 54,72 euros.

No setor financeiro, o BCP registou um dos melhores desempenhos na praça nacional. As ações do banco subiram 1,43% para 0,18 euros, depois de a gestora de fundos internacional BlackRock ter reforçado a sua posição na instituição com mais de 2% do capital.

BlackRock dá ganhos ao BCP

Entre as cotadas que estiveram a condicionar a bolsa, nota para a Nos. As ações da operadora dona da Meo caíram 1,55% para 5,09 euros, no pior desempenho em Lisboa.

Na Europa, os ganhos também foram modestos, com a exceção do madrileno IBEX-35, que somou mais de 1%. Nas restantes praças, como Frankfurt, Paris e Londres, as subidas não foram além de 0,6%.

“É o cenário económico mais positivo que vimos desde que Mario Draghi é líder do Banco Central Europeu“, referiu Mike Bell, estratego da JP Morgan Asset Management. “Os investidores não estão avaliar totalmente esta melhoria nos fundamentais económicos, talvez de forma compreensível por causa de preocupações políticas. Acreditamos que agora é uma boa oportunidade para comprar ações europeias”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 17h10)

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TSU: Governo reduz para metade apoios à contratação

  • ECO
  • 6 Abril 2017

Contratar jovens ou desempregados há mais de 12 meses dará direito a uma redução de 50% na TSU. Regime em vigor permite isenção total, opção que ficará limitada a desempregados de muito longa duração.

O Conselho de Ministros aprovou hoje a redução das contribuições, em 50%, para empresas que contratem, sem termo, jovens à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração.

No caso de jovens, a dispensa vigora por cinco anos, sendo reduzida para três anos quando estão em causa desempregados há mais de 12 meses, indica uma nota publicada no site do Governo.

Atualmente, o regime em vigor permite que as empresas fiquem totalmente isentas de contribuições por um período de três anos em ambos os casos. E não se restringe à contratação sem termo.

No novo regime, só a contratação de desempregados de muito longa duração com mais de 45 anos dará o direito a isenção de descontos, que também poderá durar três anos.

“O Governo estabelece que podem beneficiar deste incentivo jovens à procura do primeiro emprego, com idade até aos 30 anos, inclusive, que nunca tenham prestado a atividade ao abrigo de contrato de trabalho sem termo”, indica a nota publicada no portal do Governo, acrescentando: “também podem beneficiar desempregados de longa duração inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional há 12 meses ou mais, e desempregados de muito longa duração, com 45 anos de idade ou mais, inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional há pelo menos 25 meses“.

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Devin Nunes afasta-se de investigação a interferência da Rússia em eleições dos EUA

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

O luso-descendente que lidera a Comissão de Serviços de Informação da Câmara dos Representantes vai afastar-se da investigação à alegada interferência russa nas eleições dos Estados Unidos.

O congressista Devin Nunes afastou-se esta quinta-feira da liderança da comissão da Câmara dos Representantes que investiga a interferência da Rússia nas eleições dos EUA do ano passado. Num comunicado, o luso-descendente disse que tomara a decisão depois de “vários grupos ativistas de esquerda” terem apresentado queixas sobre si ao Escritório de Ética do Congresso.

Nunes disse que essas queixas eram “completamente falsas e motivadas politicamente”, mas que “era do interesse” da comissão que ele se afastasse para o trabalho poder continuar. Devin Nunes, que continuará como presidente da Comissão de Serviços de Informação da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos), enfrentava uma forte pressão por parte do Partido Democrata depois de ter falado com a Casa Branca sobre questões relacionadas com a investigação.

O congressista integrou a equipa de transição do magnata do imobiliário antes de este ter assumido a Presidência norte-americana, no passado dia 20 de janeiro. “Chegámos a um ponto, depois dos acontecimentos da semana passada, em que é muito difícil manter a credibilidade das investigações“, dissera na semana passada o democrata e também membro da comissão dos serviços de informações Adam Schiff.

Há duas semanas, Devin Nunes foi sozinho à Casa Branca e, sem avisar previamente os membros da comissão, anunciou numa conferência de imprensa de que tinha informado o Presidente Trump sobre a possibilidade das suas comunicações terem sido intercetadas, de “forma acidental”, durante operações de escuta de rotina a comunicações a outros líderes políticos.

Nunes não revelou como obteve tais dados, afirmando apenas que tinha recebido as informações de uma fonte anónima com a qual conversou dentro das instalações da Casa Branca. Tais revelações levantaram dúvidas sobre a independência e a imparcialidade do congressista republicano.

As críticas também chegaram do partido republicando, com o senador republicano John McCain a afirmar que Nunes tinha de explicar porque foi sozinho à Casa Branca para abordar matérias sobre uma investigação bipartidária do Congresso.

“Estou neste meio há algum tempo e nunca ouvi falar de tal coisa”, disse McCain na altura, em declarações a um programa da estação de televisão norte-americana CBS.

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