Seis anos depois do resgate, Portugal sai do vermelho

Há precisamente seis anos, às 20h41, Sócrates anunciava ao país o pedido de resgate. Hoje, o Mecanismo Europeu de Estabilidade veio dizer que a vulnerabilidade soberana já não é de "risco elevado".

Em pouco mais de 30 anos, Portugal já pediu três vezes um pedido de assistência financeira: os anos de 1977, 1983 e 2011 já estão na história do país. Seis anos depois do último resgate, o país deixou de ter uma avaliação de “risco elevado” (marcada com a cor vermelha), segundo um documento do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), divulgado esta quinta-feira. Portugal tem agora a classificação de 2.0 pontos (marcada com a cor laranja), mas continua ser muito vulnerável num ponto: “as necessidades e condições de financiamento do Governo e estrutura da dívida” continuam a ser um fator de vulnerabilidade da soberania nacional.

Fotomontagem de Raquel Sá Martins

Às 20h41 do dia 6 de abril de 2011, o então primeiro-ministro demissionário anunciava ao país: “O Governo decidiu dirigir à Comissão Europeia um pedido de ajuda financeira de forma a garantir as condições de financiamento“. Numa comunicação aos portugueses de menos de cinco minutos, José Sócrates garante: “É em nome do interesse nacional que digo aos portugueses que é preciso dar este passo”. Nesse dia, os juros da dívida portuguesa superavam os 8% no mercado secundário de dívida.

Este foi o culminar de um dia em que o então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anuncia de tarde, no Jornal de Negócios, que “é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu”. O pedido é recebido por um português na Comissão Europeia: Durão Barroso, então presidente do Executivo comunitário, promete tratar do assunto “da forma mais expedita possível”. Um mês depois, em maio, o Governo chega a acordo com as instituições internacionais que viriam a constituir a troika: Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu.

O plano é depois implementado pelo Governo de Pedro Passos Coelho, que vence as eleições em junho de 2011, com o Ministério das Finanças a ser liderado pelo atual quadro do FMI, Vítor Gaspar. O programa de ajustamento envolveu 78 mil milhões de euros e durou três anos, até à “saída limpa” de 2014, já com Maria Luís Albuquerque enquanto ministra das Finanças. Seis anos depois, as palavras troika e austeridade passaram a fazer parte do vocábulo diário dos noticiários e dos portugueses.

O vermelho passou a laranja

A vulnerabilidade soberana de Portugal deixou no ano passado de ser catalogado com ‘vermelho’, depois de sete anos com uma avaliação de “risco elevado”, de acordo com um documento de trabalho do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) divulgado esta quinta-feira, que a agência Lusa noticiou.

Segundo a Lusa, o relatório do fundo de resgate permanente da Zona Euro, pretende “contribuir para a capacidade do MEE de monitorizar as vulnerabilidades soberanas nos países” que estiveram sob programa de assistência. Os técnicos atribuem a Portugal em 2016 uma nota de 2 pontos (‘laranja’) – numa escala de 1 (‘vermelho’, equivalente a muito vulnerável) a 4 (‘verde’, muito resistente) -, depois de sete anos no ‘vermelho’ (com classificações entre os 1,7 e 1,9 pontos entre 2009 e 2015).

A pontuação é dada com base numa série alargada de critérios, explica a Lusa, tal como as “necessidades e condições de financiamento do Governo e estrutura da dívida”, “força económica”, “situação orçamental”, “passivos do setor financeiro”, “parâmetros institucionais” e “endividamento do setor privado e fluxos de crédito”, com vista a determinar as ameaças à capacidade de cada país “resgatado” para pagar os empréstimos aos seus credores.

Mapa com as classificações de 0 a 4 da vulnerabilidade soberana da Irlanda, Grécia, Espanha, Chipre, Portugal e o resto da Zona Euro.Mecanismo Europeu de Estabilidade

Segundo a análise levada a cabo, entre os grandes domínios tidos em conta, Portugal está no ‘vermelho’ apenas num, “as necessidades e condições de financiamento do Governo e estrutura da dívida” (1,7 pontos), estando todos os restantes no “laranja”.

A evolução dos seis parâmetros avaliados na situação portuguesa.Mecanismo Europeu de Estabilidade

Este gráfico divulgado pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade mostra que a principal melhoria no período de 2011 a 2016 registou-se na área orçamental. Em sentido contrário, desde 2008 que as necessidades de financiamento do Estado, tendo em conta as suas condições e à estrutura da dívida, pioraram significativamente entre 2008 e 2011 e pouco melhoraram nos anos seguintes.

Este é o fator que passou do laranja para o vermelho e lá continuou, sendo o único que atualmente está classificado de “alto risco” para Portugal. Recorde-se que a dívida soberana superou os 130% em 2016. Além disso, os juros da dívida portuguesa agravaram, tendo chegado a superar os 4%, apesar de atualmente estarem nos 3,9%.

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Juros baixos vão virar setor financeiro de pernas para o ar

Se a Fed está a subir os juros, no resto do mundo desenvolvido as taxas estão muito baixas. Uma realidade que vai mudar o setor financeiro. É uma ameaça que precisa resposta política.

Juros de zero, ou mesmo negativos? Há alguns anos eram um mito, mas rapidamente tornaram-se uma realidade em muitas economias desenvolvidas. Taxas muito baixas são a solução para fomentar o crescimento económico, mas o reverso da medalha é um setor financeiro em dificuldades. São “um desafio”, diz o Fundo Monetário Internacional (FMI). Vão obrigar a uma mudança na forma como o setor funciona, processo para o qual os governos terão de contribuir com medidas que garantam uma transição suave.

“Quais serão as consequências para o setor financeiro de um cenário de baixo crescimento com taxas de juro baixas?”, questiona o FMI no Global Financial Stability Report. Muitas, numa resposta breve. “A manutenção de um ambiente de taxas de juro baixas representará um desafio considerável para as instituições financeiras. No longo prazo, este cenário poderá levar a alterações significativas no modelo de negócio dos bancos, seguradoras, fundos de pensões e nos produtos que estes oferecem”, refere.

Neste contexto de baixo crescimento, com juros mínimos, assistiremos a uma queda nas taxas das obrigações, “levando a uma quebra dos lucros dos bancos, colocando desafios duradouros para as seguradoras do ramo vida e fundos de pensões”, refere o FMI. “Se as taxas dos depósitos dos bancos não podem descer abaixo de zero (de forma significativa), os lucros dos bancos serão ainda mais esmagados. Os bancos mais pequenos, mais dependentes de depósitos dos seus clientes, e menos diversificados serão os mais penalizados, o que poderá obrigar a mais consolidação”.

"O negócio dos bancos nas economias avançadas poderá evoluir no sentido de um sistema baseado em comissões.”

Global Financial Stability Report

Fundo Monetário Internacional

Para tentarem contrariar a tendência, os bancos veem-se forçados a procurarem alternativas que compensem a quebra no negócio principal, situação que o FMI diz poder colocar em causa a estabilidade financeira. “À medida que os bancos procuram rentabilidade tanto no mercado interno como no exterior, novos desafios à estabilidade financeira podem surgir nos seus mercados domésticos“, alerta, sublinhando que esta possibilidade não é assim tão remota. O alerta é suportado no que aconteceu, por exemplo, com os bancos japoneses.

Perante a quebra da rentabilidade do seu negócio, como o setor financeiro sempre o conheceu, num contexto de baixo crescimento e de envelhecimento da população, que levará a uma redução da procura por crédito por parte das famílias e empresas, haverá um aumento da procura por aplicações financeiras e serviços. “Assim, o negócio dos bancos nas economias avançadas poderá evoluir no sentido de um sistema baseado em comissões“, nota o FMI.

E mesmo as seguradoras e fundos de pensões terão de rever os seus modelos. “Os fundos de pensões, bem como os modelos de negócio das seguradoras do ramo vida, deverão sofrer alterações significativas no longo prazo”, refere o relatório do FMI. Uma dessas alterações será na procura por seguros de vida de longo prazo, à medida que a esperança de vida aumenta. E a procura por aplicações de capital garantido oferecidas pelas seguradoras “deverá encolher em detrimento dos fundos passivos das gestoras de ativos”, nota o documento.

As decisões políticas poderão facilitar a consolidação no setor, bem como a saída de negócios que não são rentáveis, isto ao mesmo tempo que limitam o excessivo aumento na tomada de risco e garantem que o problema das instituições ‘demasiado grandes para falir’ não se agrava.

Global Financial Stability Report

Fundo Monetário Internacional

A mudança vai acontecer. O mundo financeiro vai ser virado de pernas para o ar, mas há várias formas de isso acontecer. Ou bruscamente, ou de um modo mais suave. “Os governos podem ajudar a tornar menos penoso o ajustamento para esta nova realidade“, refere o FMI. “É necessário que se criem quadros prudenciais que forneçam incentivos para garantir a estabilidade no longo prazo em vez de se pedir menos regulação que alivie o sofrimento no curto prazo”

Para os bancos, diz o FMI, as decisões políticas poderão “facilitar a consolidação no setor, bem como a saída de negócios que não são rentáveis, isto ao mesmo tempo que limitam o excessivo aumento na tomada de risco e garantem que o problema das instituições ‘demasiado grandes para falir’ não se agrava”. “Implementar exigências de solvência que encorajem as seguradoras a realizarem os ajustamentos necessários aos seus modelos de negócio será vital”, refere o relatório, rematando que “a vigilância e a regulação das atividades de gestão de ativos serão importantes, à medida que a representatividade desta indústria no setor aumenta”.

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Bancos perdem 17 em cada 100 euros do crédito

O crédito em incumprimento recuou, mas muito ligeiramente. O rácio estava em 17,2% no final do ano. As imparidades reconhecidas levaram a rentabilidade a afundar, passando para terreno negativo.

Em cada 100 euros concedidos em crédito, a banca tem 17,20 euros que estão a ficar por cobrar. O crédito em risco encolheu ligeiramente no final do ano passado, mas continua a ser um fardo para o setor financeiro. Continua a forçar os bancos a reconhecerem elevadas perdas nas contas, tendo atirado a rendibilidade das instituições financeiras nacionais para terreno negativo em 2016.

“O rácio de empréstimos non-performing situou-se em 17,2%, tendo apresentado uma redução de 0,4 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior”, revela o relatório sobre o sistema bancário português do Banco de Portugal. “O rácio de crédito em risco situou-se em 11,8% no quarto trimestre de 2016, reduzindo-se 0,8 p.p. face ao trimestre anterior”.

Ao mesmo tempo que o malparado se mantém elevado, os bancos estão a tentar precaver-se perante as perdas potenciais. Daí que, refere o mesmo relatório, o “rácio de cobertura de empréstimos non-performing tenha registado um aumento face ao trimestre anterior situando-se em 45,0%. Numa comparação com o final do ano anterior este rácio aumentou cerca de 4 p.p.”, conclui.

Rendibilidade em queda

“A rendibilidade dos capitais próprios e do ativo foi negativa em 2016, tendo diminuído face ao ano anterior”, diz o Banco de Portugal, salientando que “no quarto trimestre de 2016 verificou-se um reforço significativo das imparidades para crédito, o que determinou que a rendibilidade, positiva até ao final do terceiro trimestre, atingisse valores negativos no conjunto do ano”.

“A diminuição da rendibilidade face a 2015 foi determinada por uma queda expressiva dos resultados com operações financeiras, de natureza não recorrente, e, sobretudo, pelo aumento das imparidades”, diz o supervisor do setor financeiro. Esta quebra na rendibilidade aconteceu num período em que a “margem financeira permaneceu virtualmente inalterada face a 2015, em resultado de uma diminuição similar dos juros recebidos e dos encargos com juros”.

Rácios em queda

Com as imparidades em alta, a rendibilidade em queda, os rácios de capitais caíram. “O rácio entre o capital Tier 1 e o ativo diminuiu no quarto trimestre de 2016, refletindo uma redução do capital, associada aos resultados negativos do exercício, num cenário de redução do ativo”, nota o Banco de Portugal.

A diminuição da rendibilidade face a 2015 foi determinada por uma queda expressiva dos resultados com operações financeiras, de natureza não recorrente, e, sobretudo, pelo aumento das imparidades.

Banco de Portugal

“O rácio Common Equity Tier 1 (CET 1) e o rácio de solvabilidade total diminuíram cerca de um ponto percentual face ao terceiro trimestre de 2016 devido à redução do capital, o que é explicado, uma vez mais, pelos resultados negativos do exercício”, diz. “Registe-se, contudo, que já no decurso do corrente ano ocorreram operações de reforço dos fundos próprios em algumas instituições”, conclui.

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Wall Street tenta recompor-se do susto com a Fed

Investidores assustaram-se com pretensão de alguns governadores do banco central americano de reduzir o seu balanço de dívida. Wall Street abriu sem tendência e tenta recompor-se do aviso da Fed.

Os índices norte-americanos tentam recuperar esta quinta-feira do susto que apanharam esta quarta-feira, depois de a Reserva Federal norte-americana ter sinalizado que pode vir a reduzir o seu balanço carregado de títulos de dívida no final do ano, numa altura em que começa a retirar do terreno várias das políticas monetárias que serviram para estimular a maior economia do mundo.

No arranque da sessão em Nova Iorque, o índice S&P 500, que serve de referência para investidores em todo o mundo, perde 0,05% para 2.351,32 pontos, acompanhado do industrial Dow Jones cede 0,01%. Já o tecnológico Nasdaq sobe 0,08%.

Esta evolução mista segue-se ao susto que os investidores tiveram ontem ao lerem as atas da última reunião da Fed, em que foi decidida a subida da taxa de juros para um intervalo entre 0,75% e 1%. Nesse documento ficaram registadas as posições dos vários governadores do sistema norte-americano e alguns deles sugeriram que o banco central deve começar a reduzir o seu balanço de obrigações do Tesouro que construiu nos últimos anos ao abrigo do plano de quantitative easing implementado por Ben Bernanke para retirar a economia da crise financeira de 2007.

Na prática, a Fed vai estar a retirar liquidez do sistema e com isso apertar ainda mais as condições monetárias. Atualmente, o balanço do banco central é composto por 4,5 biliões de dólares em dívida.

“A maior parte dos participantes enfatizou que reduzir o tamanho da folha do balanço [do banco central] deveria ser conduzido de forma passiva e previsível”, descrevem as minutas da última reunião da Fed que ocorreu a 14 e 15 de março. Contudo, a forma como essa diminuição dos estímulos vai ser feita será novamente discutida nas próximas reuniões (a próxima é no início de maio). Uma das opções passará por deixar de reinvestir o dinheiro obtido com as amortizações de obrigações.

"A maior parte dos participantes enfatizou que reduzir o tamanho da folha do balanço [do banco central] deveria ser conduzido de forma passiva e previsível.”

Reserva Federal norte-americana

Atas

“Tudo o que estiver além da discussão teórica poderá criar volatilidade para os mercados acionistas que estão confortáveis com a gigante folha de balanços construída nos últimos anos”, referiram os analistas da Bloomberg Intelligence.

Os elementos da Fed deixaram ainda alertas acerca das excessivas valorizações das ações desde que Donald Trump foi eleito e que colocaram os índices norte-americanos em máximos de sempre, com a promessa republicana de estimular a economia por via orçamental.

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BCE considerou subir taxa de juro em março, mas inflação não convenceu

Ainda há uma "incerteza significativa" em torno da recuperação económica e da evolução da inflação, considera o BCE.

Os governadores do Banco Central Europeu (BCE) estudaram a hipótese de acabar com os cortes à taxa de juro diretora na última reunião que fizeram, a 8 e 9 de março, mas acabaram por decidir manter a política monetária que tem sido implementada. O facto de a recuperação económica e a evolução da inflação ainda estarem em risco demoveu o banco central de aliviar os estímulos à Zona Euro.

“Retirar já a tendência de queda das taxas de juro da orientação futura do Conselho de Governadores foi considerado prematuro”, referiu o BCE, nas atas publicadas esta quinta-feira, citadas pela Bloomberg.Ainda havia uma incerteza significativa em torno das perspetivas económicas e da robustez da inflação“, justifica o regulador.

Em fevereiro, a inflação na Zona Euro fixou-se nos 2%, sobretudo graças à evolução dos preços dos combustíveis, mas voltou a desacelerar para 1,5% em março. Apesar desta desaceleração, a evolução da inflação tem sido suficiente para que se levantem vozes a pedir uma redução gradual do programa de compra de dívida levado a cabo pelo BCE.

A instituição liderada por Mario Draghi responde agora a esses pedidos: alterações à atual política monetária “poderiam levar a uma tendência de subidas excessivas no mercado das taxas de juro, bem como apertar as condições financeiras”.

O BCE manteve, assim, o pacote de estímulos à Zona Euro, deixando inalteradas as taxas de juro e mantendo o programa de compra de títulos de dívida dos Estados-membros a um ritmo de 60 mil milhões de euros por mês. Os governadores concordaram que continuar com estas duas medidas é “apropriado”, ainda que reconheçam a melhoria das condições económicas.

Na reunião de 8 e 9 de março, os governadores analisaram ainda as perspetivas para a inflação. O BCE antecipa que a inflação na Zona Euro vai chegar aos 1,8% em 2019 e alguns dos governadores consideram esta projeção é “demasiado otimista”, tendo em conta os riscos associados à saída do Reino Unido da União Europeia e às políticas do governo de Donald Trump.

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Álcool e mulheres? Dijsselbloem lamenta expressão “demasiado direta”

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

O ministro das Finanças holandês voltou a justificar as suas declarações, após os pedidos de demissão se terem multiplicado por todo o lado.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, voltou esta quinta-feira a sustentar a declaração sobre como certos países gastaram o dinheiro em “copos e mulheres”, admitindo que “a forma” não foi a melhor mas defendendo o argumento. O holandês, que intervinha no Congresso da Banca Alemã, lamentou ter-se expressado “de forma demasiado direta”, o que perturbou “tanta gente”, mas sublinhou que não se referia aos países do sul, mas a todos os países da zona euro.

“Talvez devesse tê-lo dito de outra maneira”, disse Dijsselbloem, que no final da intervenção recebeu um forte aplauso dos cerca de 700 representantes da banca alemã presentes. Dijsselbloem defendeu que nenhuma comunidade pode manter a solidariedade interna sem um “marco” normativo que todas as partes respeitem: “Todos, e não só os países do sul, devem comprometer-se a cumprir o acordado”. “Todos devem dar o seu melhor para construir uma Europa melhor”, acrescentou.

Contrariamente aos que defendem um alívio das regras fiscais dadas as melhorias na situação económica, Dijsselbleom defendeu a manutenção da arquitetura institucional criada na sequência da crise. A solidariedade na zona euro, sustentou, precisa “dessa base” e, para partilhar riscos, cada país deve reduzir os seus próprios riscos, referindo-se ao défice e à dívida.

Jeroen Dijsselbloem tem sido fortemente criticado por aquela afirmação, feita numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Algemeine Zeitung, nomeadamente pelo Governo português, que tem defendido o seu afastamento do cargo de presidente do Eurogrupo.

Na quarta-feira, no Luxemburgo, o primeiro-ministro português, António costa, voltou a afirmar que Dijsselbloem “não tem a menor condição” para continuar a presidir ao Eurogrupo e lamentou que o político holandês nem sequer se retrate das ofensas dirigidas aos países do sul.

O presidente do Eurogrupo deve ser um mobilizador, e não um fator de divisão. O senhor Dijsselbloem já mostrou por diversas vezes que não é capaz de ser um mobilizador, e desta vez foi particularmente ofensivo relativamente aos países do sul. E, falando muito francamente, pior do que ele disse ao [jornal] Frankfurter Allgemeine Zeitung, são as explicações que tentou dar, pois demonstraram que ele não compreende o que fez e como ofendeu profundamente os povos do sul da Europa”, declarou António Costa.

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François Fillon: “Não se pode pedir aos alemães que paguem a nossa dívida”

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

"Hoje, mutualizar a dívida é uma fantasia, só pode conduzir ao enfraquecimento da zona euro. Não se pode pôr a carruagem à frente dos bois", disse o candidato da direita francesa às presidenciais.

O candidato da direita às eleições presidenciais francesas, François Fillon, disse hoje, em Paris, que “não se pode pedir aos alemães para pagar” a dívida dos outros países europeus.

“Hoje, francamente, pedir aos alemães para pagar a nossa dívida, não acho que seja uma solução que tenha muito sucesso”, respondeu François Fillon quando questionado pela agência Lusa sobre se é a favor a uma renegociação da dívida de países como Portugal e uma possível mutualização da dívida pelos países europeus.

François Fillon começou por explicar que a sua “prioridade é organizar a zona euro” e que só “quando a Europa for reorganizada se poderá falar de mutualização da dívida”.

“Hoje, mutualizar a dívida é uma fantasia, só pode conduzir ao enfraquecimento da zona euro. Não se pode pôr a carruagem à frente dos bois. Primeiro, é preciso implementar um governo económico, implementar o dispositivo de Fundo Monetário Europeu que propus, e desenvolver um processo de harmonização fiscal. Quando todos estes esforços estiverem feitos poderemos evocar a questão da dívida”, afirmou o candidato do partido Os Republicanos à presidência francesa.

Durante a apresentação do seu programa sobre a Europa, na sede de campanha do seu partido, François Fillon disse querer “restabelecer ou estabelecer a soberania do euro”, afirmando que “após mais de 15 anos de existência, a zona euro deve tornar-se uma verdadeira potência económica mundial” e que se deve “fazer do euro uma verdadeira moeda de reserva como o dólar ou a moeda chinesa”.

“Devemos dotar a zona euro de um verdadeiro governo económico, com chefes de Estado e de governo que se apoiem num secretariado independente da Comissão que será o embrião do futuro Tesouro europeu e num MES [Mecanismo Europeu de Estabilidade] transformado num verdadeiro FMI europeu para assegurar a nossa independência financeira”, declarou.

 

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Turistas, estes são os destinos mais competitivos do mundo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Abril 2017

O Fórum Económico Mundial organizou 136 países tendo em conta o seu índice de competitividade turística e Espanha conquista novamente o primeiro lugar. Portugal também está no top 15.

Espanha continua a ser, para o Fórum Económico Mundial, o destino turístico mais competitivo do mundo. A organização elabora de dois em dois meses um ranking que classifica os destinos segundo a sua competitividade turística, avaliando fatores como as características principais dos países, as suas políticas turísticas, as infraestruturas e os recursos naturais e culturais.

Em 2015, o país hermano já tinha conquistado este título. O sucesso espanhol é atribuído à sua oferta cultural e natural em combinação com o forte serviço de apoio aos turistas, com uma rede de transportes eficiente e políticas nacionais pensadas para o turismo. Na outra ponta da lista encontram-se países como o Iémen, o Chade e o Burundi, que não conseguiram pontuações acima dos 2,57, numa escala de 0 a 10. Foram 136 os países avaliados pelo Fórum Económico Mundial.

Portugal ocupa o 14º lugar da lista, tendo subido uma posição relativamente a 2015. O nosso país registou valores elevados em categorias como segurança, higiene e infraestruturas de serviços a turistas. A pior classificação nacional registou-se no campo da competitividade de preços, em que ocupa o lugar número 73.

Veja abaixo a lista completa dos 15 destinos mais competitivos do mundo.

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Vá ao Everest… só para tomar o pequeno-almoço

  • Bloomberg
  • 6 Abril 2017

Em dezembro, chefs do Noma e do londrino Ledbury construíram o restaurante temporário de maior altitude do mundo: o Campo Base do Monte Everest, no Nepal.

Everest é a montanha mais alta do mundo.Pixabay

Parecia uma oportunidade que só aparece uma vez na vida e, em muitos aspetos, de facto era. Mas na verdade, se quisermos, podemos ir tomar o pequeno-almoço ao Everest praticamente todos os dias do ano. Basta conhecer as pessoas certas.

Desde dezembro que Catherine Heald, da Remote Lands, tem planeado estadias rápidas no Everest, sempre a pensar nos clientes. O percurso inclui um trajeto de helicóptero de Kathmandu para o Campo Base Sul, onde os visitantes exploram os arredores durante uma visita de 15 minutos (o máximo que um turista não habituado consegue aguentar a 5.486 metros de altitude).

Depois, os turistas seguem de helicóptero para o pico adjacente, Kongde Ri, onde Yeti Mountain Home, a hospedaria de luxo com a maior altitude do planeta, a 3.962 metros, põe a mesa para um piquenique privado com champanhe, e uma vista arrebatadora para o Everest. Nicola Shepherd, da Explorations Co., também organiza viagens matinais a Yeti mas sem a passagem no Campo Base: prefere não correr o risco de avalanche.

Yeti Mountain Home, a hospedaria na maior altitude do mundo.Yeti Mountain Home

As duas empresas trabalham com o mesmo fornecedor para conduzir a aventura: Tashi Tenzing Sher, neto do xerpa Tenzing Norgay, que, juntamente com Edmund Hillary, deu os primeiros passos no topo do Everest em 1953.

“Ele já escalou o topo do Everest algumas vezes”, disse Shepherd. “Por isso, enquanto vocês sobrevoam a área, ele explica em primeira mão tudo o que isso significa. Ele realmente faz com que os visitantes vivam a situação.”

A logística

Tanto Shepherd como Heald tendem a reservar os pequenos-almoços no Everest para pacotes maiores — 10 dias de caminhadas pelo Nepal, na maioria das vezes —, mas é possível reservar o passeio à la carte. Heald cobra 10.000 dólares para grupos de até três pessoas; Shepherd cobra 7.163 dólares por duas pessoas. Viagens completas de 10 dias rondam os 25.000 dólares (à exceção dos helicópteros, tudo é barato no Nepal).

Para concretizar a aventura, são imprescindíveis duas coisas. Primeiro, a saúde: embora os visitantes não passem muito tempo em grandes altitudes, pessoas com problemas cardíacos ou pulmonares podem ter dificuldades com a altitude. Quanto ao hotel, o melhor é começar em Kathmandu, onde um helicóptero AS350 irá buscá-lo bem cedo, de manhã — a partir das 6h30, dependendo da previsão do tempo. Dali, são 45 minutos para voar em torno do Everest e aterrar em Kongde Ri, sem incluir a paragem opcional no Campo Base Sul.

O pequeno-almoço em si é uma refeição privada e requintada que inclui ovos com bacon e salsichas, croissants e geleia feita com frutas nepalesas, além de muito Moët & Chandon, tudo servido por uma talentosa equipa de xerpas. Mas ali, não é a comida que interessa: o que realmente é inesquecível é a paisagem.

“É o mais perto que se pode chegar do Everest sem estar nele”, disse Shepherd sobre estar em Kongde Ri. “Ninguém vai mais perto.”

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BlackRock volta a ter participação qualificada no BCP

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

Fundo norte-americano passou a deter uma participação no BCP superior a 2%, comunicou hoje o banco através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com a nota, na sequência das transações efetuadas na terça-feira, o BlackRock passou a deter uma participação qualificada de 2,04% no capital social do BCP, detendo atualmente um total de 15.113.989.952 direitos de voto.

A 10 de fevereiro, o BlackRock tinha comunicado ter passado a deter uma participação no BCP inferior a 2%, depois de a 02 de fevereiro ter anunciado um reforço da sua participação para os 3,01% do capital social do banco.

O BCP realizou em fevereiro um aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros, que foi totalmente subscrito.

A chinesa Fosun aproveitou o aumento de capital do BCP para reforçar a sua posição para cerca de 24%, mantendo-se como maior acionista do banco liderado por Nuno Amado, mas abaixo dos 30% a que pode chegar, enquanto a Sonangol e a EDP acompanharam a operação e mantêm as suas participações, de cerca de 15% e 2%, respetivamente.

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Procura e quebra de stock esgotam Raspadinhas de 5 euros

É o jogo de sorte ou azar em que os portugueses mais apostam. Há Raspadinhas de um, dois, três euros, mas de cinco, nem vê-las. Há mais de um mês que desapareceram. A Santa Casa explica a razão.

Escaparate de mediador da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com Raspadinhas de três e dez euros.Paula Nunes / ECO

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) tem vários jogos, mas a Raspadinha é de longe o preferido dos portugueses. É só comprar e raspar, na esperança que um, dois, três, cinco ou dez euros, se transformem de forma instantânea em dezenas, centenas ou mesmo milhares de euros. Se há quem prefira a de um euro, porque custa apenas um euro, muitos apostam uma nota de cinco. Ou melhor, apostavam… há mais de um mês que não há.

"Efetivamente, neste momento, há uma redução do número de Raspadinhas de cinco euros disponíveis.”

Fonte oficial da SCML

Basta uma ronda por algumas papelarias para perceber que os tradicionais escaparates recheados de raspadinhas estão, por estes dias, algo desfalcados. Estão, mas já não é de agora. Segundo vários mediadores abordados pelo ECO, há várias semanas que o stock deste que é o jogo preferido dos portugueses entre os disponibilizados pela SCML — a raspadinhas gera cerca de metade das receitas de jogo — encolheu, afetando essencialmente a Raspadinha de cinco euros.

De um, dois e três continua a haver, mas a de cinco euros, uma das que mais saída tem, há muito que “saiu de circulação”. Após várias semanas de insistência, a SCML reconheceu, ao ECO, o problema. “Efetivamente, neste momento, há uma redução do número de Raspadinhas de cinco euros disponíveis”, refere fonte oficial da entidade que tem Santana Lopes como Provedor. Não admite a rutura de stock, apenas uma redução. Os mediadores dizem que não há mesmo.

Esta “situação resulta diretamente da procura elevada e de atraso momentâneo por parte do fornecedor tecnológico internacional“, acrescenta a mesma fonte. As raspadinhas começaram por ser impressas em Portugal, mas passaram depois a ser produzidas no exterior, na Polónia, mais especificamente, referem alguns mediadores. Entre quem vende este jogo gerou-se a especulação de que a SCML estaria a acabar com as raspadinhas uma vez que já há este mesmo jogo online. Mas é apenas especulação.

[A ausência de Raspadinhas de cinco euros] resulta diretamente da procura elevada e de atraso momentâneo por parte do fornecedor tecnológico internacional.

Fonte oficial da SCML

A SCML diz ao ECO que prevê “que esta situação [de ausência de Raspadinhas de cinco euros] fique regularizada ainda durante o mês de abril”. Ou seja, não acabaram. As Raspadinhas de cinco euros vão voltar, sendo que os portugueses continuam a ter a possibilidade de apostarem através das restantes denominações.

“Importa relembrar que o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (DJSCML) tem disponível em toda a rede de mediadores Jogos Santa Casa, uma vasta e variada oferta de jogos de Raspadinha, que permite uma escolha extensa para todos quantos encontram na Raspadinha uma opção da sua preferência”, remata fonte oficial.

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Parlamento Europeu aprova últimas regras para abolir roaming

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

O Parlamento Europeu deu o passo que faltava para abolir as taxas de roaming e limitou as taxas que as operadoras cobram entre si pela utilização das redes no estrangeiro.

O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quinta-feira as regras que limitam o valor que os operadores de redes móveis podem cobrar uns aos outros pela utilização em ‘roaming’ noutro Estado-membro da União Europeia (UE).

As novas regras, já acordadas entre o PE e o Conselho da UE, limitam o valor que os operadores podem cobrar uns aos outros pela utilização das redes, sendo o passo que faltava para que as taxas de roaming — um custo adicional cobrado quando se está no estrangeiro — pagas pelos consumidores possam ser abolidas em 15 de junho.

Os limites máximos serão de 0,032 euros por minuto para as chamadas de voz, em vez dos atuais 0,05 euros por minuto, e de 0,01 euros por mensagem escrita (SMS), o que representa uma descida de um cêntimo.

A tarifa máxima aplicada aos dados móveis baixará, em 15 de junho deste ano, do atual limite máximo de 50 euros por gigabyte (GB) para 7,7 euros por GB, continuando em seguida a diminuir de forma escalonada: a partir de 1 de janeiro de 2018, a tarifa máxima será de 6 euros por GB, a partir de 2019 de 4,5 euros por GB, a partir de 2020 de 3,5 euros por GB, a partir de 2021 de 3 euros por GB e a partir de 2022 de 2,5 euros por GB.

A utilização de dados tem vindo a aumentar exponencialmente nos últimos anos e prevê-se que tal continue a acontecer. Esta reforma deverá permitir que os consumidores usem mais os dados, incluindo o acesso a conteúdos audiovisuais, quando viajem para outros países da UE.

O novo regulamento para os mercados grossistas, aprovado em plenário por 549 votos a favor, 27 contra e 50 abstenções, deverá entrar em vigor até ao dia 15 de junho, para que as taxas de ‘roaming’ a nível retalhista possam ser abolidas nessa data.

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