Agência Fitch atribui nota de ‘lixo’ a dívida emitida pela CGD para se recapitalizar

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

A notação atribuída pela agência de ‘rating’ a estes títulos de dívida perpétua fica três degraus abaixo do ‘rating’ de viabilidade que a mesma agência dá à Caixa Geral de Depósitos.

A agência Fitch atribuiu esta quarta-feira o ‘rating’ de ‘B-‘, o sexto dentro do grau de não investimento ou ‘lixo’, à dívida emitida em março pela CGD para se recapitalizar, no montante total de 500 milhões de euros.

A notação atribuída pela agência de ‘rating’ a estes títulos de dívida perpétua (de elevada subordinação, que conta para capital) fica três degraus abaixo do ‘rating’ de viabilidade que a mesma agência dá à Caixa Geral de Depósitos (CGD), de ‘bb-‘, também no grau de ‘lixo’.

A agência justificou hoje que o ‘rating’ atribuído segue o critério usado habitualmente para instrumentos híbridos (dívida mas que conta para capital), assim como uma “maior expectativa de perdas” face a credores seniores não segurados e ainda ao “risco de má performance”, devido a estes títulos implicarem o “pagamento discricionário” do cupão.

A Caixa Geral de Depósitos emitiu a 23 de março 500 milhões de euros de dívida perpétua junto de investidores institucionais, a uma taxa de juro de 10,75%.

Esta emissão de dívida faz parte da recapitalização do banco público, num montante de cerca de 5.000 milhões de euros, depois de ter apresentado um prejuízo histórico de 1.859 milhões de euros em 2016.

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Face Oculta: Relação do Porto confirma condenação de Armando Vara a 5 anos de prisão

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

O Tribunal negou o recurso que foi interposto pela defesa. Armando Vara tinha sido condenado pelo Tribunal de Aveiro a cinco anos de prisão efetiva por três crimes de tráfico de influência.

O Tribunal da Relação do Porto confirmou esta quarta-feira a condenação de Armando Vara por tráfico de influência, mantendo a pena de cinco anos de prisão efetiva. O Tribunal negou o recurso que foi interposto pela defesa. Em setembro de 2014, Armando Vara foi condenado pelo Tribunal de Aveiro a cinco anos de prisão efetiva por três crimes de tráfico de influência.

O processo “Face Oculta”, que começou a ser julgado há cinco anos no Tribunal de Aveiro, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e privadas.

Na primeira instância, dos 36 arguidos, 34 pessoas singulares e duas empresas, 11 foram condenados a penas de prisão efetiva, entre os quais se incluem Armando Vara e José Penedos.

Os restantes receberam penas suspensas, condicionadas ao pagamento de quantias entre os três e os 25 mil euros a instituições de solidariedade social.

A pena mais gravosa (17 anos e meio de prisão, em cúmulo jurídico) foi aplicada a Manuel Godinho, que foi condenado por 49 crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, furto qualificado, burla, falsificação e perturbação de arrematação pública, resultando em 87 anos e 10 meses a soma das penas parcelares.

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Bolsa sobe à boleia da Mota-Engil

O PSI-20 valorizou 0,39%, impulsionado pela Mota-Engil e pelo setor energético, num dia em que as expectativas de que o corte de produção da OPEP se prolongue animaram os preços do petróleo.

A praça lisboeta registou a primeira subida desta semana, graças aos ganhos da Mota-Engil, que disparou mais de 5% depois de a gestora de ativos Mutima ter comprado uma participação qualificada superior a 2%. O setor energético também contribuiu para os ganhos, num dia em que o petróleo valorizou mais de 1%. Fora da bolsa, o destaque negativo vai para o Novo Banco, que viu a Moody’s baixar o rating das obrigações seniores do banco para um nível de quase incumprimento.

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Risco da dívida do Novo Banco dispara após alerta da Moody’s

Risco nas obrigações seniores do Novo Banco disparou com troca voluntária de dívida acordada entre Banco de Portugal e Lone Star. Para a Moody's, há sérios riscos de default parcial nestes títulos.

A taxa das obrigações seniores do Novo Banco disparam esta quarta-feira para máximos de quase dois meses, depois de a agência Moody’s ter baixado o rating destes títulos para um nível de quase incumprimento. Para a agência, os obrigacionistas seniores do banco arriscam seriamente a perder dinheiro perante as dúvidas em relação à proposta de troca de dívida que o Banco de Portugal anunciou na passada sexta-feira para fechar o negócio com o fundo Lone Star.

A yield das obrigações aumenta para 14,941%, o nível mais elevado desde meados de fevereiro, estando a subir desde que no final da semana passada as autoridades portuguesas anunciaram uma proposta dirigida a credores seniores do banco sobre uma troca de obrigações “voluntária” por outros títulos que permitam ao Novo Banco reforçar o seu capital em 500 milhões de euros.

Para a agência de notação financeira, que classifica as obrigações seniores do Novo Banco em Caa2, com elevado risco de crédito, esta oferta de troca é “problemática” perante a ameaça de perdas que a operação de troca de dívida representa para os investidores.

Juros disparam com desconfiança do mercado em relação à troca de dívida

Fonte: Bloomberg (valores em %)

“O downgrade do rating da dívida sénior sob revisão de mais agravamentos reflete a expectativa de perdas que os obrigacionistas seniores do Novo Banco deverão enfrentar como parte” da troca de obrigações que o Banco de Portugal anunciou na sexta-feira para fechar a venda da instituição ao fundo Lone Star, justifica a Moody’s no comunicado divulgado esta quarta-feira. “A agência de rating considera esta oferta como uma troca problemática que será realizada como forma de evitar a liquidação do Novo Banco e conclusão do processo de venda”, acrescenta.

"O downgrade do rating da dívida sénior sob revisão de mais agravamentos reflete a expectativa de perdas que os obrigacionistas seniores do Novo Banco deverão enfrentar como parte da troca de obrigações seniores.”

Moody's

Comunicado

Uma das condições para o Lone Star injetar mil milhões de euros no Novo Banco passa pela troca “voluntária” de obrigações seniores por outros títulos de dívida que permitam ao banco reforçar a sua posição de capital em 500 milhões de euros.

Na conferência de anúncio de venda do Novo Banco, o governador Carlos Costa sublinhou que “a solução desenhada não envolve uma ação não voluntária” e “não afetará o capital” dos obrigacionistas. No entanto, caso não haja investidores que aceitem trocar os títulos, o negócio com o Lone Star será inviabilizado. A alternativa será a nacionalização ou a mesmo a liquidação do banco.

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Donald Trump afasta Steve Bannon do Conselho de Segurança Nacional

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

Presidente norte-americano reverte decisão recente que dava acesso a Bannon a todas as reuniões de alto nível.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afastou hoje Steve Bannon do cargo que ocupava como seu conselheiro e chefe de estratégia do Conselho Nacional de Segurança.

Trump reverte assim uma decisão recente e polémica que dava acesso a Bannon a todas as reuniões de alto nível.

O novo memorando sobre a composição do Conselho foi publicado esta quarta-feira e na lista não consta o nome do chefe de estratégia como membro do Comité Superior, o grupo de funcionários de altos cargos que se reúne para discutir as prioridades de segurança nacional.

Além disso reintegra numa posição permanente no Conselho de Segurança Nacional o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o responsável pelas agências de serviços secretos, que tinham sido retirados.

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Warren Buffett dá a cara pela Coca-Cola de cereja na China

  • ECO
  • 5 Abril 2017

Warren Buffett, o fã mais conhecido da Coca-Cola Cereja, será a cara do produto que será lançado em breve no mercado chinês.

Quem investe por gosto, não cansa. Warren Buffett pode agora saborear a homenagem que a Coca-Cola dedica ao seu maior acionista. O investidor será a cara das latas de Coca-Cola Cereja na China. Uma cereja no topo do seu percurso como investidor, que começou precisamente pelo investimento nas ações da Coca-Cola.

Warren é assumidamente um grande fã: já foi por várias vezes fotografado a consumir a Coca-Cola de cereja, o seu favor favorito. Nas palavras do investidor, este consome Coca-Cola e doces suficientes para “satisfazer as necessidades de um fiscal de linha da NFL”, a liga de futebol americano. Daí que Warren não tenha exigido quaisquer compensação monetária pelos direitos de imagem.

A simpatia do investidor pela empresa transcende os gostos pessoais… vai até aos investimentos financeiros. A Berkshire Hathaway, a empresa de investimento de Buffett, é a maior acionista da Coca-Cola: tem 17 mil milhões de dólares investidos na empresa. A empresa está avaliada em 183 mil milhões de dólares.

A forte reputação do investidor da China beneficia também esta escolha da marca. Milhares de investidores chineses ter-se-ão deslocado até Nebraska para a última reunião anual da Berkshire Hathaway. Para mais, o sistema comunista da China dita que a imagem de uma grande figura nos rótulos seja relativamente comum, uma vez que o retrato do líder Mao Tsé-Tung está largamente representado em logos e associado a nomes de marcas.

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Bolsa avança com Mota a andar em alta velocidade

Depois de duas sessões em queda, o índice nacional provou primeiros ganhos da semana. Ajudou a Mota-Engil que rodou depressa num dia de volatilidade para o setor da construção em Lisboa.

Uma Mota-Engil em alta velocidade ajudou a bolsa nacional a conquistar ganhos pela primeira vez esta semana. As ações da construtora avançaram mais de 5% para máximos desde 2015, num dia positivo para o setor.

O PSI-20, o principal índice português, avançou 0,39% para 4.975,73 pontos, depois de ter recuado nas últimas duas sessões. Ajudaram neste desempenho 14 cotadas, que fecharam o dia com ganhos, destacando-se a Mota-Engil, cujas ações dispararam 5,31% para 2,06 euros, o nível mais elevado desde novembro de 2015. Esta evolução surge um dia depois de a gestora de ativos Mutima ter comprado uma participação qualificada superior a 2%.

Mas os ganhos foram transversais ao setor da construção: a Martifer somou 20% e a Teixeira Duarte esteve a somar 10%, embora tenha fechado a cair 2%.

“O setor da construção esteve em evidência, tendo a Mota-Engil registado um ganho de 5,31%, um dia depois de ter sido noticiado que a casa de investimento Mutima Capital Management comprou uma participação qualificada superior a 2% na empresa”, dizem os analistas do BPI. “A Teixeira Duarte tem registado uma forte valorização, sendo que desde o início do ano já acumulou ganhos superiores a 52%. Na sessão de hoje acabou por sofrer um ligeiro recuo, mas depois de ter atingido os 0,3170 euros”, acrescentou.

Mota a andar de mota

Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Entre os pesos pesados, nota ainda para o influente desempenho positivo de 1% da Jerónimo Martins e para os ganhos do setor energético: a Galp somou 0,39% para 14,33 euros e a EDP avançou 0,13% para 3,18 euros. Só a EDP Renováveis cedeu muito ligeiramente, mantendo-se 19 cêntimos acima do preço da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da elétrica liderada por António Mexia.

No plano europeu, apesar das quedas de Paris, Milão e Frankfurt, o dia foi positivo para as restantes praças do Velho Continente. Em Wall Street o dia também é de ganhos com dados positivos relativamente à criação de emprego no setor privado. Há momento, o índice S&P 500 somava 0,57% para 2.373,58 pontos, antes de a Reserva Federal norte-americana divulgar as atas da última reunião.

(Notícia atualizada às 17h06)

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Novo Banco. A venda “possível”, “não perfeita”, melhor que as alternativas

O ministro das Finanças diz que o risco de liquidação do Novo Banco está afastado, ao mesmo tempo que o negócio alcançado não terá impacto sobre as contas públicas.

Foi a venda “possível”, “não perfeita”, mas a melhor face às alternativas que estavam em cima da mesa. É desta forma que Mário Centeno vê o negócio alcançado com o fundo Lone Star, que ficou com 75% do Novo Banco, em troca de uma injeção de mil milhões de euros no capital do banco. O ministro das Finanças acredita, ainda assim, que a solução encontrada é “equilibrada” e a venda “é uma boa notícia para os portugueses”.

No debate de urgência convocado pelo Bloco de Esquerda, para discutir a venda do Novo Banco, Mário Centeno começou por dizer que o Governo conseguiu cumprir os três requisitos que tinha imposto para que pudesse ficar fechada a venda do banco.

Primeiro, “está afastado o espectro da liquidação do Novo Banco”, garantiu. “A liquidação teria imprevisíveis consequências sistémicas para o sistema financeiro nacional”, mas o acordo com o Lone Star “permite que essas consequências não se materializem”, disse o ministro.

Segundo, “não existe impacto direto ou indireto nas contas públicas”. Desde logo, porque “não existe qualquer garantia pública por parte do Estado ou de qualquer outra entidade pública”, sendo o Lone Star a assegurar as necessidades de capital imediatas e o Fundo de Resolução (suportado pelos bancos nacionais) a cobrir eventuais necessidades futuras. Por outro lado, porque, para evitar que o Fundo de Resolução venha a ser chamado a capitalizar o Novo Banco, o Lone Star está proibido de pagar dividendos durante oito anos, “o que permitirá que o rendimento gerado pelo Novo Banco durante esse período contribua para reforçar os rácios de capital e absorver eventuais perdas”, detalhou Centeno.

Por fim, “garante-se a fundamental estabilidade do sistema financeiro”.

"Teria sido positivo existirem outras condições para a venda, permitindo ao Fundo de Resolução recuperar o valor que foi injetado pelo anterior Governo na resolução do BES. Contudo, este foi o melhor negócio possível perante as circunstâncias concretas.”

Mário Centeno

Ministro das Finanças

Por todas essas razões, o ministro das Finanças acredita que a solução encontrada “é equilibrada e tem presente a necessária proteção dos contribuintes, da economia, da estabilidade da instituição Novo Banco e do sistema financeiro”.

Contudo, admite, isto “não quer dizer que tenha sido a solução perfeita na perspetiva do Estado”. Foi, ainda assim, “a melhor solução de entre o conjunto de alternativas” que foram apresentadas para comprar o banco. “Teria sido positivo existirem outras condições para a venda, permitindo ao Fundo de Resolução recuperar o valor que foi injetado pelo anterior Governo na resolução do BES. Contudo, este foi o melhor negócio possível perante as circunstâncias concretas“, reconheceu Centeno.

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Grécia: Tsipras pede cimeira da zona euro se Eurogrupo falhar acordo

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

Donald Tusk mostra-se otimista quanto a um acordo na sexta-feira.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu hoje a Donald Tusk a convocação de uma cimeira da zona euro se não for alcançado um acordo sobre a Grécia na reunião do Eurogrupo de sexta-feira.

“Se não houver ‘fumo branco’ na sexta-feira, pedi ao senhor Tusk para tomar a iniciativa de convocar uma cimeira dos países membros da zona euro”, disse Tsipras após conversações com o presidente do Conselho Europeu, em visita a Atenas.

As negociações entre a Grécia e os seus credores, zona euro e Fundo Monetário Internacional (FMI), para que seja disponibilizada uma nova prestação do empréstimo concedido a Atenas, estão bastante atrasadas.

Por seu lado, Tusk afirmou-se otimista quanto a um acordo na sexta-feira.

“Estamos muito perto (de um acordo). Deve haver um avanço positivo na sexta-feira”, indicou, sem responder se será necessária uma cimeira da zona euro.

“Não vou especular ou comentar um cenário eventual (de fracasso)”, afirmou Tusk. “O que quero fazer é apoiar os nossos colegas e chegar a acordo na sexta-feira”, acrescentou.

A Grécia acusa, principalmente, o FMI de pedir mais austeridade ao país.

“Há sempre novas exigências (…), esse jogo tem de acabar”, avisou Tsipras, sublinhando que os resultados da economia grega são “bem melhores que o esperado” e que não é preciso exigir “mais sacrifícios ao povo grego”.

As negociações entre o Governo grego e representantes dos credores têm-se intensificado nos últimos dias.

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E o melhor restaurante do mundo é… em Nova Iorque

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

O Eleven Madison Park ficou à frente do vencedor do ano passado, o italiano Osteria Francescana, de Modena.

O Eleven Madison Park, de Nova Iorque, sagrou-se hoje como o melhor restaurante do Mundo de 2017 na classificação da “50 Best”.

Dirigido pelo chef suíço Daniel Humm, o restaurante contemporâneo nova-iorquino ficou à frente do vencedor do ano passado, o italiano Osteria Francescana, de Modena, e o catalão El Celler De Can Roca, em Girona (Espanha).

“Estou muito contente. Estou muito orgulhoso por ter conseguido [este prémio]. Quando comecei a cozinhar, há 25 anos, nem nos meus sonhos mais loucos imaginava chegar aqui”, declarou o grande vencedor da classificação, Daniel Humm.

O chef nascido na Suíça foi premiado pelo seu menu de jantar baseado nos produtos agrícolas e na tradição culinária de Nova Iorque.

A Espanha, os Estados Unidos e a França, com seis restaurantes cada um, são os países mais representados na lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, listagem na qual figuram representantes de 22 países de cinco continentes.

Na lista dos 10 melhores, além do trio do pódio contam-se outros dois restaurantes de Espanha, bem como representantes de França, Peru, Tailândia e Áustria.

O ranking “50 Best” é atribuído desde 2002, após escolhas de mais um milhar de “especialistas independentes” (chefes, jornalistas especializados, proprietários de restaurantes). O prémio é uma iniciativa do grupo de media britânico William Reed, que publica a revista Restaurant.

Além desta classificação a mesma organização publica a lista dos considerados 100 melhores, já divulgada a 28 de março, na qual o português Belcanto, de Lisboa, ficou em 85.º lugar.

A legitimidade do prémio é contestada por vários chefs franceses, que o consideram “opaco”.

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Sem compromisso negocial, FESAP também convoca greve

  • Marta Santos Silva
  • 5 Abril 2017

No dia em que os sindicatos afetos à CGTP convocaram uma greve geral da Administração Pública para 26 de maio, a FESAP, da UGT, relembra que também está disposta a fazê-lo.

Se o Governo assinar um compromisso negocial com os sindicatos, poderá evitar que a FESAP convoque greve geral, anunciou esta quarta-feira essa federação sindical, afeta à UGT, no mesmo dia em que a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), ligada à CGTP, convocou greve para 26 de maio.

“A FESAP propôs”, na reunião de ontem com a secretária de Estado da Administração Pública Carolina Ferra, “que seja assumido e assinado um novo compromisso negocial, evitando assim que os trabalhadores se vejam forçados a enveredar por formas de luta mais duras como as que foram aprovadas no recentemente realizado XIII Congresso da UGT, as quais incluem a realização de uma Greve Geral da Administração Pública”, lê-se no comunicado enviado pela FESAP às redações.

Uma moção de urgência aprovada pela FESAP no congresso da UGT, a 25 e 26 de março, promete a realização de uma greve geral se não houver um calendário negocial que preveja oito temas:

  1. O descongelamento das carreiras e das progressões, agendado no Orçamento do Estado para 2016 para começar a partir de 2018;
  2. A resolução dos problemas de precariedade na Administração Pública;
  3. A revisão do regime de avaliação SIADAP;
  4. A revisão do Acordo Coletivo de Carreiras Gerais;
  5. A Tabela Remuneratória Única;
  6. A política de admissões na Administração Pública;
  7. A ADSE “enquanto sistema mais aberto”;
  8. A despenalização das longas carreiras contributivas.

A FNSTFPS, quando anunciou a convocação de greve geral da administração pública para 26 de maio, disse exigir aumentos e 35 horas de trabalho semanal para todos, visto que ainda existem alguns funcionários que, por terem um enquadramento contratual diferente, não têm acesso a este novo regime, assim como aumentos salariais, sem esperar pelo Orçamento do Estado para 2018.

“Os trabalhadores não podem ver a sua vida parada à espera que o Governo cumpra o seu programa, quando sabemos que há dinheiro porque o país, segundo as opiniões e as estatísticas, está a viver melhor”, afirmou a dirigente sindical Ana Avoila, citada pela Lusa. “Achamos que há dinheiro para resolver já alguns problemas”.

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Moody’s: Troca de dívida baixa rating do Novo Banco

Agência Moody's baixou o rating das obrigações seniores do Novo Banco perante risco de perdas para os credores na proposta de troca voluntária anunciada pelo Banco de Portugal para fechar venda.

A agência Moody’s baixou ainda mais o rating das obrigações seniores do Novo Banco para um nível de quase incumprimento, depois de o Banco de Portugal ter anunciado na sexta-feira uma proposta de troca voluntária destes títulos de dívida por outros títulos no sentido de reforçar o capital do banco em 500 milhões de euros.

Para a agência de notação financeira, que classifica as obrigações seniores do Novo Banco em Caa2, com elevado risco de crédito, esta oferta de troca é “problemática” perante a ameaça de perdas que a operação de troca de dívida representa para os investidores.

“O downgrade do rating da dívida sénior sob revisão de mais agravamentos reflete a expectativa de perdas que os obrigacionistas seniores do Novo Banco deverão enfrentar como parte” da troca de obrigações que o Banco de Portugal anunciou na sexta-feira para fechar a venda da instituição ao fundo Lone Star, justifica a Moody’s no comunicado divulgado esta quarta-feira. “A agência de rating considera esta oferta como uma troca problemática que será realizada como forma de evitar a liquidação do Novo Banco e conclusão do processo de venda”, acrescenta.

"O downgrade do rating da dívida sénior sob revisão de mais agravamentos reflete a expectativa de perdas que os obrigacionistas seniores do Novo Banco deverão enfrentar como parte da troca de obrigações.”

Moody's

Comunicado

A taxa das obrigações seniores do Novo Banco dispara esta quarta-feira no mercado secundário para os 14,8%, face à taxa de 9,3% registada no início da semana, num sinal de maior desconfiança dos investidores em relação àquilo que foi anunciado no final da semana passada.

Uma das condições para o Lone Star injetar mil milhões de euros no Novo Banco passa pela troca “voluntária” de obrigações seniores por outros títulos de dívida que permitam ao banco reforçar a sua posição de capital em 500 milhões de euros.

Na conferência de anúncio de venda do Novo Banco, o governador Carlos Costa sublinhou que “a solução desenhada não envolve uma ação não voluntária” e “não afetará o capital” dos obrigacionistas. No entanto, caso não haja investidores que aceitem trocar os títulos, o negócio com o Lone Star será inviabilizado. A alternativa será a nacionalização com perdas para todos os investidores.

Por causa da indefinição em torno desta troca, a Moody’s prevê mais reduções da notação de risco das obrigações seniores do Novo Banco. Durante a revisão do rating da dívida do Novo Banco, a agência vai estar sobretudo atenta aos termos e condições com que a troca de obrigações seniores será efetuada, à profundidade e funcionamento do mecanismo de contingência de capital fornecida como “garantia” pelo Fundo de Resolução, às últimas contas financeiras apresentadas pelo Novo Banco, ao plano de reestruturação do novo acionista Lone Star e também ao calendário de fecho de venda da instituição, incluindo aprovações do Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia.

(Notícia atualizada às 16h15)

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