Dívidas dos hospitais crescem mais de um milhão por dia

  • ECO
  • 6 Abril 2017

Os hospitais públicos devem 844,6 milhões de euros à indústria farmacêutica. O valor cresce a um ritmo médio que ultrapassa o milhão de euros por dia.

A dívida dos hospitais públicos à indústria farmacêutica está a aumentar a um ritmo que supera o milhão de euros por dia, segundo revelou esta quarta-feira a Apifarma, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, escreve o Público. Embora se tenha registado uma queda grande na dívida em dezembro, nos dois primeiros meses deste ano a dívida voltou a crescer de forma acelerada, chegando aos 844,5 milhões de euros.

A Apifarma divulga o valor total da dívida no mesmo dia em que o Conselho Estratégico Nacional da Saúde (CNES) apela à criação de uma Lei de Meios do SNS (Serviço Nacional de Saúde). Não é um apelo novo, e a ideia é que o SNS possa ter uma gestão financeira plurianual, de forma semelhante ao que acontece com a Segurança Social.

Fevereiro foi um mês particularmente flagrante para a dívida dos hospitais públicos, escreve o Público, já que o ritmo de endividamento acelerou um pouco: as dívidas em atraso a diversos fornecedores, incluindo fora da indústria farmacêutica, “aumentaram 59 milhões de euros”, alerta o CNES, ficando 243 milhões de euros acima do valor registado no mesmo mês de 2016.

“Há um subfinanciamento crónico do SNS”, disse ao Público o presidente da Associação Nacional dos Administradores Hospitalares. No entanto, Alexandre Lourenço não acredita que deva haver injeções de dinheiro de forma indiscriminada no sistema de saúde, devendo antes ser dirigido para áreas prioritárias como as “dos investimentos, dos equipamentos e dos recursos humanos”.

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Caso BES tem mais de 1500 processos nos tribunais

  • ECO
  • 6 Abril 2017

A probabilidade de que estes processos venham a resolver-se no médio prazo é pouca. Foi isso que levou os lesados a aceitarem a proposta do Governo e do Banco de Portugal.

Já há mais de 1500 ações nos tribunais movidas contra o Banco Espírito Santo (BES). O número, revelado pela comissão liquidatária do banco, é avançado, esta quinta-feira, pelo Diário de Notícias, que dá conta de que, destas ações, a grande maioria (1.225) são ações cíveis, sobretudo a pedir indemnizações ao banco e a reclamar crédito.

Além destas, o banco falido enfrenta 50 ações que pedem a anulação da medida de resolução imposta pelo Banco de Portugal, em agosto de 2014, que deu origem ao Novo Banco. Há ainda que contar com os sete inquéritos-crime relacionados com a gestão do BES, que decorrem no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e DIAP de Lisboa e que têm associadas cerca de 200 queixas de particulares.

A estes números, somam-se outros ainda mais significativos: o processo de insolvência do BES, que decorre no Tribunal do Comércio de Lisboa, conta com 17 mil requerimentos de 19 mil pessoas e empresas que reclamam créditos.

A probabilidade de que estes processos venham a resolver-se no médio prazo é pouca. “Se no Tribunal do Comércio o toner das impressoras tem de estar de manhã num juízo e à tarde noutro, como é que pode ter capacidade para despachar um processo destes?”, afirma, ao Diário de Notícias, o advogado António Pragal Colaço. Já o secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes, João Paulo Raposo, diz que o mais provável é que o Conselho Superior da Magistratura tenha de “tomar medidas de gestão do processo”, tendo em conta a dimensão do mesmo.

Foi esta perspetiva de morosidade que levou a Associação dos Lesados do Papel Comercial do BES a aceitar a solução proposta pelo Banco de Portugal e o Governo, em dezembro do ano passado. “Pessoas com altas responsabilidades neste país alertaram-nos logo para o problema da justiça e de uma decisão num prazo razoável”, refere ao mesmo jornal Ricardo Ângelo, presidente da associação. “A média de idades dos nossos associados é de 60 anos. Se estivéssemos à espera de uma decisão dos tribunais, como nos disse o anterior primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, muitas dessas pessoas já teriam morrido”, acrescenta.

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Senhorios poderão pagar IRS das rendas por escalões

  • ECO
  • 6 Abril 2017

Em vez de um subsídio para os senhorios -- chumbado no Parlamento -- o PS propõe agora que as rendas muito baixas tenham uma compensação fiscal para os senhorios, em vez da taxa igual de 28%.

A proposta do Bloco de Esquerda de um subsídio para os senhorios que alugam casas com rendas antigas que não têm a liberdade de aumentar foi reprovada esta semana no Parlamento, mas pode haver outro tipo de ajuda a caminho. O Jornal de Negócios (acesso pago) escreve esta quinta-feira que o IRS dos proprietários poderá passar a ser pago por escalões, com uma taxa mais favorável para os que recebem rendas congeladas.

Helena Roseta, deputada do PS, disse ontem no Parlamento que os escalões podem ser um caminho para tornar estas rendas mais rentáveis para os senhorios. “Hoje em dia os proprietários pagam todos 28%, e temos de criar escalões na fiscalidade para que estas pessoas [os senhorios] não tenham de pagar impostos sobre o que recebem, e que é muito pouco”, disse, citada pelo Negócios. “É esta a nossa ideia e estamos a trabalhar nela e a estudar a matéria”.

Não é uma ideia nova — a ideia de um subsídio ou outro tipo de ajuda para os proprietários deste tipo de casa já tem vindo a ser falada pelo mesmo desde o ano passado, quando Helena Roseta começou por avançar a ideia do subsídio que seria depois proposta pelo Bloco de Esquerda. A proposta foi reprovada com o voto contra do PS e abstenções dos comunistas, centristas e social-democratas.

A haver alterações na fiscalidade dos senhorios, não seriam introduzidas antes do Orçamento do Estado para 2018.

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Perdas do Fundo de Resolução não penalizam contas públicas

  • ECO
  • 6 Abril 2017

Se o fundo tivesse optado por registar uma imparidade para o que perdeu com o Novo Banco, o défice seria agravado em 2,5 pontos percentuais.

O Fundo de Resolução reconheceu nas suas próprias contas o dinheiro que perdeu com a desvalorização do Novo Banco. Assim, estas perdas não vão pesar nas contas públicas, ainda que o fundo seja uma entidade pública, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) na edição desta quinta-feira.

O Fundo de Resolução injetou 4,9 mil milhões de euros no Novo Banco aquando da sua constituição, em 2014, tornando-se no único acionista do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo (BES). Agora, com o acordo alcançado com o fundo norte-americano Lone Star, o Fundo de Resolução passa a deter uma participação de apenas 25% no Novo Banco, que está avaliada em 333,3 milhões de euros — se não tivesse havido qualquer desvalorização, esta participação de 25% deveria valer 1.225 milhões de euros.

Segundo o Negócios, se o fundo tivesse optado por registar uma imparidade para esta perda de valor, teria tido prejuízos superiores a 4.600 milhões de euros. As contas públicas, por seu lado, seriam penalizadas em igual valor, o que resultaria num agravamento do défice em 2,5 pontos percentuais.

Contudo, o Fundo de Resolução reconheceu a desvalorização do Novo Banco nos seus capitais próprios, através da constituição de uma reserva negativa, escreve o mesmo jornal. Feitas as contas, o fundo terá ficado com uma situação líquida negativa de mais de quatro mil milhões de euros no ano passado; em 2015, os recursos próprios do fundo tinham um valor negativo de 11 milhões.

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PME já podem negociar energia em plataforma de leilões

  • Lusa
  • 6 Abril 2017

A Associação Industrial Portuguesa (AIP) lança hoje a primeira plataforma de leilões para negociação e compras agregadas de energia dirigida a Pequenas e Médias Empresas (PME).

“O que nós vamos fazer é agregar consumos, aumentar a capacidade negocial das PME e reduzir o preço de aquisição. Depois o objetivo é estender a outras ‘utilities’, como seja o caso dos consumíveis e do gás natural”, explicou em declarações à agência Lusa o presidente da AIP, José Eduardo de Carvalho.

A apresentação pública desta plataforma digital de compras agregadas de ‘utilities’ para PME e.UTIL, que conta com o financiamento do COMPETE, decorre hoje durante a manhã na sede da AIP.

De acordo com José Eduardo de Carvalho, trata-se de um instrumento que existe já com grande tradição nos Países Baixos e que agora será introduzido em Portugal.

"São leilões para consumos industriais da mesma forma que a DECO fez há três anos para consumos domésticos.”

José Eduardo de Carvalho

Presidente da AIP

Este ano, o projeto será testado nas regiões de convergência, mas em 2018 a AIP acredita que poderá ser estendido a todo o país.

“Vamos agregar consumos do ponto de vista setorial e territorial com o objetivo de aumentar a competitividade das empresas, através da redução dos custos. Conhecemos os constrangimentos, nomeadamente pela insensibilização das empresas para este tipo de projeto, eventualmente alguma reação das comercializadoras. Possivelmente alguma falta de regulação deste tipo de operações, mas vale a pena tentar. E indesculpável não tentar ações como estas”, acrescentou.

Para participar nos leilões, será necessário aderir através do preenchimento do formulário de adesão e responder aos questionários de caracterização de consumo, disponíveis para cada uma das áreas. A adesão à plataforma é gratuita.

A plataforma promoverá leilões periódicos e recorrentes, tendo em conta as necessidades, especificidades e perfil de consumo de cada PME, notificando previamente os consumidores da sua inclusão num dado lote, bastando confirmar o seu interesse para participar.

Os contratos de fornecimento e prestação de serviços são celebrados diretamente entre consumidor e fornecedor.

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Quer internacionalizar o seu negócio? Cuidado com estes países

Terrorismo, protecionismo, nacionalismo, golpes de Estado, conflitos e rebeliões. São muitos os riscos que empresários vão enfrentar em 2017. Quais os países mais arriscados para fazer negócio?

Tem um negócio e quer internacionalizá-lo? Esteja mais atento a estes países onde a instabilidade política e a ameaça do terrorismo podem afetar a expansão da sua empresa. De acordo com a seguradora Aon, o aumento do número de ataques terroristas e o nacionalismo populista estão a criar um cenário de maior volatilidade e incerteza nos negócios internacionais. E nem os países ocidentais estão livres de risco.

Em 2016, o número de atentados terroristas no mundo ocidental disparou 174% em 2016. Os 96 ataques registados nesta região continuam a representar menos de 3% do total de ataques em todo o mundo. Ainda assim, o risco do terrorismo é crescente.

A ameaça terrorista continua a evoluir, afetando um conjunto de setores mais amplo em mais países, através de táticas diversificadas e com a intenção de matar. Os impactos variam entre perda de vidas até interrupção de negócios e distúrbios na cadeia de abastecimento”, salienta o relatório “2017 Risk Maps for Political Risk, Terrorism and Political Violence”.

"A ameaça terrorista continua a evoluir, afetando um conjunto de setores mais amplo em mais países, através de táticas diversificadas e com a intenção de matar. Os impactos variam entre perda de vidas até interrupção de negócios e distúrbios na cadeia de abastecimento”

Aon

2017 Risk Maps for Political Risk, Terrorism and Political Violence

Um dos setores mais afetados foi o energético. Empresas de petróleo e gás representaram mais de 40% dos alvos dos terroristas em interesses comerciais ao longo do ano passado, com particular destaque para a Colômbia e Nigéria. Neste país africano, o relatório sublinha os ataques do terroristas na região do Delta do Níger durante a primeira metade de 2016, levando a produção nigeriana de petróleo a afundar 36%.

Por outro lado, países com acordos de comércio livre como o Chile, Colômbia — onde está a Jerónimo Martins, através da Ara –, Hong Kong, Malásia, Singapura e Taiwan estão amplamente expostos ao risco político devido à dependência das trocas comerciais com os EUA e outros parceiros. Ainda assim, são sobretudo o México e Singapura quem mais serão afetados com as restrições que Donald Trump pretende impor em resultado da sua política nacionalista “American First”.

“A mudança do ambiente global, alimentada pelo protecionismo comercial, políticas populistas e sanções, deverão ter um impacto significativo mercados emergentes e nos mercados fronteira. Isto torna mais importante do que nunca para os empreendedores perceberem e mitigarem as suas exposições ao risco político”, sublinha Sara Taylor, da Aon.

Fonte: Aon 2017 Risk Maps for Political Risk, Terrorism and Political ViolenceInfografia: Raquel Sá Martins

Principais destaques

  • 2016 foi um ano de receios para o setor energético. As empresas de petróleo e gás foram o principal alvo dos grupos terroristas no que toca a interesses comerciais. Na Nigéria, a Aon dá como exemplo os ataques dos rebeldes no Delta do Níger ao longo do primeiro semestre que provocou uma razia na produção de petróleo do país em 36%. Adicionalmente, países como a Arábia Saudita, Irão, Rússia, Venezuela e EUA estão mais vulneráveis a choques petrolíferos.
  • Nível de terrorismo e violência política em máximos de 2013. E nestes riscos não estão apenas incluídos os ataques terroristas. Também há riscos de golpes, de conflitos civis e entre estados e ainda rebeliões, diz o estudo. Há agora 17 países com risco elevado, “representando os epicentros da instabilidade que emana do terrorismo internacional e aumenta significativamente o risco a quem está exposto comercialmente aos países vizinhos”.
  • Trump ameaça comércio. Países como Brasil, onde estão já várias empresas portuguesas, Índia, Indonésia e Nigéria estão mais salvaguardados do protecionismo no comércio global porque não dependem tanto das exportações. Ainda assim, outros países com economias mais abertas como o Chile, Colômbia, Hong Kong, Malásia, Singapura e Taiwan estão mais expostos ao risco de maiores restrições ao comércio global. Que deverão afetar sobretudo o México e a Singapura, sublinha o estudo.
  • Turismo sob pressão por causa do Médio Oriente e África. É sobretudo nestas regiões onde o risco político e de violência está mais concentrado, podendo dispersar para os países vizinhos, prejudicando o comércio e o turismo. Que se cuidem a Europa e Ásia, devido às conquistas territoriais do Estado Islâmico que deixam os jihadistas às suas portas.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Oportunidade para os acionistas da EDP Renováveis abordarem a OPA da EDP na assembleia geral. E isto no dia em que o BCE liberta as atas da última reunião onde decidiu manter os juros.

Hoje é dia de assembleias gerais. Os acionistas da EDP Renováveis reúnem-se em Espanha para aprovarem as contas, mas terão uma oportunidade para discutirem a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela casa mãe. Em Lisboa, serão os acionistas da Jerónimo Martins a encontrarem-se para votar o dividendo proposta pela administração. Lá fora, serão conhecidos os novos valores das reservas de crude norte-americano, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) divulga as atas da última reunião de política monetária.

Acionistas da EDP Renováveis discutem contas (e a OPA)

lucros de 56 milhões de euros para aprovar. E um dividendo de cinco cêntimos também. Ainda assim, os acionistas da EDP Renováveis têm um assunto mais quente em cima da mesa quando se reunirem na assembleia geral da empresa. A casa-mãe EDP lançou uma OPA para adquirir os 22,5% que não detém na sua subsidiária. Paga 6,80 euros por cada ação, mas o preço tem sido contestado por todos no mercado, incluindo analistas.

Jerónimo Martins aprova dividendo

Também a Jerónimo Martins reúne os seus acionistas em assembleia geral. Como principal ponto da ordem de trabalhos vai estar o dividendo de 0,605 euros que a administração da dona do Pingo Doce propôs distribuir, depois de ter alcançado lucros de 593 milhões de euros em 2016.

Um retrato à banca portuguesa

O Banco de Portugal publica esta quinta-feira o último retrato à banca portuguesa. Os dados do Sistema Bancário Português são relativos ao final do ano. Apresentam uma informação geral sobre a evolução do sistema bancário português com base em indicadores da estrutura do balanço, qualidade dos ativos, liquidez e financiamento, rendibilidade, solvabilidade e alavancagem, bem como informação de enquadramento macroeconómico.

BCE publica atas, Draghi fala de política monetária

O BCE publica as minutas da última reunião de política monetária do Conselho de Governadores, realizada a 8 e 9 de março. Nessa reunião, o banco central decidiu deixar inalterada a taxa de juro diretora na Zona Euro. Mas as atenções estarão viradas para Mario Draghi, que fala em Frankfurt, na Alemanha, num debate sobre as eventuais necessidades de ajustamento da política monetária atual. Isto depois de ter sido conhecido um estudo de 25 economistas alemães que criticam as decisões de Draghi.

EUA divulgam reservas de petróleo

O departamento de energia norte-americano vai revelar os valores dos inventários de petróleo. O anúncio será feito pelo American Petroleum Institute, que deverá revelar uma quebra de 1,8 milhões de barris na última semana. Esta expectativa dos investidores está a levar o petróleo a valorizar mais de 1%.

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Montepio? Santa Casa “não tem intenção nenhuma”

Santana Lopes diz, num artigo de opinião, que tem "Vieira da Silva na conta de uma pessoa muito responsável e que, certamente, nunca pediria à Santa Casa para entrar numa aventura".

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) pode comprar o Montepio? “Não se invente”, diz Santana Lopes. “A SCML não tem intenção rigorosamente nenhuma em relação ao Montepio”, refere o Provedor, salientando que nunca, desde que Vieira da Silva aventou essa hipótese, “não houve uma única conversa, reunião ou sequer leitura de documentos”. Mas vai fazê-lo. “Tenho a obrigação acrescida de estudar uma possibilidade por ele aventada”, refere.

Depois de ter aproveitado a apresentação dos resultados de 2016 para afirmar que a SCML aponta para uma “gestão rigorosa e criteriosa” e garante que “não entra em aventuras”, Santana Lopes recorreu ao espaço de opinião semanal no Jornal de Negócios (acesso pago) para voltar a afastar aquilo que, diz, ser uma invenção: o negócio Santa Casa/Montepio. “Não se tente criar títulos de facto consumado”, refere o Provedor, afirmando há muita especulação. “Não se invente”, diz o título do artigo.

"A partir do momento em que o ministro que tem a tutela da SCML exprime ou admite essa possibilidade, a Santa Casa tem a obrigação, não de a rejeitar ‘in limine’, mas de a estudar.”

Santana Lopes

Provedor da SCML

“Entendo dever aproveitar este espaço para frisar bem que a SCML não tem intenção rigorosamente nenhuma em relação ao Montepio“, diz Santana Lopes, salientando que, “da minha parte não houve uma única conversa, reunião ou sequer leitura de documentos depois de se ter conhecido essa posição ministerial”, referindo-se a Vieira da Silva, o ministro do Trabalho, que voltou esta quarta-feira a dizer que o Governo vê “com bons olhos” a “cooperação entre instituições da área social”, referindo-se a uma eventual entrada da SCML no capital do Montepio.

“Afirmei, e mantenho, que a partir do momento em que o ministro que tem a tutela da SCML exprime ou admite essa possibilidade, a Santa Casa tem a obrigação, não de a rejeitar ‘in limine’, mas de a estudar. Cada ministro tem direito a falar à Santa Casa aquilo que considera mais importante. Desde que estou nestas funções já lidei com dois ministros e tenho bem presente as diferenças nos assuntos que os motivam”, refere Santana Lopes.

“Tenho o ministro Vieira da Silva na conta de uma pessoa muito responsável e que, certamente, nunca pediria à Santa Casa para entrar numa aventura“, repetindo assim o que já tinha dito na entrevista concedida à TVI, mas também no comunicado em que revelou que a SCML fechou o último exercício com lucros de 21,1 milhões de euros. Mas, conclui, tem “a obrigação acrescida de estudar uma possibilidade por ele aventada”.

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Alerta da Fed assusta investidores. Wall Street cai

O efeito Trump nos mercados foi um dos receios discutidos na última reunião da Reserva Federal norte-americana. O alerta dos governadores inverteu a tendência em Wall Street.

O dia estava a ser positivo para os principais índices norte-americanos até à divulgação das minutas da Reserva Federal. O texto da última reunião dos governadores sobre política monetária revelou que a Fed vai parar de comprar dívida no final do ano. Além disso, alguns governadores viram com preocupação a valorização das cotadas nos últimos meses, após a eleição de Trump. Os investidores ouviram o alerta e Wall Street terminou o dia em terreno negativo.

Enquanto esperam por mais pormenores sobre a reforma fiscal e na saúde da nova administração, os mercados deram atenção ao que o conselho de governadores da Fed discutiu na reunião de 14 e 15 de março, onde decidiu aumentar a taxa de juro. Mesmo perante a criação de mais postos de trabalho no setor privado dos Estados Unidos face ao esperado, os principais índices sofreram uma queda. Esta semana será também decisiva ao nível do comércio internacional dado o encontro entre Trump e Xi Jinping, o presidente chinês.

“Alguns participantes vêm os preços dos títulos como muito elevados”, lê-se nas minutas. Além disso, o conselho de governadores verificou que houve um aumento “significativo” nos últimos meses nos ativos de risco, levando os investidores a afastarem-se dos mercados acionistas.

O Nasdaq — que atingiu um máximo histórico intradiário — foi o que mais sofreu esta quarta-feira com uma desvalorização de 0,58% para os 5.864,48 pontos. Seguiu-se o Dow Jones com uma descida de 0,20% para os 20.648,15 pontos e o S&P 500 com uma queda de 0,18% para os 2.355,49 pontos. O dólar chegou a subir face ao euro, mas acabou por corrigir dado que as minutas indicam que a Fed vai optar por uma saída gradual da política de estímulos.

Do lado das empresas, a gigante da agricultura Monsanto apresentou hoje os resultados operacionais do primeiro trimestre do ano. As notícias foram positivas: a empresa superou as expectativas graças a uma maior procura no setor. As ações da Monsanto acabaram por subir 0,49% para os 115,31 dólares. De recordar que está a decorrer o processo de compra da empresa norte-americana pela outra gigante do setor, a alemã Bayer, naquele que foi um dos maiores negócios de 2016.

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Cimpor já tem luz verde para aumentar capital

  • Lusa
  • 5 Abril 2017

Os acionistas da cimenteira disseram sim à proposta de aumento de capital. A Cimpor tem, assim, luz verde para reforçar a empresa após os elevados prejuízos registado no ano passado.

Os acionistas da Cimpor aprovaram hoje o aumento do capital social da cimenteira, por entradas em dinheiro, por uma ou mais vezes, até este perfazer o montante de dois mil milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cimpor adiantou que a proposta de aumento do capital do social foi aprovada em assembleia-geral com “637.838.412 votos a favor e 2.226.578 contra”.

A assembleia geral deliberou a renovação temporal e ampliação de outros termos da autorização para aumento de capital social a deliberar pelo Conselho de Administração, “por via da correspondente alteração do atual artigo quarto, número três, do contrato de sociedade (…), autorizando a Comissão Executiva a levar a cabo todos os atos necessários ou convenientes à plena execução desta mesma deliberação e sujeitando-se a autorização estatutária concedida” a determinados limites.

O aumento deve ser até ao limite de um montante igual a 2.000 milhões de euros, sem limite expresso do prazo, sem direitos especiais, sendo apenas autorizada a emissão de ações ordinárias. Esta operação surge depois de a cimenteira ter registado prejuízos de 788 milhões, acima dos 71,2 milhões verificados no ano anterior

“Dentro dos limites acima descritos, o Conselho de Administração poderá aumentar o capital social por uma ou mais vezes”, refere a Cimpor.

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Fed vai deixar de comprar dívida no final do ano

Foram divulgados pormenores sobre o último encontro dos governadores norte-americanos. A Fed prepara-se para colocar um ponto final definitivo no programa de estímulos.

As minutas da última reunião da Fed — na qual aumentou a taxa de juro dos EUA — revelam que a maior parte dos governadores querem que a política de estímulos desvaneça este ano. A ideia é que à medida que vai aumentando a taxa de juro, a Fed deixe de injetar tanto dinheiro na economia norte-americana que tem dados sinais positivos nos últimos meses. Alguns governadores alertaram ainda para a excessiva valorização das cotadas.

A maioria do conselho de governadores da Reserva Federal norte-americana querem que exista uma mudança de política para diminuir o atual balanço do banco central de 4,5 biliões de dólares. “A maior parte dos participantes antecipa que se continue com o aumento gradual da taxa de juro“, lê-se nas minutas divulgadas esta quarta-feira, segundo a Bloomberg, referindo ainda que existe concordância numa mudança na política de reinvestimento no final de 2017.

“A maior parte dos participantes enfatizou que reduzir o tamanho da folha do balanço [do banco central] deveria ser conduzido de forma passiva e previsível”, descrevem as minutas da última reunião da Fed que ocorreu a 14 e 15 de março. Contudo, a forma como essa diminuição dos estímulos vai ser feita será novamente discutida nas próximas reuniões (a próxima é no início de maio). Uma das opções passará por deixar de reinvestir o dinheiro obtido com as amortizações de obrigações.

Efeito Trump nas bolsas é “muito elevado”

Desde que Donald Trump foi eleito que as bolsas norte-americanas têm valorizado, de tal forma que os índices atingiram vários recordes. A maior parte dos governadores da Fed viram esta valorização das ações como um sinal da flexibilização das condições financeiras dos mercados.

Contudo, também houve um alerta: “Alguns participantes vêm os preços dos títulos como muito elevados”, lê-se também nas minutas. Além disso, o conselho de governadores verificou que houve um aumento “significativo” nos últimos meses nos ativos de risco assim como nas ações dos mercados emergentes.

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Montepio: Santa Casa “nunca assume riscos indevidos”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 5 Abril 2017

Santa Casa informa que os resultados líquidos atingiram 21,1 milhões de euros no ano passado, acima do valor registado em 2015. Numa alusão ao caso Montepio, diz que "não entra em aventuras”.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) melhorou os resultados em 2016 e garante que “não entra em aventuras”, reiterando as palavras recentes do Provedor acerca do Montepio.

Em comunicado, a Santa Casa informa que os resultados líquidos atingiram 21,1 milhões de euros no ano passado, mais 15,3 milhões face a 2015. “Este acréscimo justifica-se, essencialmente, por um controlo eficaz da despesa, nomeadamente em compras e fornecimentos e serviços externos”, com uma redução de 2,4 milhões de euros (-4,1%), “e deve-se igualmente a uma variação positiva da distribuição dos resultados dos Jogos Sociais, mais 23,6 milhões de euros em relação ao período homólogo (+13,4%) e mais 36,7 milhões de euros face ao previsto em orçamento”, indica o comunicado.

O investimento contou com uma execução de 30,5 milhões de euros, com destaque para as áreas de património e saúde.

A SCML aponta para uma “gestão rigorosa e criteriosa” e garante que “não entra em aventuras”, aludindo às declarações de Pedro Santana Lopes em entrevista à TVI, sobre a possibilidade de a Santa Casa vir a entrar no Montepio. O Provedor não descartou essa hipótese mas salientou que teria de ser estudada.

Ainda hoje, o ministro do Trabalho afirmou, citado pela Lusa, que o Governo vê “com bons olhos” a “cooperação entre instituições da área social”, referindo-se a uma eventual entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do Montepio. “Estamos a falar de uma [instituição] que tem por base uma organização da chamada economia social, de matriz mutualista, e a integração com outras organizações que também têm essa origem de instituição de natureza social vejo como positiva”, sublinhou.

A SCML nota ainda, no seu comunicado, que “analisa escrupulosamente todos os eventuais projetos ou investimentos de potencial interesse, nomeadamente propostas apresentadas pela Tutela ou pelo Governo, sempre com vista à defesa dos interesses da Instituição e daqueles que dela beneficiam diariamente”. “A obrigação de estudar e ponderar parcerias não implica necessariamente a sua concretização, já que a Misericórdia de Lisboa nunca assume riscos indevidos, porque não é essa a sua vocação nem é essa a sua natureza”, salienta ainda.

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