Luís Amado: Interesse do país não foi “acautelado” no Banif

  • ECO
  • 27 Março 2017

O ex-presidente do Banif acredita que a unificação da estratégia europeia na área da banca fez com que casos como o Banif e o BES decorressem sem atenção ao interesse nacional.

A União Bancária fez com que o interesse de Portugal fosse “mal acautelado” nos casos da resolução do Banif, afirmou este domingo o ex-ministro e ex-presidente do Banif Luís Amado, ao programa Conversa Capital, da Antena 1, entrevista publicada esta segunda no Jornal de Negócios (acesso pago). Para Luís Amado, a União Bancária é um “rolo compressor” que cria pressão sobre a visão das instituições nacionais.

O interesse nacional foi “mal acautelado” no caso do Banif, afirmou o ex-presidente dessa instituição, sem querer “falar muito sobre isso”. Referiu, porém: “Não foi bem acautelado, se tivermos em consideração a grande exposição que as duas Regiões Autónomas tinham com o Banif, especificamente a quota de mercado que aí representava e o que representou neste caso a cedência do Banif naquele contexto aos interesses de uma visão do conjunto europeu”.

Mas Luís Amado não coloca em causa a resolução bancária enquanto figura, já que Portugal aceitou “as regras”. “A partir desse momento temos de nos condicionar ao jogo das regras”, afirma. “Isso não quer dizer que na batalha quotidiana que se desenvolve sempre com as instituições europeias, no contexto de soberania partilhada, a prevalência dos interesses nacionais nessa dialética [não] deva ser salvaguardada até ao limite”, acrescenta.

Também ao Negócios, Luís Amado disse ainda que o Banco de Portugal tem tensões com o PS e o Governo atual por “más relações pessoais”, e que estas deveriam ser postas de parte.

“Na última década assistimos a um exercício quase autofágico de destruição de instituições na base de más relações pessoais”, sublinhou o ex-ministro, lamento que esta tensão afete instituições que não estão ligadas à política.

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Maiores bancos europeus registam 26% dos lucros em paraísos fiscais

  • ECO
  • 27 Março 2017

Relatório da Oxfam revela que os paraísos fiscais representam 26% dos lucros obtidos pelos 20 maiores bancos europeus. Luxemburgo e Irlanda são as praças preferidas.

Os vinte maiores bancos da zona euro registaram cerca de um quarto dos seus lucros de 2015 em paraísos fiscais. Luxemburgo e Irlanda são os destinos favoritos, revela um relatório da Oxfam divulgado esta segunda-feira.

As práticas fiscais das grandes multinacionais são agora analisadas à lupa, depois dos escândalos do LuxLeaks e Panama Papers, que revelaram os métodos utilizados pelas grandes empresas para fugir aos impostos.

“As novas regras de transparência da União Europeia dão-nos um vislumbre sobre a política fiscal dos maiores bancos europeus. E não é uma visão bonita”, sublinha Manon Aubry, uma especialista fiscal da Oxfam, citado pela AFP.

“Os governos têm de mudar as regras para evitar que os bancos e as grandes empresas utilizem os paraísos fiscais para escapar aos impostos ou para ajudarem os seus clientes a fugir”, acrescentou.

"Os governos têm de mudar as regras para evitar que os bancos e as grandes empresas utilizem os paraísos fiscais para escapar aos impostos ou para ajudarem os seus clientes a fugir.”

Manom Aubry

Especialista fiscal da Oxfam

O relatório revela que os paraísos fiscais representam 26% dos lucros obtidos pelos 20 maiores bancos europeus, um valor que corresponde, de acordo com as estimativas, a cerca de 25 mil milhões de euros.

Por exemplo, o Barclays, o quinto maior banco europeu, em 2015, registou lucros de 517 milhões de euros no Luxemburgo e pagou apenas um milhão de euros em impostos, o que representa uma taxa efetiva de 0,2%.

O relatório também revela que os bancos europeus registaram 628 milhões de euros em lucros em paraísos fiscais onde não têm um único trabalhador. É o caso do francês BNP Paribas, que registou um lucro de 134 milhões de euros nas ilhas Caimão, mas não tem nenhum empregado nesta praça.

Outros bancos registaram lucros em paraísos fiscais ao mesmo tempo que registaram perdas noutros locais. Por exemplo, em 2015, o Deutsche Bank registou lucros fracos, ou mesmo nenhuns em vários dos principais mercados e, simultaneamente, cerca de dois mil milhões de euros de lucro em paraísos fiscais.

A Oxfam descobriu estes dados ao utilizar a nova legislação comunitária que obriga os bancos a revelarem os os lucros, país a país. O objetivo da lei era impedir os grandes bancos de mudarem, artificialmente, os seus lucros para praças onde a tributação da riqueza é muito baixa ou até mesmo inexistente.

“Estas regras devem agora ser alargadas para garantir que todas as grandes empresas fornecem relatórios financeiros referentes a todos os mercados onde operam”, afirmou Aubry. “Isto tornará mais fácil a todos os países – incluindo os mais pobres – avaliar se as empresas estão ou não a pagar a sua fatia justa de impostos”, acrescentou a especialista.

"Isto tornará mais fácil a todos os países – incluindo os mais pobres – avaliar se as empresas estão ou não a pagar a sua fatia justa de impostos.”

Manom Aubry

Especialista fiscal da Oxfam

O Luxemburgo e a Irlanda são os paraísos fiscais preferidos, revela o mesmo relatório. Os 20 maiores bancos europeus registaram mais lucros no pequeno ducado do Luxemburgo do que no Reino Unido, Suécia e Alemanha em conjunto.

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PSI-20 cai arrastado por vermelho na Europa

  • Marta Santos Silva
  • 27 Março 2017

Apenas a Corticeira Amorim abriu o dia a subir. As bolsas mundiais continuam afetadas pela derrota da lei da saúde de Donald Trump, que nem chegou a ser votada no Senado.

A bolsa de Lisboa abriu a cair mais de meio por cento esta segunda-feira, uma tendência comum às principais praças mundiais, movida em parte pela derrota de Trump na sexta-feira na área da lei da saúde. O PSI-20 descia 0,54% para os 4662,66 pontos.

O PSI-20 fechara a subir na sexta-feira, marcando a sua sexta sessão no verde em sete consecutivas. Já esta segunda, apenas a Corteira Amorim surge no verde à hora de abertura, a subir 1,19% para os dez euros.

As restantes cotadas no índice de referência nacional mostram quedas, com a mais intensa a ser, visivelmente, a da Pharol, que cai 3,10% para os 38 cêntimos. A Mota Engil, que cai 1,95% para os 1,71 euros, não lhe fica muito atrás, e a Ibersol também se destaca entre as cotadas no vermelho, a cair 1,51%.

Do outro lado do Atlântico continua um ambiente nervoso nos mercados. O falhanço de Donald Trump em recolher votos suficientes no Senado norte-americano para fazer aprovar uma nova lei para o sistema de saúde deixou tanto o dólar como o principal índice a perder. Na madrugada de segunda-feira o dólar já caíra tanto que quase eliminara os ganhos conseguidos desde a vitória de Donald Trump em novembro, e os futuros do S&P 500 desciam também, arrastando consigo os índices do Japão e de Singapura, as primeiras bolsas a abrir. Também na Europa, de Frankfurt a Madrid, passando por Paris, as bolsas caíam esta manhã.

A recuperação dos índices dos EUA pode ser lenta. “Os investidores vão ter mais cuidado, em vez de vermos os ganhos rápidos que aconteceram em novembro”, disse à Bloomberg o analista James Woods, da Rivkin Securities. “A derrota na área da saúde torna a reforma fiscal muito mais difícil e as consequências são maiores para os mercados”.

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Lisboa vai ter centro internacional de investigação sobre água

  • Lusa
  • 27 Março 2017

Portugal vai ter um centro internacional para a água, com parceiros de todo o mundo, para desenvolver investigação, encontrar novas soluções, e passar conhecimento a decisores, empresas e sociedade.

“A ideia é criar, em Lisboa, em Portugal, um centro internacional dedicado às questões da água, o Lisbon International Centre for Water [Centro Internacional da Água de Lisboa], com o objetivo de desenvolver, numa rede internacional extensa, o melhor conhecimento existente no setor dos recursos hídricos e dos serviços de águas e passá-lo” para várias componentes da sociedade, avançou à agência Lusa o coordenador do projeto.

Jaime Melo Baptista, investigador coordenador no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), realçou a importância de apoiar novas soluções técnicas, de produtos ou serviços, que contribuam para capacitar os responsáveis e profissionais e obter mais eficiência na utilização de um recurso decisivo para reduzir a pobreza, melhorar a saúde e o desenvolvimento.

O projeto, promovido pelo LNEC, obteve financiamento europeu, através do programa Teaming, que apoia a criação de centros de excelência e está integrado no Horizonte 2020, e “até final do ano vai estar pronto a funcionar”, assegurou o especialista nesta área.

Com um investimento inicial de 400 mil euros, o centro tem previsto um orçamento de 15 milhões de euros, em sete anos, e 40 parceiros, número que Melo Baptista espera aumentar, mesmo em termos internacionais.

“Pretende passar o conhecimento sobre o setor da água em Portugal, na Europa e no mundo, para os decisores políticos, técnicos e empresariais, para que tomem melhores decisões, mas também para os profissionais da área da água, portugueses e estrangeiros, através de mecanismos de capacitação não tradicionais”, baseados em ligações à distância, especificou o especialista.

"Pretende passar o conhecimento sobre o setor da água em Portugal, na Europa e no mundo, para os decisores políticos, técnicos e empresariais, para que tomem melhores decisões, mas também para os profissionais da área da água, portugueses e estrangeiros, através de mecanismos de capacitação não tradicionais.”

Jaime Melo Baptista

Investigador coordenador no LNEC

O novo centro, diferente de tudo o que existe no mundo nesta área, segundo Melo Baptista, conjuga investigação, em laboratórios já existentes, com a aplicação dos resultados obtidos, por exemplo novos produtos ou equipamentos, na atividade industrial, e incentiva o desenvolvimento de ‘startups’.

O projeto é baseado no LNEC, que tem instalações experimentais e laboratórios.

O centro, que é multidisciplinar, é apoiado pelos ministérios do Ambiente, Economia, Infraestruturas e Ciência, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), além de operadores do setor, como a Águas de Portugal, municípios e entidades privadas.

Tem também o apoio de associações do setor, como a Parceria Portuguesa para a Água, a Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Água (APDA), a Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais (APEMETA), a Direção Geral do Consumidor, a Deco, a Direção Geral de Saúde e universidades portuguesas.

A estas entidades nacionais juntam-se a Associação Internacional da Água, a UNESCO e várias universidades estrangeiras, como do Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Brasil.

“Queremos ter aqui investigadores estrangeiros, dar formação a portugueses, mas também a profissionais de outros países”, acrescentou.

"Queremos ter aqui investigadores estrangeiros, dar formação a portugueses, mas também a profissionais de outros países.”

Jaime Melo Baptista

Investigador coordenador no LNEC

Melo Baptista, que foi presidente da Entidade Reguladora dos Serviços da Água e Resíduos (ERSAR), explicou que, na base da iniciativa estão “os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, em que a água é uma das 17 prioridades e cruza com praticamente todas as outras, sendo decisiva para reduzir a pobreza, melhorar a saúde e o desenvolvimento”, mas também documentos da OCDE ou da Associação Internacional da Água.

O centro está vocacionado para ajudar os países a atingir aqueles objetivos, combinando política, gestão, tecnologia, economia, com aspetos jurídicos e sociais.

Na melhoria do acesso à água e da sua utilização, “a eficiência dos serviços é um tema imenso, mas também temos as alterações climáticas, a gestão de recursos, a componente social ou o desenvolvimento de tecnologias inovadoras”, explicou ainda o coordenador do projeto.

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Pagar impostos por débito direto pode ser possível em 2017

  • ECO
  • 27 Março 2017

O Simplex+ prevê que impostos como o IUC e o IMI possam ser pagos por débito direto. A medida poderá chegar ainda este ano, com o concurso para o banco que receberá o dinheiro a abrir "proximamente".

Impostos como o Imposto Único de Circulação (IUC) e o Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) poderão ser pagos por débito direto ainda em 2017, escreve esta segunda-feira o DN/Dinheiro Vivo.

Para a medida ser posta em prática será preciso escolher, por concurso público, o banco que irá receber o dinheiro e transferi-lo para os cofres do Estado, um processo que começará “proximamente”, disse ao jornal o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade. Segundo o DN/Dinheiro Vivo, a medida já devia ter sido posta em prática no ano passado, mas percebeu-se que seria necessário que uma instituição bancária centralizasse os pagamentos.

Os impostos com coimas mais altas por atraso, como o IUC, são os melhores candidatos para este sistema, em que o contribuinte dá apenas uma ordem ao seu banco para que transfira o pagamento na data correta.

Também o pagamento do IMI através deste método deverá ter muita procura, disse ao DN/Dinheiro Vivo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, em especial para emigrantes. “Atualmente estas pessoas ou têm cá um representante legal ou alguém de confiança que lhes possa tratar do pagamento do IMI”, afirmou Paulo Ralha.

Já em impostos como o IRS, Paulo Ralha já não espera tanta adesão: “A expectativa das pessoas é ter um reembolso e, se tiverem de pagar, querem fazê-lo o mais tarde possível”.

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Ponte aérea da TAP transportou uma média de 2.000 passageiros por dia

  • Lusa
  • 27 Março 2017

No primeiro ano da ponte aérea que hoje se assinala, a TAP transportou entre Lisboa e o Porto 750 mil passageiros, com um taxa de ocupação média a rondar os 75%.

A TAP transportou uma média diária de 2.000 passageiros entre Lisboa e o Porto no primeiro ano da designada ponte aérea operada pela TAP Express, atualmente com 32 ligações por dia, disse à Lusa fonte oficial da companhia.

De acordo com fonte oficial da transportadora liderada por Fernando Pinto, no primeiro ano da ponte aérea que hoje se assinala, a TAP transportou entre Lisboa e o Porto 750 mil passageiros, com um taxa de ocupação média a rondar os 75%.

Mais de metade dos bilhetes (54%) para os voos da ponte aérea foram vendidos no mercado português, e entre os vendidos fora de Portugal há um claro domínio da Europa (28%).

O Brasil corresponde a 10% dos bilhetes vendidos, os EUA 5% e África 3%, segundo as contas da companhia.

Em 27 de março de 2016, a TAP lançou a ponte aérea entre Lisboa e o Porto, passando a ter 18 ligações aéreas diárias em cada sentido, com partidas de hora a hora, número que, entretanto, foi revisto para 16 ligações.

A designada ponte aérea é operada pela TAP Express – a nova designação da Portugalia (PGA), companhia que opera os voos domésticos.

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Viaduto de Alcântara condiciona trânsito na Avenida da Índia

  • ECO
  • 27 Março 2017

Circulação ferroviária não será afetada, mas na Avenida da Índia trânsito só circula numa faixa.

O viaduto de Alcântara necessita de medida de segurança adicionais, por isso, os trabalhos têm de continuar durante esta segunda-feira, deixando o trânsito condicionado ao longo do dia. A circulação na Avenida da Índia fica limitada a apenas uma via.

A Câmara Municipal de Lisboa explicou que “as conclusões da vistoria levaram à implementação de medidas suplementares de segurança”, uma vistoria iniciada este domingo e realizada em duas fases.

Na quarta-feira, foi identificado um desvio no viaduto de Alcântara, que, de acordo com o vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, estará relacionado “com o provável embate de um pesado durante a noite”.

Em comunicado enviado às redações, a autarquia explica que “devido à realização destes trabalhos, a circulação rodoviária na Avenida da Índia faz-se temporariamente apenas numa das vias, ficando reduzida a metade da sua capacidade”. Ainda assim, a circulação ferroviária não será afetada, por isso os comboios estão a funcionar sem qualquer constrangimento.

Tendo em conta os condicionamentos de trânsito, a Câmara Municipal aconselha a utilização de caminhos alternativos.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Arranca esta segunda-feira a emissão de OTRV com um prémio de 1,9%. No mesmo dia, a Direção-geral do Orçamento atualiza a execução orçamental de fevereiro. BCE faz ponto de situação da banca europeia.

Pontos de interesse por cá: a emissão das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) que arranca hoje até ao próximo dia 7 de abril e a atualização da execução orçamental relativa a fevereiro. Lá fora, o Mecanismo Único de Supervisão faz o ponto de situação da banca europeia. Que avaliação fazem os responsáveis europeus do sistema português?

Olha as OTRV fresquinhas

Arranca esta segunda-feira a emissão das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV). O período de subscrição estende-se até ao dia 7 de abril. O Estado pretende obter 500 milhões de euros com esta operação que oferece um prémio de 1,9%. Dúvidas? Temos dez respostas sobre esta emissão.

Execução orçamental até fevereiro

A Direção-Geral do Orçamento apresenta esta segunda-feira os dados da execução orçamental relativos ao mês de fevereiro. Um número que será conhecido depois de, na sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ter confirmado que o défice público ficou nos 2,1% em 2016.

Como evolui o crédito na Europa

O Banco Central Europeu (BCE) divulga os balanços nacionais das instituições financeiras monetárias da Zona Euro, que permitem analisar a evolução do saldo dos empréstimos às famílias e empresas do bloco da moeda única.

Supervisão europeia fala da banca

O Mecanismo Único de Supervisão (o braço de supervisão bancária do BCE) realiza pela manhã a conferência de imprensa anual com o presidente Daniele Nouy e Sabine Lautenschläger, membro da comissão executiva do BCE. O principal tema será, naturalmente, a banca europeia. E os bancos portugueses?

As pistas da Fed

Charles Evans (Reserva Federal de Chicago) e Robert Kaplan (Reserva Federal de Dallas) têm discursos previstos para esta segunda-feira e deverão deixar mais pistas sobre o rumo da política monetária do banco central norte-americano. Depois da subida das taxas diretores em março, o mercado antecipa mais duas ao longo de 2017. Mas atrasos no plano de estímulos de Donald Trump poderá mudar o tom das palavras do responsáveis da Fed.

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OTR… quê? Veja se vale a pena emprestar ao Estado

O Estado está a apostar cada vez mais nos particulares para se financiar. Depois dos certificados, nasceram as OTRV. Têm sido um sucesso, mas as taxas oferecidas estão a cair. Ainda compensam?

Invisto? Não invisto? Invisto…? Indeciso sobre se deve aplicar parte das suas poupanças em mais uma emissão de obrigações portuguesas? É natural. As Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) têm atraído muitas poupanças das famílias — mais de três mil milhões de euros — num contexto em que os retornos oferecidos pelos produtos tradicionais estão em mínimos, mas o Estado também está a cortar na remuneração destes títulos. A taxa desta emissão é a mais baixa de todas as operações: 1,9%. Será que compensa o risco?

O Estado lançou as OTRV com uma taxa de 2,2%, mas nas emissões seguintes foi sempre dando menos, ajustando a remuneração aos juros exigidos pelos grandes investidores nos mercados internacionais. Cortou-a para 2,05%, depois para 2%. E agora, na emissão cuja subscrição já arrancou e vai até 7 de abril, baixou mesmo da fasquia dos 2% numa emissão em que pretende obter 500 milhões de euros. Mas é ou não atrativa? Depende. Em termos líquidos dá 1,368%, mas isto só após impostos (é preciso ter em conta as comissões). Dá tanto quanto a inflação prevista para este ano, de 1,4%, segundo o Banco de Portugal. Mas o Estado prevê 1,5%.

Juros das OTRV sempre a descer

E “é atrativa, tendo em conta que os juros estão em mínimos e que a conjuntura é de juros ainda mais baixos do que nas anteriores emissões”, diz Filipe Silva. O Banco Central Europeu (BCE) tem tentado travar a subida das taxas dos soberanos com o programa de compra de dívida, sendo que a política expansionista levou os retornos dos produtos tradicionais, nomeadamente os depósitos a prazo e os certificados de aforro, a pagarem taxas mínimas. As aplicações dos bancos rendem, em média, apenas 0,33%. Os certificados dão 0,671%.

"A taxa desta emissão é de 1,9% mais a Euribor (a seis meses), para uma maturidade de cinco anos. Se as taxas subirem e a Euribor chegar aos 0,35% em dois anos – o que não é nada de improvável – estas OTRV passam logo a ser mais vantajosas para o investidor.”

Filipe Silva

Diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa

Entre os produtos que mais dinheiro têm atraído da poupanças das famílias, apenas os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) conseguem garantir um retorno mais elevado, o que explica os montantes de mensalmente têm sido aplicados. Ainda assim, só tem taxas superiores no terceiro ano. “Os CTPM têm uma taxa crescente e nos dois primeiros anos têm uma taxa mais baixa (1,25% e 1,75%)”, nota o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa ao ECO.

Pode render mais… com a Euribor

As OTRV garantem um juro bruto anual de 1,9% ao ano, durante os cinco anos da aplicação. No entanto, a taxa pode não ser apenas de 1,9%. “A taxa desta emissão é de 1,9% mais a Euribor (a seis meses), para uma maturidade de cinco anos. Se as taxas subirem e a Euribor chegar aos 0,35% em dois anos – o que não é nada de improvável – estas OTRV passam logo a ser mais vantajosas para o investidor” face aos CTPM, salienta o mesmo especialista.

Retorno aquém dos CTPM (com a Euribor negativa)

Apesar da política expansionista, com a inflação a acelerar na Zona Euro — reflexo, essencialmente, da subida dos preços do petróleo — começam a levantar-se vozes para que o BCE suba os juros. Mario Draghi resiste, mas no mercado os juros começam a subir. As Euribor ainda estão negativas, mas há sinais de que poderão recuperar em breve. Se o fizerem, podem gerar maiores retornos nas OTRV. “OS CTPM pagam uma taxa anual bruta média de 2,25%, ao longo dos cinco anos. É esta taxa é que deve servir de referência para quem também pretende manter as OTRV durante cinco anos”, nota.

Comissões são o calcanhar de Aquiles

A remuneração destas obrigações destinadas a investidores de retalho, ou seja, os pequenos investidores pode, apesar de menor do que nas anteriores emissões, ser interessante. Mesmo depois de impostos é atrativa, mas quem está a pensar subscrever não se pode esquecer de que, ao contrário dos depósitos ou dos outros produtos do Estado, neste caso há comissões a pagar aos intermediários financeiros, os bancos. “Tenha muita atenção às elevadas comissões praticadas pelos bancos”, diz a Deco.

Cada banco tem o seu preçário e as comissões variam consoante a instituição. Certo é que uma aplicação de pequenos montantes será sempre muito penalizada.

Deco

Tanto nas obrigações do Tesouro, que estão no mercado, como nas OTRV, “são cobradas comissões de subscrição, custódia, pagamento de juros e reembolso de capital, que podem diminuir bastante o rendimento”. “Cada banco tem o seu preçário e as comissões variam consoante a instituição”, mas “certo é que uma aplicação de pequenos montantes será sempre muito penalizada” — o mínimo de investimento é de mil euros e o máximo de um milhão. Pode mesmo perder dinheiro com as comissões a não serem compensadas pelos juros auferidos, daí que “as OTRV são atrativas apenas para montantes a partir de cinco mil euros”, salienta a Deco.

Risco? Há. Mas também há liquidez

Há ameaças aos juros que são pagos pelas OTRV, mas também há riscos implícitos ao investimento nos mercados de capitais. As OTRV não são seguras como os depósitos, que estão protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. São títulos de dívida pública, logo o investidor fica exposto ao risco do emitente, o Estado. Em caso de incumprimento, ou reestruturação da dívida, os detentores destes títulos poderão ser afetados. Os CTPM, por seu lado, têm garantia de capital.

Depois, há a liquidez… Os CTPM não podem ser vendidos durante um ano, mas as OTRV podem. Se os CTPM são reembolsados, depois, a qualquer momento, no caso das OTRV, se necessitar do dinheiro antes dos cinco anos, terá de vendê-las no mercado, ficando sujeito a vender os títulos por um valor inferior ao inicial. Mas também pode acontecer o contrário. “Por exemplo, quem comprou OTRV em novembro, se quiser vender agora, o preço subiu e está nos 101,6, um ganho de 1,6% em cinco meses. Contudo, é verdade que quem compra este tipo de produtos tende a mantê-lo durante toda a maturidade”, diz Filipe Silva.

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Marques Mendes: Venda do Novo Banco fica decidida esta semana

No habitual comentário de domingo, Marques Mendes diz que a decisão sobre o negócio do Novo Banco terá de ficar tomada até ao final da semana, que coincide com o fim do mês de março.

Marques Mendes disse este domingo que a decisão da negociação e venda do Novo Banco será tomada esta semana. “Vai ser um caso muito polémico, quer em geral quer na maioria que apoia o Governo”, disse.

“Esta semana tem de ser tomada decisão, até 31 tem de se decidir se vender ou não vender. O ministro das Finanças disse que estava tudo a correr muito bem mas julgo que, até há um ou dois dias, não estava a correr muito bem“, disse o comentador, acrescentando que um dos problemas da negociação é “com Bruxelas”.

Segundo Marques Mendes, no seu comentário no Jornal da Noite da Sic, há três soluções possíveis para o negócio.

  1. Bruxelas bater o pé e dizer que não recua
  2. Governo ceder e vender 100% em vez de 75%
  3. Ou um cenário de meio termo, com recuo do Governo e de Bruxelas. “Uma situação de ‘Eu fico presente mas são impostas condições'”, disse.

O comentador acrescentou ainda que acredita que este último cenário será o mais provável.

Ainda sobre a banca, Marques Mendes comentou também a situação relacionada com o Montepio, sublinhando que “qualquer ideia de comparar o Montepio ao BES é um exagero”.

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OPEP: Acordo para cortar produção de crude pode prolongar-se

Há cada vez mais países a apoiar um prolongamento do acordo para reduzir a produção de petróleo. Argélia, Venezuela, Iraque e Omã dizem apoiar uma extensão por mais seis meses.

Há cada vez mais países produtores a apoiar um prolongamento do acordo feito entre os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzirem a produção de petróleo. Depois da Argélia, agora foi a vez da Venezuela, Iraque e Omã virem dizer que estão preparados para continuar a cortar a oferta. Isto numa altura em que as cotações do petróleo se mantêm abaixo da fasquia dos 50 dólares.

Os ministros do Petróleo da Venezuela, Iraque e Omã apoiam um possível prolongamento do corte da produção de “ouro negro”, um acordo feito entre os países da OPEP para animar os preços do petróleo. “Estamos preparados para apoiar” uma extensão do acordo — que entrou em vigor em janeiro — por mais seis meses, disse o ministro do Petróleo da Venezuela, Nelson Martinez, aos jornalistas, citado pela Bloomberg.

O seu homólogo do Omã, que, tal como a Venezuela, não faz parte do cartel, também afirmou que “faz sentido prolongar o acordo por mais seis meses”. A Rússia também está a avançar com a redução para limitar o excesso de petróleo no mercado. “Antes de mais nada, é importante cumprir o acordo alcançado no ano passado”, nota o ministro da Energia russo. O país tem como objetivo cortar 300 mil barris por dia até ao final de abril, acrescenta.

Um comité composto pelos ministros do Kuwait, Argélia, Venezuela, Rússia e Omã já pediu à OPEP para avaliar o mercado e apresentar uma recomendação em abril sobre o prolongamento deste acordo. “Certos fatores, como a procura sazonal fraca, manutenção das refinarias e aumento da oferta por parte de países fora da OPEP, abrandaram o impacto positivo dos ajustamentos feitos à produção”, refere o comité.

Estas declarações foram feitas em sinal de apoio à Argélia, depois de o ministro da Energia do país ter pedido um prolongamento. Segundo o responsável, a estratégia está a limitar as reservas globais de energia. Mas esta redução ainda não se está a notar nos preços do petróleo, que continuam a negociar perto dos 50 dólares. O Brent chegou mesmo a cair abaixo deste patamar, depois de a produção ter aumentado nos EUA.

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Balcão? Tudo o que já pode fazer online (e mais barato)

Os bancos estão a encolher. A necessidade de reduzir custos, num momento de fracas receitas, está a levar ao encerramento de balcões. Em contrapartida, aumenta o leque de serviços disponíveis online.

Há quanto tempo não vai ao balcão do seu banco? A relação com os serviços financeiros é cada vez menos pessoal, mais digital. E os bancos agradecem, até porque manter a porta aberta em cada esquina tem custos elevados.

O setor financeiro, nomeadamente o português, tem vivido anos de crise. Primeiro passou pela crise internacional, depois pela nacional, que levou o país ao resgate. E agora, com o malparado ainda a pesar e com a política de juros baixos do Banco Central Europeu, torna-se difícil ganhar dinheiro. Aumentar receitas é palavra de ordem, mas mesmo assim reduzir custos é imperativo, pelo que fechar balcões é o prato do dia.

Todos os bancos estão a fazê-lo, tanto lá fora como cá dentro. Desde os privados ao banco público, a Caixa Geral de Depósitos (CGD). É certo que há uma parte de população que continua a procurar o balcão, o gerente de conta, o conselheiro, mas muitos renderam-se à facilidade dos serviços na internet, o homebanking. E já não é só para ver saldos. Há todo um leque de serviços, desde poupanças ao crédito. Veja o que pode fazer online, e mais barato que ao balcão.

Consultar saldo é o mínimo

Será que o salário já entrou na conta? Tenho saldo para pagar esta compra? São dúvidas que assaltam muitos portugueses. Durante muito tempo, ou controlavam as despesas nas folhas das cadernetas, ou iam ao balcão atualizar essas mesmas cadernetas. Depois, com os cartões, as caixas automáticas passaram a dar a resposta de forma mais rápida, mas com a internet as dúvidas são desfeitas com alguns cliques num site ou só com uns toques no ecrã do smartphone.

Todos os bancos permitem saber quanto está na conta, mas também ver os movimentos recentes online e, regra geral, sem custos. Há algumas instituições que exigem uma comissão para movimentos mais antigos, mas mesmo assim cobram menos do que, por exemplo, fazer uma atualização de uma caderneta: CGD e Montepio, os únicos que a utilizam, passaram a cobrar por esse serviço. O banco estatal cobra um euro, já o Montepio exige o dobro: dois euros.

Pedir cheques? Poupe na internet

Já não fazem grande companhia aos portugueses, mas os cheques continuam a existir. Não são um meio de pagamento para o dia-a-dia, sendo o seu uso destinado essencialmente para aquisições de maior valor como, por exemplo, comprar um automóvel, ou dar sinal para a compra de uma casa. Os cheques que tem em casa, sem data, continuam válidos mesmo depois de muitos anos. Mas quando acabam, e caso precise de mais, não precisa de ir ao balcão. Aliás, é melhor não ir.

É possível, na generalidade das instituições financeiras a operar no mercado nacional, simplesmente aceder à conta através da internet e solicitar um novo livro de cheques, qualquer que seja o número de unidades. Os preços variam de banco para banco, mas em todos o preço é mais baixo online do que se fizer a requisição presencialmente, num qualquer balcão. A título de exemplo, e tendo em conta que a CGD vai encerrar um quarto dos seus balcões, no banco público os mesmos cinco cheques pedidos ao balcão custam 10 euros (mais Imposto do Selo) contra 7,50 euros se feito online e enviado por correio para a morada do cliente.

Pagar contas em simples passos

São muitos os portugueses que pagam as contas de forma automática, utilizando o débito direto. Muitos outros vão aos bancos, mas utilizam as máquinas automáticas para saldarem as dívidas seja junto de empresas que fornecem serviços como a água, a luz e o gás, mas também os impostos.

Em nenhuma das formas existe um custo associado ao pagamento. O débito é automático, mas pagar numa caixa automática exige encontrá-la. Melhor mesmo é recorrer ao homebanking, seja no computador, tablet ou mesmo na app da instituição. É fácil, rápido e não há qualquer custo.

Transferir? Fácil. E mais barato

Fazer uma transferência bancária é uma operação comum. Pode fazê-la no balcão, mas prepare-se para pagar alguns euros para que seja o bancário a colocar a ordem no sistema. Como em todos os serviços bancários, o custo varia de banco para banco, mas é sempre substancialmente mais caro se feita a transferência desta forma. Na CGD custa 3,75 euros (mais Imposto do Selo de 4%) transferir até 2.500 euros de uma conta do banco para outra noutra instituição.

Fazer essa mesma transferência via telefone é mais barato do que ir ao balcão, mas ainda assim é mais dispendioso do que recorrer ao homebanking para a concretizar. Chegaram a ser gratuitas, mas passaram a ser pagas em vários bancos. A CGD é um dos bancos que cobra, mas são apenas 50 cêntimos (contra os 3,75 euros ao balcão). Mais barato só mesmo se recorrer a uma caixa automática. Não custa nada.

Poupar em depósitos específicos da internet

A relação com os bancos passa também pelas poupanças. Todas as instituições oferecem depósitos a prazo, mas nos últimos anos várias passaram a disponibilizar aplicações de subscrição exclusiva online. “Em dezembro de 2015, estes depósitos representavam 23,3% dos depósitos comercializados, correspondendo a um total de 103 depósitos, comercializados por 13 das 20 instituições analisadas”, salientou o Banco de Portugal no mais recente Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho, referente a 2015.

Estas aplicações têm, regra geral, prazos mais curtos, até um ano, sendo a grande vantagem destes produtos online a facilidade com que se faz a gestão dos recursos que estão à ordem e a prazo. Ou seja, ao tornarem fácil a realização da poupança, incitam a uma gestão mais eficiente do dinheiro amealhado. E os juros? Depende. Na última avaliação do Banco de Portugal, ainda as taxas não estavam nos mínimos históricos a que estão, só os depósitos exclusivos dos canais digitais com condições especiais tinham taxas acima da média.

Um crédito para o carro na palma da mão

O crédito ao consumo tende a ser contratado na altura em que está a ser feita a aquisição do bem. Se está a comprar um automóvel, rapidamente o comercial vai apresentar-lhe a solução de financiamento para a operação, sendo que o mesmo acontece com bens e serviços de menor valor, sejam umas férias, seja um eletrodoméstico. As financeiras têm grande poder neste segmento, mas os bancos também concedem estes empréstimos… e nem precisa de ir ao balcão.

Recorrer à internet para solicitar um financiamento ao consumo é bastante mais simples do que ir fisicamente ao banco para o pedir, mas mais recentemente começaram a surgir propostas ainda mais automáticas. O Santander Totta passou a permitir contratar um crédito pessoal através da sua app: o CrediSIMPLES. Bastam alguns toques no ecrã para pedir o dinheiro que necessita. É fácil, mas é importante não esquecer que tem de ponderar bem a responsabilidade que está a a assumir.

Comprar casa (quase) sem ir ao balcão

Era apenas uma questão de tempo para que contratar um empréstimo para a compra de habitação deixasse de exigir que o cliente se deslocasse ao balcão. Muitos dos proponentes à contratação destes financiamentos fazem a pesquisa sobre as melhores ofertas através da internet, utilizando os vários simuladores disponibilizados pelas instituições financeiras para saberem se o montante que pretendem está, ou não, ao seu alcance, quais as taxas (tanto o indexante como o spread) e os prazos. E, claro, a mensalidade.

O processo pode ser feito através da internet, mas agora até através de uma app consegue fazê-lo. O Banco CTT estreou-se no negócio de concessão de crédito à habitação, tendo para tal criado uma app específica para tratar de todas as fases do processo que conduzem à contratação do empréstimo: a Casa Banco CTT. Mas outros o vão seguir. A própria CGD refere, no seu plano estratégico até 2020, que pretende desenvolver o seu “canal digital com introdução de novos processos de ofertas online (p.ex., contratação de crédito)”. Mas, no final, terá sempre de ir ao banco assinar o contrato.

Mas nem tudo se faz sem um balcão

Com a digitalização da banca, recorrer ao balcão de um banco deixa de ser uma necessidade tão premente — embora isso não seja verdade para uma fatia relevante da população portuguesa, mais envelhecida e com menor apetência para a evolução tecnológica associada aos serviços bancários. Contudo, estes balcões continuam a ter um papel importante, sendo que sem eles não é possível realizar um conjunto de tarefas essenciais. Conheça três:

  • Abrir e fechar a conta é que não… tem de ser ao balcão

Pagar serviços, fazer transferências, pedir créditos, consegue fazer tudo online. Mas, para isso, é preciso que tenha uma conta num banco. E para ter essa conta, tem de ir ao balcão. É que terá de assinar uma série de documentos, incluindo todas as páginas que descrevem as condições associadas ao serviço que lhe será prestado, mas também os custos associados. E se pensa que é só para abrir a conta que tem de ir fisicamente ao balcão, engana-se. Se quiser fechar, terá de fazer o mesmo caminho para terminar a sua relação com a instituição.

  • Levantar dinheiro. Use as caixas automáticas

Há uma outra impossibilidade do digital no que respeita aos serviços bancários: levantar dinheiro. A solução? Recorrer às caixas automáticas espalhadas pelo país, evitando os balcões. É que nestas máquinas não existem quaisquer custos para realizar essa operação, ao contrário do que acontece quando pede o valor que pretende numa qualquer dependência bancária. Os custos variam de banco para banco, mas existem. Na CGD, por exemplo, os três primeiros levantamentos são gratuitos, mas a partir do quarto levantamento no mesmo mês terá de pagar uma comissão de 4,50 euros mais Imposto do Selo.

  • Para formalizar o crédito é preciso assinar

Já se pedem créditos ao consumo, mas também para a habitação, através da internet. Aliás, até através de apps já é possível contratar esses financiamentos. E consegue-se superar as várias etapas do processo de obtenção de crédito à distância, mas não é possível assumir uma responsabilidade perante uma instituição financeira sem ir ao balcão do banco. É sempre preciso ir fisicamente à dependência bancária para assinar toda a papelada associada a estas operações para conseguir concluir todo o processo.

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