Wall Street volta a entrar em curto circuito. Dow Jones afunda 4%

Depois do mini-crash de segunda-feira, bolsas norte-americanas voltam a afundar hoje. Dow Jones perdeu mais de 1.000 pontos, protagonizando um tombo de mais de 4%.

Está a ser uma semana atribulada em Wall Street e as lembranças do mini-crash de segunda-feira ainda continuam frescas nas memórias de muitos investidores. As bolsas norte-americanas mergulharam hoje numa nova crise.

O índice S&P 500, que é a referência para todo o mundo, cedeu 3,74%. Também o Nasdaq caiu 3,9%. E o industrial Dow Jones, que na segunda protagonizou uma queda histórica de mais de 1.000 pontos, voltou hoje a recuar novamente em 1.000 pontos: fechou em forte baixa de 4,15% para 23.860,46 pontos.

“A poeira ainda não assentou e penso que os compradores e vendedores estão a tentar perceber o que é que o mercado quer realmente fazer”, referiu Jonathan Corpina, da Meridian Equity Partner, citado pela Reuters. “Acho que isto vai continuar nas próximas sessões”, acrescentou.

Esta correção nos mercados já era mais ou menos esperada pelos analistas, depois de meses de valorizações das ações. Na passada sexta-feira, com os bons dados da economia norte-americana, desencadeou-se uma onda vendedora em Nova Iorque com os investidores a recearem mais subidas das taxas de juro da parte da Reserva Federal norte-americana em resposta ao bom momento económico, que começa a colocar pressão na taxa de inflação.

A poeira ainda não assentou e penso que os compradores e vendedores estão a tentar perceber o que é que o mercado quer realmente fazer. Acho que isto vai continuar nas próximas sessões.

Jonathan Corpina

Meridian Equity Partner

“O que estamos a ver hoje é uma continuação dos receios em relação à subida da taxa de juro e em torno das avaliações das ações”, resumiu Chris Zaccarelli, da Advisor Alliance, à Reuters.

Em termos empresariais, destaque para as ações do Twitter. A rede social de microblogging registou os primeiros lucros trimestrais no final do ano passado, uma notícia que foi bem recebida pelos investidores. As ações somaram 12% e contrariam a cor vermelha que voltou a pintar Wall Street.

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Autarca de Mangualde diz que novo furgão da PSA pagará portagem como classe 1

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2018

Governo informou a câmara de Mangualde de que o furgão comercial fabricado pelo grupo PSA em Mangualde vão pagar portagens como veículos da classe 1.

O furgão comercial fabricado pelo grupo PSA em Mangualde e as congéneres de diferentes marcas irão pagar portagens como veículos da classe 1, assegurou hoje o presidente da câmara local, com base numa informação do Governo.

“Esta é uma excelente novidade”, disse João Azevedo à agência Lusa, revelando que essa garantia lhe foi esta quinta-feira comunicada pelo executivo de António Costa, na sequência de negociações que decorriam desde a semana passada entre a autarquia, a PSA e os ministérios da Economia e do Planeamento e das Infraestruturas.

O furgão comercial ligeiro, denominado atualmente pelo nome de código K9, que será produzido pela PSA (Peugeot, Citroen, DS e Opel) na fábrica de Mangualde, distrito de Viseu, e as viaturas com idênticas características de outras marcas “irão contar como classe 1 e pagar menos” de portagem ainda em 2018, adiantou o autarca.

O socialista João Azevedo, que no dia 17 de janeiro foi reconduzido no cargo de presidente do Conselho Regional do Centro, salientou que tal medida deverá entrar em vigor no primeiro semestre deste ano.

Esta é uma decisão favorável às marcas, mas também uma boa novidade para as famílias que viajam neste tipo de veículos”, fabricados em Portugal ou noutros países, a qual “também se reflete no emprego e na economia”, acrescentou.

O grupo automóvel PSA alertou hoje, em conferência de imprensa, em Lisboa, que se o modelo de pagamento das portagens se mantiver anexado à altura dos veículos poderá estar em causa o investimento na fábrica de Mangualde.

Alfredo Amaral, diretor-geral da PSA para o comércio em Portugal, explicou que o futuro furgão comercial poderá chegar a um máximo de produção de 100 mil veículos anualmente, dos quais 20% no âmbito nacional, em 2019.

Com o modelo atual de portagens, esta viatura, por ter mais de 1,10 metros de altura, será incluída na classe dois e assim pagará mais pelas portagens. Por isso, segundo Alfredo Amaral, a PSA não iria vender o veículo em Portugal.

Quando questionado sobre se esta situação coloca em perigo o investimento na fábrica de Mangualde, o mesmo responsável respondeu afirmativamente.

“Não queremos nenhuma exceção, queremos é que a regulamentação mude”, afirmou.

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Concorrência aprova compra de três centros comerciais pela Auchan

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2018

Dona do Jumbo teve luz verde da Autoridade da Concorrência para finalizar a compra de três centros comerciais: o Sintra Retail Park, o Fórum Sintra e o Fórum Montijo.

A Autoridade da Concorrência aprovou a compra do Sintra Retail Park, do Fórum Sintra e do Fórum Montijo pelo grupo Auchan, através da empresa imobiliária Immochan, segundo uma nota hoje publicada pelo regulador.

“Em 08 de fevereiro de 2018, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência (…) delibera adotar uma decisão de não oposição” à operação de concentração, “uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados identificados”, lê-se na nota.

Em causa está a operação de concentração que consiste na aquisição, pela ‘holding’ Tiekenveen ao fundo de investimento Blackstone, do controlo exclusivo do centro comercial Fórum Montijo, da Glorirequinte, da sociedade imobiliária Multi 25 e do Sintra Retail Park.

A Tiekenveen, ‘holding’ da Immochan, subsidiária do grupo Auchan, comprou no Fórum Montijo a área afeta ao hipermercado, excluindo o posto de abastecimento de combustíveis.

Quanto à Multi 25, dona do Fórum Sintra, a transação exclui “as áreas afetas à exploração do hipermercado”, atualmente nas mãos da Jerónimo Martins.

O grupo Auchan é dono do Jumbo e do Pão de Açúcar e o seu braço imobiliário, a Immochan, detentora dos centros comerciais Alegro em Alfragide, Setúbal e Castelo Branco.

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Fez match com as suas calças de ganga? Salsa cria Tinder para jeans

A Salsa Jeans criou um passatempo para o Dia dos Namorados, em que o objetivo é conversar com um par de jeans e, caso haja um "match", o utilizador recebe umas calças como prémio.

A mais famosa marca de jeans portuguesa criou um passatempo para o Dia dos Namorados em que oferece aos utilizadores a hipótese de ganharem um par de jeans. Mas, para isso, há um desafio: é preciso conversar com eles, conquistá-los e, quem sabe, marcar o primeiro encontro.

A Salsa decidiu aumentar a probabilidade de encontrar pares românticos em vésperas do Dia de S. Valentim. Mas, em vez de humanos, a marca oferece um chat com os seus tão conhecidos jeans. O desafio vai decorrer até ao dia 14 de fevereiro e para participar basta aceder ao site Love Wear Jeans e tentar conquistar o par de calças da sua vida através de quatro simples passos: registar-se, fazer um upload de uma das peças Salsa e descrevê-la com originalidade, de seguida escolher o par de calças que pretende seduzir e, por último, tentar conquistá-lo.

Este passatempo foi idealizado e desenvolvido pela agência de marketing portuguesa Vitamina., com quem a Salsa tem uma parceria. Ambas do Norte do país, João Costa, fundador desta startup, conta ao ECO que: “devido ao lado geográfico, acabou por ser inevitável cruzarmo-nos de alguma forma“. A parceria nasceu de uma “proposta de ativação de um social media day“, onde “cada seguidor no Instagram da Salsa significava uma doação de 0,50 euros para a luta contra o cancro da mama”.

Nascida de “um sonho sempre ligado a startups“, e de um projeto de dois sócios, João Costa explica que todo este processo de conversar com um par de jeans se torna possível graças à “costumização de bots” e que, até agora, o “número de participações tem superado bastante as expectativas”. Quanto ao objetivo desta campanha/passatempo, o CEO adianta que passa por “envolver emocionalmente as pessoas com a marca, ao mesmo tempo que têm contacto com os produtos”. Mas, sobretudo, “que a marca sirva como um catalisador deste momento bom que é o Dia dos Namorados na vida das pessoas”.

(Notícia atualizada às 12h42 com mais informação)

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Google quebra o silêncio sobre unidade em Portugal: “Não é um call center”

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2018

Falando pela primeira vez sobre o investimento em Portugal, a Google assegurou que o espaço que vai abrir em Oeiras não é um call center, mas sim um centro de operações com vários serviços.

A empresa tecnológica Google assegurou esta quinta-feira que o espaço que vai abrir em Oeiras não é um call center, mas sim um centro de operações com vários serviços, como financeiros, e mostrou-se surpreendida com a discussão.

“Temos call centers [centros de atendimento telefónico], mas o escritório, o centro de inovação que a Google vai abrir para a Europa, Médio Oriente e África em Lisboa não é um call center”, garantiu aos jornalistas o diretor de Assuntos Institucionais da Google Portugal e Espanha, Francisco Ruiz Anton.

Falando à margem da apresentação de resultados do primeiro ano do projeto Ateliê Digital, em Lisboa, o responsável mostrou-se também admirado com a polémica gerada em torno do tipo de espaço: “Surpreende-me esta discussão porque é um centro de operações da Google. Não tem sentido essa discussão”.

Em causa está, segundo Francisco Ruiz Anton, um total de 535 postos de trabalho, para diversas áreas.

Temos call centers [centros de atendimento telefónico], mas o escritório, o centro de inovação que a Google vai abrir para a Europa, Médio Oriente e África em Lisboa não é um call center.

Francisco Ruiz Anton

Diretor de Assuntos Institucionais da Google Portugal e Espanha

“Podem ser serviços financeiros de apoio à Google que se prestem desde aqui, como outros serviços. Falamos de todas [as vagas], depende dos serviços que prestem”, afirmou o responsável, quando questionado sobre quais os trabalhadores que a multinacional norte-americana procura no país.

A estimativa é que, “se tudo correr bem”, este centro de inovação comece a funcionar no final de julho, estando previsto para o parque empresarial Lagoas Park, em Oeiras.

Francisco Ruiz Anton escusou-se a apontar valores de investimentos, mas sustentou que “o maior investimento” relaciona-se com os empregos a criar, num tipo de centro “onde é possível crescer” na carreira. “É uma grande notícia para este país e uma grande prova da confiança da Google”, notou.

Falando sobre os motivos que levaram a empresa a querer instalar-se em Portugal, o responsável recusou que tenha sido pelos custos laborais.

“Havia uma série de países em lista para abrir este escritório e os custos laborais não foram o motivo para vir para cá. Posso assegurar que havia outras opções com custos laborais mais baixos”, referiu Francisco Ruiz Anton.

Ao invés, a empresa escolheu Portugal por ser “um país que está a apostar no setor tecnológico, no empreendedorismo e nas startup”. “Se a Google está cá é porque aqui há talento, gente formada”, vincou.

Presente na ocasião, o ministro da Economia, Caldeira Cabral, observou que “a Google não é apenas uma empresa que chega a Portugal para criar empregos”.

Se a Google está cá é porque aqui há talento, gente formada.

Francisco Ruiz Anton

Diretor de Assuntos Institucionais da Google Portugal e Espanha

“É mais um exemplo interessante de uma empresa tecnológica que chega a Portugal para desenvolver tecnologia e desenvolver coisas para o mercado português e para todo o mundo”, apontou aos jornalistas.

Um dos projetos em curso é o do Ateliê Digital, iniciado há um ano, que neste período permitiu que 35 mil portugueses adquirissem competências digitais, tanto em sessões presenciais como ‘online’.

Francisco Ruiz Anton disse ainda aos jornalistas que outra das iniciativas da Google em Portugal é o projeto GEN10S, que visa formar crianças entre os oito e os 12 anos, que se encontrem em risco de exclusão social, em programação e código.

“Portugal é um país importante para esta empresa e isso demonstra-se na quantidade de projetos que estamos a desenvolver aqui”, concluiu.

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Banco de Portugal diz que não está “alheado” dos produtos da Mutualista vendidos aos balcões do Montepio

Ao mesmo tempo que se desresponsabiliza da supervisão da venda dos produtos da Associação Mutualista aos balcões do Montepio, Carlos Costa assegura que está a acompanhar esta questão.

O Banco de Portugal está a “acompanhar” a venda de produtos da Montepio Geral — Associação Mutualista (MGAM) aos balcões da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), estando também atento aos objetivos de comercialização destes produtos, através dos quais a mutualista pretende captar 970 milhões de euros durante este ano. Isto apesar de, como o próprio regulador também salienta, a supervisão da Mutualista não ser da sua responsabilidade.

A informação foi avançada, esta quinta-feira, em resposta por escrito a uma pergunta colocada por Mariana Mortágua. A deputada do Bloco de Esquerda questionou o regulador sobre as suas responsabilidades na supervisão da emissão e comercialização de produtos de capitalização da Associação Mutualista, bem como que “ações específicas tomou ou planeia tomar para proteger os consumidores e a integridade do setor financeiro”.

Em causa está a venda de produtos da Associação Mutualista, que não é um banco e que, por isso, não é supervisionada pelo Banco de Portugal, aos balcões da Caixa Económica Montepio Geral, esse sim supervisionado pelos reguladores do setor financeiro. O objetivo da Mutualista passa por captar 970 milhões de euros com a venda destes produtos, um valor que é considerado elevado e que poderá levar os funcionários do Montepio a sentirem pressão para cumprirem esse objetivo. A questão torna-se ainda mais sensível tendo em conta o risco que estes produtos acarretam.

O Banco de Portugal desresponsabilizou-se da supervisão desta questão, mas garantiu que, ainda assim, está a acompanhá-la. “O MGAM não é uma entidade sujeita à supervisão do Banco de Portugal, sendo tutelada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Não compete a esta autoridade de supervisão fiscalizar a sua atuação, nem os produtos emitidos pela mesma se encontram sujeitos à supervisão do Banco de Portugal”, pode ler-se na resposta publicada esta quinta-feira. O Banco de Portugal lembra também que o Governo está a “trabalhar sobre o Código das Associações Mutualistas“, que vão passar a ser supervisionadas pela Autoridade de Supervisão Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Tal não implica qualquer alheamento do Banco de Portugal quanto à comercialização de produtos ou serviços que possam ser confundíveis com os produtos e serviços bancários que se encontram no âmbito da sua supervisão“, ressalva o regulador.

A instituição liderada por Carlos Costa sublinha que interveio “junto da CEMG, sujeita à sua supervisão, com o intuito de prevenir riscos potencialmente decorrentes para a CEMG e para os seus clientes do facto de os produtos do MGAM também serem comercializados aos balcões da CEMG”.

Paralelamente, acrescenta, “tendo em vista acautelar, de forma preventiva, os riscos de uma perceção incorreta da natureza dos produtos emitidos pelo MGAM por parte dos clientes e do público em geral, o Banco de Portugal tem vindo a acompanhar a questão da colocação dos produtos mutualistas aos balcões da CEMG, numa perspetiva prudencial“. Ao mesmo tempo, diz estar “a acompanhar os objetivos de comercialização aprovados pelo Conselho de Administração Executivo da CEMG, incluindo ao nível dos produtos mutualistas”.

“Refira-se que os objetivos delineados pelo MGAM não têm de ser coincidentes com os aprovados pela CEMG, na medida em que o MGAM dispõe de postos mutualistas próprios que, apesar de localizados nos balcões da CEMG, se encontram segregados da atividade da CEMG, dispondo de pessoas próprias, com objetivos comerciais definidos diretamente pelo MGAM”, sublinha ainda o Banco de Portugal.

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Morgado garante que Montepio não tem problemas de capital

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2018

Presidente do Montepio diz que banco vai emitir este ano entre 200 e 250 milhões de euros de dívida para cumprir orientações europeias.

O presidente da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) disse esta quinta-feira que o banco não tem problemas de capital e que irá emitir este ano entre 200 e 250 milhões de euros de dívida para cumprir orientações europeias.

“O que a Caixa [Económica] tem previsto é, na sequência de recomendações da Autoridade Bancária Europeia [EBA] e como outros bancos já fizeram, a colocação de obrigações subordinadas”, afirmou à Lusa o presidente do banco Montepio, Félix Morgado.

O gestor estimou entre “200 a 250 milhões de euros” o montante de dívida que o banco Montepio irá emitir este ano, referindo que este servirá para cumprir a recomendação da EBA, que obriga os bancos a terem várias qualidades de capital, e ainda para substituir parcialmente uma emissão de dívida que vence no segundo trimestre.

Félix Morgado destacou a melhoria dos rácios de solvabilidade com que o banco fechou 2017 – rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1) de 13,5% e rácio de capital total de 13,6% – para considerar que a Caixa Económica Montepio Geral tem uma situação sólida.

“Estes rácios demonstram que aquilo que se tem falado de necessidades de capital da Caixa Económica Montepio Geral não tem aderência à realidade”, vincou.

As melhorias conseguidas nos rácios de capital em 2017, deveram-se ao aumento de capital feito em meados do ano passado pela Associação Mutualista Montepio Geral (único acionista da CEMG), à “geração orgânica de capital” e à “redução dos ativos ponderados pelo risco”, disse o gestor.

O banco Montepio anunciou hoje que conseguiu lucros de 30,1 milhões de euros em 2017, que comparam com os prejuízos de 86,5 milhões de euros de 2016.

Há meses que se fala na possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entrar no capital do banco Montepio, mas ainda nada aconteceu. As últimas informações dão conta de que decorre um estudo da Santa Casa ao Montepio para avaliar o valor do eventual investimento.

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Adega da Herdade do Freixo eleita “Edifício do Ano 2018”

A adega da Herdade do Freixo foi eleita "Edifício do Ano 2018", nos prémios ArchDaily. Subterrânea e em forma de espiral, foi escolhida num conjunto de 15 edifícios do mesmo género.

A adega da Herdade do Freixo foi distinguida com o prémio “Edifício do Ano 2018” da ArchDaily, na categoria de Arquitetura Industrial. Desenhada pelo arquiteto Frederico Valsassina, esta adega subterrânea foi a escolhida entre 15 edifícios do mesmo género, numa votação que contou com 100 mil leitores.

Adega subterrânea da Herdade do Freixo.

Localizada na Herdade do Freixo, no distrito de Évora, esta adega subterrânea com pouco mais de um ano, adota uma forma espiral e vai até aos 40 metros de profundidade. Composta por três pisos que acolhem vinhas plantadas, levou dez anos até estar concluída. A sua estrutura única, em espiral, permite que as uvas desçam para os lagares de forma natural, sem ser necessário recorrer a processos de bombagens.

Em declarações ao suplemento do Público (P3), o arquiteto Frederico Valsassina disse estar “expectante” em relação ao prémio. Por se tratar de um prémio angariado através dos votos dos leitores, explica que o torna numa distinção “mais interessante”.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 8 Fevereiro 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

A fábrica da PSA em Mangualde ameaçou, esta tarde, sair de Portugal se o Governo não mudar sistema de portagens. O Governo já está a negociar as portagens com a Brisa. Os lesados do BES podem começar a receber em abril, informou a Patris.

Alfredo Amaral, diretor geral da PSA Portugal, diz que as condicionantes impostas pelo sistema de portagens, que limita a altura dos veículos classe 1 aos 1,10 metros, pode ter um “impacto direto no emprego e põe em causa a continuidade da presença da PSA a médio prazo”.

Os detentores de papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) deverão receber o primeiro reembolso em abril, altura em que o fundo de recuperação de créditos for constituído. A informação foi avançada, na quarta-feira, pela Patris, a sociedade que gere este fundo.

Fazendo as contas às empresas que abriram e que fecharam, em 2016 havia mais 33.020 empresas não financeiras do que no ano anterior. Destas, 17,4% eram restaurantes ou estavam classificadas como alojamento. Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e mostram o forte dinamismo do setor.

A operadora Nos investiu cerca de 1,5 milhões de euros num novo centro de dados em Carnaxide, a que a empresa chamou de Imopolis II. Este novo espaço encontra-se situado no Parque Holanda, onde a companhia já tem outro centro há já 18 anos, o Imopolis I.

Com a blockchain a ser apontada como o futuro dos pagamentos, o Banco Central Europeu (BCE) já deu sinais de que não vai deixar que isto aconteça sem dar alguma luta. Em entrevista citada pela Bloomberg, Yves Mersch, membro executivo do BCE, afirmou que o regulador vai conseguir fazer bem melhor com o seu TIPS – Target Instant Payments Settlement.

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Montepio regressa aos lucros. Ganha 30 milhões em 2017

Menos imparidades para crédito problemático e disparo nas comissões explicam regresso do banco aos lucros. Montepio fechou 2017 com resultado líquido de 30 milhões de euros.

A Caixa Económica Montepio Geral regressou aos lucros no ano passado. O banco liderado por José Félix Morgado registou um resultado líquido de 30,1 milhões de euros em 2017. Menos imparidades para crédito e aumento das receitas com comissões ajudam a explicar esta inversão nos resultados, depois dos prejuízos de 86 milhões em 2016.

Mais concretamente, o banco da Associação Mutualista Montepio Geral obteve um lucro de 30,1 milhões de euros, num ano de melhoria evidente na vertente comercial: isto é, aumentou as receitas. E muito.

Por exemplo, a margem financeira — que resulta da diferença entre os juros recebidos nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — aumentou 4% para 263,9 milhões de euros, “suportada da redução dos custos dos depósitos a prazo e da dívida emitida”, explica o Montepio na demonstração de resultados publicada esta quinta-feira.

Adicionalmente, os ganhos com comissões dispararam 15% para os 117 milhões de euros, resultado do agravamento das taxas de comissionamento do banco no ano passado, como aquelas que estão previstas no crédito para compra de habitação.

Feitas as contas, o produto bancário aumentou 36% para 505,2 milhões de euros.

Por outro lado, a Caixa Económica Montepio também observou melhorias nos custos operacionais, que caíram 5,5% para 268,3 milhões de euros, “refletindo impactos do redimensionamento do quadro de colaboradores e das sinergias ao nível dos fornecimentos e dos serviços externos”. Os custos com pessoal baixaram 5,5% para 156,4 milhões.

Outras poupanças resultaram também do facto de o banco ter colocado menos dinheiro de lado para fazer face a imparidades de crédito e de outros ativos financeiros. As imparidades para crédito problemático reduziram-se em 25% para apenas 138 milhões, face aos 182,5 milhões registados há um ano nesta rubrica.

Depósitos aceleram e qualidade do crédito melhora

A Caixa Económica destaca ainda o “forte crescimento dos depósitos de clientes na segunda metade de 2017″, um desempenho que permitiu atingir depósitos de 12.561 milhões de euros, traduzindo um aumento de quase 1% face a 2016, “refletindo o reforço da dinâmica comercial imprimida até final do ano” passado.

Em sentido contrário, o crédito concedido a clientes baixou cerca de 1.000 milhões de euros, passando dos 15 mil milhões para os 14 mil milhões.

De resto, 2017 foi um ano de melhoria da qualidade dos empréstimos do banco, “sustentada na redução do custo do risco de crédito” em 25 pontos base, “beneficiando das alterações introduzidas na política de análise de risco para a concessão de crédito”.

Tal como já tinha anunciado, o banco fechou 2017 cumprindo os rácios de força financeira exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE). O rácio de capital Common Equity Tier 1 subiu no ano passado para 13,5%.

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Garrigues cria laboratório de ideias para promover inovação

  • ADVOCATUS
  • 8 Fevereiro 2018

A Garrigues implementou o Innovation Think Tank, um laboratório de ideias para canalizar de forma coletiva o esforço inovador que os profissionais da empresa já faziam individualmente.

A Garrigues implementou o Innovation Think Tank, um laboratório interno de ideias para canalizar de “forma coletiva o esforço inovador que os profissionais da empresa já faziam individualmente e, assim, promover o intercâmbio de ideias inovadoras em relação ao cliente e favorecer novas formas de pensar e trabalhar”, segundo comunicado do escritório.

No total, estão envolvidos 112 profissionais do escritório, entre os quais um grupo de advogados portugueses, que se ofereceram voluntariamente quando conheceram a iniciativa. Trata-se de pessoas de diversos escritórios da firma (nacionais e internacionais), com várias responsabilidades, idades e outros fatores, o que permite que a nova forma de trabalhar chegue a todos os cantos da empresa.

O objetivo do Innovation Think Tank é triplo:

  1. Pretende-se, por um lado, criar um ambiente que incentive o pensamento cruzado e que resulte em ideias inovadoras que contribuam para melhorar a experiência dos clientes com a Garrigues;
  2. Por outro lado, identificar os perfis mais comprometidos com a cultura da inovação que sempre prevaleceu no escritório;
  3. E, por fim, o laboratório de ideias está a impulsionar uma série de mudanças na forma de trabalhar, que de outro modo estariam a acontecer mais lentamente: o pensamento transversal, a cooperação entre áreas, escritórios, países e profissionais de diferentes categorias, a deteção de oportunidades para acelerar a inovação, entre outros.

A forma de trabalhar é estruturada em torno de diversos desafios que são resolvidos por equipas. Dos dois primeiros, surgiram cinquenta iniciativas ligadas à inovação no desenvolvimento de negócios e ao contacto com clientes e potenciais clientes.

A empresa já está a trabalhar na implementação de alguns delas (em particular, foram selecionadas treze, que se encontram em diferentes fases de estudo e desenvolvimento), que se referem, entre outras coisas, à procura de soluções para melhorar processos, de mecanismos para automatizar tarefas de rotina, da melhoria do serviço aos clientes, da promoção de certos serviços, etc.

Algumas destas iniciativas exigem desenvolvimento tecnológico, outras identificam formas de trabalhar que podem ser melhoradas, tanto internamente como em relação ao cliente.

"O InnovationThinkTank é um projeto com uma grande importância estratégica para o escritório. Na Garrigues, trabalha-se constantemente com vista à melhoria e modernização da relação com os clientes e do serviço que lhe prestamos, e estamos conscientes de que, frequentemente, as melhores ideias surgem da colaboração entre profissionais de diferentes áreas que não costumam ter a oportunidade de interatuar entre eles. Todas as ideias, sejam elas colocadas em prática ou não, são importantes. Trata-se de uma experiência enriquecedora em todos os aspetos.”

Fernando Vives

Presidente executivo da Garrigues

Fernando Vives, presidente executivo da Garrigues, que preside a comissão de inovação da firma e se reuniu pessoalmente com todas as equipas para conhecer as suas ideias em primeira mão, afirma que “o Innovation Think Tank é um projeto com uma grande importância estratégica para o escritório. Na Garrigues, trabalha-se constantemente com vista à melhoria e modernização da relação com os clientes e do serviço que lhe prestamos, e estamos conscientes de que, frequentemente, as melhores ideias surgem da colaboração entre profissionais de diferentes áreas que não costumam ter a oportunidade de interatuar entre eles. Todas as ideias, sejam elas colocadas em prática ou não, são importantes. Trata-se de uma experiência enriquecedora em todos os aspetos”.

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Trabalho: Esquerdas pedem fim da caducidade, ministro rejeita

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 8 Fevereiro 2018

No debate de atualidade sobre emprego, PCP, BE e Verdes defenderam o fim da norma da caducidade no âmbito da contratação coletiva. Pouco depois, Vieira da Silva vincou que a opção não está prevista.

Os partidos que apoiam o Governo pediram o fim da norma da caducidade no âmbito da contratação coletiva mas o ministro do Trabalho deixou claro que essa opção não está prevista no programa do Governo. Admitiu, porém, alguns “melhoramentos” na legislação.

A posição do Governo relativamente à norma da caducidade já tinha sido assumida antes, mas esta quinta-feira Vieira da Silva voltou a apontar no mesmo sentido, pouco depois de PCP, BE e Verdes terem insistido no assunto no debate de atualidade sobre emprego.

“Não está no Programa do Governo, não é opção do Partido Socialista, como disse várias vezes, alterar a legislação laboral no sentido de eliminar o preceito da caducidade da contratação coletiva”, afirmou Vieira da Silva à margem do debate, no Parlamento.

O governante admite, contudo, “produzir alguns melhoramentos na legislação nesse domínio”. De acordo com o ministro, existe “caducidade da contratação coletiva já há uns anos, há mais de uma década, e mesmo já com essa legislação em vigor” foi possível atingir o “valor mais alto dos últimos 20 anos de cobertura de novos contratos coletivos precisamente em 2008”.

Não está no Programa do Governo, não é opção do Partido Socialista, como disse várias vezes, alterar a legislação laboral no sentido de eliminar o preceito da caducidade da contratação coletiva.

Vieira da Silva

Ministro do Trabalho

Vieira da Silva entende que esta discordância não põe em causa o acordo com as esquerdas, frisando que “uma boa parte dos objetivos” previstos nos acordos foram cumpridos, e outros estão a ser trabalhados.

O tema da legislação laboral tem estado na ordem do dia. O Bloco de Esquerda já disse que são necessárias medidas ainda este ano, e Vieira da Silva voltou a indicar que isso é possível. “Naturalmente que as medidas que o Governo considerar que são positivas, necessárias e correspondem a compromissos que assumimos, quer no Programa de Governo, quer nos acordos com os nossos parceiros, elas têm todas as condições para ser na sua maioria, senão a totalidade, concretizadas ainda este ano”, disse. Porém, deixou a nota: “Obviamente serão aquelas em que todos estivermos de acordo, não outras”.

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