Jerónimo diz que Rui Rio foi “um pouco ingrato” e não precisa de ter “ciúmes”

  • Lusa
  • 2 Setembro 2018

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que o presidente do PSD foi “um pouco ingrato” ao criticar a atual solução de Governo e aconselhou-o a não ter “ciúmes”.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou este domingo que o presidente do PSD foi “um pouco ingrato” ao criticar a atual solução de Governo e aconselhou-o a não ter “ciúmes”.

“Não gosto de ser comentador de comentários de outros dirigentes políticos”, mas o presidente do PSD, Rui Rio, “foi um pouco ingrato”, no discurso que fez hoje na Festa do Pontal, afirmou o líder comunista.

O Governo do PS, “em questões estruturais, de grande relevância, teve sempre o apoio do PSD e do CDS-PP”, justificou Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas em Montemor-o-Novo (Évora).

À margem de uma visita à Feira da Luz/Expomor, nesta cidade alentejana, o secretário-geral do PCP argumentou que “o PSD não teve nenhum prurido, antes pelo contrário”, em “apoiar e seguir o Governo do PS” em matérias como “a legislação laboral”, a “chamada descentralização” ou “o BCP” e “a banca”.

“Portanto, não tenha grandes ciúmes porque isso não vale a pena”, aconselhou Jerónimo de Sousa, aludindo ao presidente do PSD.

A atual solução governativa, graças também à ação dos comunistas, afirmou o líder do PCP, permitiu “novos avanços” e “uma reposição de rendimentos e direitos que tem um grande significado e que teve impacto, aliás, no crescimento económico”.

Na Festa do Pontal, que este ano se mudou para Querença, no interior do concelho de Loulé (Faro), Rui Rio disse que o Governo não tem a vida “assim tão facilitada” até às legislativas de 2019, porque há cada vez mais portugueses a aperceberem-se dos “falhanços” desta governação.

“É notório para quem tem uma noção do tempo e do fenómeno político que, ao contrário do que muitos pensam e dizem, este Governo não tem a vida assim tão facilitada até as legislativas de 2019”, declarou o presidente social-democrata.

Para Rui Rio, é “notório” que, com o passar do tempo, “cada vez mais portugueses se apercebem dos falhanços desta governação e das limitações desta solução política”, o que abre a porta para que o PSD possa percorrer um “caminho favorável”.

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Banco BPI vai fechar mais dois balcões no final de setembro

  • Lusa
  • 2 Setembro 2018

O Banco BPI vai fechar mais dois balcões no final deste mês, em Sintra e na Madeira, segundo informação interna a que a Lusa teve acesso.

O Banco BPI vai fechar mais dois balcões no final deste mês, em Sintra e na Madeira, segundo informação interna a que a Lusa teve acesso.

Em 28 de setembro irão fechar os balcões de Colares e de Machico. Os clientes desses balcões vão ser integrados nos balcões Sintra e do Funchal, respetivamente.

O BPI vem reduzindo o número de balcões há vários anos, um processo que desacelerou mais recentemente, mas que não estancou.

No final de junho, o BPI tinha 423 balcões, depois de ter fechado oito agências entre janeiro e junho.

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Angola tenta fechar financiamento chinês de 11.000 milhões de euros

  • Lusa
  • 2 Setembro 2018

Angola vai estar representada ao mais alto nível no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em Pequim.

Angola vai estar representada ao mais alto nível no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em Pequim, tendo Luanda em vista o culminar das negociações para uma nova linha de crédito chinês de 11.000 milhões de euros, para financiar vários projetos.

A comitiva é liderada pelo Presidente de Angola, João Lourenço, que terá, já hoje, um encontro bilateral com o homólogo chinês, Xi Jinping, tal como anunciou, em comunicado, o ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto.

Na sessão de abertura do Fórum, que decorre a 3 e 4 de setembro em Pequim, pela segunda vez em solo chinês – a primeira ocorreu em 2006 -, João Lourenço tem na bagagem a intenção de finalizar as conversações com as autoridades chinesas para um novo programa de financiamento, incidindo sobre os projetos e montantes que a China poderá conceder.

Entre eles está a negociação dos termos para um empréstimo de 1.282 milhões de dólares (1.098 milhões de euros), montante destinado a pagar até 85% do valor do contrato para a conceção, construção e acabamento do novo aeroporto internacional da capital de Angola, que está a ser construído a 30 quilómetros de Luanda por várias empresas chinesas.

Através do banco estatal chinês, que apoia a importação e exportação do país (Exim Bank), Angola está também a negociar empréstimos de 690 milhões de dólares (600 milhões de euros) para a construção da marginal da Corimba (Luanda).

Em negociações estão também os empréstimos de 760,4 milhões de dólares (651,7 milhões de euros) para o sistema de transporte de energia elétrica do Luachimo, e de 1.100 milhões de dólares (942,8 milhões de euros) para a construção de uma academia naval em Kalunga, Porto Amboim (Cuanza-Sul).

Globalmente, Angola tenta fechar uma linha de crédito de 11.700 milhões de dólares (10.028 milhões de euros) para projetos de infraestruturas, indicou este domingo fonte oficial, através do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), segundo informação do Fórum de Cooperação China-África (FOFAC), que cita o sítio de notícias CLBrief (Breves sobre a China e a Lusofonia).

Segundo a China-Lusophone Brief, a recente emissão de “eurobonds”, no valor de 3.000 milhões de dólares (2.571 milhões de euros) pelo Estado angolano, confirmou que a China é a fonte principal de “diversas facilidades de novos créditos” que as autoridades já estão a negociar.

O Governo angolano também solicitou à China apoio financeiro para continuar com o seu programa de formação, preparação e reequipamento dos quadros das Forças Armadas Angolanas (FAA), pedido enquadrado na cooperação e visão estratégia a longo prazo, para executar os projetos virados à formação, reequipamento e construção de recursos humanos, materiais e infraestruturas.

Entre 2003 e 2017, dados do Governo angolano indicam que a dívida à China (dívida bilateral e com bancos comerciais chineses) passou de 4.700 milhões de dólares para 21.500 milhões de dólares (de 4.028 milhões de euros para 18.427 milhões de euros).

A delegação angolana inclui, entre outros, os ministros de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, das Finanças, Archer Mangueira, e dos Transportes, Ricardo de Abreu, bem como o novo secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos, Alcino da Conceição.

Para Pequim, Angola é o mais importante parceiro chinês da África lusófona, desde que, em 2002, a China começou a desembolsar importantes fundos para a edificação de infraestruturas e projectos públicos de reconstrução.

Dados oficiais confirmam que Angola é, desde 2007, o maior parceiro comercial africano da China, com quem coopera nos domínios militar, agrícola, académico, agroindustrial, infraestrutural, petrolífero e tecnológico.

No quadro das boas relações bilaterais, o gigante asiático absorve cerca de metade do petróleo extraído em solo angolano, e conta com mais de 250 mil trabalhadores em Angola, sobretudo na construção e reparação de infraestruturas, nomeadamente caminhos-de-ferro, estradas e habitações.

A última cimeira do FOFAC decorreu em 2015, em Joanesburgo (África do Sul), e culminou com a disponibilização de uma ajuda ao continente africano de cerca de 60.000 milhões de euros.

As relações entre Angola e China datam de 1983.

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Trump ameaça excluir Canadá da nova versão do NAFTA

  • Lusa
  • 1 Setembro 2018

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu hoje que não existe uma “necessidade política” de incluir o Canadá na nova versão do Tratado de Livre Comércio da América do Norte.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu este sábado que não existe uma “necessidade política” de incluir o Canadá na nova versão do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).

A declaração de Trump surge dias depois de Washington ter conseguido alcançar um novo acordo comercial com o México, o outro signatário do NAFTA.

“Não há necessidade política de manter o Canadá no novo acordo do NAFTA. Se não fizermos um acordo justo para os Estados Unidos, depois de uma década de abuso, o Canadá estará fora”, disse Trump, numa mensagem publicada na rede social Twitter, citada pelas agências internacionais.

Os Estados Unidos e o México alcançaram no passado dia 27 de agosto um novo acordo comercial para rever o NAFTA.

Trump afirmou que esperava que o Canadá também aderisse à revisão do NAFTA, mas também admitiu que estava disposto a seguir apenas com um acordo bilateral com o México.

Na sexta-feira, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Chrystia Freeland, e o representante do Comércio Exterior norte-americano, Robert Lighthizer, informaram que não tinham alcançado um acordo, mas que existiria uma nova ronda de conversações na próxima quarta-feira.

“As conversações foram construtivas e fizemos progressos (…). A nossa equipa irá encontrar-se com a ministra [Chrystia] Freeland e os seus parceiros na quarta-feira da próxima semana”, informou Lighthizer.

Desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017, Trump caracterizou o NAFTA, protocolo firmado em 1994, como um acordo “desastroso” para os Estados Unidos.

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Quanto tempo pode “sobreviver” Portugal sem petróleo?

Se este ativo valioso deixasse de estar disponível no país, teríamos uma margem de manobra superior aos mínimos obrigatórios. A tarefa é dividida entre a entidade pública e os operadores do mercado.

O petróleo é um combustível fóssil, um recurso não renovável que se tornou um ativo valioso para a economia mundial. E se o acesso de Portugal a este bem fosse cortado, quanto tempo conseguia aguentar-se com as reservas? Mais do que o mínimo estipulado pela Agência Internacional de Energia. Durante cerca de um mês e meio continuávamos a ter gasolina ou gasóleo. Já com outros produtos de petróleo, o país conseguia “sobreviver” quase quatro meses.

As reservas mínimas obrigatórias são de noventa dias de importações líquidas, divididos pelas três categorias de produtos — o que dá 30 dias para o petróleo, 30 para a gasolina e 30 para gasóleo. Em 2017, Portugal ultrapassou a marca definida, com reservas de gasolinas para 45 dias, de gasóleos igualmente 45 dias, e de outros, que incluem GPL e fuelóleos como diesel, para 112 dias, revelam os dados da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC).

Em quanto é que as reservas de Portugal se traduzem? Os dias assegurados equivalem a 691.582 toneladas métricas (TM) de crude, ou seja petróleo bruto, antes de ser refinado. Seguem-se os fuelóleos, com 195 mil TM, e depois os gasóleos, com reservas de 297.536 TM. De gasolinas estão armazenadas 51.400 TM, e, finalmente, seis mil TM de GPL.

Diretivas relativas às reservas foram também implementadas pela UE, para prevenir e minimizar os danos de uma possível nova crise no abastecimento, depois das crises petrolíferas dos anos 70. Em Portugal, a entidade pública ENMC e os operadores do mercado do petróleo e derivados são responsáveis por garantir os mínimos.

Todas as reservas físicas estão detidas em território nacional, e a maior parte está em Sines, cuja refinaria é uma das maiores da Europa. O restante está distribuído por Matosinhos e outros locais do sistema logístico da Galp. Já o depósito Pol Nato de Lisboa (DPNL) armazena 139.200 toneladas métricas das reservas de todos os produtos. Ter várias localizações de armazenagem faz parte de uma estratégia que tem como objetivo “maximizar a otimização da sua estrutura de custos com a constituição de reservas”, explica a ENMC, em relatório.

Estas operações vêm com custos. A armazenagem nas instalações da Petrogal e no DPNL custou 12,4 milhões de euros no ano passado, e os gastos em aquisição de tickets pela ENMC foram de 1,5 milhões de euros. Os tickets são contratos de disponibilidade de reservas, outra forma de assegurar o stock. Ou seja, faz-se um acordo entre duas organizações, pode ser entre operadoras ou com a entidade pública, no qual uma delas mantém ou reserva uma determinada quantidade de crude ou produtos acabados, em troca de uma taxa.

O petróleo é principalmente utilizado no setor dos transportes, como combustível para veículos aéreos, marítimos e rodoviários. Gasolina, diesel e combustível de avião são responsáveis por cerca de 72% do consumo total de petróleo no mundo. Mas também tem aplicações no setor industrial, onde é utilizado como matéria-prima, por exemplo na produção de plástico.

Só nas cidades de Lisboa e Porto existem mais de dois milhões de veículos. No total do país, são 567 veículos por cada mil habitantes. Portugal continua a ser um dos países em que o gasóleo é o combustível mais utilizado, sendo o décimo mais caro na Europa. E tem a quinta gasolina mais cara da União Europeia.

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PCP pede que redução dos passes em Lisboa seja acompanhada de mais investimento

  • Lusa
  • 1 Setembro 2018

O PCP considerou que a redução dos passes sociais em Lisboa, uma medida proposta pelo presidente da Câmara de Lisboa ao Governo para o Orçamento do Estado, tem de ser acompanhada de investimento.

O PCP considerou este sábado que a redução significativa dos passes sociais em Lisboa, uma medida proposta pelo presidente da Câmara de Lisboa ao Governo para o Orçamento do Estado, tem de ser acompanhada pelo aumento do investimento.

“Esta proposta é capaz de atrair mais utentes para o sistema de transporte e de reduzir o recurso ao transporte individual. Mas esta componente não é única, é preciso outra e é muito importante que essa se concretize também. (…) É preciso que haja oferta, é preciso aumentar a oferta de transportes públicos”, afirmou Gonçalo Tomé, do Comité Central do PCP, à Lusa.

Segundo o dirigente comunista, ainda há poucos anos o PCP apresentou uma proposta de “redução significativa” do valor dos passes na área metropolitana de Lisboa que foi aprovada por todos os 18 municípios que a compõem. Contudo, acrescentou, em 2016, “foi rejeitada na Assembleia da República com votos contra do PS, PSD e CDS-PP”.

Gonçalo Tomé considerou que a proposta feita por Fernando Medina ao Governo é positiva, mas que tem de ser acompanhada de reforço do investimento no sistema de transportes públicos, depois de “décadas de desinvestimento” e sobretudo desde 2011 com uma “degradação grande do serviço”.

Em muitas regiões da área metropolitana de Lisboa, considerou, há mesmo um “recolher obrigatório”, nomeadamente à noite e aos fins de semana, devido à falta de oferta de transportes.

“É preciso reverter os cortes impostos na Carris, no Metro, na CP, na Transtejo, na Soflusa, nos TST. Estamos a falar de cortes enormes e com impactos na qualidade de vida e mobilidade das populações”, disse.

Em entrevista ao jornal Expresso, hoje publicada, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina anunciou que fez uma proposta ao Governo para que este inclua na proposta do Orçamento do Estado para 2019 uma medida para que o passe social não custe mais do que 30 euros por mês na cidade de Lisboa e 40 euros por mês nos 18 municípios da área metropolitana.

O custo desta proposta é estimado em 65 milhões de euros por ano.

Atualmente, na cidade de Lisboa, o passe social Navegante válido para a empresa de autocarros Carris e o Metro custa 36,70 euros por mês, gratuito para crianças até 12 anos e com descontos para pessoas com mais de 65 anos e universitários.

Contudo, os preços do passe combinado aumentam significativamente para quem vive fora de Lisboa e tem de usar outros transportes para chegar à capital, como comboio, barco ou outras rodoviárias. Em alguns casos, por mês, o passe fica bem acima de cem euros.

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Rui Rio responde aos críticos dentro do partido: “Levei os mandatos sempre até ao fim”

Líder do PSD disse esta tarde, no Algarve, que é uma questão de tempo para que mais portugueses detetem os defeitos e os limites da atual solução governativa.

Rui Rio diz que sempre levou os mandatos até ao fim e que, quem tem dúvidas das razões pelas quais aceitou o cargo de liderança do partido, “um dos mais difíceis”, pense que a razão fundamental é o país. Desta forma, o líder dos sociais-democratas respondeu às críticas dentro do partido, em discurso feito esta tarde na Festa do Pontal, no Algarve, que marca a rentrée do PSD.

“Eu vim para este lugar, não por mim nem pelo partido, mas pelo país. E vão encontrar aí o sentido do que estou a fazer”, disse. “Ao contrário do que muitos dizem, este Governo não tem a vida tão facilitada até às legislativas de 2019. Não está que eu ando cá há muitos anos. Só terá se nós quisermos. E não posso aceitar que, quem está dentro do PSD, esteja todos os dias da semana, até ao domingo, a proteger internamente e a tentar salvaguardar as vitórias do Partido Socialista”, criticou, acrescentando que se trata de “táticas ao serviço de interesses pessoais”.

Rio está confiante no futuro. O líder do Partido Social Democrata diz que, com o tempo, mais portugueses vão conseguir detetar “limites e defeitos desta governação” o que, segundo o portuense, pode ser uma vantagem competitiva num ano com três atos eleitorais.

“Temos pela frente um ano extraordinariamente importante, mais do que difícil”, disse, acrescentando: “O nosso objetivo é ganhar as três eleições. Para isso precisamos de unidade, de lealdade e de companheirismo. A governação que temos tem os seus defeitos mas isso não quer dizer que os portugueses, com o tempo cada vez mais portugueses vão aperceber-se dos limites e dos defeitos desta governação. Temos à nossa frente um caminho que nos é favorável.”

No Algarve, no rescaldo do jogo de futebol que reuniu militantes do PSD antes do arranque político de setembro, Rui Rio disse que o encontro é “um verdadeiro Pontal, algo genuíno e tradicional”. “Não estamos a fazer uma montagem para uma televisão mas uma coisa sincera, tradicional e genuína, mais do que estar numa praça apenas para uma imagem de televisão”.

“O que estamos a fazer é uma festa do Partido Social Democrata, e há diversas razões para ser assim: queremos uma festa do povo e para o povo, um convívio genuíno, como no tempo de Sá Carneiro. É isto que gosto de ver e de montar”, disse ainda.

Outra razão apontada por Rio para o evento deste sábado são as dificuldades financeiras do partido. “Temos dívidas junto de fornecedores. Não faz sentido fazer uma festa e gastar imenso dinheiro e, à porta, ter os fornecedores à espera (…) Não é correto e não é o que este partido se orgulha de ter feito também no país. Vamos continuar com esse orgulho também cá dentro”, sublinhou.

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Quem será o próximo governador do Banco de Portugal?

Faltam quase dois anos para Carlos Costa sair, mas nos bastidores já se fala na sucessão. Elisa Ferreira não segue para o BCE e mantém o nome na short-list. O ECO foi ver de quem se fala e porquê.

A vice-governadora do Banco de Portugal, Elisa Ferreira, colocou-se fora da corrida à liderança do Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), mantendo assim o seu nome na lista de possíveis candidato ao lugar de Carlos Costa. O governador do banco central só termina o seu mandato em julho de 2020, mas nos corredores do poder já se especula sobre quem quer aquela cadeira e quem tem melhores condições para a ocupar. Com europeias e legislativas em 2019, há escolhas que têm de ser feitas antes e que podem influenciar a decisão sobre o sucessor de Carlos Costa.

A lei orgânica do Banco de Portugal prevê que o governador tem um mandato de cinco anos, que pode ser renovado apenas uma vez. Carlos Costa foi reconduzido no cargo a 10 de julho de 2015 pelo Executivo liderado por Pedro Passos Coelho. Em julho de 2020 a sua saída é, por isso, certa.

A mesma lei determina também quem tem responsabilidades nesta escolha. O ministro das Finanças propõe o nome ao Conselho de Ministros, que o designa através de uma resolução, e depois de ser ouvido pelos deputados da Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

Apesar de a questão não se colocar no imediato, a recente decisão da vice-governadora do banco central, Elisa Ferreira, de não entrar na corrida ao lugar de Danièle Nouy acaba por manter o seu nome na short-list de potenciais candidatos ao lugar de Carlos Costa. Além disso, este é um tema há muito presente no debate público.

Em 2016, a entrada de Elisa Ferreira e de Luís Máximo dos Santos para administradores do Banco de Portugal foi vista como o início de um caminho que podia levar ao lugar de governador. Os dois agradam ao primeiro-ministro, António Costa. Aliás, foram vistos com uma ponte entre o governador e o Executivo, numa altura de relações tensas.

A ex-eurodeputada representou o PS na Europa por mais de uma década, onde se destacou na construção da união bancária, e ajudou na elaboração do programa eleitoral do PS nas legislativas de 2015. Máximo dos Santos, amigo do chefe do Executivo de quem foi colega no curso de direito em Lisboa, já era quadro do banco e assumiu responsabilidades nos processos de insolvência do Banco Privado Português e do BES. Pouco mais de um ano depois de chegarem à Rua do Ouro, assumiram o lugar de vice-governadores. Uma espécie de números dois na linha de sucessão para quem já está dentro do banco e que configuraria uma solução de continuidade.

Quando estiveram no Parlamento antes de assumirem os cargos de administradores, o PSD destacou os currículos de ambos e que, no caso de Elisa Ferreira, foi considerado “adequado”, segundo os relatórios das duas audições. A eurodeputada foi também elogiada pelo ex-presidente do PSD Passos Coelho pelo seu trabalho na construção da união bancária.

Centeno e os calendários políticos

Mas o Governo de António Costa também tem opções que estão fora da instituição. Uma delas é o próprio ministro das Finanças, Mário Centeno. Este cenário foi colocado em cima da mesa, pela primeira vez, pelo comentador político e ex-líder do PSD em abril deste ano. Na altura, Marques Mendes disse que Centeno estaria interessado em ser comissário europeu, depois de ter conquistado a presidência do Eurogrupo. Mas também afirmou que o lugar de governador do Banco de Portugal estaria nos planos do ministro das Finanças.

É no cenário Centeno que o calendário político que se avizinha tem maiores implicações diretas. Para maio de 2019 estão marcadas eleições europeias e julho é visto como o mês indicado para os países apresentarem os seus nomes para os lugares de comissário, depois de escolhido o presidente da Comissão Europeia. Esta será assim uma primeira data-chave para perceber os planos de Centeno. Depois de Marques Mandes ter falado das ambições europeias do ministro das Finanças o Expresso noticiou que Centeno estava a preparar a sua ida para a Comissão. Mas, para isso, teria de sair do Governo antes do fim da legislatura e da campanha para as legislativas. Teria também de deixar de ser presidente do Eurogrupo, já que nos meios europeus não é visto como provável, à luz do que hoje se conhece sobre a reforma da Zona Euro, que tão cedo se avance para fusão dos cargos de comissário europeu para os assuntos económicos com o de presidente do Eurogrupo.

A presidência do Eurogrupo já não será, porém, um empecilho para Centeno caso queira ser governador do Banco de Portugal. É que o seu mandato como representante máximo dos ministros das Finanças do euro termina no primeiro semestre de 2020 e a cadeira de governador fica vaga em julho desse ano.

Existem ainda razões de ordem política interna que podem reforçar a ideia de ser mais provável Centeno candidatar-se a governador. No outono do próximo ano — e já depois da escolha dos comissários — há eleições legislativas em Portugal. António Costa não tem pedido formalmente a maioria absoluta, mas já começou a lutar por ela. Na abertura do congresso socialista em maio, o primeiro-ministro piscou o olho aos eleitores ao centro quando disse que acabou “com o mito de que, em Portugal, é a direita que sabe governar a economia e as finanças públicas”. E, durante a reunião, não parou de mostrar aos socialistas o trunfo Mário Centeno. Se este argumento é usado para consumo interno também poderá ter de ser usado para fora. Costa parece preparar-se para exibir os resultados económicos e orçamentais que Centeno lhe tem proporcionado e, por isso, o ministro das Finanças pode ser indispensável durante a campanha para as legislativas.

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, já defendeu que gostaria de ver Mário Centeno a renovar o cargo de ministro das Finanças depois das legislativas de 2019 — onde as sondagens dão a vitória ao PS — e este mês foi à número dois de Costa que coube a tarefa de proteger publicamente Mário Centeno contra a forte crítica do ex-porta-voz do partido, João Galamba, à mensagem do presidente do Eurogrupo sobre a saída da troika da Grécia.

Além de Mário Centeno, Elisa Ferreira e Luís Máximo dos Santos há ainda outro nome que faz parte do lote de candidatos ao lugar: Paulo Macedo. Apesar de ter sido ministro de Passos e o chefe do Fisco de Durão, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a escolha do Governo de Costa para o banco público, na sequência da demissão de António Domingues em 2016. O Governo não terá encontrado outra alternativa, apesar de preferir guardar Paulo Macedo para os lugares que iam abrir no conselho de administração do Banco de Portugal. Em 2020, quando o Governo tiver de escolher o sucessor de Carlos Costa, Paulo Macedo estará a terminar o seu mandato no banco do Estado.

O puzzle sobre quem será o próximo governador do Banco de Portugal vai-se montando ao mesmo tempo que o Governo tem em agenda uma reforma da supervisão, prometida desde o início do mandato, e que pode mexer com os poderes do banco central.

Quem são os potenciais governadores?

Mário Centeno: o trunfo de António Costa

É quadro do Banco de Portugal desde 2000, tendo sido consultor da administração a partir de 2014. Pouco antes viu o seu nome chumbado no concurso para diretor do gabinete de estudos do banco central. Em 2015 fez o programa económico para António Costa que serviu de base ao programa eleitoral do PS. Em novembro desse ano tomou posse como ministro das Finanças. Depois de um início agitado, marcado por um braço-de-ferro com a Comissão Europeia e pela polémica em torno da escolha da administração da Caixa Geral de Depósitos, Mário Centeno passou a ser um trunfo do Governo. Evitou as sanções a Portugal pelo incumprimento das regras orçamentais, tirou o país do Procedimento por Défices Excessivos, apresentou o défice mais baixo da democracia e duas das três principais agências de rating já tiraram a dívida portuguesa do “lixo”. Mais: candidatou-se ao lugar de presidente do Eurogrupo e foi escolhido pelos seus pares, cargo que ocupa desde 12 de janeiro e que lhe dá protagonismo a nível europeu. Apesar de não ser militante do PS e de causar alguns dissabores junto dos parceiros da geringonça, Costa não o larga. No congresso socialista, em maio deste ano, os resultados do ministro das finanças e o seu rosto não saíram do ecrã montado para o encontro dos socialistas.

Paulo Macedo: o político que o primeiro-ministro já foi buscar

Foi chefe do Fisco nos anos de Durão Barroso e ministro da Saúde de Passos Coelho durante o tempo da troika, mas o atual presidente da CGD esteve desde o início nas listas do atual Governo para cargos de relevo. Em novembro de 2016, em plena crise no banco público que ameaçava acabar em demissão da administração liderada por António Domingues, o Público noticiava que o Governo queria pôr Paulo Macedo como vice-governador do Banco de Portugal. Mas Domingues acabou por deixar a Caixa e o Executivo socorreu-se de Macedo para a CGD, cargo que ocupa atualmente. Uma das características de Paulo Macedo é o seu perfil político, que o torna num peso pesado na hora de liderar cargos de topo — condição apreciada dentro do Executivo. Agora, com a experiência no setor bancário enriquecida (antes já tinha sido vice-presidente no BCP), Paulo Macedo é um ativo ainda com mais valor. O atual mandato na Caixa termina em fevereiro de 2020, meses antes de terminar o de Carlos Costa no Banco de Portugal.

Elisa Ferreira: a socialista que já está dentro da casa

A atual vice-governadora do Banco de Portugal tem vários pontos a seu favor para poder ser considerada uma escolha natural para o lugar de Carlos Costa. A socialista entrou para o banco central como administradora em 2016 já pela mão do atual Executivo. É certo que quem escolhe os administradores são os governadores, mas esta é habitualmente validada politicamente. Elisa Ferreira entrou na sede do banco central na Rua do Ouro como administradora e em 2017 passou a vice-governadora. Tem a importante pasta da supervisão bancária, que a obriga a deslocações regulares ao Banco Central Europeu, em Frankfurt, onde já estabeleceu relações de proximidade. No final da semana passada, a influente agência financeira Bloomberg colocava-a no lote de favoritas à liderança do Mecanismo Único de Supervisão — o organismo dentro do BCE responsável pela supervisão ao nível europeu –, cargo ocupado agora por Danièle Nouy. Elisa Ferreira optou por não ir, mas as razões que estiveram por trás desta decisão já não são válidas no caso da substituição de Carlos Costa. A função não a obriga a sair outra vez do país e já não estará a menos de meio do mandato. Foi durante mais de uma década deputada no Parlamento Europeu e em 2015 esteve no grupo de economistas liderado por Mário Centeno que ajudou António Costa a fazer o programa eleitoral do PS. Joga ainda a seu favor o facto de ser mulher, numa altura em que as organizações tentam maiores equilíbrios na representação de género nos órgãos de topo.

Luís Máximo dos Santos: o amigo do PM com experiência em crises

O vice-governador do Banco de Portugal ocupa esta posição dentro da instituição desde setembro de 2017. Tal como Elisa Ferreira conquistou este lugar já com António Costa no Governo. Mas a sua chegada ao conselho de administração aconteceu em 2016 quando ocupou o lugar de administrador. Considerado próximo do primeiro-ministro, de quem foi colega no curso de Direito em Lisboa, Luís Máximo dos Santos é também um homem da casa. Está no banco desde 1992 e especializou-se em bancos em situação de insolvência. Liderou a comissão liquidatária do Banco Privado Português e foi presidente do conselho de administração do BES entre 2014 e 2016, após a resolução do banco de Ricardo Salgado em agosto de 2014. É atualmente o representante do BdP no Fundo de Resolução que foi criado em 2012 para gerir os processos de resolução de bancos – uma competência da esfera do Banco de Portugal — e que detém 25% do capital do Novo Banco. No regulador tem a área da supervisão comportamental.

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Proteção Civil reforça meios no combate ao fogo de Loulé

  • Lusa
  • 1 Setembro 2018

A Proteção Civil reforçou os meios no combate ao incêndio que deflagrou hoje na freguesia do Ameixal, concelho de Loulé, distrito de Faro.

A Proteção Civil reforçou os meios no combate ao incêndio que deflagrou este sábado na freguesia do Ameixal, concelho de Loulé, distrito de Faro, estando a combater as chamas 230 operacionais, apoiados por 70 viaturas e cinco meios aéreos.

Pelas 13:00, a página da internet da Proteção Civil indicava que este incêndio estava a ser combatido por 125 operacionais, 33 viaturas e seis meios aéreos. Uma hora depois, o dispostito no terreno quase que duplicou.

Em declarações à agência Lusa, pelas 13:00, Manuel Cordeiro, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), explicou tratar-se de um incêndio que deflagrou pelas 11:25, com duas frentes ativas, “uma a ceder aos meios, e outra a lavrar ainda com intensidade”, numa zona de mato, de “difícil acesso”.

Àquela hora, segundo este operacional da ANPC, não havia povoações em risco.

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Rui Rio entra em jogo de futebol a dizer para não se chamar “rentrée” a Pontal

  • Lusa
  • 1 Setembro 2018

"Se isto fosse uma 'rentrée', eu teria feito uma 'sortie' em agosto", gracejou o presidente do PSD, acrescentando que as "rentrées" se adequam mais às revistas da vida social.

O presidente do Partido Social Democrata (PSD) Rui Rio (C) no início das atividades desportivas da Festa do Pontal, designadamente um torneio de futebol de 7, com a participação de autarcas, deputados, dirigentes nacionais e locais e membros do CEN, em faro, 1 de setembro de 2018.LUÍS FORRA/LUSA

O líder do PSD, Rui Rio, entrou este sábado de manhã bem-disposto em campo para disputar uma partida de futebol no Algarve e, antes do apito inicial, aproveitou para insistir em não rotular o Pontal como “rentrée” do PSD.

Se isto fosse uma ‘rentrée’, eu teria feito uma ‘sortie’ em agosto”, gracejou o presidente do PSD, em declarações aos jornalistas, acrescentando que as “rentrées” se adequam mais às revistas da vida social e não a um “convívio” como o que está previsto para hoje.

Envergando a camisola com o número 7 – o mesmo usado por Cristiano Ronaldo -, Rui Rio tomou a posição de médio-ofensivo na equipa que reuniu os membros da direção nacional, num torneio de futebol de 7 composto por mais três equipas.

Sublinhando não se tratar de uma operação de “team building”, que é o que se usa nas empresas para promover o espírito de equipa, o líder dos sociais-democratas insistiu que esta edição do Pontal é apenas para promover o convívio.

“O Pontal nasceu desta forma genuína, há quem traga camionetas e até comboios [com pessoas], mas eu acho que não deve ser assim”, sublinhou, lembrando o ano em que PS e PSD protagonizaram uma renhida disputa, em Faro, com os discursos de “rentrée” a decorrerem em simultâneo.

“Em 1995 tinha havido aquele espetáculo degradante do PSD contra o PS, a ver quem tinha trazido mais militantes, e eu estou um pouco a repetir aquilo que depois se fez em 1996”, quando o Pontal começou de manhã, exatamente com um jogo de futebol.

Em 1995, o PS, na altura liderado por António Guterres, montou um palco na Pontinha, na baixa da cidade de Faro, a escassos metros do local onde estava montado o palco da Festa do Pontal, então dirigido por Fernando Nogueira.

A cerca de um ano das legislativas de 2019, Rui Rio disse ainda pretender “adiar o máximo possível” o espírito eleitoral, por considerar que isso “não é bom” para o país, mas admitiu que pode vir ser “arrastado” pelos seus opositores. O PSD realiza hoje a Festa do Pontal em novo formato, com um jogo de futebol entre dirigentes nacionais, locais e autarcas, e intervenções políticas breves, prevendo-se um discurso de Rio “adequado a uma festa-convívio com os militantes”.

A Festa do Pontal do PSD muda-se do tradicional calçadão da Quarteira, onde se realizou nos últimos anos, para a freguesia de Querença, no interior do concelho de Loulé.

As intervenções políticas estão marcadas para as 16h30 na Fonte Filipe, estando previstos discursos do presidente da concelhia de Loulé, Rui Cristina, do presidente da JSD/Algarve, Carlos Martins, do deputado algarvio Cristóvão Norte, do presidente da distrital de Faro, David Santos, e no fim, de Rui Rio.

Foi com o anterior líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que a Festa do Pontal retomou a tradição de contar com a presença do presidente do partido, depois de a sua antecessora Manuela Ferreira Leite não ter estado nas duas edições que se realizaram no seu mandato.

Esta festa começou com a presença do fundador do partido Francisco Sá Carneiro, em 29 de agosto de 1976, num pinhal na zona do Pontal, próxima do aeroporto de Faro e que deu nome ao encontro.

Ao longo dos anos já se realizou em diversos locais no Algarve, e contou com líderes como Francisco Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Filipe Menezes e Marques Mendes.

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Viciado no YouTube? Descubra quantas horas passa a ver vídeos

A partir de agora, vai poder verificar no próprio YouTube quantas horas passou a ver vídeos. A nova funcionalidade pretende tornar o consumo deste tipo de conteúdo mais consciente.

Depois de ter testado se é ou não viciado no Instagram, vai poder agora poder descobrir quantas segundos, minutos ou mesmo horas dedica, todos os dias, à visualização de vídeos no YouTube. A nova funcionalidade da plataforma liderada por Susan Wojcicki foi lançada esta semana e integra o pacote de ferramentas de “bem-estar” que tem sido promovido pela gigante, avança o TechCrunch.

De acordo com a empresa, o objetivo desta funcionalidade — que mostrará o histórico dos últimos sete dias — é permitir aos internautas tomar consciência do tempo gasto nestes conteúdos e, assim, gerir melhor o seu comportamento.

Por outro lado, caso queiram fugir a esse escrutínio, os utilizadores terão apenas de ver os vídeos que lhe interessam numa “janela sem registo” ou certificarem-se de que não estão a usar os seus perfis.

Esta não é a primeira funcionalidade que o YouTube lança para promover o “bem estar” dos seus utilizadores. Desde o início do ano que esta rede social passou a permitir aos internautas desligarem as notificações por um determinado período de tempo e lançou uma nova funcionalidade que lhes dá a possibilidade de receber apenas um sumário das novidades que aconteceram na plataforma.

A par da Google (empresa que detém o YouTube), também o Facebook tem exprimido preocupações semelhantes. Em maio, foi descoberto entre as linhas de código do Instagram uma funcionalidade em tudo semelhante à que o YouTube acaba de lançar. A ferramenta da plataforma de partilha de fotografias cronometra o tempo gasto por dia, por semana ou até por mês, na rede social.

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CP vai alugar quatro comboios a ‘diesel’ a espanhola Renfe, que chegarão em 2019

  • Lusa
  • 1 Setembro 2018

A CP vai alugar à espanhola Renfe quatro comboios a 'diesel' que deverão começar a chegar a Portugal no início de 2019, disse à Lusa fonte oficial do Ministério do Planeamento e Infraestruturas.

A CP – Comboios de Portugal vai alugar à espanhola Renfe quatro comboios a ‘diesel’ que deverão começar a chegar a Portugal no início de 2019, disse à Lusa fonte oficial do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.

O aluguer dos comboios será formalizado com a assinatura de um protocolo esta segunda-feira de manhã em Madrid, capital de Espanha, numa cerimónia com a presença dos presidentes da CP e da Renfe, do secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, e do seu homólogo espanhol, Pedro Saura.

A CP – Comboios de Portugal tem atualmente alugadas 20 composições à Renfe, a quem paga sete milhões de euros por ano, ou seja, cerca de 350 mil euros por comboio.

O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas não quis hoje adiantar à Lusa qual será o preço que será pago por cada nova composição, afirmando que ainda será acertado nas negociações mais técnicas que se seguirão.

A mesma fonte do Governo adiantou que o primeiro comboio a ‘diesel’ (gasóleo) chegará no início de 2019 e que os outros três chegarão ao longo do ano.

Os comboios da Renfe têm de sofrer adaptações para circularem em Portugal, a nível de segurança e sinalização, e serem homologados pelo IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

Em julho, o ministro do Planeamento, Pedro Marques, anunciou o adiamento de comboios a Espanha para melhorar o serviço nas linhas do Oeste e do Algarve, sem adiantar quantos seriam.

O protocolo que será assinado segunda-feira em Madrid acordará ainda a realização de testes técnicos para avaliar se é possível também alugar comboios elétricos à Renfe. De momento, a CP não tem quaisquer composições elétricas alugadas à Renfe, apenas a diesel.

O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas indicou que serão feitos “testes técnicos” para saber se os comboios elétricos da empresa espanhola são adequados à ferrovia portuguesa e “qual o material mais adequado”. Além disso, é preciso saber se os espanhóis têm disponibilidade de comboios elétricos que se encaixem nas necessidades de Portugal, acrescentou. Por fim, o protocolo passa ainda por troca de experiências de manutenção de comboios entre as empresas de manutenção da CP (EMEF) e a Renfe.

O Governo tem dito que o aluguer de comboios pela CP visa suprir as necessidades enquanto se espera pelo concurso para a compra de comboios. O concurso ainda será lançado e poderá demorar três a quatro anos.

Em 20 de agosto, após uma visita às oficinas de Campolide, em Lisboa, o presidente da CP, Carlos Nogueira, falou no eventual aluguer de seis a dez comboios.

Portugal apenas pode alugar comboios a Espanha, uma vez que ambos os países têm bitola (distância entre carris) ibérica. Portugal ainda usa comboios a ‘diesel’ uma vez que cerca de um terço da infraestrutura ferroviária portuguesa está por eletrificar.

As queixas sobre o serviço prestado pela CP subiram de tom recentemente e o tema já se tornou motivo de confronto político.

Em 4 de setembro, o presidente da CP estará no Parlamento numa audição “sobre a degradação do material e o serviço prestado”, pedida pelo PSD, segundo a página da Assembleia da República na internet. A 6 de setembro é a vez de o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, estar na comissão permanente o para debater a situação da ferrovia.

A CP divulgou esta semana que teve prejuízos de 54,6 milhões de euros no primeiro semestre, abaixo das perdas de 58,1 milhões de euros registadas nos primeiros seis meses de 2017.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa disse que estes resultados foram tidos num “cenário de ausência de indemnizações compensatórias e de contratualização do serviço público” e que a redução dos prejuízos “contribuíram, essencialmente, os proveitos de tráfego e a melhoria do resultado financeiro, motivada pela diminuição do passivo financeiro da empresa”.

Entre janeiro e junho deste ano, o Estado acordou injetar 54,9 milhões de euros na CP, mas apenas 36,9 milhões de euros foram já realizados. O valor restante será injetado este mês, segundo os resultados semestrais.

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