Multas rendem mais ao Fisco. Foram 291,49 milhões de euros

A receita total das coimas aplicadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) em 2017 subiu 27% face a 2016. Rendem 291,49 milhões aos cofres do Estado.

As multas aplicadas pelo Fisco em 2017 renderam mais 26% do que em 2016. A receita total para os cofres do Estado foi de 291,49 milhões de euros, contra os 231,24 milhões obtidos no ano anterior. Os números fazem parte do Relatório de Atividades Desenvolvidas de Combate à Fraude e Evasão Fiscal e Aduaneira de 2017, publicado pela Autoridade Tributária (AT) esta quarta-feira.

A maioria dos processos instaurados por aquela autoridade dizem respeito a falta de entrega da prestação tributária (78%) e falta ou atraso na entrega de declarações (17%). A contribuir para isto esteve, sobretudo, um sistema implementado pela AT que “deteta de forma automática” as faltas ou outras práticas irregulares, recorrendo à informação que existe nas bases de dados informáticas do Fisco.

A AT aponta para uma taxa de realização na ordem dos 110%, mais 18 pontos percentuais do que em 2016, em que o valor foi “inferior a 100%”. É ainda uma taxa equiparável à registada em 2014. Para a autoridade, é uma “recuperação bastante significativa”, até porque em “em 2017 houve um aumento na instauração” de processos face ao ano de 2016. Contas feitas, o Fisco revela uma “diminuição de processos pendentes”.

Para este ano de 2018, transitaram quase meio milhão de processos. Concretamente, foram 484.950 processos, sendo que a esmagadora maioria diz respeito a processos abertos durante o ano de 2017 (73%). Existem ainda mais de 100 mil processos suspensos, 10.589 processos que datam de 2016, 11.958 processos que datam de 2015 e quase 9.000 processos que são ainda mais antigos do que isso.

O relatório das atividades desenvolvidas pela AT no âmbito do “combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras” é um documento anual que resume o que fez o Fisco nesta matéria durante o decorrer do ano. No balanço geral do exercício, o Fisco destaca um ano “em que a receita teve um desempenho muito positivo, o que deve ser sublinhado no contexto de uma atuação da Autoridade Tributária e Aduaneira cada vez mais eficaz”. Na base disso está a “simplificação da relação com o contribuinte” e os “instrumentos de combate” implementados.

Outro dos pontos de destaque é a subida para 97,19% do número de declarações de IRS entregues através da internet, “o que permitiu que já em 2018 se tivesse avançado para a completa desmaterialização na entrega destas declarações”.

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Fisco fez mais de 2,5 milhões de penhoras no ano passado

Em 2017, a AT marcou mais de 2,5 milhões de penhoras por persistência de situação tributária irregular. O número caiu 36% face a 2016, ano em que foi alcançado um recorde.

Depois de baterem recordes em 2016, as penhoras por parte do Fisco reduziram-se no ano passado. O ano anterior foi o que registou mais penhoras “de sempre”, mas em 2017 o número encolheu em 36%, ficando em linha com o de 2015. Foram marcadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) mais de 2,5 milhões de penhoras, de acordo com um relatório de atividade publicado esta quarta-feira.

Em 2016, o Fisco tinha marcado quase quatro milhões de penhoras. Este ano, com a queda de 36% deste valor, a autoridade justifica o número pouco usual como sendo resultado da “implementação do sistema de penhoras eletrónicas”, que facilitou, desde logo, a identificação de bens penhoráveis e a promoção de atos de penhora.

Já em 2017, a maioria das 2.528.026 penhoras marcadas incidiram sobre créditos. Vencimentos e salários representaram 24% das penhoras, enquanto outros valores e rendimentos constituíram 23% do total. Em relação a imóveis, só representaram 2% do total das penhoras marcadas, revela o Relatório de Atividades Desenvolvidas de Combate à Fraude e Evasão Fiscal e Aduaneira de 2017.

Contas feitas, “os vencimentos e salários, outros valores e rendimentos, créditos e móveis representaram 86% da totalidade de penhoras marcadas”. “Esta situação vem de encontro ao disposto na lei, nomeadamente no que respeita à seleção dos bens a penhorar prioritariamente, que são, também, os de mais fácil realização pecuniária”, nota aquela autoridade.

O Fisco explica que, antes de iniciar estes atos de coerção, os contribuintes devedores são repetidamente notificados. Nestas comunicações, a AT recomenda “a regularização da situação tributária dos devedores, alertando para as consequências da persistência da situação de incumprimento”. Assim, “a marcação da penhora constitui o impulso inicial deste ato coercivo, e é a consequência da persistência da situação tributária irregular”.

Ora, face a estes valores, no total da cobrança coerciva de dívidas fiscais, a AT conseguiu o valor de 804,1 milhões de euros de receita. Quanto ao valor geral da cobrança coerciva, fixou-se em 1.071,8 milhões de euros. O ano de 2017 terminou ainda com o Fisco a registar uma dívida ativa de 9.123 milhões de euros, uma dívida suspensa de 6.157 milhões de euros e uma dívida declarada em falhas de 4.166 milhões.

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Alunos portugueses são dos que mais dependem dos pais para pagar a universidade

  • ECO
  • 4 Julho 2018

Em Portugal, as famílias suportam 56% das despesas dos estudantes na universidade, sendo que apenas 13% dizem respeito a custos diretos com a educação.

Em toda a Europa, os alunos universitários portugueses são dos que mais dependem das famílias para frequentar a universidade, de acordo com um estudo Eurostudent, citado pelo Público (acesso condicionado). Os estudantes nacionais são responsáveis por apenas 44% das despesas que acarretam uma frequência universitária, sendo a habitação a maior despesa, principalmente em Lisboa.

Portugal ocupa a quarta posição num ranking de 28 países europeus, que avalia as condições socioeconómicas da vida dos estudantes. As famílias portuguesas suportam a maioria dos custos do estudante — 56%. A nível europeu, em média, os alunos são responsáveis por dois terços das suas despesas mensais, ficando os pais responsáveis pelo resto.

De acordo com o estudo, 49% dos universitários portugueses vivem com os pais durante a sua licenciatura ou mestrado, um número superior à média internacional que está fixada em 36%. Este cenário está diretamente relacionado com o facto de os estudantes portugueses estarem entre aqueles que mais tarde saem de casa dos pais.

A maioria das despesas durante esta fase estudantil está relacionada com a habitação e alimentação, sendo que apenas 13% diz respeito a custos diretos com a educação, como propinas ou livros. Citando um estudo do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, o Público dá conta de que a casa é um dos gastos mais comuns entre os estudantes, tendo bastante influência na frequência do ensino superior.

Lisboa continua a destacar-se como a cidade mais cara, em Portugal, com os estudantes que vivem com os pais a gastarem mais 125 euros do que outros colegas em cidades mais pequenas. Com a alimentação, a situação é semelhante: os estudantes na capital gastam, no mínimo, mais 52 euros por mês do que os seus colegas noutras cidades de menor dimensão.

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Nem todo o trabalho independente conta para dar acesso a prestações de desemprego

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Julho 2018

Novas regras dizem que é possível juntar trabalho dependente e independente para cumprir prazo de garantia, critério para aceder a prestações de desemprego. Mas nem todos as situações são abrangidas.

Com as novas regras de proteção social que entraram em vigor este mês, vai ser possível “juntar” períodos de trabalho em regimes diferentes para aceder a prestações de desemprego, que poderão assim abranger mais pessoas. O diploma fala na possibilidade de considerar trabalho por conta de outrem e atividade independente mas, neste último caso, há restrições. Nem todo o trabalho independente será considerado para formar o chamado “prazo de garantia”, critério que permite aceder a proteção social no desemprego.

No caso concreto do subsídio de desemprego, atribuído a trabalhadores dependentes, continua a ser necessário reunir 360 dias de trabalho por conta de outrem nos 24 meses anteriores ao desemprego para aceder à prestação (ou 180 dias nos 12 meses anteriores, no caso de subsídio social de desemprego). Mas agora, o novo decreto-lei acrescenta que, “quando necessário, podem ser considerados os períodos de registo de remunerações por exercício de atividade profissional independente”, continuando a excluir outras situações já antes previstas.

Também no caso do subsídio por cessação de atividade — para recibos verdes economicamente dependentes — e do subsídio por cessação de atividade profissional — para empresários em nome individual, gerentes e administradores — será possível “juntar” descontos em âmbitos diferentes para aceder às prestações: “quando necessário, podem ainda ser considerados os períodos de registo de remunerações no âmbito do regime geral dos trabalhadores por conta de outrem e do regime dos trabalhadores independentes”, diz o diploma.

Quer isto dizer que todo o trabalho independente conta para os prazos de garantia? Não. Ao ECO, fonte do Ministério do Trabalho garante que “só contam os períodos em que o trabalhador independente foi economicamente dependente” — em causa estão os recibos verdes que concentram grande parte do seu rendimento anual (80% até final de 2017, mais de 50% a partir deste ano) numa única entidade e que têm direito, cumprindo outros requisitos, a subsídio por cessação de atividade.

Já uma nota publicada no site da Segurança Social indica que podem ser considerados, se necessário, “todos os períodos de registo de remunerações, cuja taxa contributiva contemple a proteção no desemprego“, o que também parece abranger empresários em nome individual, gerentes ou administradores com direito a subsídio por cessação de atividade profissional.

Os trabalhadores independentes sem atividade empresarial e que ficam fora do conceito de dependência económica não têm hoje direito a prestações de desemprego. E, pela resposta de fonte oficial, no caso de trabalho independente só o período de descontos em que o trabalhador foi considerado economicamente dependente conta para o prazo de garantia que dá acesso a prestações — de outra forma, o período não será contabilizado, mesmo que a pessoa se torne, por exemplo, trabalhador por conta de outrem.

Ao ECO, o deputado bloquista José Soeiro critica esta visão. “A versão publicada fala de se acumular o prazo de garantia enquanto trabalhador independente e trabalhador por conta de outrem para acesso ao subsídio de desemprego, sem colocar para efeitos desse prazo de garantia a necessidade de haver dependência económica”, refere o deputado. “Mas segundo o que o Governo nos disse, a interpretação que os serviços fazem é que, no caso dos trabalhadores independentes, só conta para prazo de garantia o tempo em que estiveram com dependência económica”. Para José Soeiro, “há uma falta de clareza na redação”, que “pode gerar dúvidas e até contradições entre a interpretação que os cidadãos legitimamente fazem” e a ação dos serviços. Era preciso “coerência e transparência” entre a redação do diploma e o modo como é aplicado, defende.

Ainda no âmbito destas mudanças, note-se que o acesso ao subsídio para recibos verdes economicamente dependentes também foi alargado através da redução, para metade, do prazo de garantia — 360 dias de contribuições nos 24 meses anteriores. Esta alteração tem efeitos práticos, no acesso à prestação, em duas fases, face às alterações no conceito de dependência económica (outra via de alargamento da abrangência do apoio). No caso de empresários, o prazo de garantia continua nos 720 dias.

Subsídio fica mais acessível. E o valor?

Há ainda outro ponto que parece estar por resolver no novo diploma. Fonte oficial do Ministério do Trabalho já tinha indicado que, apesar de o prazo de garantia poder juntar descontos no âmbito de situações diferentes, é preciso olhar para o regime em que o trabalhador está integrado quando pede a prestação: se a última atividade foi desempenhada enquanto trabalhador por conta de outrem, tem direito a subsídio de desemprego, se foi como trabalhador independente economicamente dependente, tem direito a subsídio por cessação de atividade, por exemplo. Além disso, indicou também que a possibilidade de “acumular” descontos de regimes diferentes só conta para prazo de garantia, e não para o valor do subsídio.

"Parece-me incoerente que se diga que em determinadas circunstâncias está garantido o acesso ao direito [subsídio], mas esse direito depois é um vazio, porque não tem correspondência a nenhum montante.”

José Soeiro

Deputado do BE

Portanto, um trabalhador que reúna, por exemplo, 10 meses de trabalho independente economicamente dependente e, depois, dois meses de trabalho por conta de outrem deve ter direito a subsídio de desemprego. Mas nesta prestação, o cálculo tem por base os primeiros 12 meses dos últimos 14, antes do mês do desemprego. Se para calcular o valor do subsídio desta pessoa só contam os descontos que fez enquanto trabalhador dependente e estes não encaixarem nos primeiros 12 dos últimos 14, como é calculado o subsídio? Os esclarecimentos não foram dados ao Bloco de Esquerda, que teme que as regras possam culminar num subsídio de zero euros, ainda que as mudanças tornem a prestação mais abrangente. E mesmo quem tenha, naquelas condições, três meses de descontos como trabalhador por conta de outrem em vez de dois, só vê um mês ser tido em conta num cálculo que olha para o conjunto de 12 meses (e, depois para uma percentagem deste valor)?

O decreto-lei também vem introduzir alterações na fórmula de cálculo do subsídio para recibos verdes economicamente dependentes, deixando de olhar para o escalão contributivo (conceito que desaparece em 2019) e passando também a ter em conta as remunerações registadas nos primeiros 12 meses dos últimos 14, antes do mês do desemprego — divide-se o valor por 360, depois multiplica-se por 0,65 e de seguida ainda é preciso multiplicar (como antes) pela percentagem de dependência económica. O ECO abordou a questão do valor do subsídio em casos concretos junto do Ministério do Trabalho e não obteve resposta.

“Parece-me incoerente que se diga que em determinadas circunstâncias está garantido o acesso ao direito [subsídio], mas esse direito depois é um vazio, porque não tem correspondência a nenhum montante“, afirma José Soeiro. “É preciso haver uma adaptação do modo de cálculo da prestação de desemprego, para os casos em que as pessoas tenham prazo de garantia mas só tenham por exemplo esses dois meses”, diz o deputado.

José Soeiro também defende que é “preciso acautelar valores mínimos” para quem tiver pouco tempo de descontos num determinado regime, mas que consiga perfazer o prazo de garantia por totalizar conjuntos distintos de remunerações. “Os valores mínimos podem até ser adaptados e não serem exatamente os mesmos” já previstos. O subsídio de desemprego mínimo corresponde a um Indexante dos Apoios Sociais mas pode ficar abaixo, se 75% do valor líquido da remuneração de referência for inferior.

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Morreu Wang Jian, presidente e fundador do grupo HNA, acionista da TAP

O co-fundador do grupo faleceu esta terça-feira, vítima de uma queda acidental em França.

Wang Jian, um dos fundadores e co-chairman da Hainan Airlines (HNA Group), acionista da TAP, morreu esta terça-feira, vítima de uma queda durante uma viagem de negócios a França, anunciou a empresa, citada pelo Financial Times (acesso condicionado).

“O grupo HNA estende as suas profundas condolências à família do senhor Wang e aos seus muitos amigos”, escreveu o HNA Group em comunicado, sem adiantar mais pormenores, afirmando apenas que terá sido uma queda acidental, na região de Provence, de acordo com o FT. Ainda segundo a imprensa francesa, um turista chinês terá caído nas escadas de uma igreja enquanto tentava tirar uma foto, tudo indicando que se tratará de Wang Jian.

“Juntos, lamentamos a perda de um líder e modelo exemplar, excecionalmente talentoso, cuja visão e valores continuarão a ser um farol para todos os que tiveram a sorte de o conhecer, bem como para outros cujas vidas se cruzaram com a dele”, continuou.

Wang Jian tinha 57 anos e, ao lado de Chen Feng, fundou o HNA Group na década de 90. Detinha 15% das ações da empresa, escreve a Bloomberg (conteúdo em inglês) e, após a notícia, o site do grupo mudou para tons cinzentos como forma de luto.

Isto acontece numa altura em que o conglomerado chinês passa por um período financeiro complicado, estando a vender vários ativos para conseguir reduzir a dívida acumulada. A empresa detém atualmente 45% da TAP, para além de quase 10% do Deutsche Bank. Recentemente vendeu a sua participação de 25% na cadeia hoteleira Hilton Worldwide.

(Notícia atualizada às 10h06)

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Sporting deve 40 milhões de euros a fornecedores

  • ECO e Lusa
  • 4 Julho 2018

Para além da dívida a fornecedores, haverá ainda transferências de jogadores que não foram pagas, com os atuais dirigentes do clube a temerem um buraco financeiro ainda maior.

As dificuldades financeiras que envolvem o Sporting voltam a ser notícia. Segundo o Correio da Manhã (acesso pago), o clube leonino deve pelo menos 40 milhões de euros a fornecedores, dívidas já detetadas pela Comissão de Gestão e Administração da SAD do Sporting, pouco mais de uma semana depois de ter tomado posse.

O jornal diz que o levantamento ainda está numa fase inicial, com os atuais dirigentes do clube que assumiram funções após a assembleia geral de 23 que marcou a destituição de Bruno de Carvalho, a temerem que o buraco financeiro do Sporting possa ser ainda maior. Para além da dívida a fornecedores que poderá não estar totalmente quantificada, haverá ainda transferências de jogadores que não foram pagas.

Para avaliar a situação financeira do clube, a comissão de gestão já anunciou nesta terça-feira, em comunicado, que vai avançar no imediato com uma auditoria.

As preocupações relativamente à saúde financeira que Alvalade enfrenta não passam ao lado de Sousa Cintra. “Tesouraria? Não quero falar para não assustar”, disse o presidente da SAD leonina em entrevista à SIC, terça-feira à noite, garantindo contudo que o Sporting vai cumprir com as suas obrigações.

O presidente da SAD do Sporting, reafirmou também na terça-feira que os “leões” têm equipa para lutar pela conquista da I Liga de futebol e prometeu mais reforços para o treinador José Peseiro.

“O José Peseiro, da primeira vez que passou pelo clube, fez um bom trabalho. O Sporting foi à final da Taça UEFA e lutou pelo título até ao fim. O Sporting tem um bom plantel, que ainda vai ser reforçado, e tem condições para lutar pelo primeiro lugar”, afirmou Sousa Cintra em declarações à SportingTV.

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Trabalhadores da saúde faltaram 1,75 milhões de vezes o ano passado

  • ECO
  • 4 Julho 2018

No ano passado, foram mais de 130 mil os trabalhadores do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que faltaram por motivos de doença.

Estar doente não prejudica só a própria pessoa, mas também todo o sistema. No ano passado, os mais de 130 mil trabalhadores do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que faltaram por motivos de doença, resultaram no equivalente a mais de um milhão de dias de ausência, de acordo com o Diário de Notícias (acesso condicionado).

No ano passado, faltaram 131.998 trabalhadores destas duas instituições, totalizando 1.753.584 dias de ausência, mais 29.000 dias do que em 2016. Contudo, neste período, o número de funcionários aumentou 1,6%. Para além desses 1,7 milhões de dias de absentismo, os serviços contabilizaram ainda 1,24 milhões de dias de ausência por licença de parentalidade, somados a 170.804 dias por acidente em serviço ou doença profissional e 120 mil dias de greve (o número mais alto dos últimos quatro anos).

Relativamente às faltas injustificadas, estas foram dos menores motivos de absentismo, embora tivessem representado 21.048 dias de ausência, o dobro do verificado em 2014. Na totalidade, o Ministério da Saúde contabilizou 3,7 milhões de dias de ausência, sendo os motivos variados conforme os grupos profissionais. Os enfermeiros — o grupo mais numeroso –, representaram cerca de metade dos 1,3 milhões de dias de ausência por licença de parentalidade.

No dia que diz respeito a horas extraordinárias, os dados citados pelo DN dão conta de que, o ano passado, estas presenciaram um aumento de 5,1% face ao ano anterior, traduzindo-se em 11,8 milhões de horas suplementares.

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Tribunal de Contas põe em risco anos de renegociação das PPP

  • ECO
  • 4 Julho 2018

Com a recusa de visto do Tribunal de Contas ao contrato do Algarve Litoral poderá implicar a perda de poupanças negociadas ao longo de sete anos.

Cerca de uma semana depois de o Tribunal de Contas ter decidido recusar o visto prévio à revisão do contrato de subconcessão do Algarve Litoral, o Observador adianta que, caso essa recusa venha a ser confirmada pelo plenário, a concessionária terá de executar o contrato original, o único que foi visado pelo Tribunal em 2010, o que implicaria perder as poupanças negociadas ao longo de sete anos.

Se a recusa da revisão deste contrato de subconcessão do Algarve Litoral, que inclui a requalificação da Estrada Nacional 125, for realmente confirmada pelo plenário, a concessionária terá de executar o contrato original, o único que foi visado pelo Tribunal em 2010. Contudo, isso implicaria perder as poupanças negociadas ao longo de sete anos. Mas, a concessionária pode recusar voltar a estes contratos, justificando que já não tem estrutura financeira para realizar tudo aquilo que estava previsto inicialmente.

Para além disto, há ainda a possibilidade de a concessionária avançar com um pedido de indemnização ao Estado em tribunal arbitral, o que poderá antecipar o pagamento de verbas que deveriam ter sido entregues aos privados ao longo de vários anos. Isto poderá resultar no pagamento de milhões de euros ao Estado, arrastando, consequentemente, ainda mais as obras na Estrada Nacional 125.

Se esta recusa vier mesmo a ser confirmada pelo plenário, isto poderá prejudicar também todas as outras subconcessões que foram negociadas pelo anterior Governo com o objetivo de reduzir custos. Em causa poderão ficar as renegociações contratuais que já estão a produzir efeitos desde, pelo menos, há quatro anos. E caso a empresa considere reenviar os contratos para visto prévio, isso poderá acarretar custos na ordem das centenas de milhões de euros para o Estado.

Mas, por enquanto, o Ministério das Infraestruturas ordenou à empresa que recorresse desta recusa, de forma a assegurar que o ónus do chumbo, e das suas eventuais consequências, ficará do lado do Tribunal, salvaguardando também a posição da Infraestruturas de Portugal.

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Petrogal adquire mais 3% em bloco de petróleo no Brasil por 114 milhões de dólares

A subsidiária brasileira da Galp reforçou a participação que tinha na licença BM-S-8, na bacia de Santos, na Equinor.

A Petrogal Brasil, subsidiária brasileira da Galp, está a preparar-se para adquirir uma participação extra de 3% na licença BM-S-8, na bacia de Santos, à Equinor. De acordo com o comunicado enviado pela petrolífera à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o montante total desta aquisição é de 114 milhões de dólares (cerca de 97,8 milhões de euros).

“A Galp informa que a Petrogal Brasil, sua subsidiária brasileira, está a preparar a aquisição de uma participação adicional de 3% na licença BM-S-8, na bacia de Santos, à Equinor, no seguimento da transação anunciada hoje pela última, na qual esta acordou a aquisição da participação de 10% da Barra Energia nesta licença”, lê-se no documento.

Esta operação reflete o “acordo de alinhamento dos interesses participativos da Petrogal Brasil, Equinor e ExxonMobil nas licenças BM-S-8 e Norte de Carcará, que incluem a descoberta Carcará, no pré-sal. O BM-S-8 inclui ainda o prospeto Guanxuma, onde o primeiro poço de exploração está atualmente a ser perfurado”, continua.

De acordo com o comunicado, esta aquisição por parte da subsidiária brasileira resultou de um investimento de 114 milhões de dólares, “em linha com a aquisição pela Petrogal Brasil de uma participação de 3%, anunciada em outubro de 2017”. A sua conclusão está sujeita à execução de um acordo final e à conclusão da transação atualmente em curso entre a Equinor e a Barra Energia, para além da aprovação dos parceiros e das entidades competentes.

Com este negócio, a Petrogal Brasil espera vir a deter uma participação de 20% nas duas licenças, enquanto a Equinor e a ExxonMobil 40% cada.

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Jerónimo Martins recupera de mínimos. Lisboa avança

A bolsa nacional arrancou em alta ligeira, a recuperar de quatro sessões consecutivas de perdas. O PSI-20 está a ser suportado pelo avanço de perto de 1% das ações da Jerónimo Martins.

A bolsa nacional arrancou em alta ligeira, a recuperar de quatro sessões consecutivas de perdas. O PSI-20 está a ser suportado pelo avanço de perto de 1% das ações da Jerónimo Martins que recuperam de mínimos de mais de dois anos.

O índice PSI-20 iniciou a sessão a somar uns ligeiros 0,3%, para os 5.489,37 pontos, em contraciclo face à tendência de queda registada pelos principais pares europeus.

A Jerónimo Martins sobressai pela positiva, com as suas ações a somarem 0,88%, para os 12,065 euros, recuperando assim de mínimos de mais de dois anos. “Desde o início do ano, as ações da Jerónimo Martins já se desvalorizaram 26,15%, sendo que grande parte das perdas foram registadas durante o mês de junho”, recorda o BPI no seu Diário de Bolsa desta quarta-feira.

A recuperação das ações da retalhista acontece apesar de, nesta quarta-feira, terem sido alvo de estas terem sido alvo de uma revisão em baixa de avaliação. O Kepler Cheuvreux cortou o preço-alvo de 14,4 euros que atribuía ao título, com este a passar para os 12 euros, em linha com a atual cotação.

Mas a cotada que mais ganha é a Sonae Capital, que vê os seus títulos valorizarem 0,99%, para os 92 cêntimos. Essa subida acontece depois de se saber que a cotada vendeu o empreendimento em Troia, conseguindo uma mais-valia de 15,5 milhões para a empresa, já que no balanço anterior o valor inscrito era de 4,5 milhões de euros.

Numa nota desta quarta-feira, o CaixaBank BPI diz que “este acordo somado a outras potenciais vendas de ativos imobiliários poderá espoletar um novo dividendo relevante em 2019” para os acionistas da Sonae Capital.

O rumo do índice PSI-20 está ainda a ser suportado pelas ações da EDP, que ganham 0,5%, para os 3,437 euros. Em contraciclo segue a EDP Renováveis, com uma desvalorização de 0,78%, para os 8,92 euros, das suas ações.

(Notícia atualizada às 8h20 com mais informação)

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Bruxelas quer compradores a pagar o IVA diretamente ao Fisco

  • ECO
  • 4 Julho 2018

A Comissão Europeia tem vindo a estudar um novo modelo de de cobrança deste imposto, que já foi adotado em Itália, Roménia e Polónia.

​A Comissão Europeia tem estado a estudar um modelo de cobrança alternativo do IVA (chamado split payment), em que, em vez de serem as empresas a entregar este imposto ao Estado, são os consumidores que fazem entrar o dinheiro diretamente nos cofres estatais. A ideia já está a ser aplicada em Itália, Polónia e Roménia, de acordo com a notícia adiantada pelo Diário de Notícias (acesso pago).

O objetivo passa por reduzir os níveis de evasão e de fraude fiscal, escreve o jornal. Em território nacional, o gap do IVA bateu um máximo histórico de 2.198 milhões de euros no ano de 2012, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 2.000 milhões de euros. Um ano depois arrancou-se com um novo sistema de emissão e comunicação de faturas e, desde então, essa diferença tem vindo a cair.

A razão pela qual Portugal ainda não aderiu a este split payment tem que ver com o sucesso do e-fatura ao nível da receita do IVA, disse Raquel Fernandes, advogada da CMS Rui Pena & Arnaut, em declarações ao DN. Questionado sobre a possibilidade de adotar este novo modelo de pagamento, o Ministério das Finanças não quis fazer comentários.

Relativamente aos países que já adotaram esta alternativa — Itália, Roménia e Polónia –, são os Estados-membros que representam os valores mais elevados do gap do IVA, quando se trata de medir a diferença entre a receita que podia ser cobrada e a que realmente se cobra.

Este novo modelo destaca-se pela eficácia na luta contra a fraude, evasão ou subfaturação. No entanto, os custos que acarreta poderão fazer com que Portugal não tenha interesse em adotá-lo, uma vez que o e-fatura tem dado bons resultados.

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Hoje nas notícias: IVA, Sporting e PPP

  • ECO
  • 4 Julho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Bruxelas está a avaliar um modelo alternativo para a cobrança de IVA em que esse pagamento é feito diretamente do consumidor ao Estado. Esta quarta-feira, é ainda conhecido que o chumbo do Tribunal de Contas ​ao visto prévio à revisão do contrato de subconcessão do Algarve Litoral pode colocar em causa anos de negociações nas PPP. O Sporting volta a ser notícia desta vez devido a dívidas de mais de 40 milhões de euros a fornecedores, enquanto se sabe que os pais portugueses têm à sua conta 56% dos gastos dos alunos do ensino universitário. Quem faça ou não planos de viajar de avião fica a saber que o número de reclamações de passageiros aumentou 35%.

Bruxelas quer compradores a pagar o IVA diretamente ao Fisco

Diretamente dos consumidores para o Estado. Este é, em traços muitos gerais, um modelo de cobrança alternativo para o pagamento do IVA (conhecido por split payment) que tem estado a ser estudado pela Comissão Europeia, avança a edição online do Diário de Notícias (acesso pago), nesta quarta-feira. Este modelo para fazer chegar diretamente aos cofres do Estado o dinheiro cobrado neste imposto já foi colocado em terreno pela Itália, Polónia e Roménia.

Tribunal de Contas põe em risco anos de renegociação das PPP

​Uma vez que o Tribunal de Contas ​decidiu chumbar o visto prévio à revisão do contrato de subconcessão do Algarve Litoral, que inclui a requalificação da Estrada Nacional 125​, se essa recusa vier a ser confirmada pelo Plenário, ​a concessionária terá de executar o contrato original, o único que foi visado pelo Tribunal em 2010. Mas isso implicaria perder as poupanças negociadas ao longo de sete anos, havendo ainda o risco de ​esta avançar com um pedido de indemnização ao Estado em tribunal arbitral​, dá conta o Observador (acesso grátis).

Sporting deve 40 milhões de euros a fornecedores

As dificuldades financeiras que envolvem o Sporting voltam a ser notícia. Segundo o Correio da Manhã (acesso pago), o clube leonino deve pelo menos 40 milhões de em euros a fornecedores, dívidas já detetadas pela Comissão de Gestão e Administração da SAD do Sporting, pouco mais de uma semana depois de ter tomado posse. O levantamento ainda estará numa fase embrionária e os atuais dirigentes temem um buraco financeiro mais elevado.

Pais pagam 56% dos gastos dos estudantes no ensino superior

Os estudantes portugueses do ensino superior são aqueles que mais dependem da família para tirar um curso superior, de acordo com o estudo Eursostudent citado pelo Público (acesso condicionado) na edição desta quarta-feira, representando o quarto lugar do ranking, com 56% de dependência. Os alunos pagam apenas 44% dos custos com as frequências nas universidades e politécnicos, sendo que a habitação leva a maior fatia das despesas, sobretudo em Lisboa.

Reclamações disparam no transporte aéreo

​​O número de reclamações dos passageiros do transporte aéreo aumentou 35% ​o ano passado, ultrapassando as 10.900, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago)​​. ​Em 2016 esse número tinha-se fixado nas 8.000 queixas. ​Os principais motivos apresentados ao regulador da aviação civil ​estão relacionados com atrasos e cancelamentos de voos, que geraram mais de 4.600 queixas.

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