Estes 6 balcões vão encerrar. CGD não revela os outros 69

Alhandra, Abraveses, Rua Formosa, Pedras Salgadas, Louriçal e Darque. Estas são as seis agências que já se sabe que a CGD faz fechar. E as restantes? Administração não desvenda plano.

Chegou mais uma vaga de encerramentos de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Depois de ter fechado 64 no ano passado, o banco estatal vai agora encerrar mais 75 agências até ao final deste mês, no âmbito do acordo de reestruturação estabelecido com a União Europeia em 2016. Mas esta lista ainda não é conhecida, apesar dos pedidos do PSD e sindicatos para que seja revelada. Das que vão fechar, apenas se conhece o nome de seis, incluindo Rua Formosa, em Viseu. Já as restantes 69 continuam por se saber.

Um a um. É assim que se tem vindo a conhecer o nome das agências que a CGD vão encerrar em breve. E apenas porque as populações se têm manifestado contra o fecho das agências da sua zona, uma vez que a CGD não faz comentários. Os moradores de Alhandra, no concelho de Vila Franca de Xira, foram os primeiros a protestar para “denunciar e impedir” o encerramento. Logo de seguida, foi a vez de Pedras Salgadas, do concelho de Vila Pouca de Aguiar, e depois Louriçal, em Pombal. E agora Darque, em Viana do Castelo.

Os protestos também chegaram a Viseu. Aqui, vai encerrar o balcão de Rua Formosa, o que é “menos problemático para as populações”, revelou o presidente da Câmara de Viseu ao ECO, que ficou a saber deste encerramento na quinta-feira. O problema será o fecho da agência de Abraveses, que “não só serve dez mil habitantes da freguesia, como permite, na proximidade, servir uma população global de mais de 21 mil habitantes das freguesias vizinhas e do norte do concelho de Viseu”, afirmou Almeida Henriques.

"No caso de ser mantida a decisão de encerramento da agência (…) terminaremos todo o relacionamento comercial da Câmara Municipal de Viseu com o banco, transferindo todas as operações para outras entidades bancárias, com quem procuraremos dinamizar uma oferta de proximidade.”

Almeida Henriques

Presidente da Câmara de Viseu

Estas notícias levaram mesmo o autarca a enviar uma carta à administração da CGD afirmando que, se o banco mantiver esta decisão, “terminaremos todo o relacionamento comercial da Câmara Municipal de Viseu com o banco, transferindo todas as operações para outras entidades bancárias”.

Quanto às restantes 69 agências, os nomes ainda não são conhecidos do público. O banco estatal está a enviar cartas a cada balcão e estes, por sua vez, estão a informar os clientes. Os sindicatos também não têm a lista completa. “Ainda estamos à espera”, afirmou o presidente do Sindicato de Trabalhadores das Empresas do grupo Caixa Geral de Depósitos. “Não percebo por que é que a Caixa está a fazer tanta caixinha” com a lista, disse João Lopes, reforçando o que já tinha dito ao ECO: “vai ser o mesmo filme do ano passado”.

Na quarta-feira, o PSD também exigiu conhecer a lista de todos os balcões que o banco pretende encerrar este ano, bem como as datas de fecho e critérios de seleção para o encerramento. Mas ainda não teve resposta do Governo.

No pedido, os sociais-democratas afirmaram que a vaga de encerramentos no ano passado — a CGD fechou 64 balcões — “causou um forte sentimento de indignação e abandono junto das populações afetadas, muitas das quais localizadas em municípios do interior do país ou de pequena dimensão” e que estas notícias recentes e o “desconhecimento de quais as agências que irão encerrar, são causadoras de profundo alarme junto das populações”.

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Vídeo: Advocatus Summit abriu com António Jaime Martins

  • ADVOCATUS
  • 8 Junho 2018

A abertura da Advocatus Summit contou com a presença de António Jaime Martins, presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados. Recorde o momento em vídeo.

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Portugal domina nos resorts: são bons e com preços baixos

  • ECO
  • 8 Junho 2018

Num universo de 26 empreendimentos turísticos, o país conquistou o ouro, destacando-se especialmente na categoria de "regimes fiscais e incentivos".

É em terras lusitanas que estão os melhores resorts do mundo, de acordo com um estudo da Associação Portuguesa de Resorts. Num universo de 26 empreendimentos, espalhados por nove países, Portugal conquistou a medalha de ouro, com especial destaque para a categoria de “regimes fiscais e incentivos“.

Numa competição contra Chipre, Espanha, Turquia, França, Montenegro, Itália, Croácia e Grécia, Portugal tornou-se líder. O país destacou-se com os melhores resorts deste conjunto de países, totalizando 63,5 pontos, com os empreendimentos turísticos gregos na última posição, com 43,7 pontos, lê-se no comunicado.

Pontuações dos países

Fonte: Associação Nacional de Resorts

A nível dos empreendimentos, inseridos nas categorias micro, os resorts portugueses lideraram com 34,6 pontos, seguidos dos da Turquia (33,2 pontos), Chipre (29,1 pontos) e Espanha (28,8 pontos). As unidades portuguesas destacaram-se também nos tópicos “oferta”, “procura” e “acessibilidade e popularidade”. O melhor desempenho verificou-se na categoria “regime fiscal e incentivos”.

Contudo, o país ainda tem pela frente alguns desafios, diz a associação: “Não apresenta bons resultados nos indicadores económicos e demográficos, com um crescimento abaixo da média dos países estudados, e crescimento negativo da população de -0,2% anual entre 2006 e 2016, abaixo da média de +0,3%”, lê-se no comunicado. Para além disso, “é visto como sendo um mercado de preços baixos pelo que produtos de maior qualidade podem ser considerados caros dentro do próprio mercado, ainda que muito competitivos internacionalmente”.

O trabalho de campo foi realizada pela Savills International durante o segundo semestre do ano passado, e analisou as tendências da oferta e da procura, bem como as estratégias de marketing e vendas utilizadas a nível nacional e regional de cada projeto turístico.

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“Rede social” para médicos vence concurso de pitch do #LIS

Startup criou uma plataforma digital que ajuda os médicos a diagnosticar doenças e a tratar doentes, agregando conteúdos e ferramentas que os profissionais precisam todos os dias.

Daniela Seixas é médica e, em 2016, fundou a TonicApp.D.R.

A startup portuguesa TonicApp foi a vencedora do concurso de pitch do Lisbon Investment Summit, que terminou esta quinta-feira, em Lisboa. A plataforma agrega conteúdos e ferramentas de que os médicos precisam para o seu dia-a-dia e ajuda os clínicos a diagnosticar e a tratar os seus doentes.

Fundada em 2016 no Porto por Daniela Seixas, médica e CEO da startup, a TonicApp ganha o prémio e o acesso ao programa “Grow” do grupo José de Mello. Para Seixas, o prémio não só é um reconhecimento do trabalho desenvolvido como uma oportunidade de futuro. “É um dos melhores eventos em Portugal para a procura de investimento de capital de risco. Este prémio dá-nos visibilidade global exatamente na altura em que estamos à procura de smart investors na área da saúde digital e tecnologia”, assegura a médica, em comunicado.

A TonicApp é usada por mais de 5.000 médicos em Portugal, muitos dos quais profissionais com menos de 34 anos. A empresa, uma das mais prometedoras para este ano segundo um trabalho que o ECO publicou no início de 2018, conta com investimento da Portugal Ventures e está a preparar a internacionalização.

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Portugueses queixam-se mais dos serviços públicos. Reclamações aumentam 40%

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 8 Junho 2018

Portal da Queixa registou um aumento de 40% nas reclamações dirigidas a serviços públicos entre janeiro e maio. Só a Segurança Social foi alvo de 881 reclamações.

Nos primeiros cinco meses do ano, o Portal da Queixa registou um aumento de 40% nas reclamações dirigidas a serviços públicos. Segurança Social, Serviço Nacional de Saúde (SNS) e Centro Nacional de Pensões são os organismos públicos com maior nível de reclamações em 2018.

Só entre janeiro e maio, foram dirigidas 881 reclamações relativas à Segurança Social, indica informação publicada no site. Já o SNS contou com 273 reclamações, sobretudo relacionadas com falhas no atendimento. Em terceiro lugar surge o Centro Nacional de Pensões, com 264 reclamações. Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), Autoridade Tributária e Aduaneira e Ministério da Educação e Ciência são as entidades que se seguem.

Embora a Câmara Municipal de Oeiras surja em 12º lugar, esta autarquia está em destaque por registar uma subida de 280%, para 38, no número de queixas, comparando com 2017. As 115 queixas relativas ao Instituto dos Registos e Notariado (IRN) representam uma subida de 219% e as 179 reclamações contra o IMT implicam um crescimento de 198%. Ainda assim, o IMT surge como a entidade em destaque no que toca à resolução de reclamações junto dos consumidores, já depois da publicação no Portal da Queixa. Segue-se o Ministério da Educação e da Ciência e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Já entre as entidades que mais responderam aos consumidores estão as Câmaras e Lisboa e de Vila Nova de Gaia, que deram resposta a todas as reclamações.

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Tensão entre países do G7 pressiona Wall Street

Donald Trump volta a condicionar o desempenho das bolsas. O presidente norte-americano atacou Canadá e França um dia antes de uma reunião do G7.

As bolsas norte-americanas abriram a última sessão da semana em queda, numa altura em que os investidores aguardam por novidades da reunião entre os países do G7, que decorre no Canadá. A Apple destaca-se entre as cotadas a negociar em baixa, depois de ter anunciado que pretende cortar a produção do iPhone em 20%.

O índice de referência S&P 500 está a perder 0,16%, para os 2.765,96 pontos. Já o industrial Dow Jones recua 0,15%, para os 25.203,71 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,35%, para os 7.608,38 pontos.

A contribuir para estas perdas está o setor tecnológico, com destaque para a Apple. A gigante tecnológica está a cair 1,8%, depois de ter anunciado que pretende produzir 80 milhões de novos modelos de iPhone, o que representa uma quebra de 20% relativamente ao que tinha planeado no ano passado.

A justificar esta quebra estão os receios de que as vendas do smartphone da marca recuem, sobretudo em mercados-chave como a China.

Ao mesmo tempo, os investidores estão ansiosos com os riscos de uma guerra comercial, que continuam a pairar, agora numa nova frente. O presidente norte-americano, Donald Trump, atacou França e Canadá na sua conta de Twitter, acusando os dois países de cobrarem “taxas massivas” aos Estados Unidos. A discussão escalou e houve troca de comentários, com o presidente francês, Emmanuel Macron, à mistura.

Os comentários foram feitos um dia antes de os líderes dos países do G7 iniciarem uma reunião de dois dias no Quebec, no Canadá. Macron admite que a reunião será “exigente”.

Entretanto, o presidente francês ameaçou deixar os EUA de fora do tradicional comunicado final da reunião das sete maiores potências do mundo. “O presidente dos Estados Unidos pode não se importar de ficar isolado, mas nós também não nos importamos de assinar um acordo a seis países se for preciso”, disse Macron, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro canadiano.

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Macron ameaça deixar Trump de fora do acordo final do G7

  • Lusa
  • 8 Junho 2018

"O Presidente dos Estados Unidos pode não se importar de ficar isolado, mas nós também não nos importamos de assinar um acordo a seis países se for preciso", disse Macron.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, ameaçou esta sexta-feira deixar os EUA de fora do tradicional comunicado final da reunião dos sete países mais industrializados do mundo (G7) devido à guerra comercial provocada pela imposição norte-americana de tarifas.

“O Presidente dos Estados Unidos pode não se importar de ficar isolado, mas nós também não nos importamos de assinar um acordo a seis países se for preciso”, disse Macron durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro canadiano, anfitrião da reunião do G7.

As declarações de Macron são o mais recente episódio na guerra comercial lançada por Donald Trump com o propósito de proteger a produção norte-americana, nomeadamente no aço e alumínio, cujas tarifas aduaneiras foram aumentadas, motivando uma retaliação de vários países.

Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, disse que as medidas restritivas às importações vão prejudicar, não só os canadianos, mas também os trabalhadores norte-americanos: “Se eu conseguir fazer o Presidente [dos EUA] realmente perceber que o que ele está a fazer é contraproducente aos seus próprios objetivos, talvez possamos prosseguir de forma mais inteligente”, vincou Trudeau.

A participação de Donald Trump no G7, a sua segunda nesta reunião anual que decorre desde 1975, é o ponto alto do encontro, que começou com a habitual reunião preparatória dos ministros das Finanças dos sete países, e que foi descrita pelo ministro das Finanças de França como “uma reunião mais do G6 mais um do que propriamente do G7”.

Donald Trump vai chegar à estância canadiana esta sexta-feira, mas deixará o país logo no sábado de manhã, antes de o encontro terminar, para rumar a Singapura, onde na segunda-feira deverá encontrar-se com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, tendo anunciado a sua saída precoce da reunião depois de Macron e Trudeau terem sinalizado que vão usar o encontro para criticar a política protecionista de Trump.

“Estou ansioso por corrigir os Acordos Comerciais injustos com os países do G7”, respondeu Trump numa mensagem no Twitter esta manhã, acrescentando: “Se isso não acontecer, ainda nos saímos melhor”.

Na resposta às críticas de Trudeau e Macron na conferência de imprensa, Trump escreveu: “Por favor digam ao primeiro-ministro Trudeau e ao Presidente Macron que estão a cobrar tarifas massivas e a criar barreiras não monetárias. O excedente comercial da UE face aos EUA é de 151 mil milhões de dólares, e o Canadá mantém os nossos agricultores, e outros, de fora. Estou ansioso por vê-los”.

Esta será a segunda participação de Trump no G7, um encontro informal que acontece todos os anos com uma presidência rotativa do Canadá, France, Itália, Japão, Alemanhã, Estados Unidos e Reino Unido, com a presença também da União Europeia, e que tem também previstos encontros bilaterais entre Trump e vários líderes, incluindo Trudeau e Macron.

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Ministério Público não levanta arresto da Comporta. “Risco de falência é real”, dizem os gestores de insolvência do GES

Os gestores de insolvência das empresas do GES reconhecem que a situação da Comporta se desenvolveu "de forma positiva", mas alertam para os riscos de não se avançar com a venda deste ativo.

O Ministério Público recusa levantar o arresto sobre a Herdade da Comporta, ativo da já falida Rioforte que está à venda desde o colapso do Grupo Espírito Santo (GES). Isto apesar dos recursos interpostos pelos gestores de insolvência das empresas do GES, que alertam que “o risco de insolvência é real” caso a venda não se concretize.

Os curadores dos processos de insolvência das empresas do GES que tinham sede no Luxemburgo já tinham avisado para o risco de insolvência da Comporta. No último relatório de atividade, datado de 30 de abril de 2018 e publicado esta sexta-feira, vêm reforçar estes avisos.

“Os curadores interpuseram recurso contra a recusa em libertar o arresto sobre as ações da Herdade da Comporta Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF) detidas pela Rioforte, o que levou ao abandono do processo de venda dessas ações”, pode ler-se no relatório. “O risco de insolvência é real, uma vez que os sócios não responderam a um pedido de aumento de capital“, acrescenta o documento.

Os gestores de insolvência reconhecem, ainda assim, que a situação da Herdade da Comporta se desenvolveu “de forma positiva, apesar do impacto negativo do abandono do processo de venda”.

Em julho do ano passado, o empresário Pedro Almeida anunciou que tinha fechado um contrato para comprar 59,09% do Herdade da Comporta FEIIF, o fundo de investimento que gere os projetos turísticos e imobiliários daquela zona. O valor da operação nunca foi revelado e, na altura, Pedro Almeida, que controla a holding de investimentos Ardma, disse que pretendia transformar a Comporta num “resort exclusivo e altamente atrativo para o mercado internacional”. O objetivo do empresário passava por comprar também a Herdade da Comporta — Atividades Agrosilvícolas e Turísticas, a empresa que gere os arrozais da zona e que só pode ser vendida depois de o fundo imobiliário for vendido.

"O Ministério Público analisou a forma como foi conduzido o processo de venda, e detetou, no decurso das suas várias fases, procedimentos, envolvendo vários participantes, que indicavam terem sido preteridas as condições de isenção, transparência e objetividade.”

DCIAP

Contudo, a operação acabou por não merecer o aval do Ministério Público. “O Ministério Público analisou a forma como foi conduzido o processo de venda, e detetou, no decurso das suas várias fases, procedimentos, envolvendo vários participantes, que indicavam terem sido preteridas as condições de isenção, transparência e objetividade“, justificou então o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que decidiu, assim, manter o arresto sobre a Comporta.

Entretanto, para além de Pedro Almeida, que disse ao ECO manter o interesse sobre este ativo, surgiram novos interessados na Comporta. No mês passado, o Expresso escrevia que a gestora Paula Amorim criou um consórcio com o grupo imobiliário Vanguard Properties para comprar a herdade e que estarão quase prontos para concluir a compra. Também a holding luxemburguesa Oakvest e o aristocrata francês Louis-Albert de Broglie já manifestaram interesse na Comporta.

Para que o negócio possa ser concretizado, o Ministério Público terá de levantar o arresto que o Estado mantém sobre este ativo.

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Filial da CGD em Espanha recebeu “boas propostas” para ser vendida

  • Lusa
  • 8 Junho 2018

Segundo o presidente não executivo da filial da CGD em Espanha, o banco recebeu "boas propostas" para a alienação daquele ativo. Abanca y Cajamar serão as favoritas, segundo o Espansión.

O presidente não executivo da filial em Espanha da CGD avança em entrevista ao jornal Espansión que o banco deve ser vendido antes do verão, tendo o Governo já recebido a lista das “três ou quatro” propostas favoritas. “Gostaríamos de fechar a venda em finais de julho. É difícil que seja em junho”, indica Francisco Cary.

O presidente não executivo do Banco Caixa Geral (nome em Espanha) revela ter havido 45 manifestações de interesse pela compra da filial, 23 acordos de confidencialidade assinados e sete propostas não vinculativas recebidas. Francisco Cary avança que a direção da Caixa Geral de Depósitos (CGD) selecionou “três ou quatro” propostas não vinculativas, a maioria de bancos espanhóis, e enviou-as ao executivo português.

Quando o Governo publicar a lista final de entidades escolhidas para concorrer à compra do Banco Caixa Geral, estas terão mais algumas semanas para analisar a fundo a situação financeira da filial (‘due diligence’) e decidir se apresentam propostas de compra vinculativas. “Tivemos um número suficiente de boas propostas que nos permitem acreditar que, do ponto de vista do preço, se não houver novidades, poderemos fechar a venda”, considera Cary.

Segundo indicaram ao Expansión “fontes do setor”, as financeiras espanholas Abanca y Cajamar são as favoritas para fechar o negócio. O responsável da filial portuguesa reconhece que, “provavelmente”, a CGD não sairia de Espanha se a decisão não fosse imposta pela Comissão Europeia. O Governo português aprovou em 20 de dezembro último a venda das filiais da CGD em Espanha (Banco Caixa Geral), África do Sul (Mercantile Bank Holdings Limited) e Brasil (Banco Caixa Geral – Brasil).

Tivemos um número suficiente de boas propostas que nos permitem acreditar que, do ponto de vista do preço, se não houver novidades, poderemos fechar a venda.

A administração da CGD comprometeu-se junto da Comissão Europeia a abandonar estes três mercados, como contrapartida à capitalização estatal de 3,9 mil milhões de euros. A filial da Caixa Geral de Depósitos teve um lucro de 9,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018 (mais 51% face ao período homólogo), depois de ter tido um ganho de 26,4 milhões em 2017 (mais 3,8%). O banco tem em Espanha uma rede comercial de 110 balcões e mais de 500 trabalhadores.

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Kim Jong-un quer suíte de 6.000 dólares por noite na cimeira. Mas sem pagar

Governo de Singapura está disposto a pagar estadia do líder norte-coreano. Donald Trump admite convidar Kim para uma visita à Casa Branca, caso a cimeira corra bem.

O líder norte-coreano quer ficar alojado numa suíte de luxo durante a sua estadia em Singapura para a cimeira com Donald Trump. No entanto, não tem intenções de ser ele a pagar os 6.000 dólares por noite, de acordo com o The Washington Post (conteúdo em inglês).

Depois de o presidente norte-americano ter confirmado o encontro com o líder da Coreia do Norte, acertam-se os últimos detalhes para a reunião. Mas, há ainda um problema por resolver: um pedido especial de Kim Jong-un. O líder pretende ficar alojado no The Fullerton Hotel, de cinco estrelas, mas não quer arcar com essa despesa. A unidade hoteleira, localizada perto do Rio Singapura, tem um custo superior a 6.000 dólares (cerca de 5.080 euros) por noite numa suíte presidencial.

The Fullerton Hotel, em Singapura

De acordo com duas fontes citadas pelo jornal norte-americano, a Casa Branca estava disposta a pagar essa estadia, mas receava que fosse uma atitude mal-interpretada pela Coreia do Norte. Assim, pediu ao Governo de Singapura para cobrir esses custos, uma ideia que foi bem aceite pelo próprio país. “É um custo que estamos dispostos a assumir para desempenhar um pequeno papel nesta reunião histórica“, disse o ministro da Defesa de Singapura, Ng Eng Hen.

Esta quinta-feira, o presidente norte-americano admitiu a hipótese de convidar o líder norte-coreano a visitar a Casa Branca, adianta a EuroNews (conteúdo em inglês). A resposta é sim, se a cimeira correr bem“, respondeu Trump, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.

O encontro entre os dois líderes vai acontecer a 12 de junho, terça-feira no Hotel Capela, na ilha de Sentosa, um local turístico em Singapura, anunciou Sarah Sanders, porta-voz de Donald Trump esta terça-feira, no Twitter. “O local para a cúpula entre @POTUS e o líder norte-coreano Kim Jong-un será o hotel Capella, na ilha de Sentosa. Agradecemos aos nossos anfitriões a hospitalidade”, escreveu.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, disse esta sexta-feira, no ECO Talks, que “a pior precariedade é não ter emprego”, mas “não estamos condenados a ter um mau emprego”. Depois de dez semanas consecutivas de aumentos, os preços dos combustíveis baixaram esta semana. E vão voltar a descer a partir de segunda-feira.

Vieira da Silva esteve esta manhã, no ECO Talks, a responder às questões sobre as mais recentes alterações às leis laborais. Durante o evento, o ministro do Trabalho disse que “a pior precariedade é não ter emprego”, mas “não estamos condenados a ter um mau emprego”.

Os preços dos combustíveis vão voltar a baixar a partir de segunda-feira, depois de já terem registado uma ligeira redução esta semana. Tanto a gasolina como o gasóleo vão ficar dois cêntimos por litro mais baratos, segundo dados de fonte oficial do setor energético avançados ao ECO.

A Autoridade da Concorrência (AdC) quer que a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) deixe de publicitar os preços de referência dos combustíveis rodoviários, por não ter utilidade para o consumidor final.

As reclamações no setor da saúde dispararam no ano passado. Ao todo, foram feitas 70.120 reclamações pelos utentes dos serviços de saúde, o que representa um aumento superior a 18% em relação a 2016. Hospitais da Amadora, Lisboa e Algarve lideram no número de reclamações, de acordo com o relatório do Sistema de Gestão de Reclamações.

Chove em Lisboa em pleno junho e, por isso, os investidores deixaram de elogiar o sol português. No entanto, mudaram a perspetiva. Com números a testemunhar o aumento do interesse em startups portuguesas – de acordo com dados da Beta-i, o investimento cresceu 30% em 2017, face aos dados de 2016 sendo, em média, de 330 mil euros -, o sol do financiamento parece sorrir aos empreendedores.

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IGCP quer captar mil milhões em dívida a longo prazo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Junho 2018

O IGCP anunciou esta sexta-feira dois leilões de Obrigações do Tesouro, um com maturidade a cinco anos e outro a dez. 

Portugal volta aos mercados na próxima quarta-feira para captar até mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro. A Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou esta sexta-feira dois leilões, um com maturidade a cinco anos e outro a dez.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 13 de junho pelas 10:30 horas dois leilões das OT com maturidade em 25 de outubro de 2023 e 17 de outubro de 2028, com um montante indicativo global entre EUR 750 milhões e EUR 1000 milhões”, pode ler-se na nota enviada às redações.

O último leilão de dívida do Tesouro realizou-se a 9 de maio, tendo conseguido levantar cerca de 1.200 milhões de euros com os juros mais baixos de sempre. No prazo a dez anos, a taxa de juro foi de 1,670%, enquanto a cinco anos foi de 0,529%.

No final dos primeiros quatro meses do ano, o IGCP já tinha assegurado mais de 60% das necessidades de financiamento para 2018. Ao ECO, Cristina Casalinho disse, recentemente, que quer chegar a dois terços das necessidades totais até ao final do semestre.

(Notícia atualizada às 13h25 com mais informação)

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