Manuel Violas: “Super Bock continua portuguesa”
Manuel Violas, chairman da Super Bock, e líder da Violas SGPS, adquiriu a posição do BPI na Viacer, por 233 milhões. "Chegámos mais rapidamente a um consenso sobre o preço do que pode imaginar", diz.
Manuel Violas, presidente do conselho de administração do Super Bock Group (ex-Unicer) e líder da Violas SGPS, comprou a posição que o BPI detinha na cervejeira, através da Viacer por 233 milhões de euros.
Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), o chairman da cervejeira, que agora controla 71,5% da Viacer, que por seu turno controla 56% do grupo cervejeiro, diz que “mandamos na Super Bock, que continua portuguesa”.
Violas diz que a “operação fazia todo o sentido”, e admite que a iniciativa para o negócio foi sua e não do BPI. Com a operação agora realizada, a ex-Unicer está avaliada em 1,65 mil milhões de euros, mas nem isso fez que o negócio esmorecer. “Chegámos mais rapidamente a um consenso sobre o preço do que pode imaginar”, diz o chairman da Super Bock.
Mas irá esta alteração acionista afetar o dia-a-dia da empresa? Violas é categórico na resposta. “Vai continuar tudo igual. Continuamos a acreditar que é uma empresa excelente, confiamos plenamente na equipa que está, que é excelente, portanto queremos é dar força e suportar a estratégias atual. Em termos de gestão não vai mudar nada. Estamos perfeitamente de acordo e alinhados com o seu governo, que sabe o carinho que temos pela empresa”, afirma.
Sobre o eventual interesse em adquirir a posição da Arsopi, que detém 28,5% na Viacer, Violas rejeita a ideia, pelo menos para já. “Neste momento estamos bem, temos de ganhar fôlego”, admite. De resto, admite que as duas partes nunca tiveram divergências pelo que o “facto de termos maioria na Viacer não vai mudar nada”.
"Vai continuar tudo igual. Continuamos a acreditar que é uma empresa excelente, confiamos plenamente na equipa que está, que é excelente, portanto queremos é dar força e suportar a estratégias atual.”
“Foi conseguido que a Super Bock continue portuguesa. O outro objetivo é que continue a ser a melhor cervejeira em Portugal”, refere o chairman do grupo.
A relação com os dinamarqueses da Carlsberg, que detém 44% da Super Bock, também foi abordada. Violas espera que “continue tudo igual” e, relembra que é uma parceria que dura há mais de 30 anos.
“Estamos e sempre estivemos bem com eles. Portanto, é para continuar”, sublinha.
A operação que foi anunciada pelo BPI, na passada quinta-feira, espera agora a aprovação por parte da Autoridade da Concorrência.
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