Loucura com as criptomoedas deixa corretoras sem mãos. Querem contratar mais de 1.000 pessoas
Coinbase, Kraken e Circle querem duplicar o staff e contratar mais de 1.000 pessoas até ao final deste ano. Mas a falta de profissionais nas áreas da blockchain e criptomoedas está a ser um problema.
Três das principais corretoras (exchanges) de criptomoedas — que permitem, exclusivamente, transacionar moedas digitais — querem duplicar o número de funcionários durante este ano. Em conjunto, a Coinbase, a Kraken e a Circle procuram mais de 1.000 profissionais numa área que ainda é de nicho. Ou seja, apesar da vasta oferta de emprego, os departamentos de recursos humanos destas empresas não terão uma vida fácil pela frente.
Ora, no ano passado, a bitcoin, que é a maior e mais conhecida criptomoeda, namorou máximos de 20.000 dólares e, apesar de uma correção, fechou o ano a multiplicar por 11 o seu valor. As corretoras não estavam preparadas para este rally e, sobretudo, para a quantidade de novos utilizadores que o mesmo acabou por gerar. O resultado? Durante o ano, sobretudo nos períodos de maior volatilidade, plataformas como a Coinbase registaram problemas e disrupções de serviço. Algumas vezes, os investidores viram-se mesmo impedidos de transacionar em períodos críticos.
Este facto levou ainda plataformas a bloquearem os registos de novos utilizadores durante algum tempo, acabando por impor condições aos novos investidores no momento de criarem uma conta. Agora, estas empresas querem contratar em massa para poderem dar despacho a toda a carga de trabalho que deverá existir. Segundo o Business Insider, Coinbase, Kraken e Circle estão à procura de mão-de-obra para o departamento de back office e outras funções relacionadas com os problemas que foram enfrentados no decorrer do ano passado.
De acordo com o mesmo jornal, a Coinbase tem, aproximadamente, 50 ofertas de emprego ativas no LinkedIn, a conhecida rede social de negócios. A empresa britânica planeia passar de 250 para 500 trabalhadores este ano. Já a Kraken quer contratar 800 pessoas este ano. Quanto à Circle, quer passar dos 200 para os 400 trabalhadores até ao final do ano.
Mas uma coisa é querer, outra coisa é fazer. Capacidades profissionais na área das criptomoedas e da blockchain não são assim tão comuns, o que deverá resultar numa grande dor de cabeça para os responsáveis de recursos humanos. A explicar este facto estarão dois grandes motivos: por um lado, a área das criptomoedas ainda é de nicho; por outro, muitos dos profissionais com conhecimentos profundos nesta área já são financeiramente independentes, sublinha o mesmo jornal.
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