CDS vai propor eliminação da taxa extraordinária sobre os combustíveis
O partido vai propor a "eliminação imediata da taxa extraordinária de imposto sobre combustíveis", por considerar que esta "asfixia muito as famílias e a própria economia".
Pedro Mota Soares adiantou que o partido vai propor a “eliminação imediata da taxa extraordinária de imposto sobre combustíveis”, aplicada pelo Governo desde 2016, por considerar que esta “asfixia muito as famílias e a própria economia”. A medida está em cima da mesa numa tentativa de diminuir a carga fiscal e promover o crescimento da própria economia.
“No ano passado, a carga fiscal e contributiva foi a mais alta desde que temos registo“, começou por dizer o deputado do CDS-PP, na Assembleia da República, em declarações transmitidas pela RTP3. Desta forma, o aumento da carga fiscal verificado o ano passado representa um problema que necessita de ser resolvido. “Só em 2017, a sociedade portuguesa, as empresas e as famílias, pagaram 71 mil milhões de euros em impostos e contribuições“, disse, explicando que esse valor representou “quase a totalidade do empréstimo que Portugal teve que recorrer quando esteve à beira da bancarrota”.
Neste sentido, o partido vai propor “a eliminação imediata da Taxa Extraordinária de Imposto sobre Combustíveis que foi cobrada desde o início de 2016″, argumentando que esta está “acima da média da zona euro e da Europa”. “Entendemos que o peso desta fiscalidade asfixia muito as famílias e a própria economia”, referiu Pedro Mota Soares.
Em inícios de fevereiro, os partidos apresentaram projetos de lei para tornar a fatura dos combustíveis mais detalhada, de modo a aumentar a transparência do preço final. Esta medida foi aplaudida pelas gasolineiras, por considerarem que fará “sobressair a elevada carga” fiscal no setor e “levar o Governo a rever a taxa do ISP”.
Para o CDS-PP há ainda outro tema que carece de preocupação: o investimento público e o Investimento Direto Estrangeiro (IDE), de base industrial. “Entendemos que o investimento público também é importante para realçar o nosso crescimento, preocupa-nos que fique muito abaixo de valores que eram o valor de 2015, e isso retira-nos alguma competitividade”, afirmou o deputado.
Por sua vez, o IDE “está a cair em Portugal”, sendo “muito importante para se poder sustentar um modelo de crescimento económico no futuro”. Assim, “há uma perda da própria produtividade da sociedade portuguesa”, o que, para Pedro Mota Soares, é sinal de que “os postos de trabalho que estão a ser criados nos últimos anos são postos de menor índice de qualificação”.
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