Crédito de juros negativos é o “princípio da irracionalidade económica”
Faria de Oliveira já tinha criticado, mas volta a atacar a proposta de se fazer um crédito de juros negativos na habitação. Diz que é irracional.
O crédito de juros negativos nos empréstimos à habitação vai avançar. Os bancos não poderiam estar mais contra a medida. Faria de Oliveira, que já tinha criticado a medida, diz que estamos perante o “princípio da irracionalidade económica”.
“É uma medida que pode conduzir a elevadas perdas” ao setor financeiro, diz o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), num encontro com os jornalistas na sede da APB.
Para o representante dos bancos, a implementação de um crédito nos empréstimos para a casa em resultado dos juros negativos a que se assistem atualmente é o “princípio da irracionalidade económica”. “Atenta contra a estabilidade financeira”, remata.
Faria de Oliveira diz que tem tido “um bom diálogo com o Governo”, mas lamenta que algumas medidas não tenham sido acolhidas, nomeadamente esta da aplicação dos juros negativos nos créditos à habitação.
A proposta do PS que visa alterar a legislação de modo a que os clientes dos bancos beneficiem da devolução dos juros da casa relativos ao período em que estejam em terreno negativo foi aprovada pelo grupo de trabalho que reúne deputados que integram a Comissão de Orçamento e Finanças (COFMA). A proposta tem de passar pela votação final global antes de seguir para as mãos do Presidente da República.
Os clientes dos bancos com crédito à habitação vão, com esta medida, ter direito a um crédito de juros sempre que a taxa de juro do empréstimo assuma valores negativos. Este crédito será devolvido em prestações posteriores. A medida será válida para os novos contratos e contratos atuais, mas sem efeitos retroativos.
(Notícia atualizada às 16h23 com mais informação)
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